“O catolicismo romano [acho que muitos protestantes também] pressupõe que Deus e o homem
possuem exatamente o mesmo tipo de relação com alei da não contradição. Pressupõe
que a fim de pensarem e conhecerem verdadeiramente, tanto o homem quanto a Deus
devem ter seu pensamento conformado a esta lei, como uma abstração da natureza
de ambos.
As consequências desse tal raciocínio são novamente fatais, tanto para a
teologia sistemática quanto para a apologética. Para a teologia sistemática significa
que a verdade não consiste, em última instância, na correspondência com a natureza
internamente completa de Deus e com o conhecimento ele tem de si mesmo e de
toda a realidade criada. Daí, as ações do homem no campo da verdade se dão em
última instância, não em relação a Deus, mas em relação a uma abstração que
está acima de Deus, a Verdade em si. Para a apologética isso significa que o princípio
básico da concepção não cristã de verdade não pode ser desafiado. De acordo com
essa pressuposição mais básica, o ponto final de referência de toda predicação
é o homem, e não Deus. A ideia de verdade no abstrato está em harmonia com essa
suposição. De fato, a ideia de Verdade no abstrato está baseada nessa
suposição.”
Fonte: Apologética Cristã, p. 30
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