sábado, 28 de abril de 2018

Guilherme Rosa: O julgamento da casa de Deus e 1844

“Pois chegou o tempo em que o julgamento deve começar na casa de Deus: e se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?” (1 Pe 4.17).

Os Adventistas Sétimo Dia, aplicam esta passagem ao tempo de 22 de outubro de 1844, como um apoio adicional a sua interpretação de Dan 8.14, o começo do juízo investigativo do povo de Deus. Portanto, a questão aqui é se o texto em mira apoia a doutrina - ou se eles estão praticando uma leitura de fora para dentro

A casa de Deus é a Igreja (veja 1 Tm 3:15 ; 1 Co 3.16 ; e 1 Pe 2.5 ). Vejamos o que a passagem nos diz:
“ porque é o tempo do começo do juízo , isto é, no qual o juízo está começando...”

1 Pedro 4:17 V-ANM

GRK: καιρὸς τοῦ ἄρξασθαι τὸ κρίμα

KJV: [é chegado] que o julgamento deve começar em
INT: tempo [para] ter começado o julgamento

Esse tempo já tinha iniciado nos dias de Pedro: “E se primeiro começa em nós”. “O começo do julgamento" é a perseguição dos cristãos, como nosso Senhor ensinou ( Mateus 24: 8, 9). mas esse juízo não é para condenação: "Quando somos julgados, somos castigados pelo Senhor, a fim de não sermos condenados com o mundo" ( 1 Co 11.32 ); é a prova de fogo "que é muito mais preciosa do que a do ouro que perece", o fogo refinado da aflição.” As perseguições e sofrimentos que caíram sobre a Igreja, começando “da casa de Deus”, é a abertura desse julgamento.


ANTECEDENTES NO A.T:
Pedro tem em mente Eze 9: 6; compare Jr 25:29

Matai velhos, jovens, virgens, meninos e mulheres, até exterminá-los; mas a todo o homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa.
Ezequiel 9:6
Porque, eis que na cidade que se chama pelo meu nome começo a castigar; e ficareis vós totalmente impunes? Não ficareis impunes, porque eu chamo a espada sobre todos os moradores da terra, diz o Senhor dos Exércitos.
Jeremias 25:29
Que o Julgamento começa na Casa de Deus é uma dedução da visão de Ezequiel 9 ( cf. Ezequiel 7: 4 , o καιρός tempo, chegou ); o massacre dos israelitas que não são marcados com o sinal.

INTERESSANTE QUE O COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA SOBRE 1 Pe 4.17 , NÃO INTERPRETA COMO UM JUÍZO INICIADO EM 1844 E CONCORDA COM O QUE COMENTAMOS ACIMA:

"17. É. Este verbo não está no texto grego, porém tem sido corretamente adicionado, pelos tradutores, Ver com. Sobre “comece” conforme verso 7.
Tempo. Gr., kairós, um “tempo” particular, específico (ver com. Marc 1.15; At 1.7).
Juizo. Gr. kríma, "sentença" (ver com. Apoc. 17: 1). A cena de juízo de Eze. 9 aparentemente constitui o paralelo da comparação que Pedro faz entre o

fiel cristão e os ímpios ante o trono do juízo de Deus.

... A primeira sentença deste versículo poderia traduzir-se:"Porque é o tempo apropriado de que o juízo comece na casa de Deus".

Devido a brevidade do tempo (v. 7) e do “fogo” que pronto sobrevirá (v. 12). Pedro instava a seus irmãos na fé a que recordassem suas solenes responsabilidades como cristãos.

Compararem isto com Eze 9.6 de onde os mensageiros do juízo começaram pelo santuário levando a cabo sua obra de juízo com os que haviam manifestado a mais elevada profissão de fé.

No fogo do tempo do “juízo”, Deus espera muito dos que levam o nome de Cristo.
Casa de Deus. Isto é a igreja (ver com. 1 Tm 3.15).”

Conclusão:
Pedro fala de um tempo que para eles já tinha chegado. Ele usa o termo “juízo” para se referir as perseguições, e aflições,( comp .1 Pe 3.14). O justo é salvo com dificuldades e disciplina ( Jo 15.2; 1 Co 11.31-36; 2 Ts 1.3-8). Então 1 Pe 4.17 se aplica claramente ao tempo em que ele escreveu, e aplicar isso a 1844 é uma interpretação forçada."

Via Facebook

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Ellen White ordenou aos Adventistas entenderem os Apócrifos!


A crença adventista em Ellen White, como sendo a manifestação do “espírito de profecia” nos dias finais é uma crença quase que exótica da Igreja Adventista. As visões de Ellen White possuem elementos estranhos, e ensinos que não encontramos na Bíblia – também, com cerca de 2.000 visões [número esse contestado por alguns adventistas, mantidos por outros mais ‘devotos’], não seria de esperar outra coisa.

Ela menciona – em um de seus escritos, a respeito de um livro “escondido”. E curioso que ela depois identificou qual seria esse tal livro escondido:


Eu vi que os Apócrifos são o livro escondido, e que os sábios destes últimos dias devem entendê-lo. Vi que a Bíblia é o livro padrão, que nos julgará no último dia.”— Manuscript 4, 1850, (A copy of E. G. White’s vision which she had at Oswego, N.Y.).


Os defensores intelectuais dela dão a seguinte explicação – coloquei uma nota para cada afirmativa ou defesa: 

“Se o que temos é uma cópia fiel do que ela escrreveuA, o sentido e o significado desta declaração é obscuroB. Em nenhum período subseqüente  Ellen White fez referência aos apócrifos, apelou para os adventistas os estudarem, ou estimulou sua leitura. Nem tampouco incluiu ela tal declaração em qualquer de suas publicaçõesC. O que quer que se faça com essa declaraçãoD, deve ser observado que os apócrifos não são descritos como sendo inspiradosE, mas são contrastados com as Escrituras, que são chamadas de o “Livro padrão, que nos julgará no último dia.F (AQUI)


A)    Parece que mencionar uma inócua inexatidão do documento, ou mesmo, levantar uma duvida com um "SE", pode ajudar a criar uma possibilidade de fraude? Erro? Porém, não se apresenta uma prova para confirmar essa suspeita. Fora que o que mais o Adventismo preza, é manter a aceitação dos escritos de Ellen White, não duvidar deles.

B)    Obscuro? Qualquer leitor ignorante saberia o que ela quer dizer – que os Adventistas, os tais “santos”, devem entender os apócrifos no tempo que vivemos.


C)     E qual a diferença se ela não mencionou isso novamente? Se o que ela escreveu aí foi recebida em visão, precisaria mais alguma coisa? Ela disse: “Vi”! Uma breve comparação – a Bíblia nos fala apenas uma vez da Torre de Babel.

D)    ‘O quer que se faça’? O Centro White parece que não entendeu o que Ellen White escreveu... deixa eu explicar mais uma vez: Que os Adventistas entendam o livro ‘escondido’. Evidentemente, algumas visões de Ellen White poderiam, e podem ser beneficiadas com o conteúdo de alguns apócrifos*.


E)     Ela não disse mesmo, e daí? A visão disse que os santos devem se aplicar em entedê-lo, então caros adventistas – mãos à obra!

F) Essa declaração é clara, sim, tanto quanto a anterior!!!


(*A página na internet (http://www.adventistas.com) demonstra pontos das visões de White relacionados com alguns livros apócrifos, como II Esdras.)



Na verdade, como escreveram Franklin Ferreira e Alan Myatt, na Teologia Sistemática, Ellen White ao invés de ser uma constante fonte de verdade, como afirma a crença fundamental 18, ‘se tornou uma constante fonte de problemas’.


quinta-feira, 19 de abril de 2018

Como Corpo Governante enganou as Testemunhas de Jeová com a Brochura "Trindade"?

               "As 10 piores citações falsas da Brochura “Deve-se Crer na Trindade?”

"Quando uma Testemunha de Jeová (TJ) lê esta lista dos 10 mais, elas chegarão à conclusão ou que a Sociedade Torre de Vigia (STV) está errada por fazer citações satânicas ou se tornarão desonestas consigo mesmas! Esta lista é tão poderosa e irrefutável que as TJ não terão nenhuma ideia de como tratar com ela! Sua resposta comum é voltar para as sombras do anonimato de onde elas vieram.

A revista Sentinela, de 1 de agosto de 1990 publicou um autoelogio do folheto:
Deve-se Crer na Trindade?
Ian Boyne, escritor de assuntos religiosos para o jornal The Sunday Gleaner, Jamaica, Índias Ocidentais, analisou uma brochura recentemente publicada pelas Testemunhas de Jeová e comentou, em parte:
“As Testemunhas merecem ‘nota 10’ por esse documento que, embora redigido com uma simplicidade tal que um adolescente o pode ler, está pontilhado — sem exagero — de citações de eruditos e fontes respeitáveis. . . . A publicação Deve-se Crer naTrindade? é um golpe de mestre das Testemunhas de Jeová, e agora nenhum trinitarista — ou binarista — está seguro. O folheto empilha citação após citação de fontes históricas e teológicas para mostrar que a doutrina da Trindade não se originou na Bíblia. Ele cita a abalizada Encyclopedia of Religion [Enciclopédia de Religião] como dizendo: ‘Os teólogos concordam que o Novo Testamento também não contém uma explícita doutrina da Trindade.’”
Boyne disse também: “É dificílimo para este escritor de assuntos religiosos divisar como um membro mediano duma igreja — ou até mesmo um que esteja acima da média — poderá responder aos argumentos convincentes e abalizados reunidos pelas Testemunhas de Jeová contra o conceito de que Jesus é Deus.”
Notem a tremenda forma como a STV se vangloria de que “ninguém pode revidá-los”. O artigo da revista diz que o folheto “está pontilhado — sem exagero — de citações de eruditos e fontes respeitáveis”. Mas vamos ver por este nosso artigo que a STV não é tão honesta como parece ser.
A Lista das 10 mais: “O Pior dos Piores” da STV é fazer citações satânicas em sua Brochura “Deve-se Crer na Trindade?” Esta pequena Brochura satânica é usada pelas TJ para enganar o público em pensar que a Trindade é uma doutrina pagã. A Brochura faz cerca de 100 citações de várias fontes no total. Inclusive incluímos aqui um pequeno trecho delas para provar o que estamos falando.
1. Primero, incluímos citações da STV de 8 descrentes bíblicos (críticos do cristianismo) para demonstrar que a Trindade é pagã, que nem mesmo acreditaram na Bíblia! Se a STV tivesse dito que esses oito homens também disseram que o cristianismo foi de origem pagã, retiraríamos nossa crítica! Mas a STV faz parecer que estes 8 homens dizem que só a Trindade foi pagã mas acreditam no resto da Bíblia. Isto é chocante e por isto confira se você está mesmo sentado antes de ler!
2. Nós também incluímos exemplos de como a STV deliberadamente cita mal a Bíblia sobre a crença dos trinitarianos e lhes faz dizer que está o oposto do que eles pensaram.
3. Do lado esquerdo da tabela colocamos a ctiação como a aparece na Brochura. Na parte direita colocamos a citação completa com as partes em 
vermelho sendo aquelas que eles omitiram.

Top nº 1 
Boletim da Biblioteca John Rylands
O autor é um crítico do cristianismo
“Tem que ser enfrentado o fato que a pesquisa do Novo Testamento…mostrou um número crescente de estudiosos do Novo Testamento que chegaram à conclusão que Jesus…certamente nunca creu ser Deus” Citado pela STV

Em um dos mais incríveis exemplos satânicos de fazer falsas citações, olhem o que eles omitiram com suas reticências (…). Vejamos a citação completa:“Tem que ser enfrentado o fato que a pesquisa do Novo Testamento pelo menos nos últimos trinta ou quarenta anosum número crescente de estudiosos do Novo Testamento que chegaram à conclusão que Jesus em si não clamou nenhum dos títulos cristológicos que os evangelhos lhe atribuem, nem mesmo o nome de ‘Cristo’ e certamente nunca creu ser Deus”. 
Estes “estudiosos” não só negavam que Jesus disse ser Deus, mas que Ele também nunca disse ser o Messias! Simplesmente não podemos entender por quê a Sociedade ama citar estes críticos do cristianismo!

Top nº 2 
E. Washburn Hopkins: Origem e Evolução da Religião
Hopkins é um crítico do cristianismo
“Jesus e Paulo aparentemente desconheciam a doutrina da trindade;…nada dizem a seu respeito.” Citado pela STV

Olhe o resto da frase: “O princípio da doutrina da Trindade já aparece em João” (c. 100). A Jesus e Paulo a dourina da Trindade era aparentemente desconhecida” Enquanto Hopkins crê que Jesus e Paulo rejeitaram a Trindade, ele diz uma frase antes: que o evangelho de João a ensina claramente! É lógico que Hopkins é outro crítico do cristianismo que também disse: “Finalmente, a vida, tentação, os milagres, parábolas e inclusive os discípulos de Jesus foram diretamente derivados do budismo”. Assim, Hopkins acha que a Trindade E a maioria das doutrinas da STV são derivadas do budismo! Nossa! Uma prova muito convincente, de fato!
Top nº 3 
Siegfried Morenz: Religião Egípcia
Morenz é um crítico do cristianismo
“A trindade era uma das principais preocupações dos teólogos egípcios… Três deuses são combinados e tratados como se fossem um único ser, a quem se dirige no singular. Deste modo, a força espiritual da religião egípcia mostra ter um vínculo direto com a teologia cristã”  Citado pela STV

Olhe a frase em vermelho abaixo, que as TJ omitiram da frase. Morenz, que não acreditava na Bíblia, diz que a Bíblia ensina a Trindade. Ele não está dizendo que só a Trindade é de origem pagã, mas a Bíblia inteira!”A trindade era uma das principais preocupações dos teólogos egípcios…Três deuses são combinados e tratados como se fossem um único ser, a quem se dirige no singular. Deste modo, a força espiritual da religião egípcia mostra ter um vínculo direto com a teologia cristã. Para evitar qualquer mal entendido, devemos enfatizar que a substância da Trindade cristã é bíblica: Pai, Filho e Espírito Santo. Os três são mencionados juntos em todo o Novo Testamento, provavelmente por razões litúrgicas”. 
Morenz é um crítico do cristianismo! Não só diz que a Trindade é pagã, mas avisa que as expressões “segunda morte” [Ap. 20:14], “coroa da vida” [Tg. 1:12] e a “coroa dos justos” são termos pagãos! Tendo dito isto, Morenz realmente diz que a Bíblia ensina a Trindade! Ele não crê na Bíblia, pensa que ela é de origem pagã, mas que a Bíblia ensina a Trindade! Que decepção satânica das TJ!

Top nº 4 
Will Durant: História da Civilização
Durant é um crítico do cristianismo
“O cristianismo não destruiu o paganismo; ele o adotou. . . . Do Egito vieram as idéias de uma trindade divina.” Citado pela STV
Veja as palavras que as TJ tiraram da citação (em vermelho):”O cristianismo não destruiu o paganismo; ele o adotou. . . . Do Egito vieram as idéias de uma trindade divina, o Juízo Final, a recompensa e castigo” . Olhem só! Durant não só diz que a Trindade é pagã, mas que o Juízo Final também é! Duvido que as TJ concordem com isso! Durant acusa os apóstolos de roubar suas doutrinas do paganismo nesta citação!


Top nº 5 
Arthur Weigall: O Paganismo no Nosso Cristianismo
Weigall é um crítico do cristianismo
“Em nenhuma parte do Novo Testamento encontra-se a palavra ‘Trindade’. A idéia só foi adotada pela Igreja trezentos anos depois da morte de nosso Senhor; e a origem do conceito é inteiramente pagã.”Sentinela, 1 de setembro de 1989, p.8

Chamamos Weigall de “estrela” da Torre de Vigia ao tentarem provar que a Trindade é pagã. Ele é muito usado na Brochura. Só que Weigall também fala que todo o cristianismo e suas doutrinas, como a Santa Ceia, o batismo e o nascimento da Virgem são de origem pagã!

Top nº 6 
Lyman Abbott: Dicionário do Conhecimento Religioso
Abbott é um crítico do cristianismo
a Trindade “é a corrupção emprestada de religiões pagãs e enxertada na fé cristã”. Citado pela STV

É desonesto que a STV tampouco diz que o autor critica no mesmo livro a Igreja, o batismo, a Ceia do Senhor, a expiação pelo sangue e a Trindade!

Top nº 7 
Edward Gibbon: História do Cristianismo
Gibbon é um crítico do cristianismo
“Se o paganismo foi conquistado pelo cristianismo, é igualmente verdade que o cristianismo foi corrompido pelo paganismo. O puro deísmo dos primeiros cristãos . . . foi mudado, pela Igreja de Roma, para o incompreensível dogma da trindade. Muitos dos dogmas pagãos, inventados pelos egípcios e idealizados por Platão, foram retidos como sendo dignos de crença.” Citado pela STV

O que Gibbon está dizendo é que a própria Bíblia é de origem pagã, não só a doutrina da Trindade! “Gibbon foi um cético e sua incredulidade transparece em cada página de seu trabalho, onde o cristianismo é raramente mencionado. Seu ceticismo o levou a cometer vários erros e inexatidões em sua obra” (Enciclopédia de literatura Bíblicateológica e eclesiástica, John McClintock e James Strong, Vol 3, p847 “Gibbon”)

Top nº 8
Adolf Harnack: Linhas Gerais da História de Dogmas
Harnack é um crítico do cristianismo
“Por volta do fim do terceiro século EC…a doutrina da igreja ficou firmemente enraizada no solo do helenismo [pensamento grego pagão]” Citado pela STV

Olhe só o que Harnack disse algumas frases antes: “a religião cristã no terceiro século não tinha qualquer ligação com as religiões pagãs”. Mas Harnack é um crítico do cristianismo. “Harnack começou com pressuposições anti-cristãs e anti-supernaturalistas…os métodos e idéias de Harnack o levaram a negar as maiores doutrinas do cristianismo, como o nascimento virginal, a divindade e pré-existência de Jesus, a ressurreição do corpo, os milagres, a existência de demônios, exorcismos e Jesus como o Messias prometido”.Harnack diz que a Igreja no séc. III NÃO FOI AFETADA pelo paganismo! Isto é o que a STV não quer que você veja, porque contradiz o que eles crêem! Este é um exemplo de como a STV torce até mesmo a frase de um crítico do cristianismo!

Top nº 9 
Edmund Fortman: O Deus Triúno 
Fortman é trinitarista
Não  evidência de quequalquer escritor sacrosequer suspeitasse daexistência 
de uma [Trindadena Divindade. Citado pela STV

A STV deliberadamente não diz que esse comentário de Fortman se dirige especificamente aos escritores do Velho Testamento e não aos escritores do Novo Testamento.  A STV faz parecer que Fortman está dizendo que NENHUM escritor da Bíblia suspeitasse da existência da Trindade.
Top nº 10
James Hastings: Enciclopédia de Religião e Ética
Hastings é trinitarista
“De início, a fé cristã não era trinitarista”. Citado pela STV

Veja a citação completa:“De início, a fé cristã não era trinitarista numa referência estritamente ontológica”.
A STV faz parecer que Hastings nega a Trindade e concorda com as TJ, quando na verdade ele está apenas se referindo ao sentido ontológico. Que falcatrua que a STV faz neste Brochura! Todos os trinitarianos concordam com Hastings. Ele está falando de salvação X Trindade ontológica. As TJ nunca ouviram falar sobre isto, muito menos a entendem!"
Fonte: Steve Rudd
Tradução: Stephen Adams (
http://logosapologetica.com/as-10-piores-citacoes-falsas-da-brochura-deve-se-crer-na-trindade/)


quarta-feira, 18 de abril de 2018

Por que as Testemunhas de Jeová já foram proibidas de se casarem?

Poucas Testemunhas de Jeová sabem disso, se é que alguma, dentre a geração mais atual, já ouviu algo do tipo. O chamado livro de história ‘cândida’ das Testemunhas de Jeová, intitulado “Proclamadores do Reino”, que nem sei se ainda é usado como referencia histórica por eles mesmos, nem toca nesse assunto, como também não toca em outros.

Na época da presidência de J. F. Rutherford, as Testemunhas se viram sob o poder de um único homem. Este colocava suas interpretações sobre as Testemunhas de Jeová como nunca antes. Seu modo de governar era totalitário. Sabe-se que ele perdia seu controle no uso da bebida. Além de inventar novas doutrinas como a que a Grande Multidão viveria para sempre na Terra, separada dos 144.000 no céu.


J. F. Rutherford sentado



Pelo que se sabe, a mulher dele tinha problemas [mentais?], ele não viveu com ela nos tempos finais de sua vida. Ele morava em uma mansão que construiu para receber os heróis da fé ressuscitados a partir de 1925... obviamente isso não aconteceu, embora essa casa estava registrada no nome dos patriarcas bíblicos...

Ele colocou na cabeça que o fim viria pelos anos de 1941/2. Quando lançou o livro Filhos em 1941, disse que tal livro seria “Um instrumento providencial do Senhor para um trabalho mais efetivo nos meses que restam antes do armagedom(Watchtower, 15/09/1941, p. 288).

Curioso é que esse livro era um romance fictício entre dois jovens que adiaram o casamento para após o Armagedom, e assim constituir família no novo mundo! Entre os vários dizeres do casal de noivos, este parece ser o mais claro:

“Podemos bem adiar o nosso casamento até que a paz duradoura venha à terra. Agora nada devemos acrescentar às nossas tarefas, mas estejamos livres e equipados para servir ao Senhor . Quando a TEOCRACIA estiver completamente estabelecida não será dificultoso criar filhos.” (Filhos, p. 292).

Creio que essa proibição foi baseada na verdade em sua revolta pelos problemas conjugais que tinha, e então atribuiu à Bíblia, sua imaginações:

“Desde que o Senhor está agora ajuntando suas "outras ovelhas", que hão de formar a grande multidão, devem êles começar a casar agora e ter filhos em cumprimento do mandato divino? Não, é a resposta, apoiada plenamente pelas Escrituras.” (Salvação, p. 287).

A razão por ele apresentada foi uma comparação entre o período do dilúvio e após dilúvio, com os últimos dias e a entrada do novo mundo:

“Os filhos de Noé e suas mulheres não tiveram filhos durante o dilúvio . Não há evidência de que se tomasse nenhuma criança na arca, e isso é prova concludente de que não nasceu filho nenhum aos filhos de Noé nem antes do dilúvio nem durante o mesmo . (Gênesis 7 : 13 ; 8 : 16) 0 quadro profético mostra que não nasceram crianças aos filhos de Noé e suas mulheres até depois do dilúvio, e a primeira mencionada nasceu dois anos depois do dilúvio."(Gênesis 11 : 10)” (Salvação, p. 287,288).

O livro Salvação foi lançado em 1939. Parece que dois anos depois, apesar de manter a ideia, ele começa ‘enfraquecer’ a proibição, (o tempo é o maior inimigo dos falsos profetas) No livro já citado ele foi brando em sua proibição, mas jogou a Bíblia contra os que iriam casar-se:

“Deverão os homens e mulheres, que são os Jonadabes ou "outras ovelhas" do Senhor, se casarem ou gerarem filhos agora antes do Armagedon ? Eles podem assim fazer, mas a admoestação ou conselho das Escrituras aparece estar contra isso .” (Filhos, p.292).

Nem precisamos dizer que esses absurdos, partem de uma mente obcecada por poder místico, e provavelmente diabólica (I Tm 4.1,2). O Líder Rutherford faleceu em julho de 1942.

Mas pergunte isso a uma Testemunha de Jeová... pergunte o que ela acha de um ensino desse, sem mencionar a principio que foi o ‘grande Rutherford’ que disse isso. Depois que ela emitir o julgamento apresente as provas. Talvez o discurso dela mudará rapidamente!



domingo, 15 de abril de 2018

Adventista Sérgio Monteiro - erudição a serviço da ilusão

Um respeitado apologista e teólogo adventista da atualidade [e com boas razões, pois possui uma erudição independente] , o professor Sérgio Monteiro, deu uma aula de como usar a sapiência em prol da 'fé cega', em defesa da crença dogmática adventista, e não verificação dos rastros das evidencias. Ele e o Dr. Rodrigo Silva são provas que a capacidade intelectual pode ser barrada quando estão submissos a um sistema religioso.
Todos sabem que a data de 22 de outubro não foi a data do Dia da Expiação (Yom Kippur) e sim o dia 23 de setembro, conforme todas as fontes disponíveis. Porém, o habilidoso professor Sérgio Monteiro - como diz um antigo adágio popular - "fez das tripas o coração" - para argumentar contra as evidencias e ainda teve a 'refulgente' finalização: 'nossa data está baseada na Bíblia'!

Ele me lembrou muito da defesa das Testemunhas de Jeová em relação a data de 1 de outubro de 1914, que começa a contagem em 607 a.C como data inicial da destruição de Jerusalém por Nabucodonosor. Acontece que todas as evidencias históricas apontam para 587 a.C. Então, o esforço da Torre de Vigia é semelhante, enfraquecer a evidencia e terminam dizendo de maneira aparente piedosa: 'nossa data está baseada na Bíblia'.

Ok, semelhanças à parte - assista ao vídeo, depois logo abaixo leia o que Sydney Cleveland, mencionado por Monteiro, escreveu sobre o assunto.



22 de Outubro de 1844—
As Coisas Se Complicam Para o Adventismo Tradicional

Sydney Cleveland


Os adventistas do sétimo dia concordam que, segundo as Escrituras, o Dia da Expiação é o décimo dia do sétimo mês judaico: "Isso vos será por estatuto perpétuo: no sétimo mês, aos dez dias do mês, afligireis as vossas almas, e nenhuma obra fareis, nem o natural nem o estrangeiro que peregrina entre vós. Porque naquele dia se fará expiação por vós, para purificar-vos: e sereis purificados de todos os vossos pecados perante o Senhor".– Levítico 16:29-30.
Os adventistas do sétimo dia também concordam em que qualquer calendário judaico indicará que o sétimo mês judaico é o mês a que os judeus chamam de "Tishri". Para ajudar o leitor, os doze meses judaicos estão alistados abaixo, tendo o número de dias de cada mês e seu correspondente aproximado no calendário gregoriano:
  1. Nisã (30 dias) - março/abril
  2. Iyyar (29 dias) - abril/maio
  3. Sivã (30 dias) - maio/junho
  4. Tammuz (29 dias) - junho/julho
  5. Av (30 dias) - julho/agosto
  6. Elul (29 dias) - agosto/setembro
  7. Tishri (30 dias) - setembro/outubro
  8. Cheshvan (29 ou 30 dias) - outubro/novembro
  9. Kislev (29 ou 30 dias) - novembro/dezembro
  10. Tevet (20 dias) - fezembro/janeiro
  11. Sh'vat (30 dias) - janeiro/fevereiro
  12. Adar (29 dias) - fevereiro/março
Não há disputa entre os adventistas do sétimo dia, cristãos e judeus quanto a essa informação. Contudo, os adventistas do sétimo dia há muito têm ensinado que no ano de 1844, o Dia da Expiação (o 10o de Tirshri) ocorreu em 22 de outubro. Os adventistas do sétimo dia teimosamente sustentam a data 22 de outubro basicamente porque Ellen G. White declara ser correta.
O décimo dia do sétimo mês, o grande Dia da Expiação, o tempo da purificação do santuário, que no ano de 1844 caiu em 22 de outubro, era considerado como o tempo da vinda do Senhor. Isto estava em harmonia com as provas já apresentadas de que os 2.300 dias terminariam no outono. . . . o fim dos 2.300 dias no outono de 1844 permanece sem impedimentos" – The Great Controversy [O Conflito dos Séculos], págs. 400, 457.
Esta alegação dos adventistas do sétimo dia está em contradição direta com a data judaica para o Dia da Expiação que em 1844 foi 23 de setembro. Isto é claramente comprovado por enciclopédias e almanaques judaicos do século XIX, modernos programas computadorizados de calendário e cálculos astronômicos feitos por numerosos observatórios.
Está simplesmente fora de questão que o Dia da Expiação judaico em 1844 foi 23 de setembro. Assim, no que concerne aos judeus ortodoxos/rabínicos, os adventistas do sétimo dia estão equivocados em sua alegação de que o Dia da Expiação em 1844 caiu em 22 de outubro. Para verificação, por favor consulte no website o item "The 2300 dias and October 22, 1844 - Wrong Day, Month, Year and Event! [Os 2.300 dias e 22 de outubro de 1844—dia, mês, ano e evento errados!]" (que também inclui um link para um website judaico que tem um programa computadorizado de calendário).
Esta recente evidência era inesperada para os eruditos adventistas do sétimo dia e os está forçando a admitir que em 1844 os judeus rabínicos/ortodoxos de fato celebraram o Dia da Expiação (o 10o. de Tishri) em 23 de setembro. Em resultado disso, esses eruditos estão agora cientes de que sua data 22 de outubro está em sério descrédito, pois tinham ensinado que os judeus rabínicos/ortodoxos também celebravam o Dia da Expiação em 22 de outubro de 1844.

Discrepância de Um Mês—Como Explicar?

Os ASDs alegam que em 1844 uma seita judaica bem pequena, os "caraítas", usavam um caledário diferente e assim celebraram o Dia da Expiação (o 10o de Tishri) em 22 de outubro, um mês depois dos judeus rabínicos/ortodoxos que o faziam em 23 de setembro. Assim, o ensino ASD todo com respeito aos 2.300 dias de Daniel 8:14, o Juízo Investigativo, o Grande Desapontamento, e a entrada de Jesus no Santíssimo tem por fundamento somente as palavras de sua profetisa Ellen G. White em sua alegação de que os caraítas celebraram o Dia da Expiação em 22 de outubro de 1844. Se qualquer dessas asserções estiver incorreta, então o adventismo do sétimo estará em séria dificuldade teológica.

O Que os Adventistas Dizem Sobre os Caraítas

Quando os adventistas do sétimo dia são pressionados a apresentar evidência documentando que os caraítas de fato celebraram o Dia da Expiação (o 10o de Tishri) em 22 de outubro de 1844, não podem fazê-lo. Em vez disso, como prova, indicam informação no Seventh-day Adventist Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], e o livro de L. E. Froom Prophetic Faith of Our Fathers [A Fé Profética de Nossos Pais]. Estas "provas" são citadas abaixo:
SNOW, SAMUEL S. (1806-1870). Congregacionalista, depois cético, mais tarde ministro milerita; iniciador do "movimento do sétimo mês". Começando com um artigo escrito em 16 de fevereiro de 1843, ele realçou o décimo dia do sétimo mês judaico, Tishri, o dia judaico da expiação, como o verdadeiro fim da data profética dos 2.300 anos. Mais tarde ele estabeleceu o dia específico como 22 de outubro de 1844, que no nosso calendário equivaleria ao décimo dia do sétimo mês naquele ano, segundo o velho calendário judaico. . . .
Em comum com todos os adventistas, Snow ficou profundamente desapontado com a falha de o Noivo descer do céu em 22 de outubro. Por um breve período ele questionou se um erro havia sido feito na contagem profética do ano.
Contudo, logo começou a pregar estranhas doutrinas, e publicou um periódico, chamado Jubilee Standard, de março a agosto de 1843. Profundos conflitos se desenvolveram entre ele e os mileritas, e ele se envolveu em extremo fanatismo, e finalmente proclamou ser ele próprio Elias, o profeta. Logo separou-se do adventismo de todas as formas. –The Seventh-day Adventist Encyclopedia [Enclopédia Adventista do Sétimo Dia], vol. 10, p. 1357
Infelizmente, conquanto os adventistas do sétimo dia aleguem que havia um "velho calendário judaico caraíta", não conseguem apresentar nenhum! Faltando evidência empírica de que o 10o. dia de Tishri em 1844 foi 22 de outubro, os ASDs indicam aos pesquisadores a obra de L. E. Froom, Prophetic Faith of our Fathers, p. 792, onde Froom tenta justificar a data de 22 de outubro em "Evidência E" e ". . . F". Contudo, Froom não apresenta nenhum documento caraíta para demonstrar que eles tiveram uma data diferente dos judeus rabínicos para o Dia da Expiação em 1844.
Os adventistas admitem que S. S. Snow era um indivíduo indigno de confiança. Contudo, as bobagens de Snow vão além do simples engano. L. R. Conradi, um ex-adventista do sétimo dia, registra a reivindicação de S. S. Snow de revelação divina como fonte inicial para a data 22 de outubro de 1844:
De 22 de março até 22 de outubro de 1844, S. S. Snow, gradualmente obtendo uma poderosa influência sobre todos os adventistas,
  • alegou que o Pai lhe havia revelado que a data de 22 de outubro de 1844 era o dia definido da vinda de Cristo para transformar os justos e destruir os ímpios;

  • que o grande dia do livramento era o ano jubileu do Dia da Expiação. (O fato) de que esse ano jubileu ainda estava anos no futuro, e que o Dia da Expiação judaico caía em 23 de setembro, não o incomodavam.—The Foundation of the SDA Denomination [O Fundamento da Denominação ASD], L. R. Conradi (ex-ASD) p. 68, escrito em 1939.
Sendo que os adventistas do sétimo dia já tinham um profeta, é compreensível que olhariam com desfavor a alegação de S. S. Snow de revelação divina. Contudo, ao desacreditar Snow, são deixados somente com uma fonte de evidência corroborativa: "o velho calendário judaico caraíta".
Seria de pensar-se que com tanta coisa pendente sobre um "velho calendário judaico caraíta", os adventistas do sétimo dia o teriam reproduzido e distribuído como folhas de outono! Contudo, nem sequer um "velho calendário judaico caraíta" pode ser encontrado–sem dúvida porque não existe nenhum "velho calendário judaico caraíta". Uma vez mais descobriremos os adventistas do sétimo dia perpetuando mesmo suas doutrinas mais fundamentais sobre mitos.
Talvez fique tão desapontado quanto eu pela falta de evidência para a crença adventista de que o Dia da Expiação caraíta em 1844 deu-se em 22 de outubro. Contudo, não devemos passar por alto a influência de Ellen G. White nesta questão. Em vista de que a Sra. White apôs o seu selo de aprovação sobre a data 22 de outubro, os adventistas devem crer em 22 de outubro a despeito de uma montanha de evidência contrária!
Qual é a evidência? Considerem o que modernos judeus e caraítas têm a dizer:

O que os Judeus e os Caraítas Dizem Sobre 22 de Outubro de 1844

No outono de 1998 correspondi-me com modernos judeus rabínicos e caraítas com respeito ao "velho calendário judaico caraíta" e a possibilidade de que o Dia da Expiação tenha sido celebrado em 22 de outubro no ano de 1844. Gostaria de compartilhar com os leitores alguns de seus comentários:
Na realidade não há coisa tal como um calendário caraíta perpétuo, uma vez que a real celebração de festivais geralmente se determina por observação. Eles usam de fato calendários que os ajudam a determinar "quando" calcular.– Dr. Daniel Frank
Diferentemente do calendário rabínico, não existe calendário caraíta perpétuo.--Dr. Philip E. Miller, Bibliotecário, The Klau Library, Hebrew Union College-Jewish Institute of Religion [Instituto Judaico de Religião], Nova York, NY
No século 19 os caraítas geralmente estabeleciam os feriados com base em cálculos muito inexatos e primitivos, e não na real observação da Lua Nova. Ademais, nesse período diferentes comunidades caraítas seguiam diferentes sistemas de cálculo e podem ter variado por alguns dias em sua observância.—Nehemia Gordon, Jerusalém, Israel (www.geocities.com/Athens/Forum/3384/karaitekorner-main.html)
Se os adventistas (do sétimo dia) desejam reivindicar que todas as autoridades judaicas têm estado erradas, e somente a pequena seita dissidente dos caraim ("caraítas") tinha o Único Verdadeiro Calendário—bem, eu gostaria de ver um certificado com a assinatura de Deus nele!--Will Linden
Não creio que seja possível que o Yom Kippur (o Dia da Expiação) caísse tão tardiamente como em 22 de outubro no calendário de Hillel. Julgo que a data mais tardia em que poderia ter caído seria algum tempo em torno de 15 de outubro.—Tracey Rich
O Dia da Expiação nunca ocorreu tão tarde no ano quanto em 22 de outubro.—Prof. Prohofsky, Purdue University.
Um rápido exame em seu calendário (dos caraítas) confirma que está fora de sincronia com o calendário de Hillel que os judeus rabínicos (não caraítas) utilizam.— Tracey Rich
É importante que os modernos pesquisadores entendam que os caraítas eram uma seita judaica muito pequena e espalhada sem qualquer corpo governante central. Não havia um calendário caraíta universalmente aceito, e assim é possível que várias comunidades caraítas celebrassem seus festivais em diferentes dias, e estivessem "fora de sincronia" com os judeus rabínicos. Contudo, a diferença em 1844 teria sido de somente um ou dois dias, não um mês inteiro.
Por exemplo, considerem como os cálculos caraítas modernos das fases da lua em 1844 e os dias santos anuais em 1998/1999 diferem apenas ligeiramente daqueles admitidos pelos judeus rabínicos:

Fases da Lua Calculadas em 1844 pelos
CARAÍTAS*JUDEUS RABÍNICOS**
Lua Nova 12 de setembro de 184414 de setembro de 1844
Lua Nova 28 agosto de 184428 de agosto de 1844
Dias Santificados/de Jejum Escolhidos em 1998/1999 Calculados Pelos
CARAÍTASJUDEUS RABÍNICOS
Rosh Hashanah 22 de setembro de 199821 de setembro de 1998
Yom Kippur 1de outubro de 199830 de setembro de 1998
Sukkot 6 de otubro de 19985 de outubro de 1998
Pesah 1de abril de 19991de abril de 1999
Desses cálculos pode-se certamente argumentar que os caraítas poderiam ter celebrado o Dia da Expiação no mesmo dia, ou ao menos dois dias antes ou depois, dos judeus rabínicos. Contudo, existe documentação de que os caraítas celebraram o seu Dia da Expiação no mesmo dia do judeus rabínicos: 23 de setembro!

Com a Palavra o Rabino Caraíta Yusuf Ibrahim Marzuk

Um dos primeiros céticos com respeito à crença adventista quanto ao Dia da Expiação ter caído em 22 de outubro de 1844 foi o ex-pesquisador adventista do sétimo dia, E.S. Ballenger.
Ballenger escreveu em seu periódico The Gathering Call, maio-junho de 1941:
22 de outubro de 1844 tem sido um tempo crucial para os ASDs uma vez que seus pioneiros fixaram sobre tal data a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo; e ainda se apegam tenazmente a essa data a despeito de todos os fatos ao contrário. O Dia da Expiação caiu em 23 de setembro de 1844, em vez de 22 de outubro. Isso pode ser facilmente demonstrado consultando-se qualquer almanaque judaico da época, ou qualquer autoridade judaica ortodoxa. Eles celebraram o Dia da Expiação em 1844 no dia 23 de setembro.Os defensores da idéia (ASDs) declaram que conquanto os judeus ortodoxos possam ter celebrado o Dia da Expiação em 23 de setembro, os judeus caraítas o observaram em 22 de outubro. Realizamos uma cuidadosa investigação, e descobrimos que esta é uma falsa alegação. O rabino-chefe dos caraítas do Cairo, Egito, Youseff Ibrahim Marzuk, em resposta a uma indagação quanto ao dia em que celebraram a expiação em 1844, escreveu:
"Quanto às datas da Páscoa e do Yom Kippur, são as seguintes: -- Segundo os judeus caraítas, no ano de 1843 o Yom Kippur caiu numa quarta-feira, dia 4 de outubro, e exatamente a mesma data segundo os rabínicos. No ano de 1844, caiu numa segunda-feira, 23 de setembro, tanto para os caraítas quanto para os rabínicos".
Quem era o Rabino Youseff Ibrahim Marzuk e por que sua resposta à consulta de Ballenger tinha autoridade sobre tal questão? No processo de responder a estas perguntas eu dediquei-me a uma pesquisa bastante ampla em websites caraítas e recebi as seguintes informações via e-mail:
Sou levado a crer que o relatório de Ballenger baseia-se em algum tipo de carta de Yusuf Ibrahim Marzuk. Isso parece-me provável porque houve uma tal pessoa ativa na comunidade caraíta do Cairo em 1941. Mourad el-Kodsi, em seu livro The Karaite Jews of Egypt refere-se a Yusuf Ibrahim Marzuk como chefe da Comunidade caraíta nesse período, conquanto el-Kodsi não faça menção à correspondência com Ballenger. Na pág. 221 el-Kodsi escreve:"Yusuf Ibrahim Marzuk (1882-1952): membro do concílio religioso, então deputado da comunidade por muitos anos. Às vezes, especialmente nos anos da década de 30, ele era a única autoridade. . . ."
Na pág. 59 el-Kodsi declara que Yusuf Ibrahim Marzuk era "o dirigente executivo da comunidade" em 1940. Não pode haver dúvida que Yusuf Ibrahim Marzuk mencionado por el-Kodsi é a mesma personalidade referida por Ballenger."—Nehemia Gordon, Jerusalém, Israel.
Confirmação adicional da pesquisa de Nehemia Gordon ocorre com o Dr. Philip E. Miller, que escreve:
Marzuk era um homem muito instruído, e se disse que as datas coincidiam, então provavelmente isso se deu.— Dr. Philip E. Miller, Librarian, The Klau Library, Hebrew Union College-Jewish Institute of Religion, New York, NY

CONCLUSÃO

A alegação dos adventistas do sétimo dia de que os caraítas celebraram o Dia da Expiação um mês depois dos judeus rabínicos/ortodoxos é meramente um mito.
22 de outubro de 1844 é uma teoria não-bíblica, historicamente falida, sustentada simplesmente sobre uma falsa profetisa, Ellen White. Já passou do tempo para os dirigentes adventistas admitirem a verdade a respeito de 22 de outubro de 1844.
Contudo, em vista do modo como a liderança adventista tem tratado toda outra evidência que contradiz as crenças adventistas, este pesquisador não prenderá a respiração na expectativa de tal admissão!


NOTAS
* As fases lunares caraítas eram calculadas com base no Ahmed's Moon Calculator [calculador lunar de Ahmed] do
Dr. Monzur, utilizado pelos caraítas (http://www.starlight.demon.co.uk/mooncalc/)
As datas de festivais anuais e jenuns foram calculadas pelo Rabino Magdi Shamuel ( http://www.geocities.com/SoHo/Atrium/4075/cal98-99.html).
** As datas rabínicas foram extraídas de The Jewish Holidays, A Guide & Commentary, por Michael Strassfeld, pág. 241, Harper & Row, (c) 1985


Traduzido de:
DoveNET, A Christian Theological Resource Center
The Cleveland Bible Commentary, A Christian Theological Resource