domingo, 31 de outubro de 2010

1844: A obsessão Adventista de Clifford Goldstein.

Hoje irei analisar de maneira simples uma postagem que intitulei '1844: a obsessão adventista'. Usei as palavras apaixonadas de Clifford Goldstein. Ele escreveu um livro intitulado 1844 – Uma Explicação Simples das Profecias de Daniel. Escolhi algumas frases e palavras dele do primeiro capítulo. Note por você mesmo, se 1844 não seria um DNA adventista. Além de Ellen White, pelo menos para meu ponto de vista, 1844 é a outra evidência que o Adventismo do Sétimo Dia é uma seita. O que Goldstein escreveu no livro está em negrito.


“O Senhor tirou-me do pecado, da morte e da alienação e vazio de uma vida afastada de Deus, e elevou-me não apenas a um conhecimento de Jesus, mas ao adventismo, á verdade presente, ao movimento mais importante desde a Reforma Protestante”
Observe que o crer em Cristo ficou a classificação de 'apenas'. Parece que não seria satisfatório conhecer a Jesus Cristo, o Deus-Homem, onde todo o tesouro e divindade estão escondidos. A pessoa que satisfaz Deus Pai, e motiva o Espírito Santo a dar testemunho ao mundo. Esse Único Soberano e Salvador não é a conclusão dos planos divinos, mas o adventismo merece destaque complementar. Embora, seja Cristo eterno, o Adventismo representa uma verdade presente, como que se a verdade não fosse desde sempre.

Confesso que senti muito nojo do que esse autor escreveu!

“...nossa [Adventista] mensagem está ligada ao que aconteceu em 1844.”
Os Adventistas tem uma identidade. Não é a pregação da salvação pela graça, não é a guarda do sábado (embora seja esse muito importante, mas os Batistas do Sétimo Dia são cristãos genuínos que guardam o sábado) não é a pregação da Trindade, pois eles a negaram no passado, não é a inerrância bíblica, pois eles a negam... mas sim, o ano de 1844. Essa identidade quem marcou neles foi a senhora Ellen White.

“ Se a doutrina de 1844 não era bíblica, Ellen White pertencia á mesma classe de Mary Baker Eddy e Joseph Smith.”
Mas como é fácil provar que Ellen White e os adventistas são heréticos. Isso está estabelecido por um teólogo reconhecido pelos adventistas! Então meu irmão, mãos á obra! 1844 é uma farsa, uma lenda adventista. Se ficou estabelecido desta maneira o melhor caminho de evangelizar os Advenstistas é a desmantelando a doutrina de 1844.

“ Se o juízo de 1844 não era bíblico, a igreja tampouco o era.”
Mais uma vez, Goldstein liga veracidade da igreja Adventista com a doutrina de 1844. Derrube 1844, e segundo Goldstein, a igreja Adventista sucumbe junto.

“ A lógica me dizia que se a data de 1844 não fosse bíblica, o adventismo não seria nada mais do que uma seita.”
'Se essa é a lógica, logo'... Anote bem essas afirmações dele. O dia que você for evangelizar os adventistas, comece por 1844. Pegunte ao adventista sobre essa doutrina, se ela é importante pra ele.


“ Se alguém quisesse usar o Antigo Testamento – sem consultar o Novo – teria tanta evidência para o juízo investigativo em 1844 quanto teria para provar que Jesus de Nazaré é o Messias!”
Mais uma vez rebaixa Jesus a um nível medíocre, para exaltar a doutrina de 1844. Isso é terrível....E Quem foi o primeiro a crer que Cristo é o messias e quando? Quem foi o primeiro a achar que Dn 8.14 se cumpriria em 1844 e quando?


“...minha confiança na verdade de 1844 permitiu-me vê-la [Ellen White] como um dos maiores profetas que já existiram!”
Jesus tinha uma outra opinião... mas e daí, não é mesmo? 'Apenas' Jesus não faz muita diferença mesmo para esse coitado.


“Minha compreensão da verdade a respeito de 1844 deu-me uma nova experiência com Jesus..”
Vai ser difícil terminar essa postagem... mas vou tentar! Isso quer dizer que a doutrina tem um lado místico, algo que 'reservado'. Uma nova conversão para ele? A doutrina de 1844 o levou para mais perto de Jesus...

“...os ensinamentos sobre 1844 provam, além de qualquer dúvida, que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é a igreja remanescente da profecia bíblica.”
Isso é uma piada sem graça. Não dá para rir, só chorar de pena desse adventista. Qual prova que as Igrejas Protestantes são igrejas verdadeiras? Com certeza então, se for 1844, então só os adventistas são a igreja de Deus...? Algo semelhante as Testemunhas de Jeová dizem sobre 1914. 'tal (adventistas) pai, tal filho (TJ)'.

“O juízo investigativo [1844] – mais que o estado dos mortos, o sábado e a segunda vinda – estabelece a validade do adventismo.”
Isso confirma o que eu disse acima. Destrua, elimine 1844, e você acabará com essa seita. Não é uma bravata de um crítico, de opositor adventista. É o Goldstein, que disse. Cujo reconhecimento entre os adventistas lhe concede a permissão de escrever lições nas revistas oficiais de ensino!

“Enquanto não entendermos a verdade de 1844, percebendo que os adventistas são os únicos que a ensinam...”
Uma doutrina dessa, quem ensinaria? Nem os apóstolos, nem os reformadores. J. Aquila foi o primeiro no século XIX (como postei em “Ellen White não sabia disso...?”) Depois Miller, então Ellen White deu uma nova roupagem a essa doutrina. Claro que seriam apenas os adventistas.

“...se não tiver profundo conhecimento a respeito dessa data [1844] ...então estará mal preparado para a sacudidura e o tempo de angustia.”
Agora é o seguinte, a perseverança final será baseada em 1844! Caso o adventista não conheça bem essa doutrina ele se dará mal na grande tribulação. 'Vou procurar saber disso na Bíblia então, pois sou pós-tribulacionista!!!' Que coisa estranha não é mesmo?

“A data de 1844... não nos salva. Mas, se 1844 não for uma data bíblica, nossa mensagem é falsa: somos uma igreja falsa ensinando uma falsa mensagem, e levando as pessoas por uma caminho enganoso. Ou a data de 1844 é verdadeira e temos a verdade, ou é falsa e nós herdamos uma mentira e a temos propagado.”
O que ele disse? Em outra palavras é o seguinte: 1844 não salva pois números não morreu na cruz. Mas apenas com 1844 é que seremos salvos! Caso contrario, mentirosos e hereges irão para o céu. Pois estamos ensinando a doutrina de 1844 aos quatro cantos da terra.

Concluo com as palavras dele:
“O juízo investigativo de 1844, o pilar teológico de 'nosso' movimento...uma vez que ela [a doutrina de 1844] desapareça, imediatamente desaparece o adventismo.”

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Evangelizando as Testemunhas de Jeová - Parte 1 Final

A próxima pergunta exigirá mais atenção teórica de sua parte. Pergunte : Com qual autoridade os tradutores da Tradução Novo Mundo colocaram 237 vezes o híbrido nome Jeová no Novo Testamento ? Essa pergunta está acima da média. A maioria TJ responderá de forma errada o processo que a Liderança adotou para enxertar 237 vezes o nome Jeová no Novo Testamento. Talvez digam que os manuscritos originais do NT possuíam. Ou algo do tipo.

Se ele souber a resposta, ou mesmo recorrer ao livro Raciocínios ( que é um manual de respostas que eles possuem), ele dirá ‘que como o nome de Deus apareceu no Velho Testamento quase 7000 vezes seria ilógico que sumisse abruptamente no Novo Testamento. Em especial quando citassem o VT.’

É uma tese, não apoiada por fatos. Ao contrario, os fatos contrariam essa tese. A verdade é que o uso do nome de Deus começou a ser substituído por circunlóquios uns 400 anos antes do tempo do Novo Testamento. E, as traduções do VT que circulavam entre os discípulos já não tinham a expressão lida para o nome de Deus. O que resta como apoio para os tradutores da TNM ? Outras versões que fizeram o mesmo. Mais nada. Se a conversa for com humildade e amor, legítimos, pondere atenciosamente com o TJ que ao colocar 237 vezes o nome Jeová no Novo Testamento, com quase 6000 manuscritos contra, é insistir numa ilusão. E diga que isso vai depor contra eles no Dia Final.

A próxima pergunta tem por base esclarecer uma dúvida sincera que o TJ seguramente tem: Substituir o nome de Deus por Senhor tem base nos escritores do Novo Testamento. Agora, substituir Senhor por Jeová no Novo Testamento tem base onde ?

Será necessário alguns versículos para esclarecer esse assunto. Leia alguns desses em sua Bíblia comparando com a TNM:

Lucas 4.18,19 compare com Isaías 61.1,2. Mateus 22.44 compare com Salmos 110.1. Romanos 10.13 compare com Joel 2.32.

Poderia citar outros exemplos, mas esses são suficientes para esclarecer. Acontece que na mente da Testemunha de Jeová existe um dilema. ‘Se ali no Velho Testamento existe o nome de Deus, necessariamente quando aquela passagem fosse citada no Novo Testamento, o nome de Deus teria que aparecer’.

Temos um delicado assunto diante de nós. Será importante quando evangelizar uma Testemunha de Jeová, dizer que nos dias do Novo Testamento, os Escritores inspirados não colocaram o nome de Deus no Novo Testamento. Assim sendo, a pratica atual de verter o Tetragrama por SENHOR no Velho Testamento tem base nos Apóstolos. Além de que desde os anos 400  a.C, essa prática tomou espaço entre o povo de Deus.

Terminamos as perguntas que giravam em torno do uso do nome Jeová por parte da religião da Torre de Vigia. Ainda terei algumas questões sobre a pessoa e atributos de Deus e a teologia dessa seita.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

"Ellen White sabia tudo de saúde!" Que coisa não?!

De acordo com a Sra. White, a masturbação não só causa a morte e uma ampla gama de doenças físicas, mas também problemas de saúde mental:

"Com freqüência, a mente fica completamente arruinada, e tem lugar a loucura”.85

A Sra. White prossegue:

"Vi uma jovem num povoado de Massachusetts que se havia tornado idiota por causa da masturbação”.86

"A autora visitou o Massachusetts State Lunatic Hospital [Hospital Estadual de Massachusetts Para Lunáticos]... Nossa atenção foi de súbito atraída pela aparência peculiarmente desfigurada, selvagem, hostil de um jovem com o olhar virado por sobre os ombros. Impressionada com esse aspecto chocante, inquirimos... qual seria a causa de sua insanidade”.Vício solitário", foi a pronta resposta (pág. 4)."87

De uma perspectiva médica moderna, as afirmações da Sra. White certamente parecem fora de propósito. As investigações médicas do século vinte têm refutado por completo os antigos mitos de que a masturbação conduz à loucura, retarda o crescimento, causa cegueira, etc. As investigações não têm demonstrado nenhum efeito adverso da masturbação nem a curto nem em longo prazo. Os investigadores descobriram que, em média, os que se masturbam não têm maior incidência de enfermidades, problemas de visão, ou loucura do que a população em geral. Tampouco encontraram qualquer diferença na longevidade. Mesmo entre médicos adventistas do sétimo dia, agora há uma crença quase universal de que a masturbação não causa as enfermidades mencionadas pela Sra. White.

Em 1981, o Dr. Gregory Hunt avaliou as afirmações da Sra. White sobre masturbação:

"Qualquer um pode ver que estas enfermidades não são causadas pela masturbação. A tuberculose é causada por um germe, uma bactéria específica. Na realidade, o germe que causa a tuberculose foi descoberto pouco depois destes escritos de Ellen White... Depois de ler estes sábios conselhos, e dando-me conta de que Ellen White afirmava haver sido inspirada para escrevê-los eu diria que há só uma classe de pessoas que continuará crendo que Ellen White é uma verdadeira profetisa. Esta classe de pessoas só pode ser classificada como idiotas”.

Graham advertia que a masturbação podia conduzir à morte:

“... em alguns casos, aparecem chagas ulcerosas na cabeça, peito, costas e músculos, e às vezes crescem até converter-se em verdadeiras fístulas, de natureza cancerosa, e continuam, quiçá por anos, supurando grandes quantidades de pus repugnante e fétido; e não poucas vezes terminam em morte”.90

É muito provável que a Sra. White estivesse familiarizada com os ensinos de Graham. De fato, algumas das reformas pró-saúde da Sra. White se parecem muitíssimo com as reformas de Graham. Em 1849, uns 14 anos antes que a Sra. White tivesse a primeira visão da reforma pró-saúde, Sylvester Graham expunha seus pontos de vista sobre a reforma pró-saúde em seu livro Lectures on the Science of Human Life [Conferências Sobre a Ciência da Vida Humana]. Eis aqui as reformas que propunha:

• Evitem-se todos os alimentos estimulantes e artificiais; deve-se viver "inteiramente dos produtos do reino vegetal, assim como a água pura”.

• A manteiga deve ser empregada "mui escassamente”.

• O leite fresco e os ovos eram mal vistos, mas não eram proibidos.

• O queijo é permitido somente se for suave e não curado.

• Os condimentos e as especiarias, como a pimenta, a mostarda, e a canela, são proibidos por serem "todos altamente excitantes e esgotantes”.

• O chá e o café, bem como o álcool e o tabaco, envenenam o sistema.

• Os produtos de pastelaria, com exceção das tortas de frutas, contam-se "entre os mais perniciosos artigos que causam aflição aos seres humanos."

• O sono é preferível antes da meia-noite.

• O sono deve ser desfrutado num cômodo bem ventilado.

• Um banho de esponja cada manhã é muito desejável.

• A roupa não deve ser muito apertada.

• "Todo medicamento, como tal, é mau em si mesmo”.91

Para os leitores ávidos de Ellen White, as reformas que antecedem soam demasiado familiares. À medida que transcorriam os anos e a ciência médica progredia, as pessoas sem dúvida, começaram a perguntar-se se os conselhos da Sra. White sobre a masturbação procediam de Deus ou de Sylvester Graham. Até Ellen White parece haver deixado de lado o tema mais tarde em sua vida. Apesar de escrever prolificamente sobre o tema no começo de sua carreira, não escreveu uma só palavra sobre o tema nos últimos quarenta anos de sua vida. A maioria dos adventistas de hoje em dia ignora por completo que o livro Appeal to Mothers alguma vez existiu.

Era de se esperar que o primeiro livro de uma profetisa sobre reforma pró-saúde fosse uma obra muito importante para os seus seguidores. Contudo, não foi assim! O livro foi descartado já faz décadas. Como muitos outros de seus escritos e muitas de suas visões que se demonstraram incorretos, este livro simplesmente desapareceu da vista do público. A diferença do de sua colega, a profetisa Mary Baker Eddy – cujo primeiro livro, Science and Health, publicado em 1875, teve dez milhões de exemplares vendidos – o primeiro livro da Sra. White sobre a reforma pró-saúde foi um fiasco. Esforços posteriores demonstrariam ter mais êxito. Com a ajuda de sua equipe de escritores e revisores ela produziu um livro sobre reforma pró-saúde muito melhor, Ministry of Healing, que ainda se acha disponível hoje em dia.

Não é nenhuma surpresa que o tema do "auto-abuso" não vem mencionado no livro. Appeal to Mothers pode ter sido o primeiro livro que desapareceu de publicação, mas não haveria de ser o último..
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86. Ibid., p. 3.( Ellen White, Appeal to Mothers,)
87. Ibid., p. 4.
88. Gregory Hunt, M.D., Beware This Cult, "The Masturbation Connection", 1981.
89. Sylvester Graham, Lectures to Young Men on Chastity, 1834.
90. Ibid.
91. Sylvester Graham, Lectures on the Science of Human Life, pp. 224-286, 1849.

Fonte: Dirk Anderson - A Nuvem Branca

sábado, 23 de outubro de 2010

Teologia da prosperidade ou da ...


A Teologia da Prosperidade na verdade é a Teologia da Mediocridade simplesmente pelo fato de que, prometendo riquezas e saúde constantes aqui na Terra, ela faz com que as pessoas se afastem das promessas gloriosas do Céu, onde nos está reservado o verdadeiro tesouro, o próprio Senhor Jesus, onde está a nossa herança, pois somos herdeiros do Pai Celeste e co-herdeiros com Cristo. Desfrutaremos no Paraíso de uma vida eterna na presença santa e gloriosa do nosso Deus, com todos os demais cristãos, remidos, sem dor, sem tristeza, sem choro, sem luto. Essa é a maior riqueza que um ser humano pode anelar.

Pensando deste ponto de vista bíblico, a Teologia da Prosperidade é ridícula, pois ela erra o alvo. A verdadeira e eterna prosperidade será no Céu, onde seremos infinitamente mais ricos e saudáveis do que em qualquer circunstância aqui na Terra. A Teologia da Prosperidade é pura mediocridade se compararmos suas promessas falsas com as riquezas prometidas a nós para a vida eterna, a herança eterna (Hb 9:15), do nosso Pai Celeste gloriosamente rico (Ef 3:16a). Fomos regenerados conforme a grande misericórdia de Deus Pai para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo, para uma herança que jamais poderá perecer, macular-se ou perder o valor, uma rica e gloriosa herança guardada nos céus (1Pe 1:3-4; Ef 1:14,18; Cl 3:24; Tt 3:7b), uma coroa que dura para sempre (1Co 9:25b).

Paulo iniciou sua epístola a Tito afirmando que o propósito da mesma era...

"...para levar os eleitos de Deus à fé e ao conhecimento da verdade que conduz à piedade; fé e conhecimento que se fundamentam na esperança da vida eterna, a qual o Deus que não mente prometeu antes dos tempos eternos." (Tt 1:1-2).

Percebamos: as instruções do apóstolo tinham o objetivo de nos levar à fé e ao conhecimento da verdade que leva à piedade. Verdade, sã doutrina, que leva à uma vida piedosa e não de avareza. E mais: essa fé e esse conhecimento gerados em nós são alicerçados na esperança da vida eterna e não na esperança de uma vida terrena e materialista. Aliás, uma vida eterna verdadeira, garantida, pois foi prometida por Deus, que jamais mente.

Devemos acumular tesouros espirituais no Céu e não promovermos uma corrida insana por acúmulo de riquezas aqui na Terra (Mt 6:19-20). Não podemos servir a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo (Mt 6:24). Afinal, do que adiantaria ganhar toda a riqueza do mundo e perder a oportunidade de salvar sua alma? (Mt 16:26). Como no caso do encontro de Jesus com o jovem rico, que com tristeza no coração devido ao seu apego aos seus bens, não abriu mão de sua riqueza e rejeitou o apelo do Senhor em segui-Lo, ocasião quando Cristo afirmou o quanto é difícil um rico entrar no Reino de Deus (Mt 19:16-26). É mais difícil, mas não impossível, aliás.

Devemos nos alegrar no Senhor e não nas riquezas (Fp 4:4). Devemos estar felizes com aquilo que possuímos (não necessariamente acomodados). Se tivermos roupas e alimentos, estejamos contentes. Tendo o que comer e com que vertir-nos, estejamos com isso satisfeitos (1Tm 6:8; comparem com Mt 6:25-33; Lc 3:14b). A nossa suficiência (ou capacidade) vem de Deus (2Co 3:5). Não nos esqueçamos que avareza é pecado e é idolatria também e seus praticantes não herdarão o Reino de Deus (1Co 6:9-10; Ef 5:5; Cl 3:5). Inclusive os cristãos que fazem parte da liderança e organização da Igreja não devem nutrir um apego pelo dinheiro e por maneiras de obter lucros desonestamente (1Tm 3:3,8; Tt 1:7).

"Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: 'Nunca o deixarei, nunca o abandonarei." (Hb 13:5).

Lembremo-nos do profeta João Batista, que foi tremendamente usado por Deus. Suas roupas eram de pêlos de camelo, ele usava um cinto de couro na cintura e se alimentava de gafanhotos e mel silvestre (Mt 3:4), no entanto, apesar de tamanha simplicidade, o Senhor Jesus afirmou que entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista (Mt 11:11). Que tremendo testemuho o próprio Jesus Cristo transmitiu à respeito de João Batista. A grandeza deste importante profeta, portanto, com certeza não estava nos bens que possuía.

Amar o dinheiro, desejar se enriquecer de forma compulsiva e descontrolada só nos traz cruéis armadilhas que arruinam a nossa vida, nos traz muito sofrimento e nos faz desviar da fé:

"Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos" (1Tm 6:9-10).

Salomão do alto de sua sabedoria também advertiu a corrida exagerada por riquezas:

"Não esgote suas forças tentando ficar rico; tenha bom senso! As riquezas desaparecem assim que você as contempla; elas criam asas e voam como águias pelo céu." (Pv 23:4-5).

"Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama as riquezas jamais ficará satisfeito com os seus rendimentos. Isso também não faz sentido. Quando aumentam os bens, também aumentam os que os consomem. E que benefício trazem os bens a quem os possui, senão dar um pouco de alegria aos seus olhos? O sono do trabalhador é ameno, quer coma pouco quer coma muito, mas a fartura de um homem rico não lhe dá tranquilidade para dormir." (Ec 5:10-12).

O pastor e escritor Charles R. Swindoll teceu sábias e interessantes asseverações sobre este tema:

"Falando de forma geral, há dois tipos de testes na vida: a adversidade e a prosperidade. Dos dois, o último é o mais difícil. Quando a adversidade chega, as coisas se tornam simples; o alvo é a sobrevivência. É o teste de manter o básico, como comida, roupa e moradia. Mas quando a prosperidade chega, cuidado! As coisas se complicam. Todos os tipos de tentações sutis chegam também, exigindo satisfação. É em tal circunstância que a integridade da pessoa é colocada à prova." (Livro "Rise & Shine: A wake up call", pp. 194-195, citado no livro "Super Crentes" de Paulo Romeiro, p. 75, segunda edição).

O amor ao dinheiro é o grande problema. Possuir dinheiro e até mesmo muito dinheiro não é o problema em si geralmente, mas é preciso saber administrá-lo adequadamente. TODOS os nossos bens devem ser instrumentos para honrarmos a Deus (Pv 3:9-10). Observemos mais uma vez as sábias afirmações de Paulo Romeiro:

"À luz das Escrituras, não é errado o cristão procurar enriquecer ou buscar prosperidade financeira. Deve-se mesmo orar pelo pão de cada dia (não é de cada ano, pois Jesus não ensinou acúmulo de bens materiais), por um emprego melhor, por uma casa e um carro melhores e várias outras coisas que são bênçãos que acompanham a salvação. Tudo isso é válido. Entretanto, o dinheiro pode ser um ótimo empregado, mas nunca será um bom patrão. Se o cristão souber controlar ou administrar, com sabedoria e equilíbrio, o dinheiro que lhe chegar as mãos, vai ser uma bênção. No entanto, se for controlado por ele, será certamente uma tragédia. Além disso, nem todo cristão tem estrutura para administrar uma grande soma de dinheiro. Há muitos exemplos disso. Então, o melhor é viver não na miséria, mas na dependência de Deus, que sabe cuidar muito bem de seus filhos. As palavras de Jesus sobre isso descritas em Mateus 6:33 são fidedignas. Portanto, os bens materiais não devem constituir a prioridade número um na vida do cristão, mas sim o crescer no conhecimento de Deus, de sua Palavra, na comunhão do Espírito Santo, servindo o Corpo de Cristo e desenvolvendo intimidade com ele. Não existe riqueza maior que essa." (Paulo Romeiro no livro "Decepcionados com a graça", p. 113).

No livro de provérbios de Salomão encontramos uma linda oração de Agur, no capítulo 30, que nos faz refletir no equilibrio que devemos cultivar na administração dos nossos bens sem abandonar a fé e no contentamento de uma vida piedosa em santificação ao Senhor:

"Duas coisas peço que me dês antes que eu morra: Mantém longe de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem pobreza nem riqueza; dá-me apenas o alimento necessário. Se não, tendo demais, eu te negaria e te deixaria, e diria: 'Quem é o SENHOR?' Se eu ficasse pobre, poderia vir a roubar, desonrando assim o nome do meu Deus." (vv. 7-9).

Lembram-se da lenda da "galinha dos ovos de ouro"? Pois é, mera lenda. A riqueza material, salvo exceções como uma herança milhionária ou algum prêmio milhionário promovido na mídia, não vem de uma hora para outra e nem "cai do céu", não surge instantaneamente.

Seja o rico ou o pobre, ambos possuem algo em comum que é Deus como o Criador deles (Pv 22:2), e que nos ensina através de Sua Palavra que se queremos melhorar as nossas finanças, ter mais dinheiro, devemos trabalhar diligentemente com as próprias mãos, sem preguiça e com sabedoria e honestidade e teremos o nosso próprio sustento, Ele, o Criador nos honrará. Estes preceitos permeiam inúmeras passagens bíblicas, tanto no Antigo como no Novo Testamento (Pv 6:6-11; 10:4 e 22; 11:18; 12:11; 13:4; 14:23; 15:16-17; 16:26; 18:9 e 11; 19:15; 20:4, 13 e 21; 21:5, 20 e 25; 22:4 e 29; 24:27, 33 e 34; 28:6,19; Ec 3:13; 5:19; 11:4; At 20:33-34; Ef 4:28; 1Ts 4:11-12; 5:14; 2Ts 3:6-12; Tt 3:14).

Em toda a problemática que circula a teologia da prosperidade, nos deparamos com mais um exemplo da famosa expressão "texto fora do contexto como pretexto". Em outras palavras, muitas pessoas "pegam" o tão querido versículo "Tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4:13), isoladamente, fora de seu contexto textual, fora da intenção original do autor e com isso acreditam que o texto está dando carta branca para termos tudo de bom nesta vida, que podemos fazer e ter tudo, mas é uma grande falácia (equívoco) de interpretação, pois se verificarmos os versículos anteriores, veremos que o apóstolo afirmou:

"...aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito ou passando necessidade..." (vv. 11-12).

Ele aprendeu a se adaptar a todas as circustâncias, não apenas às boas, àquelas de fartura, que nos trazem apenas prazer, mas também de passar necessidade e até fome. E será que poderíamos atualmente fazer uma declaração como essa? Será que já descobrimos e já aprendemos o segredo de viver contente em qualquer situação? Será? O segredo é viver com Cristo. Nele, sim, em todas as circunstâncias, boas ou adversas, temos capacidade para fazer qualquer coisa, qualquer coisa que seja de Sua vontade, segundo os Seus justos e santos propósitos, pois a força vem DELE, é ELE quem nos fortalece, se estivermos em comunhão com ELE e na direção DELE, ou seja, se estivermos NELE, pois é uma união espiritual nossa com o Senhor Jesus, pois aqueles que se unem a Ele, se tornam um com Ele (1Co 6:17; comparem com 1Ts 5:10).

E mais adiante, ma mesma epístola, o apóstolo Paulo ainda afirmou que Deus iria suprir TODAS as necessidades deles, dos filipenses, de acordo com as Suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus (v. 19), que depois de Sua ascenção ao Céu, glorificado, voltou a desfrutar, na totalidade, das riquezas da eternidade e da divindade, mas durante Sua passagem na Terra, mesmo sendo Deus Filho, não tinha nem um lugar para reclinar a cabeça (Mt 8:20). Ele mesmo é a antítese, a realidade totalmente oposta da Teologia da Prosperidade, pois nos ensinou uma vida simples, humilde e nos advertiu contra a ganância, pois a nossa vida não consiste na quantidade de bens que possuímos (Lc 12:15). E tudo indica que seus apóstolos seguiram este ensinamento (At 3:6).

O autor de Hebreus exorta a que os cristãos lembrem-se das lutas, sofrimento, insultos, tribulações que suportaram e, entre a prática de boas obras, aceitaram alegremente o confisco do seus próprios bens, pois sabiam que possuíam bens superiores e permanentes (Hb 10:32-34; comparem com 2Tm 3:11-12). Que situação!! Será que hoje nós também teríamos a mesma reação? É evidente que precisamos zelar dos bens materiais que Deus nos dá, mas será que, almejando ardentemente as riquezas celestiais, aceitaríamos com alegria que estes bens materiais que Deus nos deu fossem retirados de nós? Difícil não é mesmo? Os pregadores da teologia da prosperidade com certeza não incluirão este texto bíblico em suas mensagens.

Sigamos o exemplo da igreja primitiva em seu início, quando os cristãos não tinham apego aos seus bens e compartilhavam tudo e até mesmo vendiam seus bens e distribuiam o dinheiro aos demais conforme a necessidade de cada um de tal forma que não havia nenhum cristão passando necessidades materiais (At 2:45; 4:32-35; comparem com Rm 12:13; Hb 13:16). Difícil ou quase impossível imaginar esta cena nos dias atuais não é mesmo?

Aliás, em se falando em desapego aos bens materiais e o generoso compartilhar com os necessitados, o apóstolo Paulo trouxe uma bela e preciosa lição (na verdade, uma ordem) de como aqueles que são ricos devem agir com estes assuntos, uma vez que, como mencionamos no início, é muito difícil um rico entrar no Céu, mas não é impossível. Com esta receita do apóstolo, certamente eles estarão investindo no tesouro celestial da próxima vida, comportamento que é fruto de alguém que, não deposita sua confiança nas riquezas, mas segue a Cristo e deposita sua confiança na provisão do Mestre:

"Ordene aos que são ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfaçao. Ordene-lhes que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos e prontos a repartir. Dessa forma, eles acumularão um tesouro para si mesmos, um firme fundamento para a era que há de vir, e assim alcançarão a verdadeira vida." (1Tm 6:17-19).

Como vimos, ser rico, ser próspero, não é o problema, mas o problema é qual a atitude que cada pessoa rica terá diante de sua prosperidade: avareza ou generosidade? Ela será rica apenas financeiramente e se afastará da fé em Cristo ou continuará sendo discípula de Cristo e também rica e generosa em boas obras?

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NOTA: Todos os textos das Escrituras foram transcritos da NVI (Nova Versão Internacional)

Para complementar o nosso estudo, por favor, acessem:
Postado por Cláudio (http://aprendei.blogspot.com/)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

MILENISMO JUDICIAL - Uma 'nova' perspectiva sobre o Milênio de Ap 20.


O QUE É?

R: É uma crença que interpreta o milênio como parte do grande dia de juízo, o último dia. Aceita que a leitura de Apocalipse 20 é uma sequencia cronológica do capítulo 19. Acima de tudo é uma leitura simples desses dois capítulos.

É O MESMO QUE O PRÉ-MILENISMO?

R: Apenas no sentido que a volta de Cristo se dará antes desses mil anos. O Milenismo Judicial não compartilha da ideia pré-milenista histórica nem dispensacionalista no que diz respeito a natureza desse milênio. Nesse sentido seríamos um tipo de amilenismo, pois não cremos que tal período será um meio termo entre uma terra de pecado ainda, com o governo de Cristo.

SERÃO OS MIL ANOS, LITERAIS?

R: Não existe tal preocupação no Milenismo Judicial, pois os números de anos em Apocalipse representam 'tempo marcado', período garantido.

QUAL A NATUREZA DO MILÊNIO NESSA ÉPOCA?

R: Um tempo dentro do dia do Juízo destinado aos santos, para reinar julgando (Mt 19.28). Não existe outro aspecto apresentado na Escritura sobre esse tempo.

COMO O DIA DO JUÍZO SE RELACIONA COM ESSA INTERPRETAÇÃO?

R: Pensamos que o Dia do Juízo inicia-se com a volta de Cristo (Mt 25. 31,32). Ao observarmos Ap 19.11 até 20.15 chegamos a conclusão que esse é o Dia do Juízo. E os Mil anos está dentro desse tempo.

ESSA POSIÇÃO CONTRARIA A CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER?

R: Os nossos símbolos não se posicionam sobre o milênio. Assim a CFW não é nem amilenista. Alguns teólogos da Assembleia de Westminster seriam, anacronicamente, classificados mais como pós-milenistas do que amilenistas. E os aspectos que nos interessa na CFW, seria o que ela diz sobre o Dia do Juízo, e nessas partes a CFW não nega o julgamento que os santos executarão. O Catecismo Maior diz na pergunta e resposta 90: “O que acontecerá aos santos no dia do juízo?R: [...] se unirão com ele [Cristo] para julgar os répobros, anjos e homens [...]”


Luis Filipe e Luciano Sena

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O ministério profético de Ellen White é um mito - Parte 1


Estarei, permitindo Deus, postando trechos dos livros A Mentira Branca de Walter Rea e A Nuvem Branca de Dirk Anderson. Parece que esses livros não são muito conhecidos entre os adventistas. Não conheço o espírito interno dessa seita, não sei como são vistos, tais livros. Mas tudo indica que causam dificuldades sérias ao adventismo. Caso queira os livros, em pdf, é só me passar o seu e-mail.
Se você tem algum amigo adventista, passe esses livros para ele. Mande para todos que você quiser e conhece. Jesus disse que a verdade liberta, não apenas por ser verdade, mas pelo fato da verdade 'ser Cristo'(Jo 8.32; 14.6).
Na verdade Walter Rea publicou em 1982 uma denúncia. Ellen White plagiou seus escritos e não recebeu como revelação divina! Os fatos, as provas, são apresentados em seu livro. A Igreja Adventista do Sétimo Dia publicou uma resposta. Eu também tenho essa resposta. Uma defesa muito boa, como um bom advogado defendendo seu cliente, não importando quais provas existem contra seu cliente!

Walter Rea apresenta algumas perguntas esmagadoras. (que podemos fazer ao evangelizar os adventistas do sátimo dia):

1. Por que Ellen G. White transformou em absolutas a maioria das especulações e suposições, se não todas,dos autores copiados de maneira que o copiado faz ver que ela estava sempre na cena da ação em alguma forma "visionária", quando obviamente não o estava?

2. Como satisfazem os critérios estabelecidos para a inspiração rodapés de página e os textos bíblicos que ela copiou de outros como excerto?

3. Como enquadram na ética de seu tempo ou do nosso o abuso e o mal uso de material alheio em grande escala?

4. Porquanto o extenso material copiado assegura que era humanamente impossível que Ellen G. White o fizesse, ela mesma, quem entre seus ajudantes pode levar o crédito por sua "inspiração"?

5. Com a autoridade de quem estamos tratando agora?

domingo, 17 de outubro de 2010

A crença ateísta - Parte 3


ARGUMENTO COSMOLÓGICO KALAM
William Lane Craig é provavelmente o maior defensor desse argumento nos dias de hoje (se não de todos os tempos!). Apresentaremos o argumento baseado, praticamente, no seu livro ‘A veracidade da fé cristã’, e em algumas reflexões pessoais.
O silogismo que expressa o argumento é:
1)Tudo o que começa a existir tem uma causa.
2)O universo começou a existir.
3)Logo, o universo tem uma causa.

Tudo o que começa a existir tem uma causa

Essa proposição parece ser tão lógica que ninguém duvidaria dela. Todavia, surpreendentemente há quem o faça. Normalmente, os levanta objeções à premissa se esmeram em Hume e sua crítica à causalidade. A crítica é a seguinte:

Presumo uma relação causal por causa das relações contíguas desses objetos, da prioridade temporal de uma ação em relação à outra e da conjunção constante dessas ações que eu conheço pela repetição. Mas como posso ter certeza de que, ao fazer essa suposição, não estou violando a clássica falácia informal da lógica chamada post hoc, ergo propter hoc (‘depois de, por causa de’)? Será que, se todos os galos e perus fossem extintos, o sol deixaria de nascer? (SPROUL, 2002, p.110).

Sproul observa que Hume não refuta a causalidade:

O fato de que a causa errada pode ser atribuída a um efeito, porém, não significa que todas as causas são ‘erradas’. Hume não prova que nada causa a grama ficar molhada ou a bola de bilhar a se mover. De fato, ele nem poderia provar uma coisa dessas. A lei da causalidade é uma mera projeção abstrata da lei da não - contradição (que algo não pode ser o que é e não se o que é ao mesmo tempo e na mesma relação). Para refutar a lei da causalidade é preciso refutar a lei da não contradição. Entretanto, como Agostinho demonstrou, para refutar a lei da não-contradição racionalmente, é preciso presumir que a lei da não-contradição é válida. Lembramos que a lei da causalidade simplesmente declara que todo efeito precisa ter uma causa antecedente. Essa lei é analiticamente verdadeira e irrefutável _ ela é verdadeira por definição. Um efeito é, por definição, algo que é causado, assim como uma causa é, por definição, algo que produz um efeito. Naturalmente isso em si não prova que existe o que se chama causalidade. Por exemplo, se vivêssemos em um mundo em que não houvesse efeitos, também não haveria causas. Ou, se vivêssemos em um mundo em que não houvesse causas, não haveria efeitos. Mas se vivemos em um mundo em que há efeitos, então também precisa haver causas. (SPROUL, 2002, p.110-111).

Observado que a causalidade não é (não pode!) ser refutada por Hume (nem por ninguém) vamos refutá-lo. O agnosticismo quanto à causa só é válido quando há mais de uma causa para se considerar. No caso desse argumento, temos apenas um efeito e, como mostraremos uma única possibilidade de causa, portanto a falácia post hoc, ergo propter hoc não pode ocorrer.
Craig também aponta e refuta as objeções do célebre filósofo australiano J.L. Mackie. Mackie questiona que, se é possível aceitar a criação ex nihilo, por que não aceitar a origem do universo por algo não determinado? Em outras palavras, ele diz que a criação por um ser do nada é tão misteriosa quanto a auto-criação. Interessante. Antes de refutar essa idéia, observemos que Mackie admite que a criação do nada é misteriosa, portanto, ele a aceita pela ‘fé’...Enfim, respondemos à Mackie da seguinte maneira: enquanto que a criação por um ser auto-existente e eterno nos é misteriosa, não é nada ilógica. Ela foge da nossa experiência, é algo que não podemos reproduzir, portanto, não podemos ‘verificar’ na ‘metodologia científica’. Porém, ao contrário da criação a partir do nada, ela não é uma opção ilógica. Se Deus existe, ele pode fazer coisas que não fazemos, e a criação do nada é uma delas. Alem disso, como veremos adiante, é a única posição plausível.
Mackie ainda lança outras objeções, muito bem rebatidas por Craig como: “Se Deus começou a existir em determinado momento, isso é um grande problema para o começo do universo” (CRAIG, 2004, p.90). Craig rebate dizendo que o argumento não diz ‘Deus teve um início’. Nenhum defensor do argumento cosmológico kalam diria isso. Ou “... se Deus existe desde tempos infinitos, os mesmos argumentos aplicados à sua existência também se aplicariam à duração infinita do universo” (CRAIG, 2004, p.90). Novamente Craig aponta que “Certamente quem propõe o argumento kalam não defenderia [...] que Deus existiu por um número infinito de, digamos, horas ou qualquer outra unidade de tempo” (CRAIG, 2004, p. 91).
O apostata Dan Baker também tenta refutar o argumento cosmológico kalam. Shandon L. Guthrie e outros mais produziram ótimas refutações ao famoso artigo Kalamidade Cosmológica, de Baker. (cf.: < http://sguthrie.net/barker_response.htm >). No livro de Craig, ele lida com as críticas (muito mais pesadas) de Adolf Grünbaum, e as refuta muito bem. Expô-las aqui não nos parece ser viável, devido ao tamanho (confira as objeções e refutações nas páginas 115-117 do livro do Craig, supracitado). Além disso, Baker argumenta muito semelhante a ele. A título de exemplificação, pensamos em uma refutação à Baker, e a exporemos aqui: Baker diz:

A curiosa cláusula ‘tudo o que começa a existir’ implica que a realidade pode ser dividida em dois grupos: itens que começa a existir (CE), e aqueles que não começam (NCE). Para esse raciocínio cosmológico funcionar, NCE (se tal grupo for significante) não pode ser vazio mas o mais importante é acomodar mais de um item para ele não seja simplesmente o sinônimo para Deus. Se Deus é o único objeto permitido em NCE, então CE é meramente uma máscara para o Criador e a premissa ‘tudo que começa a existir tem uma causa’ é equivalente a ‘ tudo, exceto Deus, tem uma causa’ (BAKER, < http://str.com.br/Atheos/kalam.htm > acesso em 17 de set, 2010).

Essa é uma fútil tentativa de negar a primeira premissa. A questão é se negarmos a primeira premissa teremos somente duas alternativas:
1ª Tudo começa a existir (e tudo tem uma causa).
2ª Tudo começa a existir (e pode haver auto-criação).
A primeira premissa faz com que se caia no erro de presumir um universo eterno. Como? Bom, se tudo tem um começo e este começo é causado por algo, caímos em causas precedentes ad infinitum. Mas na segunda premissa, será refutada essa possibilidade com os dois argumentos filosóficos de que não pode haver um infinito real (ilustrado pelo Hotel de Hilbert) e de que não se pode formar um conjunto com elementos infinitos (ilustrado pelo ‘contador da eternidade’). Assim, a primeira alternativa está cancelada. Quanto à segunda premissa, ela é impossível, pois fere as leis da lógica. Sproul se expressa assim: “Para que algo se crie, ou para ser seu próprio efeito assim como sua própria causa, deve existir antes de existir. Colocando nos termos da não-contradição, o universo teria que existir e não existir ao mesmo tempo e no mesmo sentido...” (SPROUL, 2007, p.96). Para que algo se crie ele deve existir e não existir ao mesmo tempo. Ou seja, deve ser A e não ser A ao mesmo tempo. Argumentar que algo vem do nada é de uma ‘incoerência sistemática’ absoluta! “Como acontece com as primeiras tentativas fracassadas, isso põe Deus dentro da definição da premissa do raciocínio, o qual é suposto para provar a existência de Deus, e nós estamos de volta ao início da questão” (BAKER, < http://str.com.br/Atheos/kalam.htm >).
Outro colossal erro de Baker é o de presumir que o argumento tem o intuito primordial de provar a existência de Deus. É por isso que ele pensa que o argumento é uma falácia. Isso mesmo, o argumento não faz isso, pelo menos não diretamente. O que se prova no argumento é que o universo (a natureza) tem uma causa. Mostrar que essa causa é Deus é outro argumento (que veremos adiante)! Dada a veracidade lógica e factual das premissas, a questão seria se há algum candidato que preencha os pré-requisitos para entrar no grupo do NCE (na verdade, dada a veracidade do raciocínio, precisamos de tal candidato, ele é ontologicamente necessário), e como só temos Deus...
(Veremos como se infere Deus na análise da terceira proposição do argumento, a proposição: ‘Logo, o universo tem uma causa’. Mas isso na próxima vez.).

sábado, 16 de outubro de 2010

Evangelizando as Testemunhas de Jeová - Parte 1 e


Pergunte ao TJ : Por que Jesus não usou uma única vez o nome Jeová ao orar ? Devo seguir o exemplo dele (de Jesus)? Essa pergunta é importante, pois muitos TJ afirmam, com colaboração da liderança, que se alguém orar a Deus e não usar o nome Jeová outros ‘deuses’ podem responder! Insista em pedir ao TJ que procure na bíblia as orações de Jesus, e encontrar o uso do nome de Deus.
Ainda tenho duas perguntas para apresentar sobre o 'uso' do nome Jeová. Mas antes, será importante fazer um breve esclarecimento sobre o uso do Nome de Deus na perspectiva cristã.
No original hebraico o nome de Deus aparece com quatro consoantes, geralmente chamado de Tetragrama. Formando o impronunciavél nome, Yhwh. Motivo esse, que levou os tradutores antigos e modernos, a substituir por SENHOR. O teólogo reformado, Louis Berkhof informa que ‘a pronuncia e origem do nome de Deus estão mais ou menos perdidos’. (Teologia Sistemática, pg 48. Editora Cultura Cristã). Segundo ele, a interpretação teológica para o possível significado do nome, está na Imutabilidade Divina, em relação aos seus propósitos com seu povo. O Manual Bíblico Unger, paginas 77,78 sugere que não existe muito consenso entre os eruditos para o significado da raiz do tetragrama, visto que alguns acham que a raiz do nome é ativo e outros causativo. Mesmo com essa incerteza quanto ao significado e pronuncia, não podemos nos esquecer que esse é um dos nomes de Deus, que apareceu não menos de 6.828 no VT (Dicionário Vine, pagina 288. CPAD). Devemos saber o que Deus mostrou ao seu povo com a revelação desse nome. E por certo, só teremos pleno conhecimento de Deus e de Seus atributos se tivermos, dentro das limitações desse tema, inteirados nesse assunto. Como nos esclarece o teólogo Wayne Grudem : “Num sentido mais amplo, então, o “nome” de Deus se iguala a tudo aquilo que a Bíblia e a criação nos dizem a respeito dele.”(Teologia Sistemática, pagina 106. Vida Nova). O que deve ter em mira aqui, não é o uso de uma palavra que identifica uma pessoa, mas sim o significado que abarca aquela pronúncia.
Recomendo para um resumido estudo desse importante tema o que J. I. Packer escreveu em ‘Teologia Conscisa’ no capitulo intitulado ‘Auto-Revelação’.
O eixo da controvérsia agora está em como o Novo Testamento tratou esse assunto. Existe um notável abandono do uso do nome de Deus, o tetragrama, entre os escritos apostólicos. E pior para a teologia do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová, é que, ao sustentar um nome, o Novo Testamento indica o nome do Filho de Deus, Jesus Cristo. Que em ultima analise, é Deus, sendo por isso, o Próprio Yhwh. (não o próprio Pai.)
O que os Cristãos hoje querem que as testemunhas de Jeová entendam, é exatamente aquilo que os judeus, ouvintes de Pedro, deveria entender:
“ E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Atos 4.12. Almeida Corrigida Fiel.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Leandro Quadros em: A verdade. ( de verdade?)


Nosso apologista adventista disse algo que preocupa qualquer leitor não idólatra da literatura de Ellen White. Vou intercalar com algumas colocações.
Ele disse em sua página na web:
Leandro Quadros:“Em meus estudos particulares e nos benefícios que recebi especialmente com a leitura dos dois volumes do “Mente Caráter e Personalidade”, possuo provas irrefutáveis do dom profético em Ellen White
(Essas provas senhor Leandro são objetivas? Quais provas? Por exemplo, os livros A Nuvem Branca e A Mentira Branca, apresentam provas irrefutáveis que ela nunca foi profetisa em sentido algum! Errou tanto quanto Joseph Smith e C.T. Russel. E ainda, a maioria de seus livros foram plagiados, como Ellen White foi profetisa?)

Leandro Quadros: "Filosoficamente não tem como provar o contrário do que eu sinto, do que a leitura dos livros dela fizeram por mim em relação a minha comunhão com Deus e minha saúde mental."
(Esse é o tipo de sentimento que um mómon tem... um ‘ardor no peito’! Aprenda senhor Leandro, a verdade não é verificada pelo sentimento. Eu não sinto em nada que Ellen White é verdadeira profetisa, então ‘filosoficamente’, sou irrefutável!!!)

Leandro Quadros: "E, no campo espiritual, Natanael Rinaldi – ou qualquer outro crítico da Sra. White – não pode explicar como as visões dela transformaram ateus em fervorosos cristãos – a não ser pelo poder do Espírito Santo.

(Imagine como as visões de W.M. Branham, Maomé, J. Smith, não produziram isso também. Tenho até pena de um argumento desses senhor Leandro.Pobre demais, com um subjetivismo acentuado.)

Leandro Quadros: "O leitor sincero que quiser pesquisar sobre o dom profético na vida e obras de Ellen White e tiver o interesse de entender a origem das acusações feita contra ela (e ter acesso às refutações), poderá consultar o site oficial da Igreja Adventista no Brasil: http://www.centrowhite.org.br"

O leitor sincero que quiser ler também os livros que eu citei é só me enviar o e-mail, ou pesquisar no site que causa desespero a qualquer seguidor de Ellen White. Inclusive em Leandro Quadros.
http://www.ellenwhiteexposed.com/


Se é assim que ele chegou a verdade, não é de se estranhar que é Adventista. Jesus O Deus-Homem, disse que Ele próprio é a verdade (Jo 14.6). Caso perceba isso ou não, Ele é a Verdade.
Leandro submeta-se ao Senhorio suficiente de Cristo, Juiz entronizado desde sua ressurreição, e não em 1844.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Reflexão bíblica sobre a imortalidade da alma.


As seitas irmãs, Adventista e Testemunhas de Jeová, negam a imortalidade da alma. E na verdade muitos cristãos protestantes erram ao explicar tal doutrina. Segue-se um estudo sobre imortalidade da alma de um pastor presbiteriano que achei muito esclarecedor.
"Alma é Imortal?
A doutrina da imortalidade da alma carece de um cuidado especial, nesses tempos de sincretismo devemos diferenciá-la do pensamento platônico ou do espiritismo e, estruturá-la tão somente na Bíblia (Hb 4;12), mesmo que com isso venhamos a negar algumas “verdades” comuns. Nossa esperança (1Co 15;16) não se baseia na imortalidade ou continuidade da alma ou de qualquer espectro parcial da personalidade, e sim é na total e perfeita reconstrução do ser humano tal qual criado inicialmente por Deus. Esse fato que ocorrerá num tempo marcado e determinado de conhecimento exclusivo do nosso Pai (Mt 24;36 e At 1;8), tempo este não somente aguardado pelos crentes, mas toda a criação ansiosamente geme esperando o dia do livramento (Rm 8;22). Tal promessa é certa, pois Deus prometeu em Cristo Jesus (Jo 6;40).

Para tratarmos de imortalidade, entretanto, primeiro devemos entender o conceito de Morte, mas ao fala morte temos que abordar a Vida. A Morte é o contrario da Vida, se viver é ser, e morrer é deixar de viver, logo, morrer é deixar de ser, de existir. Segundo Berkhof - A idéia escriturística da morte inclui a morte física, a morte espiritual e a morte eterna: morte física - “parar de respirar”; morte espiritual - a separação entre Deus e o ser humano (conseqüência do Pecado), e; morte eterna - a punição final do pecador, o inferno. Assim imortalidade é a capacidade de não morrer, por tanto temos obrigatoriamente três tipos de imortalidade: imortalidade física (ou natural) - não morrer nunca, continuar vivendo indefinidamente; imortalidade espiritual: não se separar de Deus, ou não ter pecado; Imortalidade eterna: não ir para o inferno, não ser punido eternamente.

Também temos que entender o que é alma. A Bíblia apresenta a idéia de que o ser humano é mais que o corpo (Gn 2; 7, Ec 12; 7). Existem duas divisões no ser humano a parte física (corpo) e a parte imaterial (alma). É importante frisar que ambas são inseparáveis e que uma depende da outra. Morrer fisicamente (natural) está associado exatamente a separação ou perda de um desses elementos (Tg 2;26, Jo 19;30). A morte é um rompimento das relações naturais da vida.

As expressões bíblicas afirmam a morte como uma coisa introduzida no mundo da humanidade pelo Pecado; uma punição positivada ao Pecado (Gn 2;17 e 3;19, Rm 5;12 a 17, 6;23, 1 Co 15;21, Tg 1;15). A morte não é algo natural na vida do homem, como se fosse um caminho inexorável da existência, nem com mera falha de um ideal social, moral ou ético. A Morte é descrita como algo alheio e hostil à humanidade, e mais, é uma expressão da ira divina (Sl 90;7 a 11), um julgamento (Rm 1;32), uma condenação, (Rm 5;16) e uma maldição (Gl 3;13).

É importante observar que Adão é um ser vivo, que passa a morrer por causa do pecado (Gn 3;19), não há nenhum motivo, senão uma hiper valorização das ciências naturais, para que não afirmemos que o ser humano foi criado imortal. A morte só entra no cenário humano a partir da queda. Daí se desenvolve a idéia nos meios cristãos de que algo (latente) no homem caído ainda possua a imortalidade, entretanto, a Bíblia não diz diretamente que a alma, essa parte imaterial do homem caído é imortal, embora seja demonstrável tal conceito já existia no V. T. e no N.T.

A primeira vista todas as civilizações crêem na imortalidade (e eu não vou perder tempo descrevendo essas idéias), mas a Bíblia apresenta um conceito bem diferenciado: imortalidade absoluta: Deus é o ser por essência imortal ou eterno, não tem inicio e nem fim (ITm 6;15); imortalidade humana: antes da queda, Adão não era marcado pela morte, mas obviamente corria o risco (Rm 5;12); imortalidade escatológica ou vida eterna: a impossibilidade do ser humano ser tocado pela morte; extirpar a possibilidade de morrer da existência humana; Resultado da participação na arvore da vida (Gn 3;22); vitória definitiva de Jesus (1Co 15;26 e Ap 20;14 e 21;4).

Fomos criados para viver para sempre, mas o pecado nos trouxe a morte, Cristo venceu a morte morrendo em nosso favor, mas ainda nem tudo o que deve acontecer, já aconteceu (já... ainda não), um processo que ainda acontecerá é o julgamento final onde o estado final de Vida ou Morte será definido, os que estiverem escrito no livro da vida (Ap 21;27) herdarão a vida eterna (1Co 15; 54 a 57), para os demais a destruição no lago de fogo (AP 20; 14 e 15). Para concretizar esse Juízo o réu deve ser mantido, afinal não será a revelia e nem de um semi-ser inconsciente, sabemos que antes desse julgamento todos sem exceção se apresentarão diante de Deus (Ap 20; 12 e 13). O corpo se decompõe e a alma (ser humano incompleto, mas distinto) volta para Deus, e nisso é preservada (Ec 12;7), o ímpio em lugar incerto e tormentoso, reservado para o juízo, mas o crente em boa dádiva (Lc 16,19, CFW, XXXII) esperando a remissão completa (Ap 6;11).

Assim sabemos:
1 - A alma em si mesmo não possui nenhuma característica eterna, pois eterno é o nosso Deus. Qualquer qualidade, seja mental, física ou espiritual, descende de Deus (Tg 1;16 a 18). Crer em imortalidade da alma como uma essência da própria alma é uma falácia que, nós crentes, devemos rejeitar.
2 - Se a alma se mantém ativa exatamente como antes da dissociação do corpo ou se ela está consciente e preservada de outra forma é um mistério que não nos foi revelado por Deus em sua palavra, sabemos, entretanto, que sobre todas as coisas Deus é soberano e nada lhe escapa ao controle, não podendo ele ser pego de surpresa por nenhum inconveniente.

3 - “A imortalidade da alma” é apenas um estado temporário (estado intermediário), pois no tempo designado por Deus, serão ressuscitados (Its 4;14 e 15) e se juntarão aos vivos que também serão transformados para as bodas do cordeiro, esses são o aqueles que tem seu nome escrito no livro da vida e entrarão no descanso do Senhor (Mt 25; 31 a 46).

4 - Todos grandes e pequenos compareceram diante de Deus. Nesse dia, o Dia do Senhor, e os que não forem achado inscrito no Livro da Vida serão entregues a morte eterna, juntamente com o diabo, o sedutor deles, lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde , também, se encontrão não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos."
Fonte:http://acruzonline.blogspot.com/
Pastor Esli Soares.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Evangelizando as Testemunhas de Jeová - Parte 1 d


Como vimos, a forma e o uso do nome 'Jeová' está com sérias dificuldades. Se ele concordou, mesmo que superficialmente, agora ele deve refletir na próxima pergunta: Se uma Testemunha de Jeová usar a forma Javé no Salão do Reino, sofrerá repreensão? Por mais que ele tente enfraquecer a questão, não existe nenhum TJ no mundo que faria isso, pois a uniformidade é imposta sob ameaça de expulsão.
A abordagem desse tema talvez encontre outro caminho. A liderança TJ conseguiu firmar na cabeça de seus adeptos que as palavras 'Deus’, ‘Pai’ e ‘Senhor’ não são nomes. São títulos ou pronomes de tratamentos. O problema nesse assunto é a falta de correspondência semântica. Em nossos dias, por certo, não usamos ‘Deus’ como nome. Mas não era o caso nos dias bíblicos. A seguinte pergunta será importante: Se os termos ‘Deus’ e ‘Pai’ não são nomes, então por que Isaias 9.6 diz que são ? Seria importante ler junto com o TJ a passagem na versão TNM. E enfatizar bem “...seu NOME será...’. Não encare isso como resolvido. Está em jogo aqui uma vítima plenamente doutrinada. Prossiga mostrando que esse argumento não é válido, e pior, até mesmo falso. Pergunte ao TJ se ‘Brasil’ é nome de gente?( Ele sabe que essa pergunta é dúbia, pois ‘Brasil’ é nome de país e de madeira, e mesmo assim existem pessoas com esse nome.) A palavra que se torna identificação de uma pessoa é o seu nome. Esse é o uso bíblico. Mostre quando a palavra ‘nome’ aparece na bíblia, não necessariamente está correlacionado com uma identificação. Efésios 3.15 é um exemplo claro de que o termo nome significa ‘existência’.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Tudo pelo adventismo, nada pela verdade - analisando a resposta.


Eu já postei a resposta do adventista em outra ocasião sem intercalações. Agora coloco minhas observações.
A resposta do nosso amigo adventista está com sérios problemas. Vou tentar indicá-los e espero que ele repense suas proposições adventistas, pela graça de Deus. (minhas respostas estão em negrito).
“Luciano, se as pessoas analisassem o movimento Adventista sem a influência diabólica, (Você quer dizer, sem senso crítico?) verá que ele foi guiado por Deus da mesma forma que o antigo Israel também o era. Embora o povo de Israel fosse guiado por Deus (Neemias 9: 12,13,,19,20,21 ) eles cometeram erros e pecados, inclusive Arão, Miriã e Moisés ( Êxodo 32:2 a 6-Num. 12: 1 a 6-Êxodo 2:11,12-Num. 20:11,12-Deut.32:51).”(O que seria da ‘mesma forma’ que os Israelitas no deserto? Quem disse que os adventistas devem ser perfeitos?) O mesmo ocorreu com o movimento Adventista, que pregava a autentica Doutrina da Volta de Jesus(Autêntica...para 22 de outubro de 1844? Isso é autêntica? Acho que você não percebeu bem. Quando alguém anunciava a volta de Cristo para certa data é porque essa mensagem não era autentica! IITs 5.1-3 ) em uma época em que a maioria dos cristãos estava abandonando a Palavra de Deus se apegando na “Alta Critica” e pregando 1000 anos de paz antecedendo o retorno de Cristo (Como era esse abandono da Palavra de Deus e ao mesmo tempo pregavam o milênio antes da volta de Cristo? Não seria melhor você dizer que eles eram pós-milenistas?). Embora eles, erraram como o Profeta Natã que errou ao profetizar que Davi iria construir uma Casa para Deus (I Cron. 17:1 a 4 ),(Onde é que Natã profetizou naquele momento?) e nem por isso ele era um falso profeta (Claro que não, ele não profetizou falsamente!). Apesar de eles terem errado marcando uma data, foi o movimento Adventista que trouxe ao retorno do estudo da Palavra de Deus ( Foi o movimento adventista que trouxe ao retorno a Palavra de Deus, no sec. XIX? O que você tem lido sobre historia da igreja? Tem certeza disso? Não dói você dizer isso? Vamos lembrar apenas dois nomes que o movimento adventista poderia ter dado mais atenção: C. Spurgeon e D. L. Moody. Não acredito que você tenha certeza do que disse.).
A Palavra de Deus é explicita quanto a condição do mundo próximo a volta de Jesus, ou seja, nada de mil anos de paz, veja: Lucas 18:8-I Tim.4:1 II Tim.3:1 e etc. Contudo as igrejas estavam ensinado 1000 anos de paz (Com base onde? Não era uma interpretação de Ap 20.1-6? Mesmo assim você assevera que eles não criam na Bíblia? O teólogo C. Hodge não cria na Bíblia? Ele era pós-milenista. Você está confundindo crença na Bíblia com interpretação. Essa é uma prática adventista.)
Graças a Deus e os Adventistas as Denominações, cristãos e demais pessoas começaram a estudar as Escrituras (Isso não é demais?!). É verdade que eles erraram como Moises errou ao tocar a Rocha em vez de falar, e nem por isso ele era um falso profeta. Como Elias errou quando disse que só ele era fiel (I Reis 19:1), e nem por isso ele era um falso profeta ( Eles profetizaram que Deus faria algo em certa data? Erros pessoais e erros proféticos são os mesmos?). Como também os Discípulos erraram sobre Jesus e o estabelecimento do reino literal na época, e nem por isso eles foram falsos profetas ( Agora foi demais meu amigo, onde é que os apóstolos saíram propagando ao mundo uma data apara o fim do mundo?).
O movimento adventista foi em vários lugares alem dos E.U.A: De 1821 a 1845 Jose Wolff viajou por diversos países pregando a volta de Jesus( Isso foi verdade, por isso foi ‘uma grande desapontamento’ em 1844!). Na Inglaterra Robert Winter. Na Alemanha Bengel. Na America do Sul Lacunza depois que conheceu a Jesus como seu salvador.
Foi depois de 22/10/1844 que eles perceberam que o erro foram deles e não de Deus(Já pensou se eles tivessem lido antes Mt 24.36 com mais temor no coração? Amigo adventista, eles poderiam ter ouvido os cristãos da época. Veja que a própria Ellen White sabia que havia essas advertências: “Vós vos enganastes inteiramente quanto à natureza dos acontecimentos que deveriam ocorrer ao fim destes períodos. Esta causa primordial da irritação causada por vossas exposições.” Isso foi dito ao pelo Dr Bush ao desviado batista Miller e está no livro O Grande Conflito paginas 686,687).
E, alguns com humildade e oração retomaram o estudo das Escrituras com ênfase nas profecias descobrindo onde erraram (Eles não ouviram as igrejas na época, se não teriam abandonado a data antes da decepção!). Embora vocês (Miller abandonou o adventismo e voltou para a igreja batista, os outros poderiam ter feito isso.) não os perdoassem, mas Deus sim lhes abriu o entendimento. Pois eles estavam sendo guiados pelo Deus que guiou a congregação no deserto (At 7:38).(Você está decidido em manter uma crença na orientação divina do adventismo, mas não está aceitando a definição bíblica de falsos profetas. Isso é prejuízo seu. Julgue isso como fosse as profecias das Testemunhas de Jeová, e verá como você está sendo parcial.)
Desse grupo remanescente surgiu mais tarde a Igreja Adventista do 7º Dia. E, outra vez, graças a Deus e a Igreja Adventista do 7º Dia, os demais cristão começaram a estudar melhor a Palavra de Deus.(Mais uma vez ‘graças a Deus e a Igreja Adventista...)

Profecia de Deus dizendo que o Seu povo seria escravo 400 anos. Contudo, a libertação de seu povo se deu em data diferente( Genesis 15:13,14-Atos 7:6,7-Êxodo 12: 40,41). Profecia e PROFETA falsos?(Então, é difícil não me indignar com você. Isso é absurdo.)
Jeremias profetizou que o povo de Deus serviria ao rei de Babilônia por setenta anos ( Jer. 25:11,12). Contudo a oração de Daniel e a resposta de Deus por intermédio de Gabriel demonstra que foi além dos setenta anos ( Daniel 9:1,2,3,23). Profecia e profeta falsos?
“ Jonas... pregava e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida. Passaram os quarentas dias e nada. Profeta e profecia falsos (Jonas 3:4)? (Me parece que você está disposto a defender o adventismo a qualquer custo. Mas deixa eu tentar, pois você está muito perto de blasfemar a Palavra de Deus para defender o adventismo. Nos 400 anos, 430, 70 anos ou 68, não existe falsa previsão ou real diferença. A vida dos homens é 70 ou 80 anos, seria uma especulação geral? Acha mesmo que dizer: Em 22 de outubro de 1844 será a volta de Cristo, tem alguma semelhança com esses trechos? Não acho que você está levando isso a sério. Se é assim como você colocou, não é possível existirem falsos profetas. Por que os adventistas criticam as falsas profecias das Testemunhas de Jeová? Sobre Jonas ele já sabia que era uma advertência condicional mas a volta de Cristo é condicional?)
E, apesar da Igreja Adventista do 7º Dia “ser fraca e defeituosa” é com ela que o diabo está irado.(Será que não foi ele que deixou ela assim?) Pois ela pelo poder do Espírito Santo, prega e ensina a verdadeira Graça. Guarda e ensina a guarda os Mandamentos de Deus e tem O Testemunho de Jesus (Os Reformadores ensinaram isso antes de Ellen White. Na verdade o que é certo nos ensinos adventistas eles aprenderam daquilo que Ellen White leu dos Reformadores.)
A Graça existe antes de Adão ter sido criado. Observe que Deus já sabia que o homem iria pecar. Portanto, a criação de Adão já foi um ato da Graça de Deus. Ninguém foi nem será salvo pelas obras.Abraão foi “Justificado” quando ainda era Abrão, não era circuncidado, não era judeu e sim um caldeu ( Gen. 11:28,31-15:6,7-Josué 24:2,3-Neemias 9:9 -Rom. 4:3). Pois um Cordeiro de Deus foi morto antes da fundação do mundo. Abraão foi justificado porque creu e não porque fez. Mais porque creu, pelo poder de Deus fez.
(Agora teremos um trecho tão infeliz, que nosso amigo adventista enviou um e-mail depois para tentar minimizar os efeitos dessas palavras. Vou deixar em itálico.) Há de se observar que embora A Palavra de Deus seja suficiente para entender a Salvação, os pecadores, os novos na fé, precisam de pessoas que guiados por Deus, pregam, ensinam e escrevem acerca da salvação. Se assim não fossem, os teólogos não citariam referencias de justificação pela fé de diversos autores, ou os estudantes de teologia não estudariam outros livros alem da Palavra de Deus. Portanto, a alegação de que um pecador, um estudante, de um novo na fé, de um ateu, de um espírita, de uma pessoa não precisar ler outros livros para entender a salvação, é diabólica. Pois tira do Espírito Santo a capacidade de usar pessoas, quer pregando, ensinando, quer escrevendo. E, é por isso que homens e mulheres de Deus são usados pelo Espírito Santo para como Judas (3) empregar toda diligencia em escrever acerca nossa comum salvação, sentindo-se obrigado a escrever.( É o desespero em defender Ellen White que leva os adventistas a dizerem isso. Espero que você repense mais. Uma pergunta para você: Se assim fosse entre vocês, por que depois de Ellen White (1915) não apareceu nenhum outro profeta? Não adianta comparar os escritos de dela com manuais de teologia. Você e eu sabemos que não é verdade. O nome dela está na Crença Fundamental 17(18). Poderia me citar quem mais está junto com Ellen White? As confissões Reformadas Históricas possuem ordem para acreditar em algum homem? Para ser adventista você tem que crer em Ellen White.)Como combater o ensinamento diabólico, de que quem é salvo pela Graça mediante a fé, não precisa ser obediente a Palavra de Deus?Como combater o ensinamento diabólico, de que quem é salvo pela Graça mediante a fé, não precisa guardar Os mandamentos de Deus?( Isso é antinomianismo, concordamos com você. Ou melhor, vocês concordam com os Protestantes Históricos.) Como combater o ensinamento diabólico*, de que o Dia do Senhor não é mais o Sábado do 7º Dia. Sendo que o Próprio Deus declara que Ele não muda, chama o Sábado de “Meu Santo Dia” e “Santo Dia do Senhor”( Isaías 58:13,14- Eclesiastes 3:14-12:13,14-Malaquias 3:6-HEB. 6:18-13:8)?(A prática cristã no Novo Testamento era diabólica? Todos os Reformadores eram diabólicos?) Como devia ser combatido o ensino diabólico da “alta critica” e mil anos de paz ensinado naquela época, que desviava as pessoas da s Verdades da Bíblia?(Engraçado. Quem anunciava a vinda de Cristo após Mil anos era diabólico, mas quem anunciava a vinda de Cristo para 1844 não era diabólico? Dois pesos duas medidas... A alta critica era combatida pelos eruditos fiéis, sabia?)
Essa resposta me causou revolta e pena. Os adventistas precisam mesmo de Jesus. É bom sempre as igrejas pensarem se esse grupo é uma igreja genuinamente cristã. Sei que esse e-mail não transmite o que geralmente vemos em livros adventistas ‘atuais’. Mas é conversando com membros adventistas que se percebe sua exclusividade, e culto em torno de Ellen White.

*Esse é um momento muito perigoso para esse adventista. Chamar o Domingo, o Dia do Senhor, de crença diabólica, mostra que essa gente precisa de Jesus.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Homossexual ensina 'interpretar' e se livrar da Bíblia


Fabrício Viana é um expoente e militante da causa gay em nosso país. Ele é psicólogo e escreveu um livro defendendo o homossexualismo, o nome do livro é O Armário.

Ele tentou fazer uma exegese bíblica, como um de ‘teólogo liberal’, já faz algum tempo, escrevendo em seu site um artigo intitulado ‘Como se defender da Bíblia’ (http://www.oarmario.com/artigos_biblia_homossexualismo.php.).

Já faz quase dois anos e meio desde que enviei uma contestação do uso errado que ele fez da Bíblia naquela sua apologia. Mas não tive resposta. Apenas confirmação automática do recebimento do e-mail. Inclusive ele nem se importou, pois ele passou um número de versículo bíblico errado que até hoje continua errado no site.

Segue-se o meu e-mail enviado a ele:

“Olá senhor Fabrício Viana. Recomendo meus votos de saúde ao senhor e a sua família. Venho por esse e-mail fazer uma avaliação limitada do texto que o senhor escreveu intitulado – "Como se defender da Bíblia". Sou um Cristão de convicções Protestantes, e no exercício de nossa liberdade de expressão quero, respeitando-o, examinar se os textos bíblicos citados pelo senhor, podem realmente serem usados como um contra-argumento, homossexual, aos que criticam biblicamente essa postura. É claro que mesmo este texto é tão limitado quanto ao que está escrito pelo senhor. É evidente também que, mesmo que eu venha de algum modo criticá-lo, não deponho contra sua especialidade, a Psicologia.

‘Como se defender da Bíblia’, essa frase pressupõem que alguém está sendo por ela atacado, aqui seria o homossexualismo. O senhor, Fabrício, usa alguns versículos Bíblicos que trazem um castigo duro a outras praticas, assim como para o homossexualismo. Então, coerentemente, o senhor amarra esse com aquele, girando assim o alvo de julgamento aos que criticam o homossexualismo com base na Bíblia. Vejamos um por vez, mas antes algumas coisas devem ser ditas:

1) No período correspondente aos textos bíblicos, pelo senhor usado, está sob uma nação cujas leis são religiosas e religião é o Estado. Trata-se não somente de transgressões religiosas, mas de crimes, no pleno sentido da palavra. Afronta a ordem pública.

2) Estamos geograficamente distante da cultura, e não menos afastados por uns 3500 anos. Muito do que é moralmente eterno, foi de alguma forma escrito naquele tempo e para aquele tempo.

3) Com o advento do cristianismo houve uma separação da igreja e estado, (mesmo que isso foi mal compreendido na história da igreja) a igreja só pode motivar a sociedade, não mais impor. A mesma Bíblia que registrou o período de junção, Igreja (Israel)-Estado revela a separação dos mesmos.

Esse é um pano de fundo que pode ser importante para avaliações culturais Bíblicas. É claro que isso não explica tudo, nem pretende, mas desconhecer essas apreciações nos encaminha a conclusões infantis.

Suas palavras: "Em Êxodo 21,7-8 por exemplo, são dadas orientações sobre a maneira de vender a própria filha como escravo."

Esses versículos mostram a prática de vender a filha como esposa-escrava da antiguidade. A única coisa que não foi dito pelo senhor foi o contexto, que mostra que tais pessoas eram tratadas com os mesmos direitos conjugais da esposa do senhor delas! Que escrava era essa senhor Fabrício, que se igualava em dignidade com a sua senhora? (versículo 10). Outro aspecto era que essa filha seria ‘vendida’ a uma família que a trataria como filha. (vers 9). Mesmo que ela não fosse tomada como esposa, o tratamento era digno. O ponto 2 acima trata do contexto diferente do nosso. Essa lei legalizava essa prática, normatizava, mas não ordenava. Isso era superior, ao conceito de escravatura que seus leitores tem hoje, em especial pela nossa história com os negros. Nesse ponto o senhor usou um ‘sentimento’ anacrônico. Êxodo 21.7,8 não foi posto dentro do contexto pelo senhor.

Suas palavras: "Em Levítico 25,44, explica-se que os escravos devem ser comprados nas nações vizinhas."

Os pontos 2 e 3 ajudam-nos nesse assunto, mas, mais uma vez Fabrício o senhor não avalia o contexto, nem o imediato nem a dos livros que tratam do mesmo assunto. O senhor não disse que um Israelita também poderia ser vendido como tal, até para um estrangeiro que vivia em Israel! (veja Levítico 25.47; Êxodo 21.2; Deuteronômio 15:12). Fabrício, mesmo que o Israelita escravo tinha direitos , por ser cidadão, sobre os outros escravos, o sistema que o senhor enfatizou não corresponde ao que conhecemos hoje como ‘escravo’.

Suas palavras: "No mesmo Levítico 15,19-24, diz-se que a menstruação feminina é uma imundice e tudo o que a mulher tocar neste período fica imundo, inclusive seu marido."

Um exemplo de como leis de saúde se tornou leis nacionais. Isso era ao mesmo tempo uma exigência e uma benção para aqueles povos antigos, sem os recursos da medicina moderna. Mas o enfoque do senhor foi como ‘a mulher seria tratada’. O que o senhor não diz é que no mesmo capítulo, nos versículos de 1 ao 17 mostra o mesmo tratamento que o homem recebia por causa de seus fluxos ( de qualquer natureza) ! Estranhe-me muito essa desconsideração textual por parte do senhor. Sabe muito bem do efeito psicológico em omitir isso nesse assunto? Para entender a natureza desse mandamento lembro o ponto 2; Estamos geograficamente distante da cultura, e não menos afastados por 3500 anos. Muito do que é moralmente eterno, foi de alguma forma escrito naquele tempo e para aquele tempo.

Suas palavras: "No Êxodo 15,2, diz-se que o sábado é para descansar e quem trabalhar neste dia DEVE SER MORTO –"

Sinceramente Fabrício, o senhor conferiu essa citação? Sei que pode muito bem ter sido uma falta de revisão, mas o texto de Êxodo 15.2 não diz o que foi informado pelo senhor. Provavelmente o texto correto é Êxodo 35.2. Ou o senhor apenas redigiu o que leu em outro lugar? De qualquer forma o assunto é o de Êxodo 35.2.[ Até hoje está a citação errada, ele nem leu o e-mail].

O mandamento do sábado era um descanso forçado para os escravos, para os animais e para os Israelitas. Essa era uma obrigação que nos revela um principio eterno, que temos que ter descanso e que algum tempo nosso deve ser consagrado a Deus. Naquele tempo o descumprimento dessa lei era tratado como um crime capital. Relembro aqui o ponto 1) No período correspondente aos textos Bíblicos, pelo senhor usado, está sob uma nação cujas leis são religiosas e religião é o Estado. Trata-se não somente de transgressões religiosas, mas de crimes, no pleno sentido da palavra. Afronta a ordem publica.

Daqui a uns 50 anos quando nos corredores da historia, souberem de como uma pessoa sofria numa cadeira elétrica, agonizando e fritando vivo, provavelmente muitos imaginaram uma nação animalesca, os EUA. Mas não se questionará o direito soberano da nação em delimitar o que é crime ou o que não é. Podemos estender isso ao povo de Israel nos tempos bíblicos? A resposta depende em como vemos o direito de nação e o supremo e infalível direito de Deus.

Repito agora o ponto 3; Com o advento do cristianismo houve uma separação da igreja e estado,(mesmo que isso foi mal compreendido na historia da igreja) a igreja só pode motivar a sociedade não mais impor. A mesma Bíblia que registrou o período de junção, Igreja (Israel)-Estado revela a separação dos mesmos.

O próprio Deus findou essa relação no Novo Testamento. Claro que seus preceitos foram revelados naquela antiga forma de governo. Forma essa finalizada com o estabelecimento da igreja cristã. Veja o que o mesmo livro diria sobre o sábado, o que o senhor não lembrou (por não saber?) Colessenses 2.16,17: "Ninguém, pois vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábado, porque tudo isso tem sido sombra das cousas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo."

Suas palavras: E ainda tem mais. Em Levítico 21,20, ninguém pode se aproximar do altar de Deus se tiver alguma doença ou defeito, se for cego, coxo, corcunda ou anão. A lista de atrocidades e leis ultrapassadas não é pequena... (acrescentou com base nessa lei "expulsar da igreja qualquer deficiente físico,")

Aqui Fabrício existe uma total falta de compreensão de sua parte no que diz respeito a: altar, oficio sacerdotal e igreja. O oficio sacerdotal não permitia deficientes físicos por sua funcionalidade e símbolo, não por que era imoral. O oficio exigia trabalhos, além de ser um cargo de Estado, que pessoas deficientes teriam dificuldade de exercê-las. Acrescenta a isso o símbolo que era representado pelo oficio sacerdotal. O próprio Cristo, perfeito, que veio resgatar os imperfeitos, não só fisicamente, mas moral e espiritual (Hebreus4.14-16;7.26-28). Dizer hoje que um anão ou um corcunda, não pode oficializar alguns trabalhos não é desprezo algum. Mais um ponto aqui, o senhor comparou esse afastamento do ‘altar’ como ir a igreja. Claro que está errada a comparação, mas mesmo que fosse o senhor mais uma vez não examinou o contexto (embora tenha dito que a ‘lista’ não acaba). “O versículo 22 do mesmo capítulo mostra que tal pessoa entrava na ‘igreja” sim!

Não acho que temos todas as respostas a dificuldade que temos com as leis daquele período. Em especial de nosso ponto de vista cultural. Mas pelo menos as apreciações que podem ser feitas lançam alguma luz sobre o tema. Além disso, não estamos sob obrigações estatais do mesmo, pois vivemos num outro período de exigências da parte de Deus, chamado ‘cristão’.

Quero concluir Fabrício, dizendo que seu argumento foi desprovido de base. Você não ajuda ninguém a ‘se defender da Bíblia’, mas livrar-se dela, usando meios não muito lógicos. Quanto ao que disse com respeito a Bíblia, ter sido modificada com o tempo, mostra mais uma ignorância. Não verificarei se o senhor sabe algo mesmo sobre esse assunto, recomendo um livro intitulado – Evidências que exige um veredicto. Caso se interesse sobre o assunto. Com respeito a ‘opção sexual’, dado como resposta pelos homossexuais á intriga social sobre esse comportamento, desconsideram o problema de forma banal. Caso a opção sexual de alguém é com seu cachorro, é uma simples escolha? Se um homem tem a opção sexual de casar-se com sua mãe, é uma simples escolha? Muito claro que nesse assunto os homossexuais sentirão o que sente a sociedade. Quanto a números, ainda que fosse um argumento final, temos bilhões de pessoas que são contra esse comportamento.

No início do texto você também usou uma advertência, contra aqueles que apresentam suas ‘crenças e costumes religiosos de modo errado’. Pois bem Fabrício, errados em comparação a o quê? Existe algum padrão universal de verdade no quesito Religião? Qual? Se não, então como estão errados? Ainda, você utilizou o ‘próximo’ como limite de respeito ao que pensamos. Esse conceito de próximo foi perpetuado na ética humana desde Levítico, livro aqui tão criticado pelo senhor! veja Levítico 19.18 "Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; amarás o teu próximo como a ti mesmo..." Depois o próprio Jesus citou essas palavras e a ilustrou com a conhecida parábola do ‘Bom samaritano’.

Por fim Fabrício quero dizer que a Bíblia adverte e oferece esperança a você, bem como a todos os pecadores (todos somos) em I Coríntios 6.9-11. Prometendo um lavar divino aos que tem suas práticas reprovadas por Deus. Faça uso desse convite a você, reconhecendo em sua vida o Senhorio Salvador de Cristo Jesus. A condenação Bíblica ás praticas homossexuais não se deriva de homem, mas de Deus.

Atenciosamente: Luciano”

Reconheço que alguns erros dele se devem a ele não ter o mínimo de conhecimento bíblico e de teologia cristã. Mas visto que não tinha esse gabarito, era de se esperar que não se atrevesse a questionar a Bíblia usando a própria Bíblia.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ellen White não sabia disso...?


Guilherme Miller, o pai do adventismo, interpretou Daniel 8.14 como indicando a data da volta de Cristo em 22 de outrubro de 1844.
De onde Miller tirou suas conclusões para a interpretação tão arriscada de Daniel 8.14? Havia na época um grande número de crentes, oriundos de várias igrejas, que especulavam tudo e qualquer tipo de predições com base no livro de Apocalipse e Daniel. Esses, evidentemente, deixaram uma hermenêutica sadia, que norteava a teologia das igrejas históricas protestantes. Enveredando-se ás falsas especulações proféticas.
Ellen White assevera que Miller chegou a essa conclusão sozinho e com anjos, e ela dedica um capítulo do livro O Grande Conflito (20), para mostrar que outros em países diversos haviam chegado a uma conclusão semelhante, como que se fosse algo divinamente direcionado (Grande Conflito,203). Mas quais são os fatos? Qual a real origem desse volume de mensageiros proféticos no sec. XIX?
Um ex-ancião das Testemunhas de Jeová, Carl Olof Jonsson, publicou um importante livro (foto) questionando a data profética de 1914 das Testemunhas de Jeová. É o melhor e mais profundo trabalho existente.
Mas para levantar a origem da data de 1914, Jonsson teve que percorrer essa parte da história que agora interessa a presente pesquisa:“Na longa história da especulação profética, John Aquila Brown, da Inglaterra, desempenha um papel destacado. Embora não tenha sido encontrada qualquer informação biográfica sobre Brown até agora, ele influenciou fortemente o pensamento apocalíptico de sua época. Ele foi o primeiro expositor que aplicou os supostos 2.300 anos-dias de Daniel 8:14 de forma que terminassem em 1843 (depois 1844).”(pg, 37-40). A expectativa Brown era a mesma que Miller pregou:“Esperava-se que o segundo advento ocorreria durante o ano 1843/44, contado de primavera a primavera [setentrional] como se fazia no calendário judaico.”(pg, 40) Jonsson ainda refuta uma possível objeção:“Argumentou-se que os expositores nos Estados Unidos chegaram à data 1843 como sendo o fim dos 2.300 anos independentemente de Brown. Embora isso possa ser verdade, não pode ser provado, e é interessante que O Observador Cristão, de Londres, Inglaterra, um periódico iniciado em 1802 que tratava freqüentemente de profecias, tinha também uma edição americana publicada em Boston, que publicava simultaneamente artigo por artigo da edição britânica. Portanto o artigo de Brown sobre os 2.300 anos poderia ter sido lido por muitos nos Estados Unidos já em 1810. Logo depois disso, a data 1843 começou a aparecer em exposições proféticas americanas.”(JONSSON, 40).Carl Jossonn apresenta em seu livro uma cópia de um periódico de J. A. Brown.
Portanto, não foi anjos que guiou Miller em suas interpretações, conforme disse Ellen White. Eles, os anjos, não dariam esse tipo de interpretação.

domingo, 3 de outubro de 2010

O Jesus Mómon (e as mulheres).


Os Mómons estão empreendendo um esforço para serem reconhecidos como 'igreja genuinamente cristã'. É um esforço tolo e contraditório. Tolo por causa de suas doutrinas que eles sabem muito bem que não se alinham com a fé cristã histórica. Contraditório por causa de sua doutrina de única igreja verdadeira, acusando as outras de serem igrejas do diabo. Qual o motivo de ser considerada uma igreja cristã por aqueles que eles dizem estarem afastado da verdade?
Mas vejamos o tipo de Jesus que eles querem que creiamos. O apóstolo Mómon Orson Hyde disse“... houve um casamento em Caná na Galileia, e uma cuidadosa leitura desse acontecimento levará a descoberta de que ninguém mais do que Jesus Cristo casou-se naquela ocasião. Se ele nunca se casou, sua intimidade com Maria e Marta e a outra Maria...deve ter sido altamente indecorosa e imprópria, na melhor das interpretações”. ORSON HYDE – Journal of Discourses 13:259
Thelma Granny Geer relata que quando os missionários Mómons chegavam em um novo campo missionário e casavam-se com tantas quanto pudessem, os apóstolos Mómons ficavam bravos, pois depois disso sobrava apenas mulheres feias! Esse é o momonismo pioneiro, na época que fluíam visões e apóstolos aos montantes...
Acho que a igreja Mórmon deveria unir-se a Dan Brown do que ao cristianismo histórico.
Se o Jesus Mómon, não consegue ter uma convivência moral ou correta com uma mulher, então esse não é o Jesus da Bíblia (II Co 11.4).