quarta-feira, 29 de junho de 2011

Um ano do Blog MCA

Hoje faz um ano que iniciei o blog. 'Ministério Cristão Apologético' é fruto de um trabalho que realizei com alguns irmãos. Dentre eles o irmão Cláudio que mantêm o blog Aprendei. O tempo, mudanças e condição de cada um, afastou-nos. Mas continuamos o trabalho na web. O irmão Lucio sempre tem disponibilizado seus estudos aqui no Blog.

O blog MCA não tem e nem terá a capacidade de tantos blogs de caráter Reformado. Aqui falamos de heresias por isso angariamos tantos inimigos, o que não gostaria, mas infelizmente é assim.

Não irei fazer recapitulação das postagens mais lidas. Na verdade preciso refletir onde errei e não errar novamente. Algumas postagens eu gostaria de nunca ter postado, outras eu melhoraria. Mas é assim, prosseguimos para pior ou para melhor, dependendo de nossa capacidade. Minha esperança é defender a verdade da fé cristã especialmente os três ideais do MCA.

Continuarei tratando as seitas como devem ser tratadas – produto do diabo. Por isso, jamais medirei forças para mostrar que o Adventismo, Testemunhas de Jeová, Mórmons, Tabernáculo da Fé, Espiritismo, etc. São movimentos religiosos que tem conduzido pessoas para o inferno. Por desonrarem a verdade de Deus.

O meu texto preferido para motivação apologética é 2 Co 10.4-6:

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas; Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo; E estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.”

Agradeço os irmãos que sempre tem apoiado o MCA. Os que foram ofendidos por meus erros peço desculpas. Os que se sentiram ofendidos por alguma verdade exposta, é só abandonar a mentira.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Refutação do livro 'Eu e o Pai Somos Um' - Parte 5

O Ricardo Nicotra é vítima de seu próprio conceito. Com isso algumas de suas colocações são tão selecionadas, restritas, que chegam a ser distorcidas. Pelo menos para os cristãos que consideram a Bíblia inteira como Palavra de Deus. Veja essas duas partes: “há algumas poucas referências onde Jesus é chamado de “Deus”[...](p. 85) Isso ele disse pois existem umas ‘100 passagens bíblicas que ensinam que Jesus é Filho de Deus’, como se tal expressão fosse algum problema para a Doutrina Trinitariana. Além disso, em uma recapitulação ele disse: “Jesus jamais disse ser Deus, mas reconhecia ser o Filho de Deus.” (EPSU, p. 38)
Vamos pesar suas objeções. Quando ele diz ‘algumas poucas’ passagens diz que Jesus é Deus, ele usa uma diminuição numérica (ele já revelou problemas com esse ‘alguns’ e ‘muitos’.). Ele cita então três versículos do NT e um do VT – Is 9.6; Jo 1.1; Rm 9.5; Hb 1.8. Dessas poucas que segundo ele existem, ele ainda faz um favor em dizer que citaria ‘algumas dessas’(EPSU, p 85). Tudo isso serve para criar uma impressão mais negatiiva e impactante no leitor.
Temos que lembrar que o fato de Deus ser DEUS não é apenas decorrente de que tal termo é a Ele aplicado. Mas sim, que as qualidades da Divindade são a ele atribuídos, e a adoração a ele prestada. Ou seja, Jesus não é apenas chamado de Deus várias vezes, ele é tratado como DEUS várias vezes! Interessante, que até Deus Pai o trata como Deus e Senhor! Veja isso em Hb 1.8,10.
O irmão Cláudio, em sua pesquisa demonstra uma grande quantidade de passagens bíblicas a favor da Divindade de Cristo. O Ricardo omitiu vários. E não somente com a titulação, e também inferências teológicas legítimas. Veja nas páginas 161 a 168 do trabalho ‘Teologia Sistemática Trinitariana’ . (Reproduzir essa parte da TST aqui,  ficaria muito grande.)
Depois ele diz algo que me causou risos: “A aparente contradição entre os versos que apresentam o Pai como único Deus e os versos que mostram o Filho de Deus com o título “Deus” desafia tanto os trinitarianos como os não trinitarianos.” (EPSU, p. 85).

1) Não existe contradição alguma.
2) Não existe desafio algum para os trinitarianos.
3) Não foi apenas o título atribuído a Jesus, ele é Deus.

O texto que ele citou (João 1.1), nos diz que Jesus é Deus!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

'O Propósito das Línguas' – posição oficial da IPB

Esse documento da IPB, é de 1996. Vemos uma postura equilibrada, [ou em cima do muro?] sobre a discussão das línguas. Na verdade é apenas esse assunto que assolava a igreja, e às vezes ainda causa alguma celeuma. Falar em línguas. As igrejas pentecostais, e os pentecostais que estão na IPB, apenas falam de dons por causa das línguas, mais nada. Sempre achei que tal documento responde satisfatoriamente a discussão. A IPB NÃO É UMA IGREJA PENTECOSTAL. Porém, não tem a presunção de dizer o que Deus faria ou não faria.

AFIRMO: Os cultos pentecostais não possuem nenhuma semelhança bíblica (1 Co 14), nem atinge na maioria esmagadora dos casos, qualquer propósito missionário (At 2).

Acredito que nesses cem anos de pentecostalismo no Brasil, Deus em sua bondade e misericórdia usou nossos irmãos pentecostais ao anunciar a salvação em Cristo Jesus.
Mas também são cem anos de confusão. Um culto pentecostal, do tipo mais original, sem duvida é uma bagunça. Pessoas saem de seus bancos, falando – bala-bala- bala-bala-, outro bate o pé no chão e roda dizendo – ripa-laba-isturicanta, e por fim algum interpreta dizendo: “Deus disse que vai fazer uma obra nesta noite!”)



Com base nesse documento da IPB, eu não posso dizer que sou cessacionista. Mas isso não deveria ser interpretado de maneira alguma que não ser cessacionista significa ser pentecostal ou mesmo continuísta. É ser Bíblico. Os servos de Deus nunca se rotularam em torno das manifestações providenciais de Deus.

Em alguma época eu achava que o termo ‘continuísta’ era próprio. Mas com o tempo, notei que é apenas uma maneira de alguns presbiterianos-reformados se esquivarem das criticas aos pentecostais, e ao mesmo tempo serem tais! Visto que a única coisa que esses indivíduos querem é: falar em línguas.

Seria bom mesmo caso tivéssemos uma grande quantidade de pastores presbiterianos orando por mortos e esses serem ressuscitados, por doentes mentais e serem normais, por deficientes físicos sem membros, e serem reconstituídos. Gostaria muito dos tais CALVINISTAS PENTECOSTAIS, do 'NOVO' CALVINISMO, recebessem mais ‘unção de dar banho em mendigos’, unção de cuidar de doentes terminais, etc. Mas a única coisa que eles querem é: falar em línguas!

“Sou pastor-presbiteriano, mas creio na continuidade dos dons!” Qual?: “Falar em línguas!”

Visto que é isso que eles querem, serão sempre pentecostais.



Leia a posição da IPB sobre o assunto:



*************************************************************************

O Propósito das Línguas



Evidenciar a Universalidade da Graça

As línguas mencionadas no livro de Atos ocorreram por ocasião da descida do

Espírito Santo sobre judeus (2.1-13), sobre gentios que eram simpatizantes do

judaísmo (10.44-46; 11.16-17), e finalmente sobre alguns discípulos de João Batista (19.1-7). Aparentemente, elas funcionaram como evidência externa da descida do Espírito sobre estes diferentes grupos, refletindo o progresso do Evangelho a partir dos judeus, passando por grupos intermediários até alcançar, finalmente, os gentios, conforme Jesus determinou em At 1.8. Podemos concluir que, como evidência do cumprimento das diferentes etapas do Pentecoste, as línguas cessaram.



Sinal do Juízo de Deus sobre os incrédulos

É importante ainda notar que as línguas serviram como sinal do juízo de Deus

sobre os descrentes. Escrevendo aos Coríntios sobre o propósito das línguas, Paulo afirma: “Na lei está escrito: Falarei a este povo por homens de outras línguas e por lábios de outros povos, e nem assim me ouvirão, diz o Senhor. De sorte que as línguas constituem um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos” (1 Co 14.20-22). A citação de Paulo vem de Is 28.11-12. Nesta passagem, Isaías profetiza a invasão de Israel pelos caldeus, povo cuja língua era totalmente desconhecida para os judeus. Os gritos dos soldados caldeus invasores eram o sinal de que o juízo de Deus estava se abatendo sobre a nação incrédula. A profecia de Isaías baseia-se no que Moisés escreveu em Dt 28.49-53, sobre Deus usar um povo de linguagem desconhecida para castigar Israel em decorrência da desobediência, um tema também desenvolvido em Jr

5.15 (ver ainda Is 33.19). Paulo, por sua vez, partindo da profecia de Isaías, aplica o mesmo princípio aos seus dias, ao escrever aos Coríntios sobre o propósito do dom de línguas. Assim como no passado o juízo de Deus sobre os judeus descrentes evidenciou-se através da destruição da nação por um povo cuja linguagem lhes era desconhecida, assim também o juízo de Deus sobre os judeus descrentes na época do Novo Testamento, tirando-lhes o Reino e passando-o para outro povo, manifestou-se através das línguas faladas miraculosamente pelos gentios que receberam o Messias de Israel. 53 Portanto,

como sinal do juízo de Deus sobre um Israel incrédulo, as línguas serviram a um propósito histórico e definido. Assim, podemos concluir que, sob o prisma de sinal do juízo de Deus, as línguas cessaram.



Edificação da Igreja

Em sua primeira carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo enfatiza a edificação da

Igreja como sendo o propósito de todos os dons espirituais. As línguas, portanto, onde não entendidas, e sem interpretação, eram proibidas por ele, visto que não traziam edificação aos que as ouviam. Seu uso individual particular tampouco foi encorajado pelo apóstolo. Alguns, baseando-se em 1 Co 14.4, têm argumentado que as línguas todos, não precisaram de intérprete para serem entendidas e vieram de forma inopinada sobre os presentes. Em Corinto, as línguas não eram faladas por todos, careciam de intérprete para sua compreensão e estavam sob o controle dos que falavam. Porém, essas diferenças são mais bem entendidas como circunstanciais, e não como essenciais. Em ambos os casos, a essência do milagre consistia em pessoas falando fluentemente em línguas que lhes eram previamente desconhecidas. Também foram dadas para a edificação individual do que fala. A passagem, entretanto, ainda que implicitamente admitindo a possibilidade de edificação individual daquele que fala, não autoriza o uso em particular do dom para proveito apenas do que fala, já que os dons são dados para o benefício de todos os membros da Igreja (ver 1 Pd 4.10; 1 Co 12.7,25; etc.). Ainda que Paulo não minimize a realidade do dom de línguas, ele o considera como possuindo um valor inferior aos dons que utilizam palavras inteligíveis. Paulo, pois, dá preferência à profecia, pois esta edifica a Igreja (1 Co 14.1-4). Embora admitindo o orar e o cantar em línguas, Paulo expressa que é melhor orar e cantar também com o entendimento (14.15). A preferência do apóstolo inspirado, “prefiro falar na Igreja cinco palavras com meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua” (14.19), claramente demonstra que as línguas ocupam lugar absolutamente secundário nas reuniões do povo de Deus. Mesmo não proibindo, ele desencoraja o seu uso (1 Co 14.39-40). Portanto, mesmo os que rejeitarem a argumentação sobre a natureza das línguas, certamente deverão levar em conta a argumentação sobre o propósito por excelência dos dons: a edificação da Igreja.



A Contemporaneidade das Línguas

Sob o ponto de Vista Textual

As Escrituras ensinam e a Igreja crê que, quando encaradas como evidência da universalidade da graça e como sinal do juízo de Deus sobre os incrédulos, as línguas cessaram, havendo cumprido aquelas finalidades históricas. No que se refere ao seu propósito de edificação da Igreja, o Novo Testamento, entretanto, não explicita a cessação ou continuação do dom de línguas além do período apostólico. Assim, a questão da contemporaneidade do dom de línguas não pode ser determinada de forma final a partir dos dados escriturísticos. Em geral, podemos mencionar duas posições antagônicas sobre o assunto: a de que as línguas cessaram como um todo, e a de que as línguas permanecem hoje como durante o período apostólico. Os que crêem na cessação absoluta do dom de línguas têm, às vezes, apelado para 1 Co 13.10 como evidência. Entretanto, esta passagem não pode ser usada como prova indiscutível da cessação das línguas, visto que não é claro no texto que to\ te/leion, “o que é perfeito,” se refira quer ao fechamento do Cânon, quer à maturidade espiritual da Igreja, podendo perfeitamente ser uma referência à Segunda Vinda de Cristo.

Os que crêem na plena contemporaneidade das línguas freqüentemente se

esquecem do ensino bíblico claro sobre a natureza e propósitos das mesmas, tanto em suas ocorrências em Atos como em Corinto. A ênfase do Novo Testamento na edificação da Igreja, como sendo o propósito principal de quaisquer dos dons, aparenta estar ausente em boa parte do atual movimento de línguas. Além do fato de que não existem provas claras de que idiomas estejam sendo falados, as línguas são mormente faladas por todos ou pela maioria, durante os cultos públicos, e isto ao mesmo tempo, e sem interpretação, em clara dissidência dos mandamentos apostólicos em 1 Co 14.26-37, estando assim ausente o propósito principal das línguas, que é a edificação dos fiéis.



Sob o Ponto de Vista Histórico

A História da Igreja registra que as línguas cessaram algum tempo após a era apostólica. A Igreja pós-apostólica, depois da crise gerada pelos exageros do Montanismo, abandonou definitivamente a prática de línguas e profecias. Crisóstomo, um teólogo do século IV, testificou em seus escritos que as línguas e outros dons “espetaculares” haviam cessado tão antes de sua própria época, que ninguém mais sabia ao certo das suas características. Assim, através dos séculos, a Igreja vem servindo a Deus, evangelizando o mundo e sendo edificada sem o pretenso auxílio das mesmas.



Sob o ponto de Vista Teológico

A Escritura ensina e a Igreja crê que, em Sua soberania, Deus pode conceder o dom de línguas à Igreja quando Lhe aprouver, em qualquer período da História. A Escritura também ensina e a Igreja crê igualmente, que uma manifestação genuína do dom de línguas deverá sempre seguir o padrão revelado pelo próprio Deus nas Escrituras, quanto à sua natureza, seu propósito, e sua utilização. A Igreja não se sente compelida a aceitar como genuínas quaisquer manifestações contemporâneas de “línguas” que não se conformem ao precedente estabelecido pelo Espírito Santo nas Sagradas Escrituras. Cabe aos que acreditam e têm ensinado que Deus tem renovado esse dom na Igreja contemporânea, o ônus de fornecer evidências claras e inequívocas de que estas coisas são assim. Afirmações ousadas nesta área, que não podem ser substanciadas pelas Escrituras, e experiências pessoais cuja genuinidade não pode ser comprovada, têm antes semeado confusão e discórdia do que promovido a paz, a unidade, e a edificação da Igreja.



********************************************************************************

terça-feira, 21 de junho de 2011

A realidade natural do regenerado

Depois de ensinar sobre o mandamento apostólico de saber sobre sua atual realidade, Nee mostra que o apóstolo Paulo amplia seu pensamento, com base nesse trecho das Escrituras:

Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos, sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus (Rm 6. 8-11, grifo nosso).

A consideração exigida pelo apóstolo Paulo é para que os cristãos romanos dispusessem suas mentes para a realidade aprendida anteriormente. Um conhecimento formal a respeito de uma determinada doutrina não fará diferença alguma caso não seja experimentado de forma prática na vida do cristão. Uma vida contemplativa a respeito das verdades sagradas nunca foi o propósito de Deus para seu povo.

O ato de nos considerarmos deve basear-se no conhecimento do fato divinamente revelado, pois, de outro modo, a fé não tem fundamento sobre que descansar e apoiar-se. [...] Estou morto não porque me consi­dero assim, mas por causa daquilo que Deus fez para comigo em Cristo — por isso considero-me morto. É este o verdadeiro sentido de considerar-se. Não se trata de considerar-se para se ficar morto, mas de con­siderar-se morto porque essa é a pura realidade (NEE, 1986, p. 39, 40).

Segundo Nee, Paulo nos ensina agora que faz-se conditio sine qua non considerar a verdade que antes fazia parte apenas do conhecimento. Ele esclarece que o mero saber, de que os pecadores foram incluídos na morte de Cristo, não é o suficiente. A fé nesta verdade deve ser experimentada pelo cristão, não obstante isso não ser automático. É por isso que o apóstolo Paulo ordena: “considerai-vos....
David Kuykendall, em sua obra Nossa identificação com Cristo, revela o mesmo parecer a respeito desta expressão:

A expressão traduzida “considerai-vos” é de teor contábil. Significa o dever de “tomar-se nota”, ou, em outras palavras, “fazer-se contabilidade”. Na linguagem do Novo Testamento grego, a palavra tem o significado de “assim proceder-se incessantemente”. Tem também a forma de mandamento. Uma tradução livre seria: “Estou ordenando a vocês que procurem continuamente fazer o lançamento na memória da importante verdade de que vocês já estão mortos para o pecado e vivos para Deus (KUYKENDALL, 1983, p. 48).

Anthony Hoekema, em seu livro O Cristão toma consciência de seu valor, também ressalta a importância de um regenerado considerar-se como nova criação.

Quando CRISTO morreu na cruz, o nosso velho homem – isto é, o nosso ser como um todo, dominado pela carne [o Princípio do Pecado] e o pecado [o ato em si] – foi morto com Ele. Isto significa que nós que estamos unidos com CRISTO pela fé não somos mais “velhos homens”. Nosso velho homem, ou velho ser, foi morto com CRISTO. [...] Perseverar nesta imagem [positiva], portanto, é uma questão de continuar crendo que o que a Bíblia diz a nosso respeito é verdade. E o que a Bíblia diz é que nós, que estamos em CRISTO, somos novas criaturas (HOEKEMA, 1987, p. 46, 102).

Ainda falando sobre a importância da consideração da obra de Cristo para a libertação do pecador, o Rev. Jair de Almeida Júnior faz um comentário de suma importância para a compreensão desta verdade:

A nosso ver, a forma objetiva está mais atrelada ao aspecto histórico da morte e ressurreição de Cristo, que causou a ruptura definitiva com Adão, a queda, e os poderes das trevas. A forma subjetiva está, aparentemente, mais ligada ao assumir por fé o novo padrão de criação, única evidência concreta da participação na regeneração do Espírito (ALMEIDA JÚNIOR, 2006, p. 160).

Almeida Júnior deixa bem claro que o fator objetivo da co-crucificação deve ser aceito pela fé, ou seja, considerado de forma verdadeiramente factual. Em Cristo, historicamente, o velho homem foi crucificado e todas as suas cadeias quebradas. A aplicação destes efeitos da crucificação na libertação do não-regenerado toma forma subjetiva quando ele entende esta verdade e a considera somente por meio da fé no sacrifício de Cristo e nas verdades das Escrituras.
Watchman Nee também apresenta algumas das ciladas usadas pela própria consciência para impedir este segundo passo na vereda do progresso cristão.

Nunca se esqueça que é sempre, e somente, verdade em Cristo. Se você olha para si próprio, não achará aí esta morte — é questão de fé nEle, de olhar para o Se­nhor e ver o que Ele fez. Reconheça e considere o fato em Cristo, e permaneça nesta atitude de fé. [...] O que é a fé? É a minha aceitação de fatos divinos, e seu fundamento sempre se acha no passado. O que se relaciona com o futuro é mais esperança do que fé, embora a fé tenha, muitas vezes, o seu objetivo ou alvo no futuro, como em Hebreus 11. [...] A fé faz com que as coisas que são reais [fatos objetivos], sejam reais na minha expe­riência [fatos subjetivos] (NEE, 1986, p. 41, 42, 46).

 FONTE: escravosdecristo.blogspot.com/2011/06/realidade-natural-de-um-regenerado_20.html

sábado, 18 de junho de 2011

ABSURDO: ‘Daquele dia e hora ninguém sabe’ era uma heresia para Ellen White

Todo mundo sabe que os Adventistas nasceram a partir de uma falsa profecia. Até mesmo o nome ‘igreja adventista’ não é com base na pregação escatológica da vinda do Senhor, mas sim, que ele viria (ou ‘veio’) em 22 de outubro de 1844. Mas eles não gostam muito de lembrar-se disso.

Já  refutei o esforço que fazem para jogar a culpa em outros (AQUI)

Em Mateus 24.36 o Senhor Jesus disse que ele mesmo não sabia o dia do seu retorno. E depois de sua ressurreição ele disse que saber disso não era da competência dos Apóstolos (At 1).

Porém, Miller se desviou dessa verdade bíblica e foi enganado (provavelmente) por J. Áquila. Usando Daniel 8.14 ele calculou os 2300 ‘dias-anos’, após duas tentativas frustradas, até que por fim chegou à conclusão que Jesus voltaria em 22 de outubro de 1844. Segundo a profetisa mitológica adventista, Ellen White, ‘cerca de 50 mil pessoas deixaram as igrejas’ para seguirem a mensagem da vinda de Cristo em 22 de outubro de 1844! Inclusive ela mesma deixou o Metodismo, desviou-se de uma igreja cristã e foi também enganada pela falsa mensagem.

Mas o que os adventistas diziam a respeito da advertência de Cristo em Mateus 24.36? Pois bem, deixemos que ela mesma explique como eles torciam o texto, contorciam as palavras de Jesus. E note como o ‘estupro hermenêutico’ é apreciado por ela!

A proclamação de um tempo definido para a vinda de Cristo despertou grande oposição de muitos, dentre todas as classes, desde o pastor, no púlpito, até ao mais ousado pecador. Cumpriram-se as palavras da profecia: "Nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa de Sua vinda? porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação." II Ped. 3:3 e 4. Muitos que professavam amar ao Salvador, declaravam que não se opunham à doutrina do segundo advento; faziam objeções, unicamente, ao tempo definido. Mas os olhos de Deus, que vêem tudo, liam-lhes o coração. Não desejavam ouvir acerca da vinda de Cristo para julgar o mundo com justiça. Haviam sido servos infiéis; suas obras não resistiriam à inspeção do Deus que sonda os corações, e receavam encontrar-se com o Senhor. Tais como os judeus nos dias de Cristo, não estavam preparados para recebê-Lo. Não somente se recusavam a ouvir os claros argumentos das Escrituras Sagradas, mas procuravam ridicularizar aos que aguardavam o Senhor. Satanás e seus anjos exultavam e lançavam afronta ao rosto de Cristo e dos santos anjos, por ter Seu povo professo tão pouco amor por Ele que não desejavam o Seu aparecimento.


"Daquele dia e hora ninguém sabe", era o argumento mais freqüentemente aduzido pelos que rejeitavam a fé do advento. A passagem é: "Daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do Céu, nem o Filho, mas unicamente Meu Pai." Mat. 24:36. Uma explicação clara e harmoniosa desta passagem era apresentada pelos que aguardavam o Senhor, e o emprego errôneo que da mesma faziam seus oponentes foi claramente demonstrado. Estas palavras foram proferidas por Cristo na memorável conversação com os discípulos, no Monte das Oliveiras, depois que Ele, pela última vez, Se afastou do templo. Os discípulos haviam feito a pergunta: "Que sinal haverá de Tua vinda e do fim do mundo?" Jesus lhes deu sinais, e disse: "Quando virdes todas estas coisas, sabei que Ele está próximo às portas." Mat. 24:3 e 33. Não se deve admitir que uma declaração do Senhor destrua outra. Conquanto ninguém saiba o dia ou a hora de Sua vinda, somos instruídos quanto à sua proximidade, e isto nos é exigido saber. Demais, é-nos ensinado que desatender à advertência ou recusar saber a proximidade do advento do Salvador, ser-nos-á tão fatal como foi aos que viveram nos dias de Noé o não saber quando viria o dilúvio. E a parábola, no mesmo capítulo, põe em contraste o servo fiel com o infiel e dá a sentença ao que disse em seu coração - "O meu Senhor tarde virá". Mostra sob que luz Cristo olhará e recompensará os que encontrar vigiando e pregando Sua vinda, bem como os que a negam. "Vigiai, pois", diz Ele; "bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim." (Mat. 24:42-51.) "Se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei." Apoc. 3:3.


Paulo fala de uma classe para a qual o aparecimento do Senhor há de ser surpresa. "O dia do Senhor virá como o ladrão de noite; pois que quando disserem: Há paz e segurança; então lhes sobrevirá repentina destruição, ... e de modo nenhum escaparão." Mas ele diz aos que atendem à advertência do Salvador: "Vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas." I Tess. 5:2-5.


Mostrou-se assim que as Escrituras não oferecem garantia aos homens que permanecem em ignorância com relação à proximidade da vinda de Cristo. Aqueles, porém, que unicamente desejavam uma desculpa para rejeitar a verdade, fechavam os ouvidos a esta explicação; e as palavras - "Daquele dia e hora ninguém sabe" - continuaram a ser repetidas pelos audaciosos escarnecedores e mesmo pelos professos ministros de Cristo. Ao despertarem os homens e começarem a inquirir do caminho da salvação, interpuseram-se ensinadores religiosos, entre aqueles e a verdade, procurando acalmar-lhes os temores com interpretações falsas da Palavra de Deus. Infiéis vigias uniram-se na obra do grande enganador, clamando: "Paz, Paz!" quando Deus não havia falado de paz. Muitos, tais quais os fariseus do tempo de Cristo, se recusaram a entrar no reino do Céu e embaraçavam aos que estavam entrando. O sangue dessas almas ser-lhes-á requerido [...] Muitas pessoas eram transviadas por maridos, esposas, pais ou filhos, e fazia-se-lhes crer que era pecado até mesmo o escutar as heresias pregadas pelos adventistas. “ O Grande Conflito 370-373




Observe bem o quanto ela ‘diabolizou’ as pessoas que negaram a mensagem adventista com base nas palavras do Senhor Jesus Cristo em Mt 24.36!!!

Enumeremos o que ela e os adventistas da época diziam sobre Mateus 24.36:

1) Nenhuma pessoa que usou Mt 24.36 era um cristão sincero.

2) Quem negava a data de 1844 com base Mt24.36 estava dizendo que a Bíblia se contradiz.

3) Deus fez os adventistas dizerem que Jesus voltaria em 1844, mesmo sabendo de Mt 24.36!

4) A interpretação de Mt 24.36 para harmonizar com 1844 estava equivocada, mas quem rejeitasse era infiel a Deus.

5) Os adventistas não eram heréticos por dizerem que Cristo voltaria em 1844 mas sim quem rejeitasse com base em Mt 24.36.

6) Que 'explicação harmoniosa' havia entre Mateus 24.36 e a volta de Cristo em 22 de outubro de 1844?

Não preciso escrever mais nada. Que Deus misericórdia e ilumine os adventistas.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

‘Adorando O Domingo!?’

O livro de doutrinas adventistas, Nisto Cremos, que via de regra tem uma apresentação acadêmica, segue as marcas dos passos de Ellen White. Isso todos sabem. Mas na minha leitura desse livro encontrei um trecho, dentre outros, que meu deu muita indignação. Preste atenção nisso:
A questão derradeira envolverá adoração falsa e verdadeira, o verdadeiro e o falso evangelho. Quando essa questão for claramente colocada diante do mundo, aqueles que rejeitam o memorial divino da Criação – o sábado bíblico – escolhendo adorar e honrar o domingo – mesmo depois de ter pleno e cabal conhecimento de que este não é o dia apontado por Deus para a adoração – receberão a “marca da besta”. Esta é a marca da rebelião; a besta afirma que o fato de ela haver alterado o dia de adoração é uma prova de sua autoridade em modificar a lei de Deus.” Pg 231,232(negrito meu)


Essa besteirinha profética quem disse foi Ellen White (nem sei se ela copiou isso de algum outro falso profeta). Mas observando bem o que foi escrito no Nisto Cremos, algo me chamou atenção. Na parte final transcrita, ficou bem claro que, para essa seita, os que adoram no domingo no ‘tempo final’ serão os servos da ‘besta’.

Porém na parte que deixei em negrito está transmitindo também outra ideia! Diz que as pessoas escolherão ‘adorar O Domingo’!

Ou eu estou errado? É isso mesmo?

A ânsia desse povo em criticar o Domingo é tão necrosada, que não dizem apenas que os cristãos estão errados por adorarem NO Domingo... (o que eles fazem também!), mas chegam ao ponto bizarro de dizerem que O DIA será ADORADO!
‘Critico o que faço’...?
Já ouvi alguns dizerem que os psicólogos sustentam que geralmente usamos como auto-defesa uma projeção de nossos erros em outros. Mas esses erros não seriam os mesmos, mas da mesma classe. Mais ou menos criticamos em outros, o que fazemos. Não sei se isso é verdade em todos os casos, porém me parece que isso deve ser verdadeiro no mundo Adventista.

Será que na verdade eles ‘adoram O sábado’ e ficam esperando os cristãos verdadeiros ‘adorarem o Domingo’? (Obs:Visto que eles consideram o sábado como ‘central na Lei de Deus, como a lei mais importante’, pode ser que o caminho está aberto para essa idolatria...)

Mas visto que a adoração DO Domingo não acontece, eles estão esperando ‘uma besta’ fazer isso no futuro...?

“Seguidores de Ellen White, não esperem os protestantes fiéis fazerem isso! Se não, vosso ‘armagedom’ NUNCA chegará! E o histórico de 1844 é uma má lembrança...”

sábado, 11 de junho de 2011

“Você compreende o sentido da doutrina da Santíssima Trindade?”

ATENÇÃO: O irmão Cláudio disponibilizou o seu estudo sobre a Trindade em pdf. É gratuito. Peça pelo e-mail: aprendei@hotmail.com (ou blogapologetico@gmail.com)
É a maior pesquisa sobre esse tema em nossa língua.
“Você compreende o sentido da doutrina da Santíssima Trindade?”
A doutrina trinitariana nem sempre apresenta conceitos fáceis de assimilar, mas ela é bíblica e Deus, na Pessoa do Espírito Santo, pode nos auxiliar a que cheguemos ao conhecimento de toda a verdade (cf. Jo 16:13).

Contudo, mesmo que não compreendamos a Trindade completamente, a doutrina trinitariana deve ser não apenas compreendida, como também defendida e propagada, já que é a base doutrinária sólida e irrefutável da fé cristã evangélica:

“Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos, ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica.” (Fp 1:27);

“...exortando-vos a batalhardes diligentemente pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.” (Jd 3).

Sugerimos, inclusive, a releitura de todo este estudo, de todas as postagens se possível, quantas vezes os nossos prezados leitores julgarem necessário (não precisa ser em ordem numérica, pode ser aleatoriamente), para a melhor compreensão, aplicação e edificação, pois é um estudo completamente esquecido pela Igreja de Cristo hoje e possui muitas vezes, como já afirmamos, conceitos de difícil assimilação.

Bem, se admitimos a Bíblia como única regra infalível de fé e prática para a nossa vida (e ela o é), naturalmente com a direção do Espírito Santo, mais cedo ou mais tarde, deveremos aceitar a doutrina trinitariana, mesmo que ainda não a compreendamos totalmente. Do contrário, a nossa fé perderá o sentido. Essa conclusão pode até parecer a princípio um tanto exagerada, mas é correta.

Baseados no que afirmamos anteriormente, se a doutrina trinitariana não fosse verdade, então o nosso Salvador, neste caso, passaria a ser um mero ser humano e o Espírito Santo que em nós, cristãos, habita, não seria Deus, mas uma energia cósmica ou uma alma desencarnada qualquer (!) Tudo isso invalidaria todas as evidências bíblicas para a doutrina trinitariana que vimos neste estudo e consequentemente, a própria confiabilidade na perfeição bíblica.

Ademais, todo e qualquer estudo que se faça a respeito da Santíssima Trindade só pode ser extraído das páginas das Escrituras Sagradas do cristianismo, a Bíblia. Nenhuma arte, filosofia, ciência ou religião jamais conseguirá compreender ou até mesmo expor de maneira satisfatória a Santíssima Trindade em Sua plenitude. Por mais que se façam estudos minuciosos a Seu respeito, o homem seguramente jamais a compreenderá plenamente.

Para aqueles críticos antitrinitaristas que afirmam que a doutrina trinitariana não se encontra na Bíblia, acreditamos que sobraram evidências para todos os gostos e estilos teológicos e doutrinários, pois as encontramos de Gênesis a Apocalipse. Vamos recapitular os livros nos quais encontramos estas evidências, para confirmar o que estamos asseverando. Mas, se os críticos vão aceitar a Verdade, já é outra história:

No Antigo Testamento, 19 livros: Gênesis, Êxodo, Números, Juízes, 1º e 2º Samuel, 2º Reis, 2º Crônicas, Isaías, Ezequiel, Neemias, Jó, Salmos, Oséias, Joel, Ageu, Miquéias, Zacarias e Malaquias; e

No Novo Testamento, 17 livros: Nos quatro evangelhos, Atos dos Apóstolos, Epístola aos romanos, Epístolas aos coríntios, Epístola aos gálatas, Epístola aos efésios, Segunda epístola aos tessalonicenses, Epístola a Tito, Epístola aos hebreus, Epístola de Judas, Primeira epístola de Pedro, Primeira epístola de João e Apocalipse.

Portanto, dos 66 livros do “cânon” protestante, 36 livros apresentam evidências diretas e claras das três pessoas da Trindade, sem mencionar inúmeras outras evidências indiretas em muitos outros livros canônicos a uma ou outra pessoa da Trindade.

Considerando mais uma vez a regra de interpretação bíblica que versa que “uma doutrina só pode ser considerada bíblica e para todas as épocas e culturas se forem encontrados muitos versículos tanto no Antigo como no Novo Testamento para a mesma”, existir mais de 50% dos livros canônicos com evidências trinitarianas diretas acreditamos ser uma excelente e suficiente base para a apologética segura e irrefutável desta doutrina não é mesmo?

Nem os maiores escritores, artistas e nem os consagrados roteiristas de filmes e novelas, seja de que gênero for (documentário, ficção científica, ação, drama ou épicos), jamais conseguirão criar uma realidade tão impressionante, complexa e ao mesmo tempo verdadeira como a Santíssima Trindade e Sua obra, exatamente pelo fato de que se Deus não tivesse se revelado na Bíblia como a Trindade, seguramente jamais conseguiríamos desenvolver ou sustentar a doutrina trinitariana de forma satisfatória.

Não podemos adaptar o que a Bíblia afirma sobre Deus apenas para torná-Lo mais acessível e compreensível às nossas mentes limitadas. Por mais perplexidade que a verdade trinitariana nos traga, jamais podemos nos deixar levar ao equívoco de negar o que Deus realmente é.

Muitas pessoas negam a Trindade, pois, acreditam na grandeza de Deus até um certo grau, tentando limitá-Lo (como se fosse possível). Acreditam que Deus é infinito, que é eterno, imutável, onipotente, etc., mas quando se deparam com a doutrina trinitariana, não conseguem acreditar que este mesmo Deus com tamanha gama de atributos perfeitos possa ser tripessoal também, ou seja, que Ele possua uma tripersonalidade.

Aliás, a doutrina da Trindade tem pouca aceitação não apenas pelo fato de possuir conceitos complexos, mas também porque encontra enraizados na sociedade conceitos distorcidos sobre a Divindade e a humanidade: fábulas, contos de fada, mitologias, heróis indestrutíveis vindos de outros planetas para “nos salvar”, homens e mulheres com poderes psíquicos e físicos sobre-humanos resultantes de uma evolução genética fictícia, entre tantas outras historietas.

Ressaltamos, portanto, com firmeza, que a doutrina trinitariana não é mais uma “historinha” como essas, ela é reflexo de uma realidade ainda desconhecida de muitas pessoas, realidade existente desde a eternidade: Deus existe de forma tripessoal.

A doutrina trinitariana também é pouco aceita, divulgada e estudada devido aos graves sintomas de materialismo e egocentrismo encontrados na sociedade secular e que estão cada vez mais invadindo a Igreja, para a nossa tristeza.

O ser humano e, infelizmente, incluindo muitos cristãos, só estão pensando naquilo que Deus pode nos dar, como um milagre, a prosperidade, saúde, etc. Parece que cada vez menos pessoas estão querendo conhecer realmente a Deus em Sua essência, se relacionar com Ele e oferecer a Ele uma adoração e louvor com maior qualidade.

A doutrina trinitariana é a base doutrinário-teológia do cristianismo e que possui implicações práticas na vida da Igreja e da sociedade, mas está completamente esquecida pela Igreja. Nós pregamos, escrevemos e cantamos sobre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, mas na prática parece que evitamos discutir o assunto.

Estudar a doutrina da Trindade parece atualmente algo completamente sem propósito, uma perda de tempo ou ainda algo enfadonho, chato, que mais confunde do que esclarece. Mas, na verdade, é o contrário.

É neste intuito que a doutrina trinitariana surge: para nos levar a conhecer melhor a Deus e para podermos adorá-Lo e servi-Lo com mais qualidade.

É o mínimo que Ele merece depois de tudo o que Ele fez, faz e fará por nós. Mas Deus requer isso de nós não porque Ele precise disso para se sentir melhor. Ele requer isso de nós, justamente pensando em nosso bem, em nossa edificação.

Todos estes conceitos humanos pecaminosos, como materialismo e egocentrismo, estão separando a todos nós da necessidade vital e urgente de estudar, conhecer e servir o Deus Triúno.

O melhor, talvez, seria se utilizássemos menos o termo "trindade", pois muitas e muitas pessoas, receiamos, podem acabar por separar em suas mentes este termo de sua noção de Deus, o que é extremamente prejudicial.

Não, não podemos descartar este termo apenas pelo fato de não fazer parte do texto sagrado, mesmo porque é um termo muito útil originado para defender a Divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo diante das críticas dos céticos nos primeiros séculos da Igreja (e ainda é útil atualmente), mas, talvez, pudéssemos utilizar mais a querida expressão "Deus triúno" ou "Trino Deus".

A despeito disso, a expressão "trindade", uma vez que já é tão amplamente utilizada pela Igreja, deve estar "cristalizada" em nossa mente como sendo tão somente um sinônimo didático e não um substituto para a palavra "Deus".

Ou seja, sempre que lermos ou ouvirmos "trindade", imediatamente este conceito deve vir ao nosso pensamento: "Trindade" significa "Deus triúno", ou "Deus triúno" = "Trindade". Não, jamais deveremos excluir a palavra "Deus", não é isso que estamos afirmando, isso seria uma espécie de "suicidio doutrinário".

O que devemos é sempre lembrar que Deus sempre existiu como trino ou triúno, Ele sempre foi e sempre será a santíssima e adorada Trindade. Este termo "trindade" jamais pode nos confunfir e nos afastar do conceito que temos do nosso querido Deus único. O termo não foi desenvolvido pela Igreja e com a direção do Espírito Santo para confundir, mas para defender, esclarecer, libertar e edificar.

Para quem ainda não acredita na doutrina da Trindade, vamos retomar um conceito que lançamos no início deste estudo. A veracidade da Bíblia e de suas histórias e conceitos vem sendo confirmada através dos séculos por diversos ramos da ciência, como geografia, história, astronomia, arqueologia, antropologia, medicina, etc. Suas profecias ano a ano vêm se cumprindo e se cumprirão cabalmente até o fim dos tempos. Se, em termos terrenos, humanos e proféticos ela é 100% verdadeira, seguramente é também 100% verdadeira naquilo que afirma sobre Deus e os valores espirituais nela contidos:

“...nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto, contudo não aceitais o nosso testemunho. Se tratando de cousas terrenas não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (Jo 3:11-12; cf. vv. 3-12).

Não parece, portanto, uma decisão saudável permanecer ignorando as verdades sobre a vida, inclusive sobre quem e como é Aquele que te criou e te ama tanto.

Mas, se mesmo depois deste estudo e talvez depois de reestudar todos os conceitos, ainda não compreendermos a doutrina da Trindade, não fiquemos preocupados, é uma reação normal das nossas mentes limitadas diante da glória insondável de Deus.

O que podemos fazer é, por exemplo, orar assim a Deus:

"Ó Deus, nosso Pai Celestial, depois de verificarmos e aprendermos em Sua Palavra como tu és infinito, eterno e insondável em Sua essência, só podemos nos render a Ti, te exaltarmos e glorificarmos porque não podemos alcançar a Sua incompreensível grandeza, mas o Espírito Santo que está em Ti e vive em nós conhece e participa igualmente desta grandeza e nos ajuda nesta oração a Ti, bem como Jesus Cristo, o Teu Filho e nosso Senhor e Salvador, em nome de quem nós oramos. Amém".

Você que é cristão busque mais a Deus fervorosamente. Você que ainda não teve um encontro com Ele, busque-O de coração e O encontrará. Oremos para que o nosso Deus e Pai venha com o Seu Santo Espírito tocar em todos os corações, em nome do Seu Filho Jesus. Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito.

Ao nosso único e suficiente Deus, portanto, sejam dados todo louvor e adoração para sempre. Amém.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

‘O Cristão não usa armas!’ – Respondendo às Testemunhas de Jeová

A seita TJ é pacifista. Eles entendem que o cristão verdadeiro não serve o exército, não trabalha em qualquer serviço que precise usar arma. Com essa aparente posição de piedade, eles dizem que os demais são falsos cristãos. Ao passo que eles são os verdadeiros. 
Quais bases bíblicas eles apresentam? Como responder suas objeções?

Isaias 2.1-5: A parte ‘não aprenderão mais a guerra’ e ‘transformarão suas armas em instrumentos de trabalho’ são detalhes importantes ressaltados pelos TJs, para ‘provarem’ que os cristãos protestantes estão errados em servir o exército, por exemplo. 

Vamos ao texto: Antes de focar uma resposta, precisamos nos lembrar dos limites contextuais. Não podemos simplesmente dizer que um texto se ‘aplica ali ou aqui’, sem uma consciência abrangente do mundo e da situação que o escritor ou profeta vivia. Geralmente as profecias tiveram mais de um cumprimento.
Israel no tempo de Isaias (e de Miquéias 4) vivia sob constante ameaça. A sobrevivência da adoração divina dependia da segurança de Israel. Essa profecia de Isaias 2. 1-5 tem esse pano de fundo. E por certo teve algum cumprimento quando Israel deixou o cativeiro Babilônico.

Em Is 2. 1-5 temos uma promessa bíblica que os cristãos seriam pacíficos.
 
Os Cristãos não são mais uma nação, e assim não necessitam de uma estrutura nacional de defesa. O povo de Deus seria de várias nações. 
O que seria a força dessa nova nação de cristãos? O ensino e o amor
A igreja não estenderia seus limites com base na força. Os limites de Israel foram assim estendidos. A igreja não! Jesus disse como dominaria o mundo em Mt 28.19,20. [Acredito também, como os pós-milenistas, que o texto de Isaias garante uma expansão do cristianismo à medida que a volta de Cristo se aproxima.]
Agora quando um cristão torna-se parte da autoridade de um país, para ele tem a autorização bíblica de Romanos 13.1-7. Nenhum cristão pode promover nada pela força, ou pela ‘espada’. Mas notamos em Rm 13. 1-7 dizendo que as autoridades têm ‘a espada’, e a autorização do uso da força. O cristão age nesse caso como agente do Estado para os interesses lícitos do Estado para ordem. Não está usando a força pelo cristianismo.

Joel 3.10 está na contramão de Isaias 2.4. Em Joel a ordem é transformar os instrumentos de trabalho em armas para a batalha do dia do Senhor. Caso fossemos raciocinar da maneira que os TJs pensam, teríamos um grande problema para resolver! Em Joel também é dito que aquilo se cumpriria nos ‘últimos dias’. Veja isso em Joel 2.28- 3.1. Visto que acredito que esse livro tenha sido escrito por volta do século IX a.C, fica mais fácil entender que o bojo das predições de Joel tinha guerras contra Assíria, e outras, ainda por vir.
Isaias 2. 1-5 (e Miquéias 4.1-4) não é uma proibição militar secular aos cristãos. Mesmo que uma nação fosse cristã, não se aplicaria tal texto, pois Romanos 13. 1-7 concede a autoridade bélica a qualquer nação. 

‘Não matarás’
Quando um TJ coloca o mandamento de não matar num debate sobre o uso de armas por cristãos, em trabalhos que o exige, eles desconsideram um aspecto crucial. Uma autoridade quando elimina uma pessoa por meio de alguma atuação; pena capital, guerra, ação policial, etc. Não houve um homicídio pessoal, mas uma execução penal por parte do Estado que tem a espada (Rm 13.1-7). As próprias Testemunhas de Jeová não discordam da pena de morte.
Se um país pode executar, ou tirar a liberdade de um criminoso, dentro de seus limites, qual motivo esse mesmo país não teria para defender seus limites territoriais?
Claro que em muitas guerras existe a intromissão de outra nação nos abusos que certa nação faz com seus súditos. Isso também é legítimo pois nesse caso as pessoas estão sendo massacradas por puro autoritarismo. 

OBSERVAÇÃO: Na Segunda Guerra as Testemunhas de Jeová foram perseguidas pelos Nazistas (o Líder TJ da época primeiro provocou e depois bajulou  Hitler, causando a fúria do ditador.). Naquele caso as Testemunhas de Jeová pacifistas, foram libertadas pelos que fizeram uso das armas que elas condenam!

domingo, 5 de junho de 2011

Debate com Espírita - Parte 4 (final)

LUCIO



Vou começar com suas últimas palavras:

“Eu não sei, mas acho que se ficarmos debatendo sobre interpretações de passagens da Bíblia, não vamos acabar nunca este tema, e eu estou ávido para passar pro meu tema hehehe. Além do mais, gosto mais de um debate baseado em lógica, pois esta é mais segura para indicar a verdade que escrituras. Que acha?


Eu sugiro que passemos ao próximo tema, já que o atual parece que pode se estender infinitamente(por se basear somente em escrituras), já que cada um vai apresentar sua própria interpretação de cada passagem.”

Gostaria de continuar com esse tema, pois estou convicto que poderei te mostrar que você está equivocado. Acho que você está convicto também, por isso me sinto na obrigação de prestar mais esclarecimentos. E, bom, este tema pode se estender infinitamente desde que algum de nós não seja honesto para admitir que está errado. Na verdade seria necessário não só honestidade como coragem. Por outro lado, se você acha que outro tema mostraria a superioridade de sua cosmovisão e credenciaria sua interpretação cristológica, poderíamos assim fazer a troca.

Além disso, estou buscando pautar minhas argumentações na lógica, e é por isso que estou tão convicto de que pode ser mostrada a interpretação correta.

“Isso é o que eu(e qualquer pessoa que use corretamente a navalha de occam) chamo de um malabarismo de interpretação, buscando encaixar uma ideia não só longe de como oposta àquela que Jesus quis, notavelmente, passar, de forma simples e clara.”



Bom ESPÍRITA. Eu diria que recorrer à navalha de occam aqui é ser simplista e ignorar alguns quesitos da hermenêutica que você disse concordar. Não nego que sua análise gramatical esteja correta, mas você se esqueceu da análise histórica, a qual mostraste apreço alhures. Também quero que perceba que estarei argumentando em cima da interpretação de cosmovisão, a interpretação teológica, que busca ver qual teoria teológica explica melhor os dados. Esta é uma consideração crucial para que entenda minha argumentação.

A questão é simples. Há uma distanciação cronológica e cultural que tornam a interpretação à primeira vista supérflua e equivocada (não concordo de maneira alguma com a teoria católica de que há pessoas com dons sobrenaturais de interpretação; qualquer um que estude pode fazê-lo, mas tem q estudar, e por isso incluo grego, hebraico, e cultura vetero e neo testamentária; aliás, sou cristão e congrego na Igreja Presbiteriana, me preparando para o sagrado ministério- faltam mais esse e outros 4 anos...me desculpe não ter deixado claro, achei que já havia entendido). Caso não tenha entendido como a distância histórica pode causar problemas exegéticos, posso expor. Quanto à barreira cultural, posso expor um exemplo da própria Bíblia (se quiser posso estender a exposição):

Mateus 22:2-14. Quero destacar os seguintes versos: 9-13= Ide, pois, às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes. E os sevos saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados. E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste de núpcias. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levaio-o, e lançai-o nas trevas exteriorores; ali haverá rpranto e rager de dentes.



Veja que parece estar o texto apoiando uma tremenda insensibilidade para com o desprovido moço que não tinha condições de comprar sua veste nupciais. Só conseguimos entender o que houve quando pesquisamos os costumes judaicos deste período e descobrimos que os convidados eram servidos com vestes nupciais, de modo que se alguém não estava com tais vestes era por ser um intruso.



Assim, a interpretação simplista encontra muitos problemas aqui.



Mas quero continuar minha defesa sobre minha interpretação do texto a fim de mostrar-lhe que prevalece sobre a interpretação espírita.

Temos um dado, o texto, e duas interpretações para ele. Qual seria a melhor? Bom, primeiramente, a favor de minha interpretação, recorro ao testemunho das Escrituras. Você pode dizer: bem, ‘eu não creio que elas estão corretas’, e então eu lhe qual o critério que você utiliza. Não pode ser o critério delas contradizerem o ensino de Jesus, porque com a teoria que lhe expliquei, elas não estariam o contradizendo (por enquanto quero que admita a possibilidade lógica). Mas então, acrescento que estes foram os discípulos mais próximos, se não diretos, como no caso de João. Por esse motivo, por terem aprendido diretamente do próprio Cristo, eles têm a maior autoridade sobre os ensinos e a pessoa de Cristo. Portanto, o testemunho geral das Escrituras é excelente para apoiar minha interpretação.

Como se isso não bastasse, temos as palavras do próprio Cristo apoiando minha reivindicação de que ele é Deus. Por outro lado, temos confissões e alegações de sua humanidade. Ambos concordamos que Cristo não pode mentir. E é aqui que minha interpretação ganha peso peremptório: ela consegue explicar todos os dados. A sua não consegue. Portanto, para contrariar minha afirmação, você deve lidar com os textos que expus, adequá-los á sua cosmovisão sem força-los, e dar algum motivo para que aceitemos sua interpretação como melhor.



"João é alguém e portanto nunca viu Deus. Como poderia estar afirmando que Jesus e Deus sejam o mesmo, se não conhece Deus?


Além do mais, veja que ele diz que "Deus nunca foi visto por alguém" e que Jesus "o revelou", ou seja, se Jesus fosse Deus, isto não poderia ser dito, pois ele foi visto por muitos. Oras, ou Jesus é Deus, ou não é. Se é dito como sendo outro, então não é o próprio Deus."


Bom, João escreveu este livro por inspiração divina, e tal teoria já bastaria para explicar. Mas não é satisfatória para persuasão, então prosseguirei.

Primeiro que, parece implícito em sua questão que só se pode conhecer a Deus vendo-o. Creio que é um platonista, não? Se não terei de argumentar sobre conhecimento inato para explicar como o homem tem um conhecimento inato sobre Deus. Mas esse não é o ponto da argumentação. Acho que você não entendeu o ‘viu a Deus’ como literalmente ‘ver’, empiricamente, não é? Portanto não gastarei meu espaço dissertando sobre isso.

Quero apenas salientar que as Escrituras (isso inclui, também, as palavras de Jesus), encaram Cristo, não só como a segunda pessoa da Trindade, como uma perfeita exegese do Pai (é a tradução literal da passagem). Jesus é ‘o resplendor da sua [de Deus] glória, e a expressa imagem da sua pessoa’ (Hebreus 1:3).

Sintetizando, João conhecia a Deus de modo inato e pelas Escrituras, e Jesus se encontrou com João, provou à ele ser Deus, e então João veio e escreveu esse prólogo (lembrando que João escreve este texto muitos anos depois desses fatos); sobre o que ele viu, ouviu, aprendeu de Jesus, e do próprio Deus por revelação.

Devo salientar que a referência a Deus aqui é uma referência ao Pai.



Amigo, você cometeu alguns equívocos aqui que descredibilizam sua interpretação. No verso 31ss, o texto se refere a João Batista, e não a João o apóstolo.



Quero analisar suas alegações sobre o verso 32:

“Aqui João declara que viu o Espírito de Jesus vindo encarnar nele, e isto está em conformidade com o que diz o Espiritismo, que Jesus é um Espírito, enquanto que na outra ideia(a de que Jesus é Deus) ele não poderia "chegar" como um Espírito, pois Deus é onipresente, está em toda parte, e, portanto, não precisaria chegar. Além do mais, Deus não é um Espírito.”



O que estava acontecendo aqui é que o acontecimento de Mateus 3:1-17, especificamente o verso 16. Novamente saliento que seu equívoco pôs sua interpretação em descrédito. Aliás, porque, aqui, você concorda com o ensino das Escrituras que não se restringe às palavras de Cristo? Me desculpe, mas parece que admite e rejeita textos quando lhe for conveniente; quando eles podem se adequar ao Espiritismo, e usa este para julgar e interpretar as Escrituras. Eu uso as Escrituras.

Preciso salientar, então, que o que chegou à Jesus foi o Espírito Santo, como diz as Escrituras. Você também não deve se esquecer que as Escrituras informam ser Deus transcendente e imanente, e dentro de sua imanência, ele pode usar-se de teofanias, e assim, ‘chegar’ à algum lugar.

Por fim, Deus é Espírito, como expressa Jesus nítida e explicitamente em João 4:24... (apesar de a referência à espírito dizer respeito à sua transcendência).



"João fala que "alguém" disse a ele aquelas coisas, porém não diz quem."



Sua cosmovisão te diz ser um espírito superior. A cosmovisão bíblica, no mínimo diz não ser isso, e sugere ser Deus.

Quero observar, amigo, que novamente, admite autenticidade sobre João, que descartara outrora.



“Ainda estou no aguardo de palavras do próprio Jesus que dêem a entender que ele é Deus.”


“ Sugiro que usemos então as palavras do Cristo, somente, assim fica tudo mais claro e poderemos saber o que ele de fato ensinou e o que não ensinou.”



ESPÍRITA, eu já as dei. Se você não as achou satisfatórias, devemos discuti-las. Ok?



“O mundo a que ele se refere na passagem é, logicamente, o nosso mundo, o planeta Terra.”



Muito bem ESPÍRITA, isso só é ‘logicamente’ assim se você olha pra passagem com a cosmovisão espírita (ou outra).

Mas a própria interpretação gramatical exclui a possibilidade de sua interpretação. Bom, posso fazer uma exposição no grego, que confirmaria ainda mais minha posição, mas parece que você se ofendeu, talvez pensando ser pretensão e altivez de minha parte (não foi minha intenção). Mas o verso 3 é suficiente para mostrar que se equivocou em reduzir a criação à Terra: ‘TODAS as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez’.



Além disso, o ‘no princípio’, indica o ‘bereshit’ (no princípio) de Gênesis 1:1. Ou seja, o texto não abre vazão para Jesus ser criado, muito menos aperfeiçoado, uma vez que, já no princípio, ele ‘era Deus’!



“Possivelmente o próprio Jesus falou com Moisés mediunicamente naquele momento, e Moisés imaginou que fosse Deus.”

Tem razão. É uma interpretação possível. Isso mesmo, é possível, dês de que admitamos o espiritismo como verdadeiro e ignoremos as Escrituras como a melhor intérprete de si mesma.

Além disso, Daivdson (org.) acrescenta ao comentar o verso 59: “Os judeus compreendem o sentido da sua afirmação: pré-existência absoluta significa igualdade com Deus. Isto, para eles, é blasfêmia, de sorte que pegam em pedras para matá-Lo, mas Jesus se esconde e sai do meio deles” (p. 1883, org. F. Daivdson, O NOVO COMENTÁRIO DA BÍBLIA, editora Vida Nova).





Bom, é isto. Espero ter sido convincente desta vez. Gostaria de ressaltar os instrumentos hermenêuticos de identificar a interpretação correta (ou a melhor): método gramatical, histórico e teológico.

Até a próxima!

_______________________________________________________________

FALA FINAL DO ESPÍRITA

Cara, sua hipocrisia, desonestidade e prepotência me desestimulam do debate, sinceramente. Talvez seja mais proveitoso você amadurecer primeiro um pouco, para podermos ter um debate sadio, pois por enquanto não vejo jeito disso acontecer.



Você desonestamente tenta contornar um argumento irrefutável, com uma ladinha prepotente, apenas para não dar o braço a torcer, e ainda para variar julga que está arrasando!



Fica claro nas palavras de Jesus como a doutrina dele e a Espírita são tranquilamente compatíveis, assim como ficou claro que a sua é qualquer coisa que não a doutrina do Cristo. Você não lidou com isso de forma honesta, e portanto não tenho intenção de dar prosseguimento.



Como disse, não fiquei ofendido em momento algum com suas palavras, até porque não faz sentido se ofender com as palavras de um estranho, mas é que sou enérgico e não sou, portanto, o melhor tipo pra tolerar suas ladainhas prepotentes e hipócritas.
____________________________________________________________________________________
LUCIO (FALA FINAL)

ESPÍRITA, q pena que você pensa assim...

bom, gostaria de pedir-lhe informação para editar o debate (tirar as referências pessoais) e publicá-lo.

quem sabe, então, quando eu amadurecer (soh estudei 2 anos de teologia, faltam mais 5!) nós possamos debater. Apesar disso, eu presumo que não fui imaturo, e presumo que ganhei.

Gostaria que tivesse sido um debate que nos beneficiaria com a verdade. Estou convicto que ainda estou com a razão, mas não quero que isso soe como arrogância, ou prepotência. É simplesmente convicção. Apresentei meus motivos no debate.

bom, compreendo sua desistência.

dsculpa qualquer coisa.

e foi muito proveitoso, para mim, nosso diálogo.

até +

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Do sábado para o Domingo: usando a Páscoa para calar os Adventistas

Apresentei AQUI NO BLOG uma resposta ao questionamento adventista sobre a guarda do Domingo. Nenhum adventista poderá escapar da contradição de sua objeção quando notar melhor o que livro autorizado de crenças adventistas, o Nisto Cremos, diz sobre a Páscoa. Agora irei explorar mais a contradição com algumas passagens bíblicas. Expandindo ainda mais o assunto polêmico – sábado ou Domingo?

A OBJEÇÃO: Segundo os adventistas não existe ordem alguma no NT que autorize os cristãos dizerem que o Domingo seja o Dia do Senhor, dia de culto, evangelização, família e descanso aprovado por Deus no lugar do sábado.

A CONTRADIÇÃO: Porém, eles mesmos dizem que a Ceia do Senhor ocupou lugar da Páscoa, usando os mesmos princípios hermenêuticos que criticam os cristãos ao considerarem o Domingo!

A PÁSCOA: Êxodo 12. 14 diz: “Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como solenidade ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.

Semelhanças com o sábado:

1) Os adventistas dizem que o sábado é sinal, o selo de Deus. A páscoa também era.
2) Os adventistas dizem que a guarda do sábado é uma lei eterna. A páscoa também era.
3) Os adventistas dizem que os sábado foi dado por Deus. A páscoa também foi.
Os cristãos ortodoxos, sempre viram a Ceia do Senhor como uma substituição da Páscoa. Os adventistas ficaram com eles nesse ponto, por isso acertaram.

Se algum judeu acusar um cristão de não cumprir Êxodo 12.14 ele poderá argumentar com base no NT que para nós a Ceia do Senhor é a continuação plenificada da páscoa, desta maneira a páscoa continua entre nós.

Teve muitas modificações, nem mesmo é sempre praticada no mesmo dia. O judeu perguntaria: “Qual prova então no NT que a Páscoa foi substituída pela Santa Ceia?”
Visto que os Adventistas estão com os Protestantes nesse assunto, vejamos a resposta deles com base no Nisto Cremos.

Primeiro veja isso: “durante o festival da Páscoa, Ele morreu. Paulo afirma: “Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado” (I Cor. 5:7).” Nisto Cremos p. 64.

Jesus morreu no dia 14 do mês de Nisã, exatamente no dia da Páscoa. Não, porém no ‘crepúsculo’, tal como era a Páscoa. Mas no ‘outro’ dia. O Nisto Cremos continua dizendo: “Essa profecia de caráter cronológico, cumprida com extraordinária precisão, representa uma das mais fortes evidências da verdade histórica fundamental de que Jesus Cristo é o longamente prometido Salvador do mundo.” Concordamos que a Páscoa era profética nessa direção também, além de lembrar a libertação do Egito.

Após celebrar a Páscoa, o Senhor toma o pão e o vinho, dá aos seus discípulos e diz que eles deveriam fazer aquilo ‘em sua memória’.

Entre os protestantes, o nome comum para designar o serviço da Comunhão é “Ceia do Senhor” (I Cor. 11:20). Outros nomes são “a mesa do Senhor” (I Cor. 10:21), o “partir do pão” (Atos 20:7; 2:42) [...]” Nisto Cremos p. 271.

Notemos que agora a expressão ‘do Senhor’ figura com distinção. Observemos também que Atos 20.7 está incluído como uma referência da Ceia do Senhor. Isso norteia uma perspectiva interessante. Visto que Atos 20.7 era a ceia, os adventistas precisam amargar a realidade que o dia anterior, o sábado, não foi usado como culto de celebração da morte do Senhor! (*Em uma nota o livro tenta enfraquecer a evidência baseada em Atos 20.7 dizendo:Embora se entenda geralmente que em Atos 20:7 a expressão se aplique à celebração da Ceia do Senhor, a referência não pertence exclusivamente a essa ordenança. Em Luc. 24:35, ela se refere a uma refeição comum.” Isso é  assinar atestado de desespero!... )

Nisto Cremos diz que “A Ceia do Senhor ocupou o lugar da Páscoa praticada no Antigo Testamento.” Com base em alguma ordem de transferência? Não!

O que o livro oferece de base é Mat. 26:26-28 que é o relato do que Jesus Cristo fez na noite da Páscoa, instituindo a Santa Ceia... mas não há no texto uma ordem expressa do Senhor substituindo a Páscoa! Aliás, isso seria bem mais perceptível se ao invés de celebrar a Páscoa ele instituísse a Ceia. Com isso as palavras nem seriam necessárias mesmo, pois ele deixaria de fazer uma, por fazer outra!

O Nisto Cremos dá a resposta que procura quando questiona o Domingo dos Cristãos em lugar do sábado. Observe:

A Páscoa encontrou seu cumprimento quando Cristo, o Cordeiro pascal, ofereceu Sua vida. Antes de Sua morte, foi o próprio Cristo quem efetuou a substituição, que significava o grande festival do Israel espiritual sob o novo concerto. Portanto, as raízes de grande parte do simbolismo da Ceia do Senhor estendem-se para o passado, para a comemoração dos serviços da Páscoa.

Note, que A Ceia do Senhor tem raízes na páscoa. Mesmo sendo quase que totalmente diferente, encontra-se na história ligada á Páscoa! O livro Nisto Cremos diz categoricamente: ‘Foi o próprio Cristo que efetuou a substituição’!
Isso é uma conclusão teológica legítima!

Agora vamos usar a mesma linha de reflexão para o sábado e Domingo:

Nos Evangelhos percebemos que os Evangelistas diziam ESPECIFICAMENTE que o Senhor ressurgiu dos mortos no ‘ primeiro dia da semana’! Note:

“No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana...” Mt 28.1

“Passado o sábado ... no primeiro dia da semana...” Mc 16.1,2

“no sábado, descansaram, segundo o mandamento. Mas, no primeiro dia da semana...” Lc 23.56;24.1

“No primeiro dia da semana ...” Jo 20.1

Começamos ver os acontecimentos que abririam a perspectiva da igreja. Tal como sobre a Páscoa. Antes de expandir o assunto, observe que João 20.1 é o único que não lembrou no relato o fim do sábado. Entendo que o motivo era que em torno de 90 A.D., data provável da escrito do seu evangelho, o primeiro dia da semana já estava firmado na liturgia cristã.

Depois daqui temos mais duas referências no NT sobre o ‘primeiro dia da semana’.

No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão ...” Atos 20.7

Toda vez que em Atos fala do sábado está associado aos judeus.  Em Atos 20.7 temos uma clara evidência que o ‘primeiro dia da semana’ era de importância litúrgica para os cristãos. Lucas parece fazer o que fez no evangelho, e o que fizeram os demais Evangelistas. Destacou O DIA. Isso era bem cedo na história, mas a luz em torno do Domingo começa a clarear.
Parece que tal evento marcou a prática de Paulo. Veja a sua instrução:

No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coleta quando eu for.”
1 Co 16.2

Os inimigos do Dia do Senhor, o Domingo, tentam desesperadamente destruir a importância dessa instrução. Mas em vão! A palavra de Deus mostra que todo ‘primeiro dia’ da semana seria uma oportunidade de fazer ofertas para os pobres. Isso era oportuno, por quê? Claro que esse dia era usado para reuniões cristãs semanais. Tanto que essa ‘coleta’ seria feita todos os Domingos até a ida de Paulo em Corinto!

Observe que os acontecimentos são semelhantes ao que aconteceu com a Páscoa:

1) Até a morte de Cristo, as referências sobre a Páscoa eram relatadas nos evangelhos como algo normal. Uma prática aceita e reverenciada. De repente, Cristo faz algo que com o passar do tempo a igreja começa a substituir a concepção antiga com a nova perspectiva, a Santa Ceia. Embora não temos uma ordem clara: ‘A Santa Ceia entrou no lugar da Páscoa’ – as evidências são tão fortes, que se tal ordem de transferência fosse escrita, faria com os relatos de muitos acontecimentos seriam desnecessários. Estamos ligados com o povo de Deus lá no Egito! Que bênção! Mas faltam algumas coisas na Ceia?[ervas amargas, cordeiro, certo dia especifico, etc] Sim, mas vários detalhes de um certo mandamento podem também suprir necessidades contextuais e contemporâneas, que após um tempo não seriam incluídas.

2) Até a morte de Cristo, as referências sobre o sábado eram relatadas nos evangelhos como algo normal. Uma prática aceita e reverenciada. De repente, Cristo faz algo que com o passar do tempo a igreja começa a substituir a concepção antiga com a nova perspectiva, o primeiro dia da semana, o dia do Senhor. O Domingo. 

Tal como a páscoa, algumas coisas são diferentes, como foi dito. Partes certo mandamento poderiam ter propósito passageiro e contextual. Um forte exemplo é quando comparamos o quarto mandamento de Êxodo 20 com Deuteronômio 5! Veja:

Razão do sábado em Êxodo 20. 11: Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo, POR ISSO Deus abençoou o sétimo dia, POR CAUSA DISSO os servos de Deus deveriam guardar o sétimo dia.

Razão do sábado em Deuteronômio 5. 15: Deus libertou os Israelitas da escravidão no Egito, POR ISSO abençoou o sétimo dia, POR CAUSA DISSO os servos de Deus deveriam guardar o sétimo dia.

QUEM MUDOU A RAZÃO SABÁTICA?

Para finalizar, chegamos ao último texto da discussão. A importância do que era feito no primeiro dia da semana já ficou estabelecido biblicamente. Mas agora temos mais um texto áureo do assunto. Apocalipse 1.10. Leiamos:

“Achei-me em espírito, no dia do Senhor [...]” Apocalipse 1.10

Muitos adventistas acham que Ap 1.10 esteja falando do sábado. Ledo engano!

Segue-se partes de um estudo do professor João Ricardo Ferreira de França, da Igreja Presbiteriana da Herança Reformada:

“I – O uso da Palavra Domingo.

A primeira verdade que gostaria de dizer é que o termo “Domingo” é um vocábulo exclusivo do cristianismo. Isso é muito importante para nós. Pois, essa palavra, bem como outras semelhantes, não existia em nenhuma outra língua do mundo até o final do 1 século, quando o apóstolo João criou a expressão grega: kyriakê hêmera, que foi vertida para o latim do seguinte modo: Dominica die. Os antigos documentos da igreja primitiva, que foram transcritos para o russo, relatam que João, encarcerado na Ilha de Patmos, chorava muito ao chegar o primeiro dia da Semana (domingo), ao lembrar-se das reuniões para a Ceia do Senhor que eram celebradas neste dia conforme Atos 20.7. Foi exatamente neste dia que Cristo apareceu ao velho apóstolo conforme vemos em Apocalipse 1.10. [...] O que significa o termo “ kyriakê hêmera”? A frase significa “o dia do Senhor” e ocorre uma só vez que é aqui em Apocalipse. Essa expressão foi criada por João, e a nossa pergunta é: Por quê? Acredito que existam duas razões principais para isso:

1) Para indicar algo inédito na história da humanidade: A ressurreição de Cristo.
2) Para deixar bem claro que se referia ao dia da ressurreição de Cristo, ou seja, ao domingo, e não a segunda vinda de Cristo.

Termo grego Transliteração Categoria

Gramatical. Caso Tradução. ημερα του κυριου Hêmera tou kyriou Substantivo. Genitivo de posse. Dia do Senhor κυριακη ημερα Kyriakê hêmera. Adjetivo Dativo de instrumentalidade. O que diz respeito ao Senhor.

Há textos que se referem ao Dia do Senhor como significando a volta de Cristo, e
nunca significa o domingo. Vejamos: Atos 2.20; 1 Coríntios 5.5; 1 Tessalonicenses 5.2; 2 Pedro 3.10.

O significado do termo “Kyriakê Hêmera” literalmente é: que diz respeito ao Senhor, fala do Senhor, senhorial, dominical. A Tradução de Apocalipse 1.10 seria: Eu fui arrebatado no dia Senhorial. O sinônimo usado é “dominical”.

II – O DIA DO SENHOR E A HISTÓRIA DA IGREJA.

Antes de Constantino existir em 280-337 a história da Igreja mostra que a igreja sempre considerou o “Dia do Senhor” como sendo o “Domingo”. Isso com base na
expressão de João em Apocalipse 1.10.

2.1 –O didachê do Primeiro século – “E no dia do Senhor(Kyriakê hêmera),
congregai-vos”.

2.2 – Escritos de Mileto de Sardes – Temos tratados sobre a adoração no domingo
cujo do título é: peri kyriakês.(acerca do dia dominical).

2.3 – Inácio de Antioquia – Escreveu “porque se no dia de hoje vivemos segundo a
maneira do judaísmo, confessamos que não temos recebido a graça...Assim pois, os que haviam andado em práticas antigas alcançaram uma nova esperança, já sem observar os sábados, porém, modelando suas vidas segundo o dia do Senhor”( Inácio, ano 115).

2.4 – O evangelho de Pedro – É um documento histórico escrito no segundo século
da era cristã e usa o termo de João par descrever o dia da ressurreição de Cristo. Este escrito é do ano 130 d.C.

2.5 – Epístola de Barnabé (ano 132 d,C): Portanto, “guardai-vos o oitavo dia(kyriakê hêmera) para nos alegrarmos também em Jesus que se levantou dentre os mortos e, havendo sido manifestado, ascendeu aos céus”.

2.6 – Justino, o Mártir; Eusébio; Clemente de Alexandria(150-168): Eles ensinaram que o Kyriakê hêmera criado por João como sendo o dia da ressurreição de Cristo, que foi vertido para o latim como “dominica die”.(Dia dominical).E foi passado para nossa língua como domingo.”

DISTORCENDO OS FATOS...

O livro de doutrinas adventistas, no desespero de tirar essas evidências do jogo, diz: 

“A mudança do sábado para o domingo, como dia de adoração, ocorreu gradualmente. Não existem evidências de santificação semanal do domingo por parte dos cristãos antes do segundo século, mas as evidências indicam que por volta da metade desse século alguns cristãos observavam voluntariamente o domingo como dia de adoração, não como dia de repouso.” Pg 344

Quanto esforço para 'despistar o óbvio'! O Adventismo tenta empurrar essa ‘mudança gradual’ para o segundo século.

Primeiro que isso pode dar extensão histórica de magnitude, mas não é. Pensemos que metade do segundo século seria 150 AD. Muito próximo da geração apostólica, a segunda no máximo. Não estou falando de interpretação, como se os ‘pais’ fossem autoridade, mas de evidência histórica.

Segundo que o livro não fez menção do Didaquê, que é do fim do primeiro e início do segundo século. Talvez uns 20 anos após (ou contemporâneo) do livro de Apocalipse.

Terceiro e destruidor para o argumento manco: A prática da adoração no Domingo se deu no Novo Testamento, em Atos, em Coríntios e em Apocalipse. E não no segundo século!

‘A igreja católica diz que colocou o domingo no lugar do sábado!’

Esse é outro argumento camuflado. Um subterfúgio enganador. O adventismo cita a pretensão da seita Romana sobre o Domingo. A estupidez adventista é tão flagrante que se fossemos levar a sério as afirmações católicas a respeito de algumas crenças teríamos que acreditar nos papistas quando dizem que:

A igreja católica afirma ter estabelecido o cânon, será que ao adventismo aceita isso?

Os adventistas nesse ponto são como os filhos heréticos que produziram. As Testemunhas de Jeová, que sempre ficam dizendo: ‘Foi a igreja católica que inventou a trindade no concilio de Nicéia’!

Temos que ter muita paciência com esses fracos argumentos...

CONCLUSÃO

O TESTEMUNHO BÍBLICO (e histórico) favorece claramente e com força, a adoração Dominical. O adventismo está derrotado, sem dúvida alguma.

Uma comparação dos argumentos bíblicos da substituição da páscoa pela ceia é o trunfo para calar os opositores. E não fizemos uso de todas as oito razões apresentadas na postagem indicada no início!

Termino com uma perspectiva conciliar: Quanto à exata maneira de guardar o Dia do Senhor, é um ponto a ser discutido. Reformadores, teólogos e os puritanos não falaram a mesma coisa. Mas não restam dúvidas que tal dia entrou no lugar do sábado na perspectiva cristã Neotestamentária, como dia de adoração e atividades cristãs!

Uma reflexão devocional sobre o Domingo:

Que bendito dia, não pela sua essência, pois ele não é superior... Mas pelo que aconteceu nele!  Que bendito dia vi o Senhor ressuscitar para minha redenção!  Venceu a morte hoje!  Tal dia me traz alegria, pois da morte ressurgiu A Vida!

O Dia é Seu oh Salvador! Sexta e sábado, morto estava... decidiu sacudir a morte nesse dia! Salvou os que mortos estavam!

Nesse dia o incrédulo confessou-te Deus e Senhor! Para celebrar Sua vitória, cultuaremos o Senhor todos os dias! Mas nunca deixaremos de fazer no Seu dia! Esse dia é Seu Homem-Deus, pois venceu por mim a morte!

Justificou-me! Nesse dia apareceu aos discípulos... nesse dia derramou Teu Espírito na Igreja... nesse dia convocou os primeiros para o Batismo... nesse dia convocou Tua igreja a reunir-se... nesse dia apareceu a João e revelou fim! Amém