terça-feira, 29 de junho de 2010

Como identificar uma seita ?

Existem vários métodos de se identificar uma seita. Mas nem sempre esses métodos correspondem ao um modo seguro e imparcial, de um ponto de vista cristão. Há os que acham que uma seita se identifica pelo seu exclusivismo ou seu dogmatismo. Também há os que procuram um líder ou referencial humano de determinado grupo religioso para notar se existe um vestígio sectário. Outros preferem determinar que um grupo religioso é uma seita por suas crenças principais com o que o cristianismo prega de modo histórico e ortodoxo, partindo desse pressuposto, dizem ser o melhor método para diagnosticar uma seita ou mesmo uma heresia.

Gostaríamos de propor uma alternativa para esse tema, mesmo não sendo teólogos ou tendo qualificações acadêmicas. Notamos que muitas dessas questões de tese para identificar uma seita podem ser vistas entre várias denominações legitimamente cristãs. Assim, acreditamos um caminho mais seguro traçar um método que identifica uma igreja cristã do que o que identifica uma seita. As seitas são mutantes e possuem uma intenção sempre constante em ser reconhecidas como grupo cristão legítimo. Para isso fazem qualquer “afirmativa”,que possam ser confundidos com o cristianismo. Por exemplo, sempre encontraremos mórmons, adventistas e testemunhas-de-jeová dizendo que crêem na “salvação pela graça” por meio da fé em Cristo Jesus. Pura fachada!!! Quem conhece ou já foi um dos tais, sabe que não há nada de diferente entre o “domínio da salvação” da Igreja Católica Romana com “a salvação” nessas seitas citadas. Logo, a diversidade das seitas e suas doutrinas esposadas, são “terrenos perigosos” para identificar uma seita.

A proposta que se segue não tem uma ordem cronológica de importância, mas são interligadas essencialmente. Com tal método triplo e simples cremos que você estará mais habilitado para identificar uma seita ou heresias que têm surgido nesses últimos dias de um modo rápido e corrosivo para a Noiva de Cristo (II Tim. 4:3,4). Que a advertência de Judas 3,4 possa soar clara e forte em seu coração. Que o Espírito Santo possa também te envolver nesse ministério apologético, tão necessário nessa era de apostasia. Hoje vemos em muitas igrejas ministérios de louvor, de visitação, de oração, de discipulado, de evangelismo, etc.. Todos importantes para a edificação da Igreja Cristã. Mas, não existe, pelo menos na maioria das igrejas, uma atenção voltada para a área da defesa da fé. Com esse fato, triste, notamos que as seitas crescem vertiginosamente tendo outro fato ainda mais triste: com a falta de preparo apologético muitos cristãos estão caindo nas “malhas” das seitas e abandonado a “fé que foi dada aos santos”! Que você possa ser um dos que o Senhor usará, com poder, argumento e amor para “arrebatar alguns do fogo”! (Judas 22,23).

TRÊS MARCAS DE UMA IGREJA GENUINAMENTE CRISTÃ.

1) A Bíblia é a inerrante, infalível e suficiente Palavra de Deus!

(João 17.17; Isaías 55.11 e II Timóteo 3.15-17)

Nesse ponto aqui talvez alguém diga que as seitas também defendem a inerrância e infalibilidade bíblicas. Mas não todas! O mormonismo, por exemplo, tem difundido, como o espiritismo, dúvidas que questionam a credibilidade textual da Bíblia. Essas acusações podem ser vistas facilmente em suas declarações. Mesmo assim, somente uma “igreja genuinamente cristã” sustenta a “suficiência” das Escrituras sem ter prejuízos para sua existência. Gostaria de destacar que as seitas, como Testemunhas-de-Jeová, adventistas, mórmons e até a Igreja Romana não aceitam a suficiência da Bíblia tendo sempre “profetas”, “tradições”, “escritos” supostamente necessários para ser um autêntico servo de Deus. Posto de modo simples, a Bíblia Sagrada é somente mais um livro no arsenal de autoridade dessas seitas. Ainda que afirmem que a Bíblia é o “principal” compêndio, a suficiência bíblica é minada pois ela é colocada em uma seqüência de dependência sendo necessária tanto o último como o primeiro do mesmo.

Uma pergunta feita a um adepto de alguma seita é vital para se descobrir à fé na suficiência bíblica do grupo. Pergunte: Eu preciso ler o livro da sua religião para entender a Salvação? (da Ellen G. White [adventistas], Mórmon, da Torre de Vigia [Testemunhas-de-Jeová], W. M. Branham [Tabernáculo da Fé]). De início a pessoa vai relutar em fazer uma afirmação tão clara, mas à medida que a conversa se desenrolar você notará que “só a Bíblia” para essas vítimas não é suficiente.

2) A doutrina da Trindade!

(Mateus 28.19; II Coríntios 13.14; Judas 20.21).

Eis aqui uma das mais destacadas doutrinas bíblicas, e ao mesmo tempo, mais odiada pelas seitas. Grupos como Tabernáculo da Fé e os Testemunhas de Jeová, se destacam em perseguir essa doutrina, acusando-a de “diabólica”!

A Bíblia lança as bases da definição trinitária de um modo tão particular, que somente uma “igreja genuinamente cristã” sente a necessidade de pregá-la. É um mistério em compreendê-la, mas não em apreendê-la. Quando opositores dessa doutrina chamam atenção a esse fato, como sendo uma razão legítima para negá-la, se esquecem de que outros ensinos bíblicos são de igual modo “misteriosos”. Como a onisciência eterna de Deus, Sua onipresença, mesmo a encarnação de Cristo.

A Bíblia diz em Romanos 11.33-36 que muitas das “decisões” de Deus são em si insondáveis, o que dizer de Sua natureza (II Ped 3.16). Um ditado muito conhecido sobre a doutrina da Trindade é: “Tente explicá-la e perderá a cabeça, negue-a e perderá a alma”. Assim só podemos ler que “existe um só Deus”, e ler também que três “pessoas” usufruem dessa mesma Divindade absoluta. Tendo em vista que só existe “uma” Deidade, ela deve ser indivisível. Essa doutrina é a própria base da salvação conforme veremos na próxima marca de uma igreja genuinamente cristã.

3) Salvação pela graça, somente por meio da fé em Cristo Jesus!

(João 3.16; Atos 4.12; Romanos 10.9,11.6; Efésios 2.7,8)

Todo grupo que se diz cristão deve mostrar essa verdade em sua teologia e prática. Somente uma ‘igreja genuinamente crista’ pregará que Deus não depende de igrejas para salvar.Ela até diz que a “comunhão dos santos” faz parte da vida do salvo. Mas dizer que a salvação esta ‘na ou pela igreja’é renunciar a absoluta suficiência de Cristo como Senhor e Salvador. Se uma pessoa se rende a Ele está salva.

CONCLUSÃO:

Dissemos no início que estes três pontos estão essencialmente interligados. Veja: Cristo é o suficiente Salvador porque Ele é Deus, como ensina a doutrina da Trindade. Por sua vez tal doutrina é verdadeira porque a Bíblia a ensina, e ela é a inerrante, infalível e suficiente Palavra de Deus!