A Bíblia é a inerrante, infalível e suficiente Palavra de Deus. Deus é Triúno. A salvação é pela graça por meio da fé em Cristo Jesus.
domingo, 11 de abril de 2021
As Testemunhas de Jeová e o Mistério da Trindade
terça-feira, 2 de março de 2021
Fala sério - a Igreja Adventista é uma seita?
No primeiro vídeo, temos os argumentos do Pr Adventista, Eleazar (canal "Fala sério, pastor") trazendo ponderações sobre se a igreja adventista é uma seita.
No segundo vídeo, apresento algumas observações sobre tais argumentos...
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
sexta-feira, 22 de janeiro de 2021
COMO EVANGELIZAR UM ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA? (PARTE 1)
Em primeiro lugar é preciso dizer duas coisas a respeito desse assunto:
1)
A Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) é uma seita, portanto, seus adeptos
sectários. Por que podemos dizer que a
IASD é uma seita? A) Eles confessam ser a única igreja visível verdadeira, B) negam a Inerrância Bíblica, C) negam a
Doutrina da Trindade Clássica e Ortodoxa,
D) mesclam a salvação escatológica com
a necessidade de guardar o sábado, E) confessam uma profetisa inspirada e
exclusiva da IASD como sendo aquele ‘espírito de profecia’, F) dizem que Jesus
entrou no santíssimo em 22 de outubro de 1844 para realizar a segunda fase de
sua obra.
Há
outros temas estranhos para arcabouço de doutrinas cristãs, como condicionar a
real identidade cristã se guarda o sábado ou se não come carne de porco, que o
domingo será a marca da besta, que o diabo será punido pelos pecados dos
justificados em Cristo.
2) Como é comum em algumas seitas cristãs, há elementos da fé
cristã genuína, ortodoxa, presentes no catálogo hibrido de doutrinas da seita, que
podem fazer com o adepto não se entregue plenamente às distorções heréticas da
seita, bem como também, pode haver pessoas nas fileiras de seitas que ouvem
pregadores do Evangelho e tenham suas almas atingidas pela verdade Cristo, e
não estão enquadradas no esquema herege exclusivista da denominação.
No
caso do adventismo os vestígios da fé cristã são mais intensos e maiores que de
outros grupos como Mórmons e Testemunhas de Jeová, por exemplo. O adventismo
possui um proselitimo falso e desonesto, camuflando suas intensões e os termos
usados são ambíguos a ponto de parecem mesmo uma igreja cristã genuína. Assim,
para evangelizar um Adventista você precisa saber até que ponto mesmo ele é um
seguidor das heresias de Ellen White, ou se é um Adventista incoerente.
Fazendo
tal constatação e notando que você tem um herege diante de você, segue as
sugestões (nessa postagem veremos uma sugestão, seguido de outras em postagens
futuras):
O
adventista precisa em primeiro lugar saber que a igreja dele não é a única visível
verdadeira.
Pergunte
ao Adventista – “Para Ellen White, qual a
única Igreja Visível Verdadeira? Quando nasceu a igreja visível verdadeira? Como
uma igreja que rejeitou a trindade em toda e qualquer forma, por muitas décadas, pode ser a única igreja visível verdadeira?
Como uma igreja organizada em 1863 tendo como líderes antrinitários, pode ser a
igreja única igreja plenamente bíblica? A IASD nasceu de cálculos proféticos fracassados, pode arrogar para si essa postura
exclusiva e presunçosa? Jesus Cristo
disse que a Sua Igreja seria restaurada no tempo do fim por meio de uma
profetisa?”
Ou
ela se coloca no rol de igrejas comuns, ou o que se entende por única igreja
visível verdadeira é de um nível não bíblico, e medíocre. A primeira coisa que
precisa mos tirar da cabeça de um Adventista é o mito de que a IASD é tudo isso
que pinta de si mesma. A não ser que haja uma desconexão histórica dos
elementos indicados nas perguntas acima, ela não possui nada de diferente de
muitas seitas que arrogam para si os mesmos atributos.
Defensores
do Adventismo tem um discurso dissimulado quando confrontados com esse assunto,
que recorrentemente se vê em Leandro Quadros, e outros. Eles citam uma parte de
um livro de Ellen White onde ela diz ‘que há pessoas salvas em todas as igrejas
cristãs’. Mas é uma citação que não tem analogia ao que estamos criticando. Não
estamos dizendo que os adventistas dizem ser os únicos salvos! Estamos dizendo
que eles dizem ser a única igreja visível verdadeira. Para Ellen White enquanto
uma pessoa é sincera e fiel e não recebeu a luz da Igreja Adventista, ela pode
ser salva. No entanto, o que ela diz da Igreja Adventista e de outras, está bem
claro em um livro intitulado A Igreja Renascente – livro esse que Leandro
Quadro certa vez disse que se algum adventista ler e sair da IASD está perdido!
Cheguei a pensar que esse livro é superior a Bíblia, já que ele não disse isso
da Bíblia!!!
Veja
o que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é em comparação a outras, segunda a profetisa
adventista:
“As
igrejas denominacionais caídas é que são Babilônia. Babilônia tem estado a
promover doutrinas venenosas, o vinho do erro. Esse vinho do erro e composto de
doutrinas falsas, tais como a imortalidade natural da alma, o
tormento eterno dos ímpios [,..] a defesa e exaltação do primeiro dia da
semana acima do santo e santificado dia de Deus. Estes erros e
outros semelhantes são apresentados ao mundo pelas várias igrejas, e
assim se cumprem as Escrituras que dizem: ‘Porque todas as nações beberam do
vinho da ira da sua prostituição.’ E uma ira criada por doutrinas falsas, e
quando reis e presidentes sorvem esse vinho da ira da sua prostituição,
enchem-se de ódio contra os que não concordam com as heresias falsas e
satânicas que exaltam o sábado falso, e levam os homens a pisarem a pés o
monumento de Deus [...] Não podemos adotar outro nome mais apropriado do que
esse que concorda com a nossa profissão, exprime a nossa fé e nos caracteriza
como povo peculiar. O nome Adventista do Sétimo Dia é uma continua
exprobração ao mundo protestante. E aqui que está a linha divisória entre os
que adoram a Deus e os que adoram a besta e recebem seu sinal.” (A Igreja Remanescente, p.
51, 58).
Essa é a posição oficial Adventista!
QUAL A ÚNICA IGREJA?
A Igreja de Jesus Cristo é firmada em Sua Pessoa, natureza,
ofícios e obra – O Filho Unigênito
do Pai, ungido pelo Espírito Santo
para ser nosso Profeta, Sacerdote e Rei, conforme extraímos da confissão cristã
revelada pelo Pai ao Apóstolo Pedro, sobre a qual Jesus mesmo disse que
edificaria a sua Igreja – Mateus 16.15-19.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2021
A LIVRE OFERTA DO EVANGELHO E O HIPERCALVINISMO - PARTE 1
A
pregação é uma ordem divina imposta aos Ministros do Evangelho (I Co 9.16; Tm
4.1-5), e exigida a todos os crentes (I Pe 2.9,10). A Igreja proclama o
Evangelho a toda humanidade como ordem divina (Mt 28.19; Ap 22.17). E como
agente proclamadora a Igreja apresenta o Evangelho, obviamente a Eleitos e não
Eleitos. Não cabe a nenhum crente em Jesus Cristo especular quem é ou não
eleito, visto que isso não compete à Igreja. Portanto, no exercício profético
da proclamação do Evangelho de Cristo, ela apresenta a todos, sem exceção sem
distinção.
No
entanto, conquanto que da parte da Igreja o Evangelho é sinceramente oferecido
a todas as pessoas, mas e da parte de Deus, Ele oferece o Evangelho
Livre e Sinceramente a todas as pessoas, mesmo aos que não são eleitos? Ou
no caso dos não eleitos, Deus apenas envia o Evangelho para tornar a situação
pior e condená-las? Questionamentos como esses, não só produzidos por
Arminianos, mas também por Hipercalvinistas, ocupam a reflexão teológica.
Cunhou-se a seguinte expressão – A Livre Oferta do Evangelho, ou a
equivalente A Sincera Oferta do Evangelho para esposar a concepção de que a
resposta é positiva para a primeira pergunta acima.
O
nome mais emblemático na objeção e rejeição a Livre Oferta do Evangelho no
contexto Reformado/Calvinista na história recente, é do pastor reformado Herman
Hoeksema, da Igreja Protestante Reformada, bem como o do Teólogo e Filósofo
Reformado Gordon Clark. Sobre H. Hoekesema, o renomado teólogo reformado Antony
Hoekema afirma:
Sobre essa questão tem havido e
ainda há diferença de opiniões entre os teólogos reformados'. Restringindo-me à
fase americana dessa controvérsia, observo que falecido Herman Hoeksema e a
Igreja Protestante Reformada nos Estados Unidos e no Canadá, da qual era
fundador, ensina que Deus não deseja sinceramente a salvação de todos aos quais
o evangelho é pregado [...] Para que entendamos essa controvérsia, precisamos
primeiro olhar a posição de Herman Hoeksema sobre esse ponto. Segundo Hoeksema,
o convite do evangelho jamais é uma oferta. Se fosse numa oferta, implicaria
que todos aos quais o evangelho chega seriam capazes de aceitá-la pelas próprias
forças. Isso não é verdade. Só aos eleitos (aqueles que Deus escolheu desde a
eternidade para a salvação) é dada a capacidade de aceitar o convite do
evangelho. Essa vocação do evangelho não é uma oferta universal da graça e
salvação, mas, sim, é um odor da vida para a vida e um odor da morte para a
morte, cm concordância com o expresso propósito de Deus. Precisa ser lembrado
que a teologia de Hoeksema é dominada pela causalidade do duplo decreto de
eleição e reprovação. Ele argumenta que e impossível manter os decretos da
eleição e da reprovação e ainda falar de boa intenção na oferta do evangelho a
todos aos quais ele é pregado. Falar dc tal oferta implica que Deus deseja que
todos os que escutam o evangelho sejam salvos e que, portanto, ele tem uma
atitude favorável para com eles. Mas se isso é certo, argüi Hoeksema, como
explicar passagens da Escritura que ensinam que Deus endurece o coração de
algumas pessoas que ouvem o evangelho? Como pode Deus ter uma atitude favorável
para com o reprovado? De fato, esse autor diz, Deus jamais garante ao réprobo
qualquer sinal de sua graça. Tudo o que Deus faz para ou pelo reprovado nesta
vida é deliberadamente planejado para prepará-lo para a condenação final.
Hoeksema vê também uma inconsistência entre o ensino da boa intenção da oferta
do evangelho e a doutrina da expiação limitada’ . “Eles o povo que aceita a boa
intenção da oferta professam crer que a expiação é limitada, e que Cristo
morreu só pelos eleitos; ainda assim, por outro lado, também insistem que Deus
sinceramente tem boa intenção na oferta da salvação a todos os homens”.
Hoeksema não pensa que seja possível harmonizar essas duas doutrinas; elas
simplesmente contradizem uma a outra. Para Hoeksema, a doutrina da eleição e
reprovação toma impossível falar de evangel0 que é, então? Consiste em uma
proclamação universal e uma promessa jungida a uma promessa particular. Essa
proclamação inclui um número de declarações concernentes à verdade revelada no
evangelho. E a declaração da vontade de que Deus salva seus eleitos por meio da
fé, e que ele condenará os reprovados que se recusam a aceitar o evangelho.
Segundo Hoeksema. a promessa do evangelho não vem a qualquer que a escute; vem
só para o eleito. Essa promessa não é jamais universal, mas sempre particular.
Pregar jamais é graça para 0 réprobo. Pregar em si mesmo não é bênção ou
maldição. É uma apresentação neutra que sempre se torna em maldição para o
reprovado e em bênção para o eleito. Resumindo, segundo Hoeksema, Deus não
deseja a salvação de todos aos quais o evangelho é anunciado; ele deseja a
salvação apenas dos eleitos. Assim, não podemos dizer que o evangelho é
oferecido com boa intenção para todos que o ouvem. (Salvos pela Graça, p.
77-85)
No
Brasil há pastores presbiterianos (da IPB) que defendem essa postura de
rejeição à concepção de Livre Oferta do Evangelho, como aparece já traduzido em
português um manual doutrinário de Herman Hoeksema e Herman Hanko, com algumas
objeções à Livre Oferta do Evangelho escrito por um pastor brasileiro em um
apêndice da referida obra:
Atualmente há calvinistas que
harmonizam as doutrinas da eleição e da livre oferta do evangelho. Anthony A.
Hoekema que adota esta doutrina a define como sendo “Deus séria e honestamente
deseja a salvação de todos aos quais chega o evangelho, incluindo aqueles que
não pertencem aos seus eleitos. ” Este é o ponto de discordância: o amor de
Deus é universal fazendo com que Ele deseje a salvação de todos, inclusive dos
réprobos; ou, Ele ama somente os eleitos, e somente nestes manifestará o seu
amor redentivo concedendo-lhes a fé para crerem em Cristo? De igual modo a
Hoekema, o conhecido teólogo John Murray declarou que “há em Deus uma
benevolente amabilidade pelo arrependimento e salvação daqueles que Ele não
decretou salvar. Este beneplácito, vontade, desejo é expresso no chamado
universal para o arrependimento [...]. A plena e livre oferta do evangelho é
uma graça entregue a todos. Tal graça é necessariamente uma manifestação de
amor ou amabilidade no coração de Deus, e esta amabilidade é revelada para ser
caráter ou gênero que corresponde a graça entregue. A graça oferecida não é
menos do que a salvação em sua riqueza e plenitude. O amor ou amabilidade que
repousa desta oferta não é menos; ela é a vontade para a salvação. Em outras
palavras, é Cristo em toda a glória de sua Pessoa e na perfeição de sua
completa obra a quem Deus oferece no evangelho. O amor e a vontade benevolente
que é a fonte daquela oferta, e o que fundamenta a sua veracidade e realidade é
a vontade para possessão de Cristo e a alegria da salvação que reside nele.”
Algumas perguntas carecem respostas diante das declarações de Hoekema e Murray.
Deus ama somente os eleitos e realizará eficazmente a sua salvação, ou, Ele ama
toda a humanidade e deseja ineficientemente a salvação de todos? O amor
salvador de Deus anseia alcançar igualmente os eleitos e réprobos? A vontade
eletiva de Deus entra em contradição real com os seus atributos de amor e
justiça quanto aos objetos da redenção definida? (Doutrinas Reformadas Essenciais,
2015, p. 87,88).
De
fato, o mesmo autor em outro apêndice do mesmo manual chega a afirmar o que é
comum em todos os que negam a Livre Oferta do Evangelho, que não há presente em
Deus nenhuma disposição, em qualquer nível e faceta, de salvar todos os que
ouvem:
Creio que devemos pregar o
evangelho a todas as pessoas. Somos responsáveis por chamá-los ao genuíno
arrependimento dos seus pecados e a confiarem no perfeito perdão de Cristo. No entanto, não creio que na evangelização
se deve dizer que Deus tem sinceramente a intenção de salvar a todos [...]
Não recorro a paradoxos lógicos nem ao que alguns chamam de antinomia para
explicar o dever de pregar o evangelho a todos os homens. Não faço apelos em
meus sermões, nem na prática de evangelização pessoal. Não digo, por consciência, que Deus ama indistintamente a todos a ponto
de sinceramente ter a intenção de salvá-los. (Doutrinas Reformadas
Essenciais, 2015, p. 79,80 [negrito acrescentado]).
Sobre
esse assunto que tratarei nessa série de postagens, e darei respostas a esses
questionamentos, e a outros. Vamos explorar a base Bíblica, a base Dogmática, e
por fim, na vida Prática. Como essa pesquisa já foi feita, posso adiantar que
os ilustres teólogos e pastores reformados (a quem muito respeito e admiro),
que negam a Livre Oferta do Evangelho, estão
fora de sintonia com a Palavra e Deus, com a tradição confessional, teológica e
histórica calvinista como um todo, bem perdendo um elemento motivacional na
evangelização. Por essa falta de sintonia com elementos bíblicos,
confessionais e históricos com a fé reformada, podemos continuar mantendo que
quem nega a Livre Oferta do Evangelho é um hipercalvinista.