quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Reflexão bíblica sobre a imortalidade da alma.


As seitas irmãs, Adventista e Testemunhas de Jeová, negam a imortalidade da alma. E na verdade muitos cristãos protestantes erram ao explicar tal doutrina. Segue-se um estudo sobre imortalidade da alma de um pastor presbiteriano que achei muito esclarecedor.
"Alma é Imortal?
A doutrina da imortalidade da alma carece de um cuidado especial, nesses tempos de sincretismo devemos diferenciá-la do pensamento platônico ou do espiritismo e, estruturá-la tão somente na Bíblia (Hb 4;12), mesmo que com isso venhamos a negar algumas “verdades” comuns. Nossa esperança (1Co 15;16) não se baseia na imortalidade ou continuidade da alma ou de qualquer espectro parcial da personalidade, e sim é na total e perfeita reconstrução do ser humano tal qual criado inicialmente por Deus. Esse fato que ocorrerá num tempo marcado e determinado de conhecimento exclusivo do nosso Pai (Mt 24;36 e At 1;8), tempo este não somente aguardado pelos crentes, mas toda a criação ansiosamente geme esperando o dia do livramento (Rm 8;22). Tal promessa é certa, pois Deus prometeu em Cristo Jesus (Jo 6;40).

Para tratarmos de imortalidade, entretanto, primeiro devemos entender o conceito de Morte, mas ao fala morte temos que abordar a Vida. A Morte é o contrario da Vida, se viver é ser, e morrer é deixar de viver, logo, morrer é deixar de ser, de existir. Segundo Berkhof - A idéia escriturística da morte inclui a morte física, a morte espiritual e a morte eterna: morte física - “parar de respirar”; morte espiritual - a separação entre Deus e o ser humano (conseqüência do Pecado), e; morte eterna - a punição final do pecador, o inferno. Assim imortalidade é a capacidade de não morrer, por tanto temos obrigatoriamente três tipos de imortalidade: imortalidade física (ou natural) - não morrer nunca, continuar vivendo indefinidamente; imortalidade espiritual: não se separar de Deus, ou não ter pecado; Imortalidade eterna: não ir para o inferno, não ser punido eternamente.

Também temos que entender o que é alma. A Bíblia apresenta a idéia de que o ser humano é mais que o corpo (Gn 2; 7, Ec 12; 7). Existem duas divisões no ser humano a parte física (corpo) e a parte imaterial (alma). É importante frisar que ambas são inseparáveis e que uma depende da outra. Morrer fisicamente (natural) está associado exatamente a separação ou perda de um desses elementos (Tg 2;26, Jo 19;30). A morte é um rompimento das relações naturais da vida.

As expressões bíblicas afirmam a morte como uma coisa introduzida no mundo da humanidade pelo Pecado; uma punição positivada ao Pecado (Gn 2;17 e 3;19, Rm 5;12 a 17, 6;23, 1 Co 15;21, Tg 1;15). A morte não é algo natural na vida do homem, como se fosse um caminho inexorável da existência, nem com mera falha de um ideal social, moral ou ético. A Morte é descrita como algo alheio e hostil à humanidade, e mais, é uma expressão da ira divina (Sl 90;7 a 11), um julgamento (Rm 1;32), uma condenação, (Rm 5;16) e uma maldição (Gl 3;13).

É importante observar que Adão é um ser vivo, que passa a morrer por causa do pecado (Gn 3;19), não há nenhum motivo, senão uma hiper valorização das ciências naturais, para que não afirmemos que o ser humano foi criado imortal. A morte só entra no cenário humano a partir da queda. Daí se desenvolve a idéia nos meios cristãos de que algo (latente) no homem caído ainda possua a imortalidade, entretanto, a Bíblia não diz diretamente que a alma, essa parte imaterial do homem caído é imortal, embora seja demonstrável tal conceito já existia no V. T. e no N.T.

A primeira vista todas as civilizações crêem na imortalidade (e eu não vou perder tempo descrevendo essas idéias), mas a Bíblia apresenta um conceito bem diferenciado: imortalidade absoluta: Deus é o ser por essência imortal ou eterno, não tem inicio e nem fim (ITm 6;15); imortalidade humana: antes da queda, Adão não era marcado pela morte, mas obviamente corria o risco (Rm 5;12); imortalidade escatológica ou vida eterna: a impossibilidade do ser humano ser tocado pela morte; extirpar a possibilidade de morrer da existência humana; Resultado da participação na arvore da vida (Gn 3;22); vitória definitiva de Jesus (1Co 15;26 e Ap 20;14 e 21;4).

Fomos criados para viver para sempre, mas o pecado nos trouxe a morte, Cristo venceu a morte morrendo em nosso favor, mas ainda nem tudo o que deve acontecer, já aconteceu (já... ainda não), um processo que ainda acontecerá é o julgamento final onde o estado final de Vida ou Morte será definido, os que estiverem escrito no livro da vida (Ap 21;27) herdarão a vida eterna (1Co 15; 54 a 57), para os demais a destruição no lago de fogo (AP 20; 14 e 15). Para concretizar esse Juízo o réu deve ser mantido, afinal não será a revelia e nem de um semi-ser inconsciente, sabemos que antes desse julgamento todos sem exceção se apresentarão diante de Deus (Ap 20; 12 e 13). O corpo se decompõe e a alma (ser humano incompleto, mas distinto) volta para Deus, e nisso é preservada (Ec 12;7), o ímpio em lugar incerto e tormentoso, reservado para o juízo, mas o crente em boa dádiva (Lc 16,19, CFW, XXXII) esperando a remissão completa (Ap 6;11).

Assim sabemos:
1 - A alma em si mesmo não possui nenhuma característica eterna, pois eterno é o nosso Deus. Qualquer qualidade, seja mental, física ou espiritual, descende de Deus (Tg 1;16 a 18). Crer em imortalidade da alma como uma essência da própria alma é uma falácia que, nós crentes, devemos rejeitar.
2 - Se a alma se mantém ativa exatamente como antes da dissociação do corpo ou se ela está consciente e preservada de outra forma é um mistério que não nos foi revelado por Deus em sua palavra, sabemos, entretanto, que sobre todas as coisas Deus é soberano e nada lhe escapa ao controle, não podendo ele ser pego de surpresa por nenhum inconveniente.

3 - “A imortalidade da alma” é apenas um estado temporário (estado intermediário), pois no tempo designado por Deus, serão ressuscitados (Its 4;14 e 15) e se juntarão aos vivos que também serão transformados para as bodas do cordeiro, esses são o aqueles que tem seu nome escrito no livro da vida e entrarão no descanso do Senhor (Mt 25; 31 a 46).

4 - Todos grandes e pequenos compareceram diante de Deus. Nesse dia, o Dia do Senhor, e os que não forem achado inscrito no Livro da Vida serão entregues a morte eterna, juntamente com o diabo, o sedutor deles, lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde , também, se encontrão não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos."
Fonte:http://acruzonline.blogspot.com/
Pastor Esli Soares.

Um comentário:

  1. Esclarecedor.
    Creio que os contrários a colocação acima poderiam comentar por tópico, afim de ficar mais facil para todos nós, acompanhar a linha de raciocínio contrário ou não, pois pode-se acrescentar aos tópicos ratificações com textos que iluminará mais o tópico em questão.
    Este site sempre nos enriquece .Deus seja louvado pela vida e dedicação do Evangelista Luciano Sena.
    A Deus toda glória !
    Teu conservo
    Wilton

    ResponderExcluir