sexta-feira, 6 de junho de 2014

O Desafio de Azenilto – como criticar as Testemunhas de Jeová e justificar a Igreja Adventista? – Parte 1

Azenilto Brito é um adventista bem conhecido, especialmente por sua disposição apologética em adentrar em debates com tudo e com todos que não pensam em conformidade com as Crenças Adventistas. Nas redes sociais sua atuação é ardente. Ele fez muito pelo Adventismo antes do advento da internet e da TV Novo Tempo. Azenilto ainda continua trabalhando em defesa da IASD como um cavaleiro templário – ‘não existe argumentos contra a Igreja Remanescente’, é o espírito que podemos perceber facilmente na sua força argumentativa.

Em 1992 ele escreveu um livro sobre as Testemunhas de Jeová intitulado O Desafio da Torre de Vigia, onde apresenta um estudo detalhado a respeito das crenças da comunidade TJ. O livro é substancial, e ganhou apreciação de vários. O prefácio foi escrito na época por Caio Fábio, e até mesmo o especialista em assuntos TJ, o pastor Esequias Soares, escreveu um elogio ao trabalho de Azenilto, recomendando o livro. O livro está esgotado e terá uma segunda edição.

O que farei é uma reflexão de sua abordagem a respeito das crenças TJs tendo em vista uma realidade que ele não atinou, ou desconsiderou, a história e as crenças do próprio adventismo em comparação ao que ele criticou do jeovismo. Por isso o tema da postagem, que terá várias partes, permitindo Deus. Meu objeticvo só será um: mostrar que Azenilto, que garante ter gabarito suficiente, usou dois pesos e duas medidas no livro O Desafio da Torre. Isso, entendo, ele fez por ser também escravo de um sistema que afirma ser a única igreja verdadeira, tanto como a Torre de Vigia. Espero que Deus o liberte dessa mentira.

Boa leitura!

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Capítulo inicial do livro: INTRODUÇÃO

O Desafio, p.9 diz a respeito das Testemunhas: “Tornaram-se presa de um sistema doutrinário de incrível falsificação, originado de especulações humanas e interpretações arbitrárias das Escrituras...” O argumento é válido, mas os fatos revelam que esse também é o caso dos adventistas. Afinal, todo o império doutrinário da seita IASD está construída em interpretações e visões da profetisa Ellen White. O que irei novamente provar em outras postagens, mas que posso adiantar algo:

Os adventistas do sétimo dia creem que Ellen G. White foi uma verdadeira profetisa de Deus, enviada para guiar e aconselhar a Igreja nestes últimos dias. Um dos princípios fundamentais mantidos pela igreja é o de que “o dom do Espírito de Profecia é um dos sinais distintivos da igreja remanescente”, e “este dom foi manifestado na vida e no ministério de Ellen G. White” (SDA Church Manual, Revised 1976, p. 37).” http://centrowhite.org.br/pesquisa/artigos/o-uso-de-fontes-nao-inspiradas-por-ellen-white/

“Muitos de nosso povo”, escreveu Ellen White em 1904, “não reconhecem quão firmemente foram lançados os alicerces de nossa fé. Meu esposo, o Pastor José Bates, o Pai Pierce, o Pastor Hirã Edson, e outros que eram inteligentes, nobres e verdadeiros achavam-se entre os que... buscavam a verdade como tesouros escondidos. Reunia-me com eles, e estudávamos e orávamos fervorosamente. Muitas vezes ficávamos reunidos até alta noite, e às vezes a noite toda, pedindo luz e estudando a Palavra. Repetidas vezes esses irmãos se reuniram para estudar a Bíblia, a fim de que conhecessem seu sentido e estivessem preparados para ensiná-la com poder.” O próprio papel de Ellen White era limitado, mas valioso. “Quando chegavam ao ponto em seu em que diziam: ‘Nada mais podemos fazer’, o Espírito do Senhor vinha sobre mim”, ela recorda, “eu era tomada em visão, e uma clara explanação das passagens que tínhamos estado estudando me era dada, com instrução de como devíamos trabalhar e ensinar eficazmente.”( C. M. Maxwell. História do Adventismo, p. 98,99.)

Como estratégia para evangelizar as Testemunhas de Jeová, o nosso cavaleiro Azenilto escreveu que vale a pena investir na investigação crítica, junto a Testemunha, a respeito de 1914 (p.14). É curioso ler isso. Ele garante que se você destruir o ensino sobre 1914 terá grande êxito, pois

“O assunto do Segundo Advento, ligado à revelação de fatos comprometedores da história denominacional da seita (que teve origem exatamente com o estudo especulativo do tema, com as distorções de uma interpretação fantasiosa deste), [...]”.

Para os que conhecem um pouco do livro Grande Conflito, da História profética de 1844 e suas subsequentes formatações, sabe que o que Brito escreveu aplica-se perfeitamente ao seu movimento também – os fatos de 1844 não são comprometedores para a IASD?

Embora o adventismo tem usado a mensagem do movimento milerita a respeito de 22 de outubro de 1844 para seus interesses, e descartado-o para sua honra – dizendo que “foi o batista Miller que predisse a volta de Cristo, não a Igreja Adventista”(Mostro essa incongruência nos capítulos 3 e 4 do livro A Conspiração Adventista), Ellen White, de maneira contrária, jamais descarta o valor profético de Miller. A única coisa que ela diz é que o seu campeão apenas errou “no que esperava”. Se o Adventismo atual não quer sentir vergonha com a falsa mensagem de 1844, deveria antes de tudo rejeitar o vinculo que Ellen White. Ela chega a dizer que uma parábola profética bíblica foi cumprida no evento decepcionante de 1844:

“A proclamação: ‘Aí vem o Esposo!’[Mt 25.6] foi feita no verão de 1844.” (O Grande Conflito, p. 425).

Azenilto continua com a sua boa sugestão de explorar a doutrina de 1914 das Testemunhas de Jeová:

“passando-se, se houver oportunidade, a um estudo da sua cronologia irreal para justificar o raciocínio que conduz a data básica de 1914 (básico para sua hermenêutica) terá um efeito devastador sobre a estruturas fundamentais da teologia jeovista. Toda a tese do “Reino instalado em 1914” desmoronará ante um detalhado estudo [...]”

Mais uma vez, existe semelhança entre o que ele está propondo como estratégia evangelística aos TJs e uma realidade Adventista envolvendo 1844. Especialmente usando o o argumento de Goldstein:

“ [...] se 1844 não for uma data bíblica, nossa mensagem é falsa: somos uma igreja falsa ensinando uma falsa mensagem, e levando as pessoas por um caminho enganoso. Ou a data de 1844 é verdadeira e temos a verdade, ou é falsa e nós herdamos uma mentira e a temos propagado.” (1844 – uma explicação simples das principais profecias de Daniel, p. 12,13).

A opinião desse escritor Adventista não é inútil, e corresponde aos fatos, pois o Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia diz:

“A doutrina do sacerdócio de Cristo, em conjunto com a interpretação profética de Daniel 8.14, fornece uma identidade histórica à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Para os adventistas, seu movimento não é acidente histórico, mas resultado da especial intervenção de Deus nos empreendimentos humanos. O cumprimento de Daniel 8:14 em 1844 valida a presença dos adventistas do sétimo dia no mundo e, principalmente, na comunidade cristã. Assim como o início do ministério celestial de Cristo coincidiu com o derramamento do Espírito Santo (At 2:33), assim o começo do antítipo dia da expiação [22/10/1844] coincidiu com o nascimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia.”(p. 454).

Interessante que Azenilto recomenda a não aceitar o desvio do assunto a um tema como a Trindade (p. 14), que é preferido entre os seguidores da Torre. Interessante, ele diz que o tema da Volta de Cristo é muito importante e que você pode explorar isso na evangelização aos TJs (p. 15). Já pude ver algo nessa direção também no caso dos adventistas, quando você vai conversar com eles sobre 1844 e Ellen White, e logo eles mudam para o assunto “sábado”.

No tema “adventismo e arianismo” existe um bloqueio diabólico. Não conseguem acessar o “link” da igreja remanescente no momento que tratam desse assunto... 

Azenilto também fala da importância de possuir obras antigas da seita (p. 16). Que bom, Ellen White também recomendou os antigos marcos que o pioneiros adventistas arianos deixaram:

Quando o homem vier mover um alfinete do nosso fundamento o qual Deus estabeleceu pelo seu Santo Espírito, deixem os homens de idade que foram os pioneiros no nosso trabalho falar abertamente, e os que estiverem mortos falem também, reimprimindo os seus artigos das nossas revistas. Juntemos os raios da divina luz que Deus tem dado, e como Ele guiou seu povo, passo a passo no caminho da verdade. Esta verdade permanecerá pelo teste do tempo e da experiência.”(http://www.adventistas.com/dezembro2005/diagnostico_iasd.htm (24 de Maio de 1905 - Manuscript Release Vol. 1 pág. 55.).

“Dentre os líderes mais preeminentes que saíram do movimento milerita e ajudaram a fundar a Igreja Adventista do Sétimo Dia se destacam José Bates, Tiago White e Ellen White.” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 5.)

Agradecemos a indicação, ela será útil em postagens futuras - o que ele sugere no caso das Testemunhas de Jeová, será um problema para ele, tendo em vista a orientação da Papisa Ellen White. E isso é tanto problema, que os autores do polêmico livro Questões sobre Doutrina, disseram a respeito da posição ariana dos pais da Igreja Remanescente e livros antigos:

“Alguns continuam a reunir citações extraídas de nossas publicações mais antigas, há muito obsoletas, e que não mais são impressas.”(Questões sobre Doutrina, p. 56).

Sobre o arianismo adventista nas primeiras décadas, o historiador George Knight diz:

“Essas posições nem mesmo começariam a mudar até os anos de 1890, e as perspectivas trinitarianas seriam um ponto de conflito até a década de 1940.” (Questões sobre Doutrina,  nota 1, p. 56).

Conclusão

As recomendações iniciais do livro O Desafio da Torre de Vigia, aplicam-se perfeitamente ao Adventismo, assim como para as Testemunhas de Jeová. Resta saber se assim como o TJ rejeita os argumentos de Azenilto Brito, os adventistas também rejeitarão os argumentos que a eles forem aplicados!


Próxima postagem sobre o tema tratarei do Capítulo 1. A Teologia das “Testemunhas de Jeová” Numa Perspectiva Histórica – do livro do Azenilto Brito O Desafio da Torre de Vigia.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

OPERAÇÃO FARISEU: Justiça do mundo condena Mackenzie - desonra mantenedora IPB!

"Decisões judiciais de primeira instância determinam que nove entidades filantrópicas recolham R$ 934 milhões aos cofres públicos, em impostos não pagos à União. As organizações, beneficiadas com o perdão concedido pela Medida Provisória 446, foram condenadas a perder seus certificados de assistência social, os chamados “Cebas”, e assim ficarem sem a isenção de impostos. O grupo inclui várias instituições tradicionais do país, como os institutos Mackenzie e Metodista, a PUC de Campinas e a Universidade Católica de Petrópolis.

As nove entidades estão entre  7,4 mil organizações supostamente filantrópicas, muitas delas suspeitas de irregularidades ou mesmo fraudes detectadas em operação da Polícia Federal. Todo o problema se deve à breve validade da Medida Provisória 446, que perdoou R$ 2,1 bilhões em impostos não pagos apenas referentes ao ano de 2007. Rejeitada pelo Congresso, muitas entidades, principalmente escolas, faculdades e hospitais particulares, se valeram do período em que a norma vigorou para renovarem seus certificados de imunidade tributária.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, levou o assunto ao Supremo Tribunal Federal (STF), que no mês passado obteve os primeiros esclarecimentos da presidenta Dilma Rousseff, defendendo o perdão bilionário. Só na semana passada, três sentenças foram proferidas por juízes federais de primeira instância, analisando casos individuais.

Perderam o direito ao Cebas os institutos Mackenzie, Metodista e a Fundação Dom Aguirre, que mantém faculdades e colégios particulares. Como efeito colateral das condenações, terão que pagar R$ 375 milhões aos cofres públicos, segundo documentos que constam dos processos. Para auditores da Receita Federal, elas nunca cumpriram exigências que as credenciariam como filantrópicas, como concederem bolsas de estudo suficientes, por exemplo.

DÍVIDAS DAS FILANTRÓPICAS

Condenação Instituição Valor a pagar
8.maio Fund. Dom Aguirre R$ 45 milhões
6.maio Inst. Mackenzie R$ 240 milhões
6.maio Inst. Metodista de Ensino Superior R$ 90 milhões
9.abril Univ. Sul de Santa Catarina R$ 180 milhões
7.dez.2012 PUC de Campinas R$ 240 milhões
8.jun.2012 Univ. da Campanha R$ 50 milhões
16.fev.2012 Univ. de Araras (SP) R$ 47 milhões
18.jan.2012 Hospital Astrogildo de Azevedo R$ 18 milhões
9.dez.2011 Univ. Católica de Petrópolis R$ 24 milhões
TOTAL R$ 934 milhões

Fonte: Congresso em Foco, com base nos valores estimados pelos autores nos processos e dados do Ministério da Justiça

Outras seis condenações, proferidas a partir de dezembro de 2011, elevam a cifra para R$ 934 milhões. Os valores se referem a períodos de até seis anos sem pagamento de tributos, conforme a instituição.

Em cada sentença, os juízes ou condenam a entidade a perder o Cebas ou obrigam os ministérios em Brasília a julgarem recursos da Receita Federal que questionavam a isenção de impostos das entidades. Em novembro de 2008, a MP 446 determinou que os recursos não precisariam ser julgados, o que significou a renovação automática dos certificados de imunidade tributária das filantrópicas. Em algumas ações, os juízes deixam para outros processos, a cobrança dos valores resultantes do cancelamento dos Cebas. Em outras, determinam a imediata cobrança dos impostos.

Operação Fariseu

Como revelou o Congresso em Foco, a MP 446 significou um perdão de R$ 2,145 bilhões às entidades que não comprovaram prestar serviços sociais compatíveis com o benefício fiscal – pagamento de salários a diretores, distribuição de lucros e falta de atendimentos gratuitos, por exemplo. Em meio a elas, muitas estavam envolvidas na Operação Fariseu, da Polícia Federal, que derrubou uma quadrilha que comprava certificados de assistência social no Ministério da Previdência. Os certificados questionados internamente no governo foram renovados automaticamente pela norma baixada pelo governo Lula. O perdão bilionário referia-se apenas ao ano de 2007.

Na decisão que condenou o Mackenzie, a juíza da 6ª Vara Federal de Porto Alegre (RS) Daniela Pertile considerou imoral a renovação automática da isenção de impostos. Para ela, conceder certificados sem “verificação do cumprimento dos requisitos legais por parte da entidade beneficiária configura um comportamento desleal e astucioso da administração, passível de beneficiar entes que pouca ou nenhuma atividade verdadeiramente assistencial pratiquem”.

As sentenças foram dadas em ações populares movidas cidadãos e em uma ação civil pública do Ministério Público. Os impostos não recolhidos pelas entidades são o PIS e as contribuições ao INSS, para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), sobre o Lucro Líquido (CSLL)."

Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/justica-manda-cobrar-quase-r-1-bi-de-filantropicas/

NOTA DE UM PRESBITERIANO: "OPERAÇÃO FARISEU" ... Isso é doloroso, mas graças a Deus vem nesse momento. Próximo da eleição do SC da IPB é hora de repensar bem a "atual conjuntura" da IPB. Vamos orar, para que coisas piores não nos envergonhem. 

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Filipe Fontes: A Igreja – coluna e baluarte da verdade

“Uma visão do mundo pressupõe a existência de absolutos. Deus se revelou em sua Revelação apresenta a história universal, nos oferece a verdade e os padrões morais para a vida. 1 Timóteo 3.14-15 afirma que a igreja é coluna e baluarte da verdade. As duas palavras, “coluna” e “baluarte”, indicam algo que sustenta e dá firmeza. Se pensarmos na metáfora de um edifício, por exemplo, e considerarmos o papel das colunas, como parte das estruturas que mantém um prédio de pé, perceberemos bem o que a Escritura deseja ensinar nesta passagem.

Essa metáfora não ensina que a igreja seja a fonte originadora da verdade. Ao contrário do que pensa o romanismo, não é a igreja quem define e estabelece o que é verdade. A fonte originadora da verdade é Deus mesmo. E a igreja é a guardiã, a protetora, a defensora da verdade revelada e estabelecida por Deus.

Esta lição sobre a igreja chama a nossa atenção para a necessidade de avaliarmos nosso compromisso com a verdade em tempos em que ela é tão questionada. Um detalhe importante é que 1 Timóteo 3.14-15 não está falando sobre algo que a igreja deve se esforçar para ser, mas sim o que a igreja é. O texto está definindo a igreja. Isto significa que um dos maiores compromissos da igreja é seu compromisso com a verdade, de modo que, se uma comunidade não é uma coluna e fundamento da verdade, ela não é uma verdadeira igreja de Cristo.”


Fonte:  Revista Nossa Fé - 2º trimestre 2013, p 48.

sábado, 17 de maio de 2014

O Sábado entre os Adventistas – uma compreensão bíblica ou misticismo de Ellen White?

A guarda do sábado pelos servos de Deus no Antigo Testamento foi pressuposta no Éden, e dada por Deus por intermédio de Moisés. Esse dia foi substituído pelo Dia do Senhor no Novo Concerto, com algumas mudanças. Ou seja, o princípio moral do 4º mandamento continuou em sua formatação neotestamentária no dia que que Jesus ressuscitou, isto é, no domingo. Obviamente isso não foi de forma abrupta. A medida que a Igreja amadureceu, ficou claro que o sábado era sombra (Cl 2.16) e o primeiro dia foi objeto instrumental de culto (At 20.7).

Alguns cristãos no passado questionaram a validade desse argumento, entre eles os valdenses, e no presente os irmãos batistas do sétimo dia. Na atualidade, os dispensacionalistas rejeitam o pressuposto da continuidade.

Mas isso não foi apenas levantado por cristãos, os hereges também. Alguns adventistas do grupo desiludido de 1844, acabou aceitando o argumento de que a guarda do sétimo dia era vigente para a era cristã. Até aqui, em partes, tudo bem. Um dos vários líderes antitrinitaristas do grupo, J. Bates, leu os argumentos dos batistas do sétimo dia (e cá entre nós, o cara já estava na lama espiritual, qualquer argumento que fosse apresentado, que de alguma maneira deixasse distante da maioria das Igrejas Cristãs, esse herege aceitaria rapidamente, bem como seus comparsas).

Foi entre esses desapontados mas ainda crentes adventistas que Edson e Crosier (com sua luz sobre o santuário), Ellen Harmon (com sua luz sobre o santuário e o espírito de profecia) e Bates (com sua luz sobre o sábado) exerceram seus esforços.” (C. M. Maxwell. História do Adventismo, p. 89.)

Então, dizem os adventistas que foi o exame da Escritura que levou a Igreja Adventista lá em 1846, começar a guardar o sábado, não com exatidão horária, mas foi nessa investigação bíblica que isso veio a ser a principal doutrina proselitista adventista. Outro ariano, J. N. Andrews, teve a responsabilidade de acertar o ponteiro do relógio sabático entre os adventistas para o pôr do sol. Tanto que a profetisa disse que a inclusão do nome “sétimo dia” era uma denúncia contras as Igrejas protestantes.

Embora Bates introduziu o sábado no bojo adventista, devemos dizer que o que mais se destaca hoje, para essa decisão posterior, especialmente no período em que ela tornara-se a “Mensageira do Senhor”, são as visões da Papisa Ellen White. E isso não é exagero de críticos, são os fatos. Veja como isso é admitido pelos próprios eruditos adventistas:

“Ellen G. White (1827-1915), cofundadora da Igreja Adventista do Sétimo Dia, é reconhecida pelos adventistas como expoente autorizada de suas doutrinas e crenças. Os escritos dela sobre lei são abundantes e coerentes consigo mesmos e com as Escrituras. Em 1846, sob a influência de alguns adventistas, como José Bates, ela começou a entender a relação necessária entre o evangelho e a lei de Deus. A convicção veio mesmo, de maneira mais forte, depois que teve uma visão sobre o santuário no Céu, que também lhe dirigiu a atenção para o quarto mandamento. Com relação àquela visão ela escreveu: “Deve-se chamar a atenção para a brecha na lei, por preceito e por exemplo” (VE, 87). Depois acrescentou: “Foi-me mostrado que o terceiro anjo que proclama os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, representa o povo que recebe essa mensagem e ergue a voz de advertência ao mundo para que guarde os mandamentos de Deus e Sua lei como menina dos olhos; e que, em resposta a essa advertência, muitos abraçariam o sábado do Senhor”(ibid.,87).”(Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 545).

Os fatos são assim corretamente julgados: 1. Os arianos adventistas iniciais passaram a guardar o sábado.2. Ellen White tinha mania de ter visões, assim a posição adotada seria mistificada por uma declaração divina em suas visões. 3. Com o oposicionismo para com as igrejas cristãs, os adventistas sob as convulsões visionárias de White, fez desse tema um carro chefe, tanto que fizeram do quarto mandamento um “selo”.

Após um período de tempo, ela respirou profundamente, sua primeira respiração desde o início da visão.  Todos ansiavam saber o que teria a dizer. Ela correu o olhar ao redor da sala enquanto seus olhos se acostumavam com a escuridão da Terra após contemplarem o fulgor celeste.
-Pode nos dizer agora o que o Senhor lhe mostrou? –indagou-lhe Tiago serenamente. 
-Sim, sim, posso –respondeu Ellen. 
-Vi um anjo voando rapidamente em minha direção. Ele me transportou rapidamente da Terra para a cidade Santa. Na cidade vi um templo no qual entrei. Depois passei ao lugar santo. Jesus ergueu o véu e eu passei para o santo dos santos. Ali vi uma arca coberta do mais puro ouro. Jesus estava de pé ao seu lado. Dentro havia tábuas de pedra dobradas juntas como se fossem um livro. Jesus abriu-as, e ao fazê-lo, vi os Dez Mandamentos. Numa das tábuas estavam registrados quatro mandamentos e na outra, seis. Os quatro na primeira tábua brilhavam mais do que os outros seis, mas o quarto, o mandamento do sábado, brilhava acima de todos. O santo sábado parecia glorioso. Um halo de glória o circundava.
Com isso, as pessoas se entreolharam surpresas, e Ellen observou a reação delas.
-Eu também fiquei impressionada, –concordou ela. Não tinha idéia de que o sábado fosse tão especial para Deus.
Após uma pausa, continuou:
–Vi que o sábado é e será a parede de separação entre o verdadeiro Israel de Deus e os descrentes; e que o sábado é a grande questão a unir os corações dos queridos santos de Deus que O aguardam. (C. M. Maxwell. História do Adventismo, p. 91)

Imagine se esse assunto fosse apenas um tema teológico em debate. Do tipo como tanto outros temas na teologia. Não teria graça para o proselitismo adventista! Eles não apenas dizem que o domingo é uma concepção errônea do quarto mandamento, mas nos dizeres de Ellen White foi Satanás que promoveu essa mudança do sétimo para o primeiro dia da semana. Portanto, eles precisam fazer do Sábado algo poderosamente místico, que só seria possível, com as visões de Ellen White. Veja que o tema não é o sábado, por esse ser ‘sábado. E esse misticismo em torno do sábado não é apenas delírio de Ellen White. O erudito teólogo adventista Maxwell repete a heresia:


Desde 22 de outubro de 1844 Jesus, no lugar santíssimo, tem chamado a atenção para o sábado, não simplesmente porque é o sétimo dia, mas porque representa um modo único e cristão de vida, o critério final que separa o bem do mal nos últimos dias.” (História do Adventismo, p. 282).


*Mais provas do sectarismo adventista, adquira o livro A Conspiração Adventista AQUI.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

O que W. E. Vine acharia da Tradução do Novo Mundo?


W. E. Vine é um dos eruditos da língua grega mais citado pela Liderança das Testemunhas de Jeová. Vine define a palavra “parousia” por presença (Dicionário Vine, p. 1060), e “staurós” por estaca (Dicionário Vine, p. 522,523). E esses dois assuntos são pontos cruciais para essa religião. No primeiro caso, para confirmar a doutrina do ano de 1914. No segundo para acusar o cristandade de pagã.

Vamos dar a mão a palmatória. ‘Suponhamos’ que a presença de Cristo realmente destacasse o arrebatamento secreto (Talvez essa fosse a ideia de Vine [Veja AQUI]). Não mudaria em nada, pois a  Vinda de Cristo, na ‘segunda etapa’, ainda seria visível, o que nem essa definição nega, muito menos a negava W. E. Vine! Vamos dar a mão a palmatória também, e pensar que a definição etimológica resolveria tudo a respeito do instrumento de suplício que matou Nosso Redentor. Consideremos que não existia no grego coiné, a palavra correspondente para “cruz”, por isso “staurós” seria a única alternativa.

Agora, vejamos essa autoridade falando um pouco de João 1.1 e Tt 2.13, que a TNM traduz assim:

No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra era [um] deus.

“ao passo que aguardamos a feliz esperança e a gloriosa manifestação do grande Deus e [do] Salvador de nós, Cristo Jesus,”

Vejamos o que W. E. Vine tem a dizer a respeito:

“e o Verbo era Deus”. A dupla ênfase está em théos, pela ausência do artigo e pela posição enfática. Traduzir literalmente, “um deus era o Verbo” é completamente enganosa. Além disso, que “o Verbo” é o sujeito da sentença, exemplifica a regra de que o sujeito deve ser determinado por ter o artigo quando o predicado é anártrico (sem o artigo). [...] Em Tt 2.13, temos: “Nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo”. Moulton (Prolegomenon, p. 84) demonstra diante papiros da era cristã primitiva que entre os cristãos de fala grega esta era “fómula corrente” aplicada a Jesus. Também vemos em 2 Pe 1.1 (cf. 1.11; 3.18).” (Dicionário Vine, p.558).

Podemos apresentar algumas expressões de um dos Pais da Igreja, Inácio que viveu por volta do ano 110, para verificarmos o que Vine disse:

“...pela vontade do Pai e de Jesus Cristo, nosso Deus.” (Ao Efésios – saudação)
 “...segundo a fé e o amor em Cristo Jesus, nosso Salvador...reanimados pelo sangue de Deus.” (Aos Efésios 1.1)
 “...de fato, o nosso Deus Jesus Cristo, segundo a economia de Deus.” (Aos Efésios 18.1)
 “...segundo a fé e o amor dela por Jesus Cristo, nosso Deus.” (Aos Romanos –saudação)
 “...alegria pura em Jesus Cristo nosso Deus.” (Aos Romanos – saudação)
 “...nosso Deus Jesus Cristo, estando agora com seu Pai...” (Aos Romanos 3.1)
 “...desejo que estejais sempre bem em nosso Deus Jesus Cristo.” (A Policarpo 8.2)
 (Os Padres Apostólicos, Ed. Paulus).


Portanto, quem perde mais com o uso de W. E. Vine? Nós ou as Testemunhas de Jeová?!


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Como ser um Calvinista equilibrado?

“Calvinismo é do diabo”, “o deus calvinista é um monstro”- expressões assim, ácidas, são vistas em todos os lugares. Isso parece mais ser uma reação por parte daqueles que também se sentem incomodados com a frieza com que o calvinismo é apresentado por vários calvinistas, especialmente quando esses também classificam assim – “Arminianismo é humanista”, “o deus arminiano não é soberano”.

Geralmente os que assim dizem, de ambos os lados, desconsideram (propositalmente?) o que Deus tem feito na Igreja e pelo Cristianismo através dos séculos por meio de ambos os grupos. Quem duvidaria da santidade dos Puritanos e dos Wesleyanos? Somente alienados... 

Quem duvidaria do esforço missionário histórico dos calvinistas e arminianos? No Brasil temos a tradução de um grande missionário Reformado, João Ferreira de Almeida. Alguém se aventura em duvidar da paixão dele pela Palavra? Quem hoje está em todos os rincões desse Brasil, não são os Pentecostais – pregando o Deus Trino e a salvação pela graça, bem como uma vida de santidade e oração? Um povo assim não teria um Deus Soberano? Somente alienados...

Por isso, tenho pena, algumas vezes nojo, de tanta agressividade – vinda de meus irmãos calvinistas, e dos irmãos arminianos. 

Apresentei uma lista de vários textos bíblicos AQUI, para mostrar que o calvinismo não erra na avaliação da totalidade da Providência. É a Bíblia que nos apresenta em muitos lugares informações que não nos agradam muito a respeito de decisões Soberanas de Deus. Os textos são claros em sua maioria, pode não concordar com o calvinismo, mas acho que não discordará, sendo crente, dessas passagens bíblicas, ou pelo menos de algumas!

Mas como pertenço ao arraial Calvinista, vai aqui meu recado a esses. A única maneira de sermos calvinistas equilibrados é mantermos de verdade o peso bíblico da Soberania e da Responsabilidade Humana:

“Muitas vezes se tem dito que, enquanto o calvinismo se ditingue pela enfase que dá à soberania divina, o arminianismo se distingue éla enfase que dá à responsabilidade humana. Não é fácil inventar pior caricatura do calvinismo do que esta! Decerto tem havido calvinistas à moda deles mesmos, que dão pouco valor à responsabilidade humana, mas o motivo disto jaz na incoerência deles.” R. B. Kuipe (Evagelização Teocêntrica, p. 45).

“Precisamos crer, contudo, que os dois lados desse conjunto de pensamentos aparentemente contraditórios, são verdadeiros, pois a Bíblia ensina ambos.” Antony Hoekema (Salvos Pela Graça, p. 15).

“[...] crer em ambas as doutrinas com todas as nossas forças, e mantendo ambas constantemente diante de nós, para orientação e governo de nossas vidas.” J. I Packer (A Evangelização e a Soberania de Deus, p. 31).

J. C. Ryle talvez seja um bom exemplo de pregador e pastor, com profundidade bíblica que manteve com vigor essas duas verdades. Seu clamor para que seus ouvintes aceitassem a Cristo era de quebrantar. Mas seu Deus era Soberano! Ele tratava disso com prudência e cuidado. Abaixaria a cabeça para qualquer arminiano que vivesse uma vida como a de Ryle, e se esse me provasse que a crença na eleição produz necessariamente um vida sem santidade!

“Que nunca nos esqueçamos de que sem luta não haverá santidade, enquanto estivermos vivos e nem haverá coroa de glória, depois que falecermos!” J. C. Ryle (Santidade, p. 105).

Os postulados de Westminster deixaram claros essas coisas que destaquei aqui. Perceba:

 “I. Desde toda a eternidade, Deus, pelo muito sábio e santo conselho da sua própria vontade, ordenou livre e inalteravelmente tudo quanto acontece, porém de modo que nem Deus é o autor do pecado, nem violentada é a vontade da criatura, nem é tirada a liberdade ou contingência das causas secundárias, antes estabelecidas.Isa. 45:6-7; Rom. 11:33; Heb. 6:17; Sal.5:4; Tiago 1:13-17; I João 1:5; Mat. 17:2; João 19:11; At.2:23; At. 4:27-28 e 27:23, 24, 34. [...]
A doutrina deste alto mistério de predestinação deve ser tratada com especial prudência e cuidado, a fim de que os homens, atendendo à vontade revelada em sua palavra e prestando obediência a ela, possam, pela evidência da sua vocação eficaz, certificar-se da sua eterna eleição. Assim, a todos os que sinceramente obedecem ao Evangelho esta doutrina fornece motivo de louvor, reverência e admiração de Deus, bem como de humildade diligência e abundante consolação. Rom. 9:20 e 11:23; Deut. 29:29; II Pedro 1:10; Ef. 1:6; Luc. 10:20; Rom. 5:33, e 11:5-6, 10.”(CFW 3).

“159. Como a Palavra de Deus deve ser pregada por aqueles que para isto são chamados? Aqueles que são chamados a trabalhar no ministério da Palavra devem pregar a sã doutrina, diligentemente, em tempo e fora de tempo, claramente, não em palavras persuasivas de humana sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder; fielmente, tornando conhecido todo o conselho de Deus; sabiamente, adaptando-se às necessidades e às capacidades dos ouvintes; zelosamente, com amor fervoroso para com Deus e para com as almas de seu povo; sinceramente, tendo por alvo a glória de Deus e procurando converter, edificar e salvar as almas. 
Jr 23:28; Lc 12:42; Jo 7:18; At 18:25;20:27;26:16-18; I Tm 4:16; II Tm 2:10,15;4:2,5; I Co 2:4,17;3:2;4:1,2;9:19-22;14:9;II Co 4:2;5:13,14;12:15,19; Cl 1:28; Ef 4:12; I Ts 2:4-7;3:12; Fp 1:15-17; Tt 2:1,7,8; Hb 5:12-14.
160. Que se exige dos que ouvem a Palavra pregada? 
Exige-se dos que ouvem a Palavra pregada que atendam a ela com diligência, preparação e oração; que comparem com as Escrituras aquilo que ouvem; que recebam a verdade com fé, amor, mansidão e prontidão de espírito, como a Palavra de Deus; que meditem nela e conversem a seu respeito uns com os outros; que a escondam nos seus corações e produzam os devidos frutos em suas vidas. 
Dt 6:6,7;Sl 84:1,2,4;119:11,18; Lc 8:18; I Pe 2:1,2; Ef 6:17,18; At 17:11; Hb 2:1;4:12; Tg 1:21.”

Quando leio essas instruções nos documentos Reformados, percebo que nós ainda não vivemos a piedade da Fé Reformada, mas nos colocamos como “mestres da predestinação”.

Infelizmente muitos tem confundido fama academicista, que alguns granjearam, com a verdadeira seiva Reformada.


Que Deus nos ajude o calvinismo brasileiro a viver uma vida santa, para que quem sabe um dia, alguns queriam saber por qual motivo somos piedosos, um pouco semelhantes aos Puritanos Calvinistas, e extremamente preocupados com a Evangelização do mundial. Então possamos responder: “Por que Deus é Soberano sobre nossas ações e planos!”

sexta-feira, 2 de maio de 2014

POR QUE NÃO É CERTA A CANONIZAÇÃO DOS SANTOS?

"A vida santa é muito desejável e ordenada por Deus. Só existe um sentido para a santidade depois da morte: os salvos pela graça de Deus, distintos na piedade e justiça no mundo, foram separados por Deus dos mundanos e reprováveis, estando ainda no mundo; depois de mortos, eles são à priori santos, porque já eram separados para o Senhor e aguardavam a sua volta, agora aguardam no paraíso a ressurreição do corpo para a vida eterna com Cristo. Hoje os santos, também os que estão vivos têm essa expectativa, e pela graça de Deus vivem ou ainda viverão uma vida em santificação do Espírito e obediência a Deus, sendo purificados pelo sangue de Jesus Cristo e justificados somente pela fé (I Pe 1:1, 2; Rm 5:1; Ef 2.8-9).

Quem é verdadeiramente santo depois da morte aguarda a ressurreição em glória, numa condição muito melhor (Lc 16:19-31). Comparada a vida humana: "O que é incomparavelmente melhor" (Fl 1:21). A fé verdadeira entende que e os mandamentos de Deus devem ser obedecidos, à caridade para com o próximo e toda justiça não pode ser negligenciada. Teologicamente, dentro da verdadeira Igreja de Cristo, o contrário de santo é hipócrita. Isto é, aquele que honra o Senhor com os lábios, mas o seu coração está longe dele, porque não lhe obedece a Palavra. (Mt 15:8).

Não é mais responsabilidade dos santos mortos o serviço da verdadeira santidade que implica em piedade e justiça, mas é dos santos vivos o dever de socorrer aos necessitados com toda generosidade "orando no Espírito Santo" e realizar a obra de Jesus Cristo enquanto aguardam a sua volta  (Jd 20, 21; At 20:35). A santidade é responsabilidade ordenada por Deus para ser vivida e não para ser sepultada ou transformada em um memorial. Por essa razão afirmo a verdade: ninguém pode ser santo depois da morte no sentido da santidade útil ao povo devoto como acreditam os papistas.

Quando uma tradição cristã diz que uns são santos e os outros não, está dizendo que uns são verdadeiros e os outros são falsos cristãos, uns são santos no mundo e os outros não vivem em santidade, conseguintemente e infelizmente endeusam os que julgam ser obedientes, por terem conseguido algo que não é para todas as pessoas. Assim, aplacam a sua culpa na prática de uma religião hipócrita, não se arrependem verdadeiramente de seus pecados, entregam-se às suas inclinações idolátricas e ao fracasso de toda a comunidade. 

A canonização de um santo não tem base bíblica e nem lógica, primeiro porque sabemos que ela não tem autoridade para tornar uma pessoa santa, pois ou ela é ou não é. Se por um lado reconhecer que uma pessoa viveu em santificação é necessário, é bom para nos lembrar o mandamento do Senhor, para nos estimularmos a nós mesmos a viver em santidade como os santos que são exemplos que, apontam para Cristo (Fl 3:17; I Co 11:1; Ef 5:1), por outro lado, as canonizações se fundamentam em estórias, lendas e crendices do povo que, faz dos santos deuses ou semi deuses, atribuem-lhes poderes exclusivamente divino como por exemplo: o poder de conhecer todas as coisas (onisciência); o poder de fazer o que bem quiserem e atender às súplicas do povo e de indivíduos por milagres (onipotência) e estarem presentes nos diversos continente ouvindo e socorrendo às orações do mundo católico (onipresença).

A maneira própria distorcida e contrária à Bíblia de ver a santidade do catolicismo romano afetou o nosso compromisso e segurança da graça maravilhosa de uma vida em santidade. A santidade não pode ser transformada em uma instituição, oficio, honraria ou qualquer coisa distante da piedade popular, do povo comum, apresentada como um sacrifício humano e uma exceção ou que se faça com ela uma confusão e distorção do verdadeiro culto que deve ser prestado somente a Deus. O único Deus vivo, verdadeiro, santo e eterno nos ordena: "Sede santos como eu sou santo". A santidade está na graça de obedecer a Deus vivendo o aperfeiçoamento em santidade. Ser um santo não é uma benção realizada por um ato canônico político religioso de um colegiado de políticos eclesiástico, mas, se trata de uma benção do céu, concedida pela graça de Deus Pai no Poder do Espírito Santo, pelos merecimentos de Deus Filho e pela purificação no seu sangue derramado na cruz."

Autor: Rev. Anatote Lopes

Fonte: http://anatotelopes.blogspot.com.br/2014/04/porque-nao-e-certa-canonizacao-dos.html?spref=fb