quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Jonathan Edwards: Dois sinais da autenticidade do seu cristianismo

"O apóstolo Pedro diz, sobre a relação entre cristãos e Cristo: "a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória." (1Ped. 1:8).Como os versículos anteriores deixam claro, os crentes a quem Pedro escreveu sofriam perseguição. Aqui, ele observa como seu cristianismo os afetou durante essas perseguições. Ele menciona dois sinais claros da autenticidade de seu cristianismo.

(i) - Amor por Cristo. "A quem, não havendo visto, amais." Os que não eram cristãos maravilhavam-se da prontidão dos cristãos em se expor a tais sofrimentos, renunciando às alegrias e confortos deste mundo. Para seus vizinhos incrédulos, estes cristãos pareciam loucos; pareciam agir como se detestassem a si mesmos. Os incrédulos não viam nenhuma fonte de inspiração para tal sofrimento. De fato, os cristãos não viam coisa alguma com seus olhos físicos. Amavam alguém a quem não podiam ver! Amavam a Jesus Cristo, pois viam-nO espiritualmente, mesmo sem poder vê-lO fisicamente.

(ii) - Alegria em Cristo. Embora seu sofrimento exterior fosse terrível, suas alegrias espirituais internas eram maiores que seus sofrimentos. Essas alegrias os fortaleciam, possibilitando que sofressem alegremente.

Pedro nota duas coisas sobre essa alegria. Primeiro, ele nos fala da origem dela. Ela resultou da fé. "Não vendo agora, mas crendo, exultais."

Segundo, ele descreve a natureza dessa alegria: "alegria indizível e cheia de glória." Era alegria indizível, por ser tão diferente das alegrias do mundo. Era pura e celeste; não havia palavras para descrever sua excelência e doçura. Era também inexprimível quanto à sua extensão, pois Deus havia derramado tão livremente essa alegria sobre Seu povo sofredor.

Depois, Pedro descreve essa alegria como sendo "cheia de glória." Essa alegria enchia as mentes dos cristãos, ao que parecia, com um brilho glorioso. Não corrompia a mente, como fazem muitas alegrias mundanas; pelo contrário, deu-lhe glória e dignidade. Os cristãos sofredores partilhavam das alegrias celestes. Essa alegria enchia suas mentes com a luz da glória de Deus, fazendo-os brilhar com aquela glória.

A doutrina que Pedro nos está ensinando é a seguinte: A RELIGIÃO VERDADEIRA CONSISTE PRINCIPALMENTE EM AFEIÇÕES SANTAS.

Pedro destaca as emoções espirituais de amor e alegria quando descreve a experiência desses cristãos. Lembrem-se que ele está falando sobre fiéis que estavam sendo perseguidos.

Seu sofrimento purificava sua fé, resultando em que "redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo" (v.7). Estavam, assim, em condição espiritualmente saudável, e Pedro ressalta seu amor e alegria como evidência de sua saúde espiritual."

Um comentário:

  1. Boa tarde. Há um tremendo magnetismo no Cristo invisível, que tem sido sentido em todos os séculos, e que tem sido comentado até pelos seus inimigos. ( João 12.32 onde lemos: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo”). Cremos que esse poder magnético é uma realidade, até mesmo em nossos dias, porquanto o seu Espírito está no mundo, como seu representante, e não há lugar e nem pessoa que estejam fora de sua influência. (João 16.7 em diante). Napoleão Boanparte disse: Um extraordinário poder de influenciar e de comandar aos homens foi dado a Alexandre, a Carlos Magno e a mim mesmo. Mas, em nosso caso, a presença pessoal tem sido necessária. Porem Jesus tem influenciado e comandado a seus súditos sem sua presença corporal visível por dezoito séculos.

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