quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O Que as Testemunhas de Jeová Não Querem Que Saibamos Acerca de Beth-Sarim

Em 1926, sob a liderança de Joseph F. Rutherford, a Watch Tower Bible & Tract Society comprou dois lotes de terreno: o lote Cento e Dez (110) e o lote Cento e Onze (111), em Kensington Heights, unidade n.º 2, no Condado de San Diego, Estado da Califórnia.
Isto em si mesmo não parece estranho. O que é estranho é a razão porque estes lotes foram comprados. Os dois lotes foram comprados para construir uma mansão, mas não era uma mansão qualquer, era uma mansão chamada Beth-Sarim (expressão hebraica que significa "Casa dos Príncipes").

Então qual era o propósito que motivou a construção de Beth-Sarim? Rutherford e todos os que o seguiam acreditavam numa profecia da Watchtower que dizia que em 1925 todos os homens mencionados no livro bíblico de Hebreus, capítulo 11, seriam ressuscitados:


"Podemos esperar confiantemente que 1925 assinalará o regresso de Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas da antiguidade, em especial aqueles mencionados pelo Apóstolo em Hebreus capítulo onze, à condição de perfeição humana." (Millions Now Living Will Never Die [Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão] (1920), pp.88-90)

A Watchtower [Sentinela] declarou em 1922 que "esta cronologia não é do homem, mas de Deus." (The Watchtower [A Sentinela], 17 de Julho de 1922, p.217)

Portanto, se foi Deus quem a pronunciou, essa profecia deveria ser capaz de passar no teste de um verdadeiro profeta, apresentado em Deuteronómio 18:21, 22, que diz:


E se disserdes no vosso coração: como saberemos a palavra que o Senhor falou? Quando um profeta falar em nome do Senhor, se a coisa [predita] não acontecer, nem se verificar, essa é a coisa que o senhor não falou, mas o profeta falou-a presunçosamente: não deveis ter medo dele.


Quando a profecia não se cumpriu, em 1925, a Watchtower admitiu: "Pode não acontecer. No seu devido tempo Deus cumprirá os seus propósitos a respeito do seu próprio povo." (The Watchtower [A Sentinela], 1.º de Janeiro de 1925, p.3)
Assim, em 1930 a Watchtower construiu Beth-Sarim como um testemunho da fé que eles tinham de que Deus cumpriria essa profecia e como um lugar para os homens mencionados em Hebreus capítulo 11 poderem governar o Reino Teocrático de Deus desde o Armagedom em diante. O "Juiz" Rutherford convenientemente incluiu o nome dos príncipes no nome que deu à casa ["Beth-Sarim" significa "Casa dos Príncipes" em hebreu] e na escritura pública de Beth-Sarim de modo que ele e os seus assistentes pudessem viver na mansão palacial até à sua morte ou até ao regresso dos homens mencionados no livro bíblico de Hebreus. Quando estes voltassem, era suposto que a propriedade lhes seria entregue pelo resto da eternidade, para que eles vivessem nela e governassem com uma presença visível no Paraíso.

No título e escritura da propriedade, com a data de 24 de Maio de 1926, é dito o seguinte:
"A condição aqui expressa é que a acima mencionada WATCHTOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY conservará o título mencionado, PERPETUAMENTE, para uso de todo e qualquer dos homens acima mencionados como representantes do Reino de Deus na terra." [ênfase acrescentada]
Noutra parte do título, diz-se:


"Esta propriedade foi adquirida e foram feitos nela melhoramentos a pedido e sob a direcção do acima mencionado Joseph F. Rutherford e foi dedicada a Jeová Deus e ao Seu Rei Cristo, que é o governante legítimo da terra, e para o propósito expresso de ser usada por aqueles que são servos de Jeová Deus. Por esta razão, é feita a provisão nesta escritura de que a propriedade será usada PARA SEMPRE no propósito sujeito a qualquer incumbência que possa ser colocada sobre ela." [ênfase acrescentada]


Portanto, segundo as declarações acima, que constam no título e escritura da propriedade, a Watchtower Bible and Tract Society ainda devia ter em seu poder hoje o Lote 110 e o Lote 111, nos quais Beth-Sarim foi construída, certo?


Joseph F. Rutherford faleceu no dia 8 de Janeiro de 1942. Pouco tempo depois, Beth-Sarim foi vendida e já não pertence à Watchtower Bible and Tract Society.


Será que acontecimentos com esta importância, relacionados com a Sociedade, podem ser esquecidos tão facilmente? Podem ser tão facilmente varridos para debaixo do tapete? Ou será que o caso foi apenas "outro erro" cometido por "homens imperfeitos"?


Parece que é assim que a Watchtower pensa. Até agora, ainda não encontrei nenhuma TJ que soubesse da existência de Beth-Sarim antes de eu a ter informado [N. do T.: isto foi provavelmente escrito antes de 1993.] A Watchtower já há muito tempo que tem sido bem sucedida em encobrir e apagar os seus "erros" embaraçosos. Não só tentou esconder os factos, mas chegou mesmo a mentir descaradamente para esconder os detalhes embaraçosos. No livro Testemunhas de Jeová -- Proclamadores do Reino de Deus (publicado em 1993), p.76, a Watchtower escreveu:  "Casa dos Príncipes"

O irmão Rutherford contraiu uma pneumonia aguda depois de ser solto em 1919 de encarceramento injusto. Após isso, ele só tinha um pulmão sadio. Nos anos 20, sob tratamento médico, ele foi a San Diego, Califórnia, e o médico instou com ele para que passasse tanto tempo quanto possível ali. Desde 1929, o irmão Rutherford passava os invernos trabalhando numa residência em San Diego que ele chamara de Bete-Sarim. A construção de Bete-Sarim foi realizada com fundos contribuídos diretamente para esse fim. A escritura, publicada na íntegra na revista "Golden Age" de 19 de março de 1930, transferia essa propriedade a J. F. Rutherford e depois à Sociedade Torre de Vigia, dos EUA.


Sobre Bete-Sarim, o livro "Salvation" ("Salvação"), publicado em 1939, explica: "As palavras hebraicas 'Bete-Sarim' significam 'Casa dos Príncipes'; e o intento de adquirir essa propriedade e edificar a casa foi para que houvesse alguma prova tangível de que existem pessoas na terra actualmente que acreditam plenamente em Deus e em Cristo Jesus e em seu reino, crendo que os fiéis da antiguidade serão brevemente ressuscitados pelo Senhor, voltarão à terra e se encarregarão dos negócios visíveis da terra."

Aqui a Watchtower explica cuidadosamente que a escritura de Beth-Sarim transferiu essa propriedade para Rutherford, o que é uma mentira. A casa foi registada em nome de Davi, Jefté e outros indivíduos do Velho Testamento -- que era suposto ressuscitarem em San Diego, Califórnia, em 1925! Mais tarde a Watchtower vendeu a mansão -- coisa que tinham dito (na escritura da propriedade) que nunca fariam, porque era suposto a casa ser "uma testemunha por toda a eternidade."


De facto, a casa tem sido uma "testemunha" -- uma testemunha da loucura da Watchtower e do seu presidente alcoólico, Rutherford.


Portanto, este artigo foi escrito como um lembrete oportuno, para as Testemunhas de Jeová que não conhecem o caso e para as pessoas que as Testemunhas tentam recrutar.
Deuteronómio 18:22 diz:


"Quando um profeta falar em nome do Senhor, se o que ele disser não acontecer, nem se verificar, essa é a palavra que o Senhor não falou, mas foi o profeta que falou presunçosamente: não tenhais medo dele.

Este versículo das escrituras diz que se a profecia falhar, é algo que o Senhor NÃO falou! O texto não diz nada acerca de admitir que se cometeu um erro, nem diz nada acerca de os homens serem imperfeitos. A única coisa que diz é isto: Se a profecia não se cumpriu, então foi uma FALSA PROFECIA!

Fonte: http://corior.blogspot.com/2006/02/o-que-as-testemunhas-de-jeov-no-querem.html

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Outro argumento em favor do Domingo: Mais um tropeço Adventista no Nisto Cremos

Já mostrei aqui no MCA que o livro oficial de crenças Adventistas, o Nisto Cremos, deixou uma vinheta de contradição no assunto páscoa-santa ceia e sábado-domingo (AQUI).

Agora mostrarei que quando eles ficam insistindo que os cristãos guardavam o sábado nos primórdios do cristianismo, eles não provam nada com coisa nenhuma. Irei mostrar o motivo.

Mas antes, é preciso dizer que não encontramos a prática cristã levando em consideração a guarda do sábado. Antes, inquestionavelmente, o Domingo figurava na liturgia cristã. Desta maneira, o pressuposto é falacioso.

Agora veja a como eles mesmos esvaziam de lógica o (suposto) argumento da guarda do sábado no início da era cristã:

“A era do Novo Testamento representava um período transicional, e embora os apóstolos por vezes participassem dos rituais do Antigo Testamento, a decisão do primeiro concílio em Jerusalém mostra que eles não perceberam nesses rituais qualquer valor salvífico.” 209

Notou???

Agora, “SE”, a guarda do sábado fosse uma prática cristã mesmo, nos dias nascentes da igreja, na era apostólica, eu responderia a mesma coisa, tendo em vista todo o relato bíblico do NT em torno do Domingo.

Outro problema é a questão do tempo. Se mesmo após a ressurreição do Senhor, com o fim efetivo da Lei Cerimonial, parece que a consciência disso não foi instantânea. O que dizer do sábado? Interessante é que mesmo nesse ponto, nem Lucas nos mostra em uma perspectiva cristã a guarda do sábado.

Mais uma vez, os inimigos do dia do Senhor, ‘tropeçaram’ na verdade...

sábado, 11 de fevereiro de 2012

ATROCIDADES NA BÍBLIA – PARTE 3: A ESCRAVIDÃO

A Bíblia relata a escravidão, com certa naturalidade. Algo comum, corrente entre os povos antigos. Escravidão causa-nos pavor. Especialmente porque em última análise, trata pessoas como ‘coisas’, objetos para uso e desuso de seus donos.


Sendo assim, será que existem razões para rejeitar a Bíblia, por ela não ser, aparentemente, abolicionista? Será que o povo de Deus na Bíblia mantinha outros em escravidão tal como conhecemos hoje.

Tentarei oferecer algumas reflexões sobre o assunto:

Em primeiro plano, devemos lembrar dos distanciamentos hermenêuticos apresentados na primeira postagem sobre esse assunto (VEJA AQUI). Visto que essa prática estruturou os mecanismos no mundo antigo, pelo visto não se tinha uma resistência contra a escravidão.


Pensando no termo: Alguns países consideram o trabalho infantil um crime, uma exploração criminosa onde das crianças roubam-se a sua infância e inocência. Em outros, isso é considerado oportunidade de desenvolvimento. Fica na verdade em um critério contextual e cultural, se uma criança de 12 anos pode trabalhar, dependendo do país (não estou falando de trabalho que destrua a saúde da criança). Houve exploração e erros no passado quando crianças perdiam sua infância em um trabalho. Isso é verdade. No entanto, uma geração de pessoas hoje, que trabalharam desde a infância, não percebem que mal foi causado, e que mal há nisso, quando isso resultou em um envolvimento sério no sustento do lar. Acredito que as pessoas de 60 a 70 anos nos diria isso.


Assim, quando se ouve: ‘trabalho infantil’ soa-nos criminosamente! Mas temos que nos dar conta de que os erros foram dos abusos e não que ‘trabalho infantil’ seja criminoso e definitivamente prejudicial.


Citei isso como exemplo para definir o que o termo escravidão nos transmite. Será que quando a Bíblia autorizava um servo de Deus ter o serviçal estava mesmo tendo em mente o que pensamos hoje sobre escravidão? Não, em absoluto. Precisamos ver o que a Bíblia diz em seu contexto e o que Deus nos ensina a partir disso.

ESCRAVOS NA BÍBLIA:


Em primeiro lugar, temos que nos lembrar que a Bíblia classifica o povo de Deus como escravos de Deus:

E esse ‘povo escravo’ de Deus é classificado como NOIVA de Cristo!
E esse ‘povo escravo’ de Deus é classificado como FILHOS de Deus!
E esse ‘povo escravo’ de Deus é HERDEIRO do Céu e da vida eterna!
E esse ‘povo escravo’ de Deus é um REINO, e reinarão sobre a terra!


Desta maneira, existe algo no termo ‘escravo’ na Bíblia que escapa-nos. Caso ser escravo na Bíblia fosse apenas uma classificação negativa, jamais teríamos tal termo aplicado ao povo que Deus ama e entregou seu Filho Unigênito.

Alguns Textos:


Lv 25. 44-46 – Essa é uma passagem perturbadora. Fala-nos que Deus instruiu o seu povo a comprar pessoas como escravas de outras nações. Um israelita por sua vez não deveria ser escravo de outro israelita. No entanto poderia ser escravo de um estrangeiro (vers. 47).


Mas você pode dizer: “O Israelita que fosse vendido a um estrangeiro deveria ser resgatado por um parente, já o estrangeiro não tinha esse direito!” Certo. Mas a possibilidade de um israelita ser libertado não significava que ele seria, se um parente não tivesse recursos para isso! Era uma possibilidade. Obvio que, ele tinha muitas vantagens, mesmo que alguém de sua parentela não tivesse condições. Ele seria escravo até o Ano do Jubileu (Ex 21.1; Lv 25. 39,40). Ao passo que o estrangeiro comprado seria ‘perpetuamente’. Porém observe bem. Um Israelita poderia ser escravo! Sendo o ‘povo soberano’ naquele território nacional, ainda sim ele poderia ser escravo! Isto revela, e deixa bem latente que a escravidão nesse contexto não era algo terrível, como estamos acostumados a ler.


Outro ponto. Em diversas ocasiões, Deus dizia aos seus filhos que eles deveriam lembrar-se que foram escravos no Egito. Esse procedimento pedagógico seria normativo, mantendo um tratamento humano para com os escravos. Vejamos alguns exemplos:

1) Êxodo 20. 10; Dt 5. 13,14. O Sábado: Toda semana os israelitas, o povo de Deus, lembravam que foram escravos. E nesse dia de adoração ao SENHOR, Deus os obrigava a deixarem os escravos descansarem. Esse era um tratamento humano concedido ao escravo. Uma das principais Leis divinas beneficiava os escravos!

2) Levítico 23. 7, 8, 21, 35,39. Outros descansos periódicos: Os escravos também teriam esse tipo de descanso no sétimo mês e no sétimo ano, além de terem a páscoa, pentecostes, dia da expiação e a festa dos tabernáculos (uma semana), tendo em vista que várias dessas festas solenes eram chamadas de ‘sábados’, ou seja, ‘feriados santos’, semanal, mensal e anual, o escravo teria muitos ‘direitos trabalhistas’.

3) Deuteronômio 16. 11, 14. Festas com os escravos: Os descansos oficiais e impostos (Dt 16.12) acima descritos, não eram apenas descansos religiosos em que os escravos participariam. O elemento celebrativo estava incluído. Ou seja, os escravos participavam da mesa festiva que seus donos usufruíam.

CONCLUSÃO:

O serviço escravo, segundo ‘normatizado’ na Escritura, revela um padrão incomparável ao que existiu no Brasil.

Mas reconhecemos que esse é um assunto muito delicado. Muitos cristãos não gostam de falar sobre esses assuntos pois na verdade muitos de nossos mestres também não gostam de falar sobre o tema. Mas a dificuldade da questão deveria fazer-nos olhar com mais atenção a esse tema. Muitos hoje não creem na Bíblia por ter presente tais dificuldades. O caminho mais simplório de se resolver isso é dar a seguinte resposta: “Isso era no Velho Testamento, estamos na era do Novo Testamento e isso não existe mais!” Não creio que essa a explicação seja final.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Para os Que Estão a Investigar o "Mormonismo"


   Para os Que Estão a Investigar o "Mormonismo"


Se o leitor está a investigar o Mormonismo ("Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias" ou "Igreja mórmon"), provavelmente está a estudar em reuniões privadas em sua casa, com missionários dessa igreja. Eis alguns aspectos chave que talvez lhe tenham dito:
  • O Mormonismo começou quando Joseph Smith, um jovem da zona oeste de Nova Iorque, foi incitado por um revivalismo cristão que ocorreu no local onde ele vivia em 1820 a orar a Deus por orientação para saber qual das igrejas era a verdadeira. Em resposta às suas orações, ele foi visitado por Deus o Pai e Deus o Filho, dois seres separados, que lhe disseram que não se devia juntar a nenhuma igreja porque todas as igrejas existentes nesse tempo eram falsas, e ele, Joseph, geraria a igreja verdadeira. Este acontecimento é chamado "A Primeira Visão."
  • Em 1823 Joseph teve outra visita celestial, na qual um anjo chamado Moroni lhe contou a respeito de uma história sagrada escrita por hebreus da antiguidade na América, gravada num dialecto egípcio em tabuinhas de ouro e enterradas num monte próximo. Joseph foi informado que continham a história dos povos da América da antiguidade, e que Joseph seria o instrumento usado para trazer este registo ao conhecimento do mundo. Joseph obteve estas placas de ouro do anjo em 1827 e traduziu-as para inglês através do espírito de Deus e do uso de um instrumento sagrado que acompanhava as placas, chamado "Urim e Tumim." A tradução foi publicada em 1830 como The Book of Mormon [O Livro de Mórmon].
  • The Book of Mormon [O Livro de Mórmon] é uma história religiosa e secular dos habitantes do hemisfério ocidental desde cerca de 2200 AC até cerca de 421 AD. Diz ao leitor que todos os índios americanos são descendentes de três grupos de imigrantes que foram conduzidos por Deus dos seus lares originais no oriente próximo para a América. Um grupo veio da Torre de Babel e outros dois grupos vieram de Jerusalém imediatamente antes do cativeiro Babilónico, cerca de 600 AC. Eles foram conduzidos por profetas de Deus que tinham o evangelho de Jesus Cristo, que está preservado na sua história, o Livro de Mórmon. Muitos dos descendentes destes imigrantes eram cristãos, mesmo antes de Cristo ter nascido na Palestina, mas muitos eram descrentes. Crentes e descrentes travaram muitas guerras, a última das quais apenas deixou como sobreviventes descrentes degenerados, que são os antepassados dos índios americanos. O acontecimento mais importante durante esta longa história foi a visita de Jesus Cristo à América, depois da sua crucificação, quando ele ministrou (e converteu) todos os habitantes.
  • Joseph Smith foi dirigido por revelação de Deus no sentido de restabelecer ("restaurar") a verdadeira igreja, o que fez em 1830. Ele foi visitado várias vezes por mensageiros celestiais, que o ordenaram no verdadeiro sacerdócio. Ele continuou a ter revelações de Deus para guiar a igreja e para dar mais conhecimento do Evangelho. Muitas destas revelações estão publicadas em Doctrine and Covenants [Doutrina e Convénios].
  • Joseph Smith e os seus seguidores foram perseguidos continuamente devido às suas crenças religiosas, e mudaram-se do Estado de Nova Iorque para o Ohio, depois para o Missouri, depois para o Illinois, onde Joseph Smith foi assassinado em 1844 por uma multidão, um mártir devido às suas crenças. A igreja foi depois conduzida por Brigham Young, o sucessor de Joseph, para o Utah, onde os Mórmons se estabeleceram com sucesso.
  • A igreja Mórmon é dirigida actualmente pelos sucessores de Joseph Smith. O actual presidente da igreja é um "profeta, vidente e revelador" exactamente como Joseph Smith era, e guia os membros da igreja através de revelações e orientação de Deus.
  • A igreja Mórmon moderna é a única igreja verdadeira, conforme restaurada por Deus através de Joseph Smith. Outras igrejas, derivadas da igreja cristã primitiva, estão em apostasia porque os seus líderes corromperam as escrituras, mudaram os rituais da igreja original e muitas vezes levam vidas corruptas, perdendo desse modo a autoridade.
  • Ao aceitar o baptismo na igreja Mórmon, a pessoa toma o primeiro passo necessário em direcção à salvação e à entrada definitiva no Reino do Céu (o "Reino Celestial").

O que os missionários não lhe dirão

Eis um sumário de importantes factos sobre a igreja Mórmon e a sua história que os missionários provavelmente não lhe dirão. Não estamos a sugerir que eles o estão a enganar intencionalmente -- a maioria dos jovens mórmons que servem em missões para a igreja não são conhecedores da história da igreja ou de estudos críticos modernos sobre a igreja. Provavelmente eles próprios não conhecem todos os factos. Contudo, eles foram treinados para dar aos investigadores "leite antes da carne", ou seja, adiam a revelação de toda a informação que pode tornar um investigador hesitante, mesmo que seja verdadeira. Mas o leitor deve tomar conhecimento destes factos antes de se comprometer.
Cada um dos factos que apresentamos em seguida é fundamentado em sólida investigação histórica. E esta lista não é de modo algum exaustiva! Para consultar links de artigos em inglês que fundamentam cada um destes pontos, clique na palavra NOTAS, que está a seguir a cada item.
  • A história da "Primeira Visão", na forma que os mórmons hoje apresentam, era desconhecida até 1838, dezoito anos depois da sua alegada ocorrência e quase dez anos depois de Smith ter começado os seus esforços missionários. A versão mais antiga da visão, escrita pelo próprio Smith, é aproximadamente de 1832 (pelo menos onze anos depois da alegada visão), e diz que apenas uma personagem, Jesus Cristo, lhe apareceu. Também não menciona nada sobre um reavivamento religioso e contradiz o relato posterior quanto a Smith já ter decidido que nenhuma igreja era verdadeira. Existe ainda uma terceira versão deste acontecimento, registada como uma recordação no diário de Smith, quinze anos depois da alegada visão, em que apenas uma "personagem" aparece, sobre a qual se diz explicitamente que não é o Pai nem o Filho, acompanhada por muitos "anjos", que não são mencionados na versão oficial que os mórmons hoje contam. Qual das versões é correcta? Por que é que este evento, que a igreja agora diz ser tão importante, foi desconhecido por tanto tempo?
  • Um estudo cuidadoso da história religiosa do local onde Smith viveu em 1820 lança dúvida sobre se realmente houve um grande reavivamento religioso associado com a "Primeira Visão" nesse ano, como Smith e a sua família descreveram mais tarde. Os reavivamentos religiosos que ocorreram em 1817 e 1824 ajustam-se melhor ao que Smith descreveu mais tarde.
  • Em 1828, oito anos depois de o próprio Deus alegadamente lhe ter dito que não se devia juntar a nenhuma igreja, Smith pediu para ser membro de uma igreja Metodista local. Outros membros da sua família tinham-se juntado aos Presbiterianos. 
  • Contemporâneos de Smith descrevem-no consistentemente como um vigarista cuja principal fonte de receitas era 'alugar-se' a agricultores locais para ajudá-los a encontrar tesouros enterrados, através do uso de magia popular e "pedras de vidência". De facto, Smith foi julgado em tribunal em 1826 sob acusação de ter andado a desenterrar ouro [ou dinheiro].
  • As únicas pessoas que afirmaram ter visto as placas de ouro foram onze amigos próximos de Smith (muitos deles familiares uns dos outros). Os testemunhos deles são impressos na primeira página de todas as cópias do Livro de Mórmon. Nunca foi permitido a terceiros examinar essas placas. As placas foram recolhidas pelo anjo em certo momento desconhecido. A maioria das testemunhas posteriormente abandonou o movimento. Então Smith chamou-lhes "mentirosos". 
  • Smith produziu a maior parte da "tradução", não através da leitura das placas usando o Urim e o Tumim (aparentemente um par de 'lentes' sagradas), mas sim contemplando a mesma "pedra de vidência" que ele tinha usado para procurar tesouros. Ele colocava a pedra no seu chapéu e depois usava-o para cobrir a face. A maior parte do tempo ele estava a ditar, as placas de ouro nem sequer estavam presentes, estavam num esconderijo. 
  • A história e civilização descritas detalhadamente no Livro de Mórmon não correspondem a nada que os arqueólogos tenham encontrado nas Américas. O Livro de Mórmon descreve uma civilização que durou mil anos, abrangendo tanto a América do Norte como a América do Sul, que tinha cavalos, elefantes, gado, ovelhas, trigo, cevada, aço, veículos com rodas, construção de navios, navios, moedas e outros elementos da cultura do Velho Mundo. Mas nunca se encontrou nas Américas desse período qualquer traço destas coisas supostamente muito comuns. E o Livro de Mórmon não menciona nenhuma das características das civilizações que realmente existiam nesse tempo nas Américas. A igreja mórmon gastou milhões de dólares ao longo de muitos anos tentando provar através de pesquisas arqueológicas que o Livro de Mórmon é um registo histórico exacto, mas eles fracassaram em produzir nem que fosse um fragmento de evidência arqueológica pré-colombiana apoiando a história do Livro de Mórmon. Além disso, enquanto o Livro de Mórmon apresenta uma imagem de um povo relativamente homogéneo, com uma única língua e modo de comunicação entre partes longínquas das Américas, a história pré-colombiana das Américas mostra o oposto: tipos raciais muito diversos (quase completamente asiáticos de leste -- de modo nenhum semitas), e muitas línguas nativas independentes [não relacionadas entre si], nenhuma das quais está relacionada com o hebreu ou o egípcio, nem sequer remotamente. 
  • As pessoas do Livro de Mórmon eram supostamente judeus devotos que observavam a Lei de Moisés, mas no Livro de Mórmon não existe praticamente nenhum vestígio da sua observância da Lei Mosaica, nem notamos no livro um conhecimento exacto dessa lei. 
  • Embora Joseph Smith tenha dito que Deus considerou "correcta" a tradução completa das placas, conforme publicada em 1830, foram feitas muitas mudanças em edições posteriores. Além de milhares de correcções de gramática defeituosa e palavras grosseiras que existiam na edição de 1830, foram feitas outras alterações para reflectir mudanças subsequentes em algumas das doutrinas fundamentais da igreja. Por exemplo, uma mudança inicial na redacção modificou a aceitação da doutrina da Trindade, na edição de 1830, permitindo assim que Smith introduzisse a sua doutrina posterior de múltiplos deuses. Uma mudança mais recente (1981) substituiu a palavra "branca" pela palavra "pura", aparentemente para reflectir a mudança na posição da igreja em relação à "maldição" da raça negra. 
  • Joseph Smith disse que o Livro de Mórmon continha "a plenitude do evangelho". Contudo, o seu ensino em muitos assuntos doutrinais tem sido ignorado ou contrariado pela actual igreja mórmon e muitas doutrinas que a igreja agora diz serem essenciais nem sequer são mencionadas no livro. Exemplos são a posição da igreja na natureza de Deus, nascimento virginal, Trindade, poligamia, Inferno, sacerdócio, organizações secretas, natureza do Céu e salvação, templos, rituais por procuração em benefício dos mortos e muitos outros assuntos. 
  • Muitas das noções históricas básicas que encontramos no Livro de Mórmon já tinham aparecido impressas em 1825, dois anos antes de Smith ter começado a produzir o Livro de Mórmon, num livro chamado View of the Hebrews [Vista dos Hebreus], escrito por Ethan Smith (não era familiar de Joseph) e publicado num local muito próximo de onde Joseph Smith vivia. Um estudo cuidadoso deste livro obscuro levou um representante da igreja mórmon (o historiador B. H. Roberts, 1857-1933) a confessar que a evidência tendia a mostrar que oLivro de Mórmon não era um registo antigo, era antes um conjunto de histórias que o próprio Joseph Smith tinha inventado, baseado no que tinha lido no tal livro anterior. 
  • Embora os mórmons afirmem que Deus está a guiar a igreja mórmon através do seu presidente (que tem o título "profeta, vidente e revelador"), os sucessivos "profetas" têm repetidamente conduzido a igreja para empreendimentos que foram fracassos sombrios e noutros casos não conseguiram prever desastres que se aproximavam. Para mencionar apenas alguns: o Kirtland Bank, a United Order, a reunião de Sião no Missouri, a expedição no Zion's Camp, poligamia, o Alfabeto Deseret. O exemplo mais recente é a fraude que o traficante de manuscritos Mark Hofmann conseguiu vender à igreja em 1980. Ele foi bem sucedido em vender à igreja por milhares de dólares manuscritos que tinham sido forjados. A igreja aceitou-os como sendo documentos históricos genuínos. Os líderes da igreja ficaram a saber a verdade sobre esta fraude, não de Deus, através de uma revelação, mas de peritos não-mórmons e da polícia, depois de Hofmann ter sido preso por dois crimes que cometeu para encobrir a sua fraude. Este escândalo foi noticiado a nível nacional [nos E.U.A.]
  • O ritual secreto no templo (a "doação") foi introduzido por Smith em Maio de 1842, apenas dois meses depois de ele ter sido iniciado na Maçonaria. O ritual secreto no templo mórmon assemelha-se muito ao ritual maçónico desse tempo. Smith explicou que os Maçons tinham corrompido o ritual antigo (dado por Deus), mudando-o e removendo certas partes. Disse ainda que ele estava a restaurá-lo à sua forma "pura" e "original" (e completa), conforme lhe fora revelada por Deus. Nos 150 anos que passaram desde então, a igreja mórmon fez muitas mudanças fundamentais no ritual "puro e original" conforme "restaurado" por Smith, e fizeram isto principalmente removendo grandes partes desse ritual.
  • Muitas doutrinas que em tempos passados foram ensinadas pela igreja mórmon e apresentadas como fundamentais, essenciais e "eternas", foram abandonadas. O ponto aqui não é se a igreja estava correcta em abandonar essas doutrinas; em vez disso, o ponto é que uma igreja que alega ser a igreja de Deus toma uma posição "eterna" numa altura e a posição oposta noutra altura, e em qualquer dos casos afirma estar a proclamar a palavra de Deus. Alguns exemplos são:
    • A doutrina que diz que Adão era Deus, o Pai; 
    • A Ordem Unida (toda a propriedade dos membros da igreja deve ser tida em comum e registada em nome da igreja);
    • Casamentos plurais (poligamia; um homem tem de ter mais de uma esposa para alcançar o grau mais elevado do céu); 
    • A maldição de Caim (a raça negra não tem permissão de receber o sacerdócio de Deus porque está amaldiçoada; esta doutrina só foi abandonada em 1978); 
    • Expiação pelo Sangue (alguns pecados -- apostasia, adultério, assassínio, casamento interracial -- têm de ser expiados através do derramamento do sangue do pecador, preferencialmente por alguém designado para o efeito pelas autoridades da igreja); 
    Todas estas doutrinas foram proclamadas pelo profeta reinante como sendo a Palavra de Deus, "eternas", "durando indefinidamente", para governar a igreja "para todo o sempre". Todas foram abandonadas pela igreja actual.
  • Joseph Smith afirmou ser um "tradutor" pelo poder de Deus. Além do Livro de Mórmon, ele fez várias "traduções" adicionais:
    • Book of Abraham [Livro de Abraão], a partir de papiros [rolos] egípcios que obteve em 1838. Ele declarou que os rolos foram escritos pelo Abraão de que fala a Bíblia, "pela sua própria mão". A tradução de Smith é agora aceite como sendo escritura pela igreja mórmon, como parte da Pearl of Great Price [Pérola de Grande Valor]. Smith também produziu uma "Gramática Egípcia" baseada na sua tradução. Os modernos especialistas do egípcio da antiguidade concordam que os rolos são rolos de funeral egípcio comuns, inteiramente pagãos na sua natureza, não tendo nada que ver com Abraão, e datam de um período 2000 anos posterior a Abraão. A "Gramática", dizem os egiptólogos, prova que Smith não tinha qualquer noção da língua egípcia. É pura fantasia: ele inventou-a.
    • A "Revisão Inspirada" da King James Bible [uma tradução da Bíblia]. Deus teria supostamente ordenado a Smith que traduzisse novamente a Bíblia porque as traduções existentes continham erros. Ele completou a sua tradução em 1833, mas a igreja ainda usa a King James Bible. 
    • As "Placas Kinderhook", um grupo de oito placas de metal com estranhos caracteres gravados, desenterradas em 1843 perto de Kinderhook, Illinois, e examinadas por Smith, que começou a fazer uma "tradução" delas. Ele nunca completou a tradução, mas identificou as placas como um "registo antigo", e traduziu o suficiente para identificar o autor como sendo um descendente de Faraó. Agricultores locais confessaram mais tarde que eles próprios tinham produzido, gravado e enterrado as placas, como uma fraude. Eles tinham copiado os caracteres de uma caixa de chá chinesa. 
  • Joseph Smith afirmou ser um "profeta". Ele profetizou frequentemente eventos futuros "pelo poder de Deus". Muitas destas profecias estão registadas na obra mórmon intitulada Doctrine and Covenants [Doutrina e Convénios]. Quase nenhuma se cumpriu, e muitas não se podem cumprir agora porque as acções que deviam ser feitas pelas pessoas nomeadas nunca foram realizadas e essas pessoas agora estão mortas. Muitas profecias incluíam datas para o seu cumprimento e essas datas já passaram há muito tempo, sendo que os acontecimentos nunca ocorreram.
  • Joseph Smith não morreu como mártir mas sim numa batalha de tiros de pistola, na qual ele próprio disparou vários tiros. Ele estava preso nesse tempo, sob detenção por ter ordenado a destruição de um jornal de Nauvoo que se atreveu a publicar uma exposição (que era verdadeira) das ligações sexuais secretas de Joseph Smith. Nesse tempo ele tinha anunciado a sua candidatura para a presidência dos Estados Unidos, tinha estabelecido um governo secreto e tinha-se coroado secretamente como o "Rei do Reino de Deus". 
  • Desde a fundação da igreja até à actualidade, os líderes da igreja não têm hesitado em mentir, falsificar documentos, reescrever ou suprimir a história ou fazer tudo o que for necessário para proteger a imagem da igreja. Muitos historiadores mórmons foram excomungados da igreja por terem publicado as suas descobertas acerca da verdadeira história mórmon.

A sua vida como mórmon

Se o leitor decidir tornar-se um membro da igreja mórmon, deve saber como será a sua vida na igreja. Embora seja calorosamente aceite por uma animada comunidade de pessoas saudáveis, activas e que geralmente o apoiam, muitas delas sendo felizes no mormonismo e não podendo imaginar as suas vidas sem a essa religião, existe outro lado da questão:
  • O leitor será continuamente lembrado que para entrar no grau mais alto do céu (o "Reino Celestial"), terá de passar pela cerimónia da doação ["endowment"] no templo e ter "selado" o seu casamento com a sua esposa. (Se a sua esposa não é mórmon, você não pode entrar no grau mais alto do céu.) Para obter permissão para ter estas cerimónias realizadas no templo, você tem de provar que é um membro obediente e fiel da igreja e tem fazer tudo o que as autoridades da igreja ordenam, desde o Profeta até ao nível local. Terá de passar por uma entrevista pessoal com as autoridades locais da igreja para avaliar o seu valor, na qual eles lhe fazem perguntas sobre a sua vida privada e as suas actividades religiosas e sociais.
  • Eles esperam de si que dê pelo menos dez porcento das suas receitas à igreja, como dízimo. Eles esperam que faça outros donativos, conforme a necessidade surgir. Você nunca verá um relatório de como esse dinheiro é gasto, ou quanto a igreja recebe, ou seja o que for acerca da condição financeira; a igreja mantém as suas finanças secretas, mesmo dos seus membros. 
  • Eles esperam que você abandone o uso do álcool, tabaco, café e chá. 
  • Eles esperam que você cumpra qualquer designação de trabalho que lhe for atribuída. Estas designações podem ser posições de ensino, posições de funcionário, ajudando em várias tarefas de apoio -- qualquer trabalho que precise de ser feito. Cada tarefa que realizar com sucesso torná-lo-á elegível para outras, com mais responsabilidade e mais exigências sobre o seu tempo. Os membros que realizam estes trabalhos, mesmo aqueles que envolvem conselho pastoral delicado, não recebem qualquer treino formal (não existe clero pago, treinado). Ser-lhe-á dito que Deus o chamou para as suas designações. Muitos mórmons têm a maior parte do seu tempo livre ocupado com trabalho da igreja, tentando cumprir as numerosas designações que lhes foram dadas.
  • Eles esperam que você seja obediente às autoridades da igreja em tudo o que lhe ordenarem. O slogan é "siga a irmandade", e significa seguir sem dúvidas ou questionamentos. Eles desencorajam a discussão da correcção dos decretos que vêm de cima. Eles esperam que você tenha fé que os líderes não o podem desencaminhar. Mesmo se eles lhe disserem algo que contradiz um profeta anterior, dirão: "Um profeta vivo tem precedência sobre um profeta morto." 
  • Poderá "votar" naqueles que foram designados para posições de autoridade sobre si, mas a votação será feita através do método de braço no ar numa reunião pública. Só se votará num candidato para cada cargo (naquele indivíduo que for "chamado por Deus"). Portanto o voto é sempre unânime a favor do candidato.
  • Será instruído a não ler qualquer material que "não promova a fé", isto é, que possa ser crítico em relação à igreja ou aos seus líderes, ou que possa colocar a igreja ou os líderes sob uma luz desfavorável.
  • Será instruído a não se associar com "apóstatas", isto é, com ex-mórmons. (Na entrevista em que avaliam o seu "valor", farão perguntas sobre este ponto.) 
  • Se você não é casado(a), será encorajado(a) a casar com um(a) bom (boa) mórmon, tão cedo quanto possível. Quando casar, numa cerimónia de casamento no templo, os membros da sua família e amigos que não são mórmons não serão autorizados a assistir à cerimónia, porque apenas os mórmons "com valor" têm autorização para entrar no templo.
  • Se é homossexual, será pressionado a abandonar este aspecto "mau" da sua natureza. Se não o fizer, provavelmente não será completamente aceite por outros membros da igreja. Se não permanecer celibatário, pode ser excomungado. 
  • Se é do sexo masculino, tem mais de 12 anos de idade e é "prestável" [ou "tem valor"] (ou seja, se é obediente, se assiste às reuniões, se não se masturba, etc.), será ordenado num dos níveis do sacerdócio e, se continuar a ser fiel e obediente, subirá gradualmente através dos vários níveis do sacerdócio. Se é do sexo feminino, receberá os benefícios da autoridade do sacerdócio apenas de forma indirecta, através do seu pai ou marido mórmon. O papel da mulher mórmon é ser esposa e mãe e obedecer e honrar o seu esposo (ou pai) sacerdote.
  • Se você provar que é fiel, que trabalha arduamente e é obediente, será posteriormente considerado digno de "receber a sua dotação [ou doação]" num templo mórmon. Não lhe será dito antecipadamente exactamente o que esperar nesta longa cerimónia, excepto que os detalhes do ritual são secretos (os mórmons preferem dizer que os detalhes são "sagrados", mas eles tratam-nos como se fossem secretos). Como parte dessa cerimónia, será requerido de si que faça várias promessas juradas. Actualmente já não se menciona a punição pela violação dessas promessas, mas até 1990 a punição era a morte por vários meios sangrentos, como por exemplo ter a garganta cortada de orelha a orelha. Receberá sinais e palavras-passe secretos que são necessários para entrar no céu. (Embora a maioria dos mórmons que não receberam a doação ["endowment"] saibam muito pouco sobre a cerimónia, a liturgia está agora disponível por inteiro na Internet, para toda a gente ver.) Depois de receber a doação ["endowment"], será exigido de si que use sempre uma roupa interior especial. 
  • Se você alguma vez decidir que cometeu um erro quando se juntou à igreja e depois sair dela, provavelmente descobrirá (a julgar pelas experiências de outros que já passaram por isso) que muitos dos seus amigos mórmons o abandonarão e não falarão consigo [vão evitá-lo]. Se não conseguir convencer os membros da sua família a sair da igreja consigo, descobrirá que a igreja destruiu a sua família e o seu relacionamento com eles pode nunca mais se recuperar desse golpe.
Considere cuidadosamente estas questões antes de se comprometer e lembre-se que quaisquer dúvidas que possa ter agora só aumentarão no futuro.
Examine cuidadosamente ambos os lados da história do mormonismo. Leia as histórias daqueles que passaram por uma experiência mórmon infeliz, não se limite a ouvir aqueles mórmons que falam de forma entusiástica sobre a vida na igreja. 
Muitas vezes os missionários mórmons são charmosos e entusiásticos. Eles têm uma história atraente para contar. A princípio aquilo soa maravilhosamente. Mas lembre-se do velho ditado: "Se algo parece demasiado bom para ser verdade, provavelmente é demasiado bom para ser verdade!" Tenha cuidado para não cair na armadilha de acreditar em algo simplesmente porque deseja que isso seja verdade. Talvez os mórmons lhe digam que aqueles que criticam a igreja estão a mentir, a citar fora do contexto e a distorcer os assuntos. Contudo, se examinar as fontes usadas pelos críticos descobrirá que a maior parte das fontes usadas são escritos mórmons oficiais ou semi-oficiais. O leitor também deve examinar essas fontes.
Será que o mormonismo é uma "seita"? Muitos especialistas em seitas religiosas vêem no mormonismo as mesmas características básicas que também existem em seitas que montam armadilhas para os incautos, apesar de muitas pessoas pensarem que "seitas" são sempre grupos pequenos e desconhecidos. Use uma lista de itens para avaliar o mormonismo, ou qualquer outro grupo, antes de se comprometer."


NOTA MCA: Em assuntos relacionados com a santidade, o que é comum ao cristianismo, não discordamos do mormonismo.