sábado, 3 de dezembro de 2011

William Marrion Branham sob escrutínio – Parte 2


Na primeira postagem desse tema fiz uma abordagem geral do principal livro de WMB, ‘As Sete Eras da Igreja’. Agora começarei a pesar as interpretações dele em torno do livro de Apocalipse. Não sei ainda qual seria o resultado para fé dos seguidores de WMB se ficar provado que muitas interpretações dele não passam de exposições alucinantes e infantes, advindas de uma hermenêutica errada, fantasiosa. Mas sei que o pessoal do Tabernáculo da Fé insiste em dizer que WMB é o profeta de nossa era.
No entanto precisa ficar provado biblicamente SE a Igreja de Jesus Cristo teria mesmo ‘um profeta’ com um calibre extra (1 Pe 2.9,10).
(Em muitas partes do livro WMB desfere suas criticas contra a doutrina da Trindade, não raro construindo ‘o monstro de palha’. Ele chega a ter um sonho-visão contra a trindade que é até divertido... Além de dizer sempre sobre o batismo em nome de Jesus. Já tratei desses assuntos no blog, não irei tornar a falar desses assuntos nesta série.)
O ESQUEMA DE WMB:
1ª Era de Éfeso: de 53 a 170. Mensageiro Paulo 2ª Era de Esmirna: de 170 a 312. Mensageiro Irineu. 3ª Era de Pérgamo: de 312 a 606. Mensageiro Martin. 4ª Era Tiatira: de 606 a 1520. Mensageiro Columba. 5ª Era de Sardes: de 1520 a 1750. Mensageiro Lutero. 6ª Era de Filadelfia: de 1750 a 1906. Mensageiro Wesley. 7ª Era de Laodicéia: de 1906 a [bem próximo de seus dias, especulou no livro que a ultima era terminaria em 1977, mas apresentou a possibilidade de estar errado em algumas mensagens]. Mensageiro; subtende que seja ele mesmo, isto é: Willian Marrion Branham. Mostrarei isso em postagens futuras.
QUAL A BASE BIBLICA PARA DIZER QUE A IGREJA TERIA ALGUM PROFETA ESPECIAL?
Isso obviamente não existe. É o sonho de toda Testemunha de Jeová, Adventistas e Mórmons dizer pelos quatro cantos do mundo: ‘APENAS NÓS Temos um Profeta Especial!’. Infelizmente (na verdade felizmente) a turma do Tabernáculo tem um viés desse exclusivismo papista.
Primeira objeção contra ‘As Setes Eras’:
‘As Sete Eras da Igreja’... MAS QUE ERAS???
Vamos começar do começo... Sim...
Veja algumas das declarações de WMB sobre a importância de se saber a divisão das ‘sete eras’ da igreja: a exposição das sete eras “é necessário a fim de estudar e compreender o resto do Apocalipse, pois das Eras vêm os Selos, e dos Selos vêm as Trombetas, e das Trombetas vêm as Taças.” (Introdução ‘IX’) “Apocalipse é a revelação de Jesus e o que Ele está fazendo nas igrejas durante essas sete eras.” (pg 3).
Quem disse que as Sete Igrejas do Apocalipse são símbolos de períodos fixos de tempo profetizados e assim necessariamente vivenciados pela Igreja de Cristo desde o fim do primeiro século até a volta de Jesus? Qual a prova bíblica desta interpretação?
William Marrion Branham apresenta um suposto argumento que tratarei nesta postagem. Antes porém, devemos considerar:
1) As sete igrejas eram igrejas literais, tal como as que Pedro e Paulo escreverem. Jesus Cristo falou para aquelas igrejas como falou para Timóteo, Éfeso, etc, por meio de Paulo. Nossa prova é textual: “Ao anjo da igreja que ESTÁ EM ESMIRNA...” Não disse: ‘Ao anjo DA ERA, DO TEMPO, DO PERÍODO, ETC, de Esmirna...’
2) O livro de Apocalipse tem várias referências de tempo. Não seria desproporcional achar que as Sete Igrejas seriam assim identificadas, caso elas o fossem. O conteúdo dos capítulos 2 e 3 não são visões simbólicas. O que, poderia, de alguma maneira ser ‘alegorizado’. Antes, são mensagens recebidas em visões para serem entregues para igrejas físicas, literais.
3) Dizer que essas igrejas existiram e mesmo assim era símbolo de tempo, não resolve a problemática nevrálgica. Não existe prova do fator primordial. O que Deus ensinou é válido como princípio moral, tal como as demais cartas. Mas dizer o que WMB diz é imaginar demais. Do nada ele diz “A Era de TAL iniciou-se EM”.
Tem que ser crédulo demais para aceitar. Os seguidores de WMB não fazem com o tal ‘profeta’ o que os de Beréia faziam, mesmo com o Apóstolo Paulo (At 17.11). Qualquer coisa então poderia ser dito por WMB que os seus seguidores engoliriam sem sombra de dúvidas. E de fato ele disse muita besteira, e seus seguidores hoje lutam para promover seus ensinos.
Não existe prova alguma para outras três interpretações inerentemente essenciais e vitais para WMB pelo menos prosseguir escrevendo a introdução do livro...
1º) Prova de quem era o mensageiro de certa Era.
2º) Prova de quando iniciaria e quando terminaria certa Era.
3º) Prova de que a Era da igreja seguinte substituiria a anterior.
Se você ler as cartas do Senhor ás igrejas da Ásia nada disso é respondido. Agora se você está disposto de ajoelhar-se diante de WMB e dizer ‘Amém’ para tudo que ele disse a escolha é sua. Só quero lembrar que ele não soube interpretar direito uma visão que teve, sustentando por 30 anos que o fim da Última Era poderia ser em 1977... mais coisas poderiam estar erradas aí, certo?

19 comentários:

  1. É um grande erro pensar que William Branham foi o único ou o primeiro a dizer que as sete igrejas de Apocalipse 2 e 3 representam sete períodos de tempo ( Eras ) no decorrer da história da igreja.

    Várias denominações evangélicas tem esta mesma interpretação de ‘Sete eras da Igreja ou Sete Períodos da igreja ‘ baseadas em Após. 2 e 3.

    A Bíblia de Estudo Scofield, Holly Bible, pág.1163 em uma nota de rodapé, apresenta esta mesma visão de ‘ Sete Eras’, Bem semelhante ao que Branham ensina.

    Segundo o Dicionário do Movimento Pentecostal, CPAD, a Bíblia de Referencia Scofield exerceu uma grande influência sobre os pentecostais, tanto nos EUA como no Brasil, talvez por isso, é muito comum encontrar denominações pentecostais com esta mesma interpretação sobre as Sete Igrejas.

    A Bíblia de Estudo Plenitude, SBB , pág. 1348, apresenta duas interpretações sobre as sete igrejas de Apoc. 2 e 3 uma das interpretações é semelhante a de W Branham, dizendo que as sete igrejas representam sete estágios da história da igreja.

    A Igreja Assembléia de Deus ( talvez não todas) tem esta mesma interpretação ( de eras ou período ) referente as sete igrejas.

    Agora sim, o que diferencia drasticamente W Branham do ensinamento das denominações evangélica sobre este tema, é o ensino sobre os sete mensageiros e outras doutrinas divergentes das denominações, mas não o ensino das ‘Sete Eras’ em si.

    Em tempo, reparando um pequeno erro, talvez de digitação, na postagem, Branham não diz que o mensageiro de Tiatira é Lutero mas sim Columba.

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  2. Uma pergunta bastante pertinente do Luciano na postagem.

    “Quem disse que as Sete Igrejas do Apocalipse são símbolos de períodos fixos de tempo profetizados e assim necessariamente vivenciados pela Igreja de Cristo desde o fim do primeiro século até a volta de Jesus? Qual a prova bíblica desta interpretação?”

    A bíblia não fala e nem poderia falar explicitamente que iria existir sete ‘ Eras da Igreja'.
    Creio que isso é fácil de entender conforme veremos a seguir:

    Os cristãos primitivos ( como os verdadeiros cristãos de hoje ) acreditavam que a volta de Jesus era iminente, aliás, este era o consolo deles naqueles tempos de sofrimento sob grande perseguição, o breve retorno de Jesus para levar sua igreja para glória!

    Com este pensamento em mente, não fica difícil entender que Jesus não poderia dizer abertamente a João que ainda iria existir sete eras futuras na história da igreja, e muito menos que estas sete eras iriam se cumprir em um período de mais de dois mil anos.

    Jesus, os apóstolos procuram deixar a igreja sempre em alerta, vigilante, preparados sobre a volta do Senhor, fazendo a igreja pensar que o Senhor iria regressar em breve a qualquer momento.

    Assim sendo, não poderia aparecer uma carta do apostolo João dizendo que em visão Jesus lhe falara que Ele só voltará depois de 7 Eras ou só depois de dois milênios. Até nisso vemos a sabedoria divina.

    Agora nós vivemos em outro tempo, o Espírito pode nos revelar algumas coisas, referente a história, que aos cristãos primitivos não eram necessárias serem reveladas.
    Agora, isso não significa de forma alguma, que nossa doutrina pode contrariar a doutrina entregue pelos apóstolos.

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  4. Raimundo, muito obrigado. Correção feita.

    Mas meu amigo, e DAÍ que os pentecostais dispensacionalistas defendem tal interpretação?

    Bem dito por vc: "a Bíblia de Referencia Scofield exerceu uma grande influência sobre os pentecostais, tanto nos EUA como no Brasil, talvez por isso, é muito comum encontrar denominações pentecostais com esta mesma interpretação sobre as Sete Igrejas."

    WMB tb recebeu tal influência... seria muito mais salutar se fosse influenciado por outros.

    (http://www.mackenzie.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_V__2000__1/Valdeci.pdf)

    Scofield foi responsavel por outras besteirinhas (tais como sacrificios no milênio, etc, etc). parece que as antigas posições de Scofield foram amenizadas e nem são tão propagadas hoje em dia como antes. Nota-se muita 'infantilidade hermenêutica' nessas interpretações... mas meu amigo, um erro não deixa de ser um erro só pq um erudito o repete, não é mesmo?

    A objeção continua... isso é insustetável.

    Abraços.

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  5. Luciano, você disse: “ ... WMB tb recebeu tal influência ( da Bíblia de Scofield )... seria muito mais salutar se fosse influenciado por outros.”

    Vamos lembrar que Scofield também recebeu influência do pastor presbiteriano J H Brooks, que era pré-milenista dispensacionalista, isso segundo o próprio estudo que você indicou, dado este fato seria mais salutar se Scofield também fosse influenciado por outros?

    Se o dispensacionalismo neste caso é infantilidade isso pode ter vindo de certa forma de uma igreja Presbiteriana, já que J H Brooks era pastor presbiteriano e influenciou Scofield que por sua vez influenciou muitos outros?

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  6. “Mas meu amigo, e DAÍ que os pentecostais dispensacionalistas defendem tal interpretação?”

    Luciano, pesquisando um pouco mais podemos observar que não é só os pentecostais dispensacionalistas que defendem tal interpretação. Boa parte dos batistas também defendem tal interpretação, assim como os adventistas e até mesmo algumas igrejas com o nome Presbiteriana.

    Mas eu só estou colocando isso porque na postagem, da forma que você abordou, dá a impressão que somente Branham ensinou tal interpretação.

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  7. Discorrendo um pouco sobre o tema “ Sete Eras da Igreja “

    O que temos que levarmos em conta hoje é que nós temos praticamente dois milênios de história da igreja, diferentemente dos primeiros cristãos que obviamente não tinham um período histórico tão longo.

    Hoje nós podemos comparar a história da igreja com as cartas de Apocalipse 2 e 3 e relacioná-las para ver se existe paralelo.

    O que W Branham e outros fizeram, ou observaram, foi exatamente isso, e foi achado um paralelo e conseqüentemente a fixação das sete eras da igreja, muito embora as datas não sejam exatas, mas sim aproximadas como veremos mais a frente.

    Outra coisa que devemos observar é que quando se estuda história natural observa-se a divisão da história em idades, ou períodos , como por exemplo: Idade Média, Alta Idade Média, Baixa Idade Média, Renascimento, Idade Moderna, entre outras.

    Da mesma forma quando se estuda a idade da formação da terra verifica-se várias eras, chamadas de eras geológicas, como por exemplo, a era Proterozóica, a era Arqueozóica , a era Pré-Cambriana ou Primitiva, a era Paleozóica, a era Mesozóica, a era Cenozóica, e também existem os períodos.

    Assim sendo, é praticamente impossível estudar história natural sem levar em conta as eras e períodos, da mesma forma a história da igreja não poderia ser diferente, deve ser dividida em idades ou eras para ser estudada e compreendida.

    Algumas datas na história da igreja são de suma importância que sem dúvida marcaram épocas como por exemplo a data de 313 AD, data em que Constantino decreta o fim da perseguição aos cristãos a data da Reforma por Lutero em 1517, entre outras.

    É nesta linha de raciocínio que esta corrente de pensamento se estabelece.

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  8. Nesta vertente de pensamento, se percebe claramente que não se pode estudar a história da igreja sem estabelecer , ou reconhecer certas épocas, eras ou idades.

    Para respaldar esta posição veremos a opinião de três historiadores cristãos de três diferentes denominações.

    Jesse Lyman Hurlbut, em seu livro HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ, Editora Vida, na pag. 15 disse:

    “...De nosso ponto de observação, século XXI , lançando o olhar para o passado, veremos elevarem-se aqui e ali, sobre as planícies do tempo, quais sucessivos montes, os grandes acontecimentos da história da igreja, o quais servem como pontos divisórios , e cada um deles assinalam o término de uma época e o início de outra. Considerando cada um desses pontos decisivos, SEIS ao todo, veremos que eles indicam os seis grande períodos da história da igreja.”

    Assim sendo, vimos que Jesse L . Hurlbut embora um pouco diferente de W Branham divide a história da igreja em seis épocas.

    Na mesma linha vem um historiador católico, o Frei Dagoberto Romag, em seu livro Compêndio da História da Igreja, Volume I, A Antiguidade Cristã- Editora vozes, pag. 13 disse:

    “...DIVISÃO DA HISTÓRIA ECLESIÁSTICA- A igreja se nos apresenta como um organismo muito complexo de fatos e, ao mesmo tempo, como um organismo que tem uma existência quase duas vezes milenária. Para se formar uma idéia exata dos diversos acontecimentos em particular, como de toda a vida da igreja em geral, divide-se a sua história segundo a natureza dos objetos e, principalmente, segundo os períodos do tempo."

    Pagina 14.
    “ ...Mas será possível uma tal divisão? Sem dúvida. Pois como na vida do indivíduo há diversas fazes, e como o mesmo acontece na vida dum povo inteiro, assim também na vida da igreja, que abrange todos os povos e todos os tempos. Na realidade, há no decurso da história eclesiástica fatos e pessoas que exerceram um influxo decisivo sobre todo uma idade, outros, menos importantes, determinaram uma época ou um período.”

    Romag divide a história da igreja em três grandes idades, antiguida, idade média e idade moderna.

    Entretanto, muito semelhante a William Branham vem Antônio Gilberto da Silva, em seu livro DANIEL E APOCALIPSE, O Panorama do Futuro, Expedido pela Escola de Educação Teológica das Assembléias de Deus, a partir da pág. 87 elaborar um paralelo entre as igrejas de Após. 2,3 com a história da igreja.

    É com base neste livro juntamente com o livro Sete Eras de W Bradam é que daremos seguimento neste raciocínio para ver se existe coerência ou não em comparar as sete igrejas com sete eras.

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  9. Mudando um pouco de assunto.
    Luciano, antes de eu prosseguir com este assunto, veja uma noticia de ontem no Jornal da Globo, sobre o carro do futuro.

    Embora talvez estes carros não sejam ainda exatamente como Branham viu na visão em 1933, mas verifica-se que não tem volante e praticamente andam sozinhos... lembre-se que Branham disse que o carro parecia andar sob controle remoto, sem volante, e os ocupantes pareciam jogar um tipo de jogo para entreterem.
    http://g1.globo.com/jornal-da-globo/

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  10. Raimundo, mais uma vez: E dai que um pastor presbiteriano (mais uma e daí!!!) disse isso? Mais uma vez cometeu o erro que já te disse não existir.
    Não existe um profeta para os presbiterianos no mundo. Adotamos um padrão de doutrinas. Enquanto seguindo-o, existe o presbiterianismo, deixando-o, desaparece, e talvez preserva-se apenas o nome.

    E o que não existe, é base bíblica para essa divisão. O livro de Apocalipse não coloca as sete igrejas desta maneira. Encontrar outros que repitiram o erro, meu amigo, não faz diferença.

    *********************************

    Quanto ao carro bolha, me ajude aqui: Pelo que percebi WMB disse que o carro já era um sinal em seus dias, não que ainda viria... não é isso?

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  11. Amigo Luciano deixa eu tentar esclarecer uma coisa.
    Você disse:
    “Encontrar outros que repitiram o erro, meu amigo, não faz diferença.”
    Se de fato for um erro realmente não faz diferença.
    Entretanto, o que eu realmente estou tentando explicar é que devido ao fato de várias denominações ensinarem a mesma coisa, referente às sete eras ou sete tempos, não se pode dizer que isso é coisa inventada por uma seita.
    Embora, a palavra ‘seita’ não é usada nesta postagem mas fica assim subtendido.
    Ou seja, penso que você está combatendo a “seita” Tabernáculo da Fé e seu “ fundador” o “ herético” William Branham e nesta linha, deve-se ater ao que é doutrina exclusiva da “seita” ou do referido suposto herético.
    Porque sendo de outra forma, se você for combater o entendimento de várias denominações na mesma postagem que combate o endendimento de Branham , fica muito mais complicado aos leitores do Blog saberem o que realmente diferencia o ensino de Branham das denominações protestantes.
    Isso é o que eu penso amigo Luciano, e foi somente por conta disso que eu citei o nome de outras denominações evangélicas e outros autores que ensinam a mesma coisa.
    Ou seja, não foi no intuito de provar que o pensamento está certo simplesmente porque alguns outros pensam a mesma coisa. Mesmo porque, eu não posso usar esta linha sendo que Branham diferencia drasticamente da maioria das denominações em muitos outros quesitos.
    Mas, logicamente você tem a palavra final de como gerenciar seu Blog.

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  12. Referente a visão do carro “bolha”, o que eu posso dizer é que esta visão não se cumpriu por completo nos dias de William Branham, embora ele tenha dito que o carro já estava construído, entretanto ele deixa claro que ainda faltava ( no seu entender ) estradas apropriadas.

    Na mesma pag. 290 no último parágrafo, embora Branham diz que cada visão ‘ tem-se cumprido’ ele coloca um complemento ‘ ou está em processo de cumprimento agora mesmo’. E é com base neste complemento que eu digo que a visão não se cumpriu inteiramente em seus dias, tendo em vista também, que até hoje estes protótipos só existem em pátios e lugares restritos.

    Também, não posso provar por documentos que nos anos 60 havia algum carro parecendo bolha de plástico que andava sozinho. Creio que isso pode ter acontecido em algum lugar restrito, talvez em algum pátio de fábrica automobilística, já que Branham disse que o carro estava construído. Mas não posso provar por enquanto.

    Ademais, o que eu posso dizer é sobre a preocupação de WMB em deixar o povo em alerta sobre a volta do Senhor. Entendo que a preocupação dele era de não deixar ninguém relaxado achando que Jesus só voltaria depois que as ruas se inundasse de carros andando sozinho, e portanto até que isso acontecesse poderia se viver relaxadamente, por isso ele disse:

    “ ...ou se cumpriu ou esta em processo” dando a entender que muitas visões já eram um fato e outras já estavam em processo de cumprimento, portanto, nada mais poderia ser usado à pretexto de relaxo em relação à volta do Senhor, conforme ele diz na pag. 291.

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  13. DANDO SEQUÊNCIA AO ESTUDO DA 7 ERAS DA IGREJA

    Olhando de uma forma histórica, filosófica ou científica, perguntamos: Existe a possibilidade de aplicarmos a metodologia de divisão em períodos de tempo para estudar a história da igreja?

    Sim existe. Vimos que praticamente é impossível estudar a história da igreja sem dividir em Eras, Idades ou Períodos. Esta divisão em Eras , Idades ou Períodos não ocorre somente com a história da igreja, bem poderíamos dizer que ocorre em qualquer ramo do processo histórico.

    Um bom exemplo desta metodologia de dividir a história em Eras, encontramos aqui mesmo no Blog do Luciano na postagem ‘Cosmovisão 2 ‘ citando GAARDNER em relação a história da filosofia,Diz:

    “ De modo muito geral, podemos dizer que a era dos grandes sistemas filosóficos terminou com Hegel. Depois dele, a filosofia toma um novo rumo”

    O autor está dividindo a história da filosofia em Eras, é o mesmo raciocínio de W Branham e de outros, em relação a história da igreja.

    Entretanto, ao relacionarmos as sete igrejas de Apc 2 e 3 com sete eras da igreja, precisamos atidamente verificarmos se existe base bíblica para este raciocínio, e é nesta linha que daresmo sequência.

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  14. JESUS ANDA NO MEIO DOS 7 CASTIÇAIS.

    Qualquer estudante cuidadoso percebe que a mensagem às 7 igrejas, não se referem somente as 7 igrejas literais da Asia no primeiro século. Estas mensagens de Jesus sem sombra de dúvida é para toda a igreja em todos os tempos.

    Um bom exemplo disso é Apocalipse 2 vers. 1 que diz: “ aquele ...que anda no meio dos sete castiçais de ouro”. Ora, Apocalipse 1:20 diz que os sete castiçais são as 7 igrejas. Se Jesus anda no meio dos sete castiçais, significa que Ele anda no meio das 7 igrejas.

    Agora a nossa pergunta: Será que Jesus andou somente no meio daquelas sete igrejas literais do primeiro século? É obvio que não! Então é coerente relacionarmos aqueles sete castiçais como representantes, ou símbolo de toda a igreja em todos os tempos.

    É importante notarmos o tempo do verbo ‘andar’ neste caso, não diz que Jesus andou no meio dos sete castiçais, e nem diz que Jesus andará, mas diz que anda. Isto significa que ele está todo tempo andando em meio a sua igreja.

    Portanto, repetiremos que esta mensagem não pode ser exclusivamente às 7 igrejas literais da Ásia no primeiro século, mas sim para toda a igreja em todos os tempos.

    Também não é coerente crermos que apenas aquelas sete igrejas literais do primeiro século tinham sete castiçais para representá-las. Além de que, também não é coerente crer que esta figura dos sete castiçais ficaria registrada na Bíblia Sagrada para todas as gerações ler, simplesmente para falar das sete igrejas literais daquele tempo, sem nenhuma conexão com outras gerações futuras da igreja.

    Qualquer teólogo bíblico sabe que o número 7 é um número que representa perfeição.Portanto, se é impossível estudar a história da igreja sem dividir em períodos, é mui apropriado dividir em 7 já que este número representa perfeição.

    Mas onde se encaixa as sete igrejas como sete períodos de tempos na história igreja? Responderemos a seguir.

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    1. Para mim já basta! Esta explicação referente a Apocalipse 2 está mais do que claro! Se as sete cidades da Ásia não fazem referência às Setes Eras da Igreja simbolizadas nos sete castiçais, às quais tem Cristo em seu meio, então, Deus realmente parou com o Seu povo há dois mil anos atrás de fato e lamentavelmente, como insiste fazer parecer o Luciano em contraditório.

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  15. RELACIONANDO AS SETE IGREJAS DA ÁSIA COM SETE ERAS NA IGREJA.

    Como já vimos, William Branham e outros estudantes, observaram as características das sete igrejas da Ásia e viram um paralelo com a história da igreja.

    Branham diz na pag. 56 no livro ‘ Sete Eras da Igreja’ no último parágrafo que ... “ as sete igrejas na Ásia Menor continham certas características dentro delas, naquele tempo, que vieram a ser frutos maduros nas eras posteriores. Aquilo que era apenas sementeira lá atrás, resultou mais tarde e uma safra madura, assim como Jesus disse: Se ao madeiro verde fazem isso, que se fará ao seco? Lc 23:31.”

    Corrobora com este pensamento Antônio Gilberto da Silva, em seu livro Daniel e Apocalipse, 2º Edição, publicado pela Escola de Educação Teológica das Assembléias de Deus, pag. 78 diz:

    “...Por que ‘sete igrejas’, e por que as sete aqui escolhidas, se havia muitas outras na região ? – Porque elas representavam períodos da história da igreja, do seu início até o fim, e porque representavam condições espirituais da mesma , através dos séculos.”

    Então nesta linha de raciocínio vemos que Branham e Antônio Gilberto irão destacar os principais fatos na história da igreja e relacionar com as características das igrejas de Apocalipse. Outra coisa que se observa é a grande semelhança entre estes dois escritores no que diz respeito as datas do inicio e final de cada era na história da igreja.

    Ou seja, os esquemas de datas das eras entre estes dois escritores são muito semelhantes entre si, ( com pequenas variações ) a tal ponto de pensarmos que alguém copiou de alguém, ou ambos copiaram de um outro estudante, possivelmente Scofield.

    Branham diz que a era de é Éfeso começa por volta de 53 AD, isto porque Paulo fundou a igreja de Éfeso por este tempo. Entretanto, o livro Daniel e Apocalipse de A Gilberto diferencia um pouco nesta data dizendo que a era de Éfeso começa no ano em que Jesus nasceu.

    As principais datas históricas que ambos destacam e concordam são as seguintes:

    O período de tribulação de “ dez dias “ dito em Esmirna, refere-se aos dez anos das piores perseguições pelo imperador Diocleciano-( 302-312 AD) citada na pag. 91 no livro Daniel e Apocalipse e na pag. 111 no livro Sete Eras.

    Ambos concordam que “Esmirna” significa amargura , que pode indicar morte e perseguição naquela era.

    313 AD, data do fim da perseguição dos cristãos pelo decreto de Constantino. Indica o início da Era de Pérgamo. Ambos concordam que a palavra "Pérgamo" significa casamento, indicando que neste período a igreja se “casou” com o estado.

    600 ou 606 AD , ambos os escritores destacam como início da Era de Tiatira.
    1517 Antônio Gilberto destaca como o início da era da reforma ( Sardes ) e fim da era de Tiatira, Branham destaca 1520.

    1750 Ambos destacam esta data como início a intensa fase contemporânea de evangelização e missões , destacando alguns nomes de homens valorosos na fé para este período como John Wesley, William Carey, Whitefield entre outros. Ambos concordam que esta é a era de Filadélfia.

    Ambos também concordam que Laodicéia é o tempo que estamos vivendo, a última era. Branham destaca 1900-1906 embora ele não diz mas talvez se baseou no início do movimento pentecostal para o início da era de laodicéia.
    A seguir veremso mais um pouco o que ambos os escritores concordam

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    1. A Era de Laodicéia foi exatamente identificado por Branham com o Movimento Pentescostal iniciado na Rua Azuza que se espalhou pelo mundo com os dons carismáticos, e não exatamente consigo mesmo, e apesar dele ser reconhecido o mensageiro para a última era (Laodicéia), creio que ele foi além; na verdade ele veio no final desta era de Laodicéia para um Terceiro Êxodo da Igreja... Veja: Identificação, Parág. 153; A Festa das Trombetas Parág. 54; As Setenta Semanas de Daniel, Parág. 136; O Filtro do Homem Que Pensa, Parág. 150; O Selo de Deus 273, Parág. 273; Os Ungidos dos Últimos Dias, Parág. 261; Contagem Regressiva , Parág. 75; Hoje Tem Se Cumprido Esta Escritura , Parág. 80 etc etc...

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  16. Pessoal, estou postando em todo artigo que houve comentários, então...
    http://mcapologetico.blogspot.com/2012/03/como-fazer-um-bom-debate.html

    São as novas regras de debate do MCA para melhorar as discussões.

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  17. Este comentário foi removido pelo autor.

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