quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

“MISERÁVEL HOMEM QUE EU SOU”... mas quem ME livrou?

O quê Romanos 7.24 nos ensina? Qual a natureza do regenerado? (Alguns gostam muito de destacar essa porção bíblica e nem se importam quantas vezes Paulo chamou os cristãos de santos.)

O assunto é polêmico. Vamos observar o texto de Romanos 8.2, trazendo especialmente uma observação do texto Majoritário, em relação ao pronome pessoal:

“Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, TE (ME segundo o Majoritário) livrou da lei do pecado e da morte.”

Querido leitor, não faz muita diferença ter ‘ME livrou’ ou ‘TE livrou’. Porém, acho, que o fluxo da mensagem favorece o pronome pessoal na primeira pessoa. Veja que boa parte do capítulo 7 está todo na primeira pessoa. Observe os seguintes versículos: 7. 7, 8, 9, 10, 11, 13, 14, 17, 18, 20, 21, 23, 24, 25. Visto que não existe divisão na carta, a leitura do capítulo oitavo seguiria naturalmente o sete em Rm 8. 2 - ME livrou.

A experiência era pessoal. E o próprio Paulo demonstra a diferença. Mais uma observação. Ele diz no início do capítulo de número 8 ‘Agora’. Quando observamos esse uso no 7.6, nos parece justo pensar que Romanos 7.7-25 é uma explicação de Romanos 7.6 parte A, e que Romanos 8.1-17 é uma explicação de Romanos 7.6B. Issoa faria com que a experiência de Paulo, como judeu, ditaria o pensamento do texto. Ou seja, se esse meu ponto de vista estiver correto, o clamor de Rm 7.24 Paulo estaria assumindo a perspectiva judaica do assunto, debaixo da lei mosaica, sem a graça regeneradora de Deus.



Além disso, precisamos pensar alguns vocábulos doutrinários que formam um mosaico teológico para definir o que é Salvação. O que eles realmente significam na experiência do cristão? Vamos apenas ventilar o assunto, antes comentar Rm 7.24.

1) O que é Justificação? R: É quando Deus nos livra da condenação do pecado. Isso traz alguma mudança subjetiva? Pelo que podemos perceber na Escritura, isso nos concede ‘paz com Deus’ (Rm 5.1). Se eu não tenho essa paz com Deus, a aplicação subjetiva (em mim e em meu tempo por meio da fé) da obra objetiva feita na história (por Cristo na Cruz), algo pode soar estranho. Fui mesmo justificado?

2) O que é regeneração? R: É quando Deus nos livra do poder do pecado. Romanos 6 inteiro destaca que tal poder não é, nem pode ser mais, absoluto na vida de um cristão regenerado, a não ser que este queira. No versículo 13 Paulo diz algo sobre isso, quando destaca que ‘não devemos oferecer nossos membros ao pecado’. Isso denota, pelo menos, uma capacidade de serviço ao pecado bem como rejeitá-lo. Por aqui, nota-se que a impecabilidade não é garantida, visto que os crentes podem se comportar daquela maneira.

3) O que é santificação? R: É quando Deus nos livra da influência do pecado. Santificação, é uma obra divina que segundo os teólogos, pode e deve, ter cooperação do regenerado. De qualquer maneira, a santificação é um processo de livramento da experiência pecadora que o homem teve, quando não cristão, sendo um promíscuo ou não, visto que sua antiga natureza o levou a experimentar o mal. Existem lembranças reais disso, vícios, envolvimentos, investimentos, que precisam ser expurgados e dominados. Isso é a santificação.

4) O que é adoção? R: É quando Deus nos considera filhos. Ele nos livra da filiação do diabo e do pecado. Não nos trata mais como tal. Como isso afeta nossa experiência diária? Parece que para alguns, isso não faz muito diferença. Na glorificação a adoção será completada, mas isso não muda o fato do ato jurídico ser efetuado hoje.

5) O que é glorificação? R: É quando Deus nos livra da presença do pecado. Apenas nesse momento seremos como Jesus, corporalmente (1Jo 3.2). Então a impecabilidade será experimentada plenamente e diariamente. E a adoção terá sido completada.

Essas verdades teológicas me trazem espanto. Primeiro que me ensina o que sou em Adão, e o que sou em Cristo. Ao olhar dessa maneira essas questões, me sinto motivado ao louvor e engrandecer meu Deus gracioso. Não sou mais tratado como estando em Adão. Só posso dizer isso com relação a minha origem, mas não mais ao meu estado atual.

Agora sou filho de Deus, não lhe causo ódio!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Os erros de interpretação de Leandro Quadros - Parte 1

"O professor Leandro Quadros é uma figura um pouco conhecida na internet. Adventista, é um defensor ferrenho de sua doutrina, e oponente igualmente ferrenho de tudo que vá contra ela. Nisto, vejo coerência nele. Vários debates já foram realizados entre ele e alguns irmãos reformados que eu conheço (Clóvis, Helder Nozima, e outros), e acredito que a maioria eu acompanhei.

Eu discordo em muitos pontos da doutrina que o professor defende, e graças a um convite do irmão Luciano*, estou escrevendo esse texto para mostrar uma parte dessas discordâncias.

Certa vez, ele postou em seu blog "Na Mira da Verdade" um texto chamado "48 textos bíblicos contra 12 descontextualizados…", que era uma resposta ao pastor Nozima. Utilizarei esse texto como base para comentar alguns pontos de discordancia. Não como uma "tréplica", ou algo assim, mas apenas para ter um ponto de partida.

Antes de qualquer coisa, tenha em mente o que o professor Leandro disse: "farei novamente uma abordagem bíblica sem me basear em credos ou confissões (mesmo não menosprezando a importância dos mesmos)", o que dá a entender que isso é seu costume.

É muito importante lembrar disso, porque faremos uma análise de suas declarações perante a Bíblia.

Neste primeiro texto, para não cansar o leitor, eu comentarei apenas sobre dois pontos: O "Livre Arbitrio" e a "Acepção de Pessoas".

-LIVRE ARBITRIO

Quando digo "Livre Arbitrio" aqui, me refiro à "capacidade moral igualmente neutra para escolher entre o bem e o mal".

Neste ponto, eu creio que o professor foi ilógico. Acompanhe:

O professor disse, no ponto 3 do seu texto:

"A humanidade tem sim o livre arbítrio desde que foi criada", e para provar isso, ele argumenta: "Do contrário, Adão e Eva não podiam escolher pecar (Gênesis 3)."

A lógica seria assim: "A humanidade tem o livre arbitrio até hoje, POIS Adão e Eva escolheram pecar". Ou seja, como Adão e Eva tiveram o poder de ESCOLHER pecar, logo a humanidade hoje também tem livre arbitrio.

Mas há fatos que provam que essa conclusão está errada.

1: Nós não somos mais como Adão e Eva eram antes da Queda. O nosso estado espiritual não é o mesmo de Adão e Eva, por causa da Queda. Se fosse o mesmo, não iríamos precisar de um Salvador.

2: Além disso, antes da Queda o homem podia fazer escolhas neutras moralmente, pois não estava corrompido. Mas após a Queda, TODAS as suas escolhas foram afetadas pelo pecado. Ele não é mais livre moralmente. Confira Efésios 2.1 e 5, Colossenses 2.13.

Ou seja, esse argumento não se sustenta.

Leandro disse: "Basta ler Romanos 5:12 e o senhor verá que, mesmo o ser humano não tendo capacidade de ir a Deus por conta própria (nisso concordo, pois é o Senhor que vai atrás do pecador e efetua nele o querer e o realizar, segundo Filipenses 2:13), pôde fazer escolhas para pecar ainda mais."

Vamos ler Romanos 5.12: "Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram."

Ora, se uma coisa esse versículo prova, é justamente o contrário do que o professor afirma! Segundo o contexto, todos os homens (raça) depois de Adão morreram espiritualmente. Isso comprova o que eu havía afirmado acima, que o homem não é mais livre moralmente como era antes. Antes, ele apenas escolhe o que a sua natureza pecaminosa deseja, ou seja, o pecado.

O proprio Leandro afirma: "...mesmo o ser humano não tendo capacidade de ir a Deus por conta própria...". Ou seja, o homem "não tem capacidade de ir a Deus". Mas ele mesmo não havia afirmado antes que "A humanidade tem sim o livre arbitrio desde que foi criada"?

Ou o homem tem o "livre arbitrio" (a liberdade neutra), para escolher o bem (Deus) ou o mal (Pecado), ou então ele não é livre de forma alguma. Houve uma contradição neste texto do professor.

Ou o homem tem a "capacidade moral igualmente neutra para escolher entre o bem e o mal", ou não. E, biblicamente falando, a resposta é NÃO. O homem não convertido é incapaz de escolher por sí só o bem.


-ACEPÇÃO DE PESSOAS

Leandro Quadros disse, ainda no ponto 3 de seu texto:

"Predestinar para a perdição não é questão de Soberania, mas, ACEPÇÃO DE PESSOAS, coisa que o próprio Deus condena (Romanos 2:11"

Realmente, o professor tem razão em algumas coisas. É verdade que Deus condena a acepção de pessoas. E é verdade que Deus não faz acepção de pessoas.

O problema é: o professor (e muitos outros!) entende errado a concepção bíblica de "acepção de pessoas"!

Usemos, por exemplo, a passagem que ele nos mostrou, Romanos 2.11:

"Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas."

Ok, aqui se fala sobre a tal "acepção de pessoas". Mas vamos ver o contexto para entender o que "acepção" significa.

Vamos a partir do verso 1 deste capítulo (confira):

1- O homem é indesculpável quando julga a outro, porque comete as mesmas ações.

2 ao 10- Deus recompensará a cada um segundo as suas obras. Aos impios, ira. Aos santos, glória.


E aí vem o verso 11, que diz que "Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas".

Com o contexto, fica claríssimo então perceber que "fazer acepção de pessoas" significa "julgar alguém de forma mais branda ou mais severa do que outro", ou ainda "aliviar a lei para fulano ou cicrano" e isso Deus realmente não faz nem fará. E ele também condena a qualquer um que comete tal ato.

Por exemplo, digamos que você é um juiz, e vem duas mulheres diante de você. Digamos que uma é a dona de uma casa, e a outra a moradora de aluguel. A dona reclama de atraso de 5 meses no aluguel, e quer uma ordem de despejo.

Você estaria fazendo "acepção de pessoas" se, por exemplo, a moradora fosse uma loira muito linda e desse "bola" pra você e você, por causa disso, desse "causa ganha" pra ela. Você distorceria a lei contra a dona do imóvel, por causa da aparência atraente da moradora. Você não faria justiça!

O mesmo pode acontecer com outros fatores que podem distorcer a justiça humana: "Riqueza, Influencia, Fama, Beleza". E vemos isso (infelizmente) em todo lugar.

ISSO É FAZER ACEPÇÃO, e realmente Deus não faz isso! Acepção de pessoas não contradiz a eleição, porque são coisas diferentes.

Eu encontrei aproximadamente 21 textos bíblicos que falam sobre "acepção de pessoas" na Bíblia online. Faça o mesmo, e examine cada um em seu contexto pra ver se não é esse o significado de "acepção" que a Bíblia traz. Não tem nada a ver com "escolher fulano".

Portanto, o professor também errou neste ponto.

Continua na parte 2."

*O autor dessa refutação é o irmão Neto. A quem agradecemos pelo estudo, formulado de maneira clara e bíblica. E esperamos as demais partes. Não acho que Leandro Quadros leia, ou responda, mas se o fizer, postarei aqui qualquer resposta dele.
Luciano

domingo, 30 de janeiro de 2011

MILENISMO JUDICIAL - Uma nova perspectiva sobre o Milênio de Ap 20

O QUE É?


R: É uma crença que interpreta o milênio como parte do grande dia de juízo, o último dia. Aceita que a leitura de Apocalipse 20 é uma sequencia cronológica do capítulo 19. Acima de tudo é uma leitura simples desses dois capítulos.

É O MESMO QUE O PRÉ-MILENISMO?

R: Apenas no sentido que a volta de Cristo se dará antes desses 'mil anos'. O Milenismo Judicial não compartilha da ideia pré-milenista histórica nem dispensacionalista no que diz respeito a natureza desse milênio. Nesse sentido seríamos um tipo de amilenismo, pois não cremos que tal período será um meio termo entre uma terra de pecado ainda, com o governo de Cristo.

SERÃO OS MIL ANOS, LITERAIS?

R: Não existe tal preocupação no Milenismo Judicial, pois os números de anos em Apocalipse representam 'tempo marcado', período garantido.

QUAL A NATUREZA DO MILÊNIO NESSA ÉPOCA?

R: Um tempo dentro do dia do Juízo destinado aos santos, para reinar julgando (Mt 19.28). Não existe outro aspecto apresentado na Escritura sobre a natureza desse tempo.

COMO O DIA DO JUÍZO SE RELACIONA COM ESSA INTERPRETAÇÃO?

R: Pensamos que o Dia do Juízo inicia-se com a volta de Cristo (Mt 25. 31,32). Ao observarmos Ap 19.11 até 20.15 chegamos a conclusão que esse é O Dia do Juízo. E os Mil anos está dentro desse tempo.

ESSA POSIÇÃO CONTRARIA A CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER?

R: Os nossos símbolos não se posicionam sobre o milênio. Assim, a CFW não é nem *Amilenista. Alguns teólogos da Assembleia de Westminster seriam, anacronicamente, classificados mais como pós-milenistas do que amilenistas. E os aspectos que nos interessa na CFW, seria o que ela diz sobre o Dia do Juízo, e nessas partes a CFW não nega o julgamento que os santos executarão. O Catecismo Maior diz na pergunta e resposta 90: “O que acontecerá aos santos no dia do juízo?R: [...] se unirão com ele [Cristo] para julgar os répobros, anjos e homens [...]”


Luis Filipe e Luciano Sena

*Quero lembrar que o Amilenismo é uma interpretação nova. 'Talvez' tenha ganhado força com o declínio do pós-milenismo quando este enfrentou a realidade das duas grandes guerras, ou mesmo quando o nojento hálito da teologia liberal assolou os seminários teológicos, 'enfraquecendo' a força do Evangelho, substituindo-o por filosofias e projetos sociais. O Amilenismo tem grandes vantagens sobre os demais sistemas de interpretação do milênio. Mas ele também está confuso com a natureza da primeira ressurreição. Existe Amilenista que diz que a primeira ressurreição é a regeneração, esses estão com Agostinho, e possuem alguma vantagem visto que o NT por vezes chama a regeneração de 'ressurreição'. Porém, a passagem não deixa dúvida que tal ressurreição vem após a morte como cristãos, eles já eram regenerados antes dessa ressurreição! Existe também Amilenista que insiste que essa é a transladação da alma do crente quando ele morre. Parece que Calvino pensava assim. No entanto, qual a base bíblica que se apresenta para defender que o estado intermediário é uma ressurreição?


Um comentário de todo Apocalipse 20, com essa perspectiva, já está pronto, passando por algumas revisões. Em breve postarei.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Teonomistas, tomem cuidado, mas não desistam!

"Precisamos sempre levar em consideração que nenhuma escola de pensamento, e por último a perspectiva teonomista, tem todas as respostas. Ninguém deveria ter a impressão de que “soluções” claras, simples ou incontestáveis podem ser simplesmente tiradas da superfície das leis das Escrituras sem esforço. Muita tarefa de casa ainda precisa ser feita, seja em exegese textual, seja em análise cultural ou argumentação moral — com muito espaço para erros e correções. O trabalho da ética cristã não pode ser feito de forma leviana e sem esforço mental santificado. Além disso, em tudo isso precisamos dos melhores esforços e correções fraternais uns dos outros. Somente depois de nossos sentidos éticos terem sido exercitados corporativamente para discernir o bem e o mal por meio de estudo e uso constantes da lei de Deus, somente depois de termos adquirido uma porção significativa de “experiência no ensino da justiça” (Hb 5.13,14), seremos capazes de alcançar maior clareza, confiança e uma mente comum na aplicação das leis de Deus às dificuldades éticas que nos cercam hoje. Não obstante, apesar dos erros que possamos cometer no uso da lei de Deus hoje, prefiro a lei como base da ética às especulações pecaminosas e tolas dos seres humanos. Seria absurdo que qualquer pessoa se submetesse a tomar veneno só porque os médicos às vezes cometem erros nas receitas de medicamentos!"

Fonte: Monergismo

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Um recado de D. A. Carson aos pregadores e aos ‘levitas*’

Postei recentemente um texto que Cheung critica Carson sobre ao estado do cristão em comparação ao descrente. Não significa que concordo com o que ele disse do teólogo Carson. É sem dúvida um dos maiores exegetas do NT na atualidade junto com Moisés Silva.

Estou lendo um livro de D. A. Carson intitulado A Cruz e o Ministério Cristão, da Editora Fiel. E o que ele diz aos pregadores e ‘ministros de louvor’ é pertinente:

“[2 Co 2.-1-5] advertem contra qualquer método que leva as pessoas dizerem: “Que pregador maravilhoso”, em vez de: “Que Salvador maravilhoso!”[...] Temos nos tornado tão direcionado por performance, que dificilmente percebemos como comprometemos o evangelho.Considere um exemplo. Em muitas de nossas igrejas, as orações nos cultos matinais servem, em grande parte para mudar o ambiente no santuário, As pessoas da congregação abaixam a cabeça, fecham os olhos e, quando olham alguns minutos depois, vêem os cantores nos lugares ou o grupo de teatro pronto para a apresentação. Tudo acontece tão calmamente. Mas é tão profano. Nominalmente estamos juntos em oração, dirigindo-nos ao Rei do céu, o soberano Senhor. Na realidade, alguns de nós estamos fazendo isso, enquanto outros andando apressadamente na ponta dos dedos ao redor da plataforma; e outros, com seus olhos fechados, estão ocupados, se perguntando que novo e agradável cenário os confrontará, quando chegar o momento de uma olhada furtiva.”

*Nem sei qual o motivo da igreja usar esse termo para aqueles animadores de auditório das igrejas. Os levitas ensinavam a lei, auxiliavam os sacerdotes, cantavam, cortavam madeiras, etc. Em uma comparação todo faxineiro da igreja é um levita. Todo diácono é um levita. Todo professor de escola dominical é um levita. Todo presbítero é um levita... toda igreja é a tribo Levi! Hoje o que vejo é que ‘os grupos’ de cantorias evangélicas é um serviço terceirizado, de música, nas igrejas e roubam o direito da igreja de cantar ao Senhor Jesus de maneira congregacional. Um clube social onde aos fins de semana você tem palestras motivacionais, lanches e música ao vivo! Ainda que tais grupos pudessem conduzir a congregação a louvar a Deus, eles deveriam respeitar o volume que as pessoas podem emitir para junto a eles, e louvar ao Deus da Verdade.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Por que Joseph Smith teve 33 esposas?

Jacó 2: 24-30

24 Portanto, meus irmãos, ouvi-me e atentai para a palavra do Senhor: Pois nenhum homem dentre vós terá mais que uma esposa; e não terá concubina alguma... Porque se eu quiser suscitar posteridade para mim, diz o Senhor dos Exércitos, ordenarei isso a meu povo; em outras circunstâncias meu povo dará ouvidos a estas coisas.

(O Senhor está dizendo aqui que a única razão para mais de uma esposa é "suscitar posteridade" a Ele.)

D&C 132:

Verso 37: Abraão recebeu concubinas e elas geraram-lhe filhos; e isso lhe foi atribuído como sendo justo...

Verso 41: E sendo que me indagaste a respeito do adultério...

(Por que adultério é um problema? Estar simplesmente casado ou “selado” com mais de uma mulher em um matrimônio casto poderia ser bigamia ou poligamia, mas não é adultério. O adultério é um ato sexual.)

Versículos 62-63: E se dez virgens lhe forem dadas (a Joseph Smith) por essa lei, ele não estará cometendo adultério, porque elas lhe pertencem e lhe foram dadas; portanto ele está justificado.Mas se uma ou qualquer das dez virgens, depois de desposada, estiver com outro homem, terá cometido adultério e será destruída; porque elas lhe são dadas para multiplicar e encher a Terra, de acordo com meu mandamento, e para cumprir a promessa feita por meu Pai antes da fundação do mundo e para sua exaltação nos mundos eternos, a fim de gerar as almas dos homens; pois nisso se perpetua a obra de meu Pai, para que ele seja glorificado.

De fato, na revelação da poligamia original de Joseph Smith em 1831, dada a um grupo de homens casados enquanto eles estavam visitando uma tribo nativo-americana, também explica a procriação como o propósito da poligamia:

“Porque é minha vontade, no devido tempo, deveis tomar as esposas dos lamanitas e nefitas, para que sua posteridade possa ficar branca, deleitável e justa, pois mesmo agora suas mulheres são mais virtuosas que os gentios”.

- Prophet Joseph Smith, The Joseph Smith Revelations Text and Commentary, p. 374-376, http://www.utlm.org/onlineresources/indianpolygamyrevelation.htm

Brigham Young ensinou que “esta é a razão por que a doutrina da pluralidade de esposas foi revelada: para que os nobres espíritos que estão esperando por tabernáculos possam nascer” (Discursos de Brigham Young, pág. 197.)

3. Mas Joseph Smith obedeceu a ordem e teve sexo com suas esposas?

Compton escreve:
“Por causa das alegações da Igreja Reorganizada dos Santos dos Últimos Dias de que Joseph realmente não foi casado no sentido completo do termo da poligamia (i.e., com atos sexuais), os mórmons de Utah (inclusive as esposas de Joseph) afirmavam repetidamente que Joseph teve relações sexuais físicas com suas esposas plurais a despeito das convenções vitorianas na religião americana do séc. XIX que, de outra forma, teria evitado mencionar relações sexuais no matrimônio”.

- A mórmon Melissa Lott (Smith Willes) testemunhou que ela tinha sido “de fato” esposa de Joseph Smith. (Depoimento de Melissa Willes, 3 de agosto de 1893, Temple Lot case, 98, 105; Foster, Religion and Sexuality, 156.)

- Em uma declaração à corte, o mórmon Joseph Noble afirmou que Joseph lhe disse que ele passou a noite com Louisa Beaman. (Temple Lot case, 427)

- Emily D. Partridge (Young Smith) disse que ela “morou num quarto” com Joseph na noite seguinte a seu matrimônio com ele e disse que ela teve “relações sexuais” com ele. (Temple Lot case (cópia completa), 364, 367, 384; ver Foster, Religion and Sexuality, 15.)

No total, 13 mulheres mórmons que foram casadas com Joseph Smith juraram em depoimentos no tribunal que tiveram sexo com ele.

- Os registros do secretário pessoal de Joseph Smith atestam que em 22 de maio de 1843, a primeira esposa de Joseph Smit, Emma Smith, encontrou Joseph e Eliza Partridge sozinhos em um quarto do andar superior na casa de Smith. Emma ficou devastada.

Anotação do diário de William Clayton durante 23 de maio (veja Smith, 105-106)

- O secretário de Smith, William Clayton, também registrou uma visita para a jovem Almera Johnson, em 16 de maio de 1843: “Joseph e eu fomos para B[enjamin] F. Johnsons para dormir”. Johnson depois notou que nesta visita Smith ficou com Almera ‘como homem e mulher’ e “ocupou o mesmo quarto e cama com minha irmã, que no mês anterior ele tinha ocupado com a filha do Bispo Partridge como sua esposa”. Almera Johnson também confirmou seu matrimônio secreto com Joseph Smith: “eu vivi com o profeta Joseph como sua esposa e ele me visitou na casa de meu irmão Benjamim F”. (Zimmerman, I Knew the Prophets, 44. Ver também "The Origin of Plural Marriage, Joseph F. Smith, Jr., Deseret News Press, page 70-71.)

- O presidente de estaca mórmon Angus Cannon contou para o filho de Joseph Smith: “o irmão Heber C. Kimball, informaram-me, perguntou [a Eliza R. Snow] se ela não era virgem embora casada com Joseph Smith e depois com Brigham Young, e ela respondeu em um encontro privado: ‘eu pensei que você conhecesse Joseph Smith melhor que eu’”. (Presidente de estaca Angus M. Cannon, declaração de entrevista com Joseph III, 23, arquivo SUD.)

4. Joseph Smith gerou algum filho de suas esposas polígamas?

- O presidente de estaca Angus Cannon também testemunhou: “agora vou me referir ao um caso onde a avó da menina disse que seu pai [Joseph Smith] tem uma filha nascida de uma esposa plural. A avó da menina era Mother Sessions... ela foi a neta de Mother Sessions. Aquela menina, eu creio, está vivendo hoje, em Bountiful, ao norte desta cidade. Eu ouvi o presidente Young, um pouco tempo antes de sua morte, se referir ao relatório... Dizem que a mulher tem uma família de crianças, e eu creio que ela ainda está viva”. (Presidente de estaca Angus M. Cannon, declaração de entrevista com Joseph III, 25-26, arquivo SUD.)

- Sylvia Seasons (Lyon), esposa de Joseph Smith, disse à sua filha em seu leito de morte, disse que ela (Josephine) era filha de Joseph Smith. Josephine testemunhou: “Ela (Sylvia) então me disse que eu era filha do profeta Joseph Smith, que ela foi selada ao profeta na época em que o marido dela (Sr. Lyon) estava fora do companheirismo com a Igreja”. (Depoimento para o historiador da igreja Andrew Jenson, 24 de fevereiro de 1915)

- Em seu testemunho dado em um devocional na Brigham Young University, a mórmon Mary Elizabeth Rollins Lightner declarou que ela conhecia os filhos nascidos com as esposas pluraisde Smith: “Eu sei que ele [Joseph Smith] tinha seis esposas e eu conheço algumas delas desde a infância. Eu sei que ele teve três filhos. Eles me contaram. Eu penso que dois estão vivendo hoje mas eles não são conhecidos como seus filhos porque eles mudaram de nome” (Leia seu testemunho completo na BYU aqui: http://www.ldshistory.net/pc/merlbyu.htm)

- A mórmon Prescindia D. Huntington que foi esposa de Normal Buell e ao mesmo tempo uma “esposa plural” do profeta Joseph Smith, disse que ela não sabia se era seu marido “ou o Profeta, era o pai de seu filho, Oliver”. E um olhar a uma fotografia de Oliver mostra uma forte semelhança com os filhos de Emma Smith. (Mary Ettie V. Smith, "Fifteen Years Among the Mormons", page 34; also Fawn Brodie "No Man Knows My History" pages 301-302, 437-39)

- Os investigadores têm temporariamente identificado oito filhos que Joseph Smith possa ter tido com suas esposas plurais. Além de Josephine Fisher (n. em 8 de fevereiro de 1844) e Oliver Buell, outros possíveis filhos de Joseph Smith com suas esposas plurais são John R. Hancock (n. em 19 de abril de 1841), George A. Lightner (n. 12 de março de 1842), Orson W. Hyde (n. 9 de novembro de 1843), Frank Hyde (n. 23 de janeiro de 1845), Moroni Pratt (n. 7 de dezembro de 1844), e Zebulon Jacobs (n. 2 de janeiro de 1842). ("Mormon Polygamy: A History" pelo historiador SUD Richard S. Van Wagoner, pg. 44, 48- 49n3.)

Há outro pedaço de evidência que você poderia considerar em examinar o comportamento sexual de Joseph Smith. O excerto seguinte é de uma carta de amor que Joseph Smith escreveu quando ele quis marcar um encontro com a filha de Newel K. Whitney, Sarah Ann Whitney, com quem Smith havia se casado “secretamente”. Revela a sutil abordagem de Smith em seus relacionamentos extramaritais:

“...a única coisa para ter cuidado é descobrir quando a Emma vem, então você não pode estar segura, mas quando ela não está aqui, fica tudo bem. ... Só tenha cuidado para não ser observada, como muito como possível, eu sei que isto é difícil; mas tanto a maior amizade, maior a alegria, quando eu a vejo eu lhe contarei todos meus planos, eu não lhes posso escrever em papel, queime esta carta assim que você a ler; mantenha tudo guardado em seu peito, minha vida depende disto. ... Termino minha carte, eu acho que Emma não vem hoje à noite e se ela não vier, não deixe de vir aqui. Subscrevo-me. Seu mais obediente, afetuoso, companheiro e amigo. Joseph Smith”. (Carta de Joseph Smith - http://www.xmission.com/~research/family/strange.htm)

Fonte:  CENTRAL MÓRMON

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

POSSESSÃO DEMONÍACA

O NT relata em muitas ocasiões possessões demoníacas. De fato, a ‘teologia’ apresentada no NT sobre os demônios é mais ampla do que o VT. Mas, ainda assim a prática de expulsão de demônios já era conhecida. Isso pode ser deduzido do caso de Saul e das partes do NT que deixam isso como fato: At 19.13 fala-nos de Judeus exorcistas e também Mt 12.27 onde Cristo pergunta qual era fonte de autoridade dos filhos dos judeus, que expulsavam demônios. E o historiador Flávio Josefo descreve casos de exorcismo entre os judeus, evidentemente sem uma conexão com a autoridade de Jesus.

Especialmente nos Evangelhos, existe a maior parte dos relatos de possessão no NT, e de toda a Bíblia.

Dois motivos podem ser apresentados por esse montante considerável.

1) Com a encarnação de Cristo, houve um choque entre as forças do mal e a presença de Cristo na terra (Mt 8.28,29).

2) A manifestação do Reino de Deus por meio de Cristo (Mt 12.28).

DEFINIÇÃO: Em grego, língua do NT, demônio denota um 'espírito maligno'. Quando um demônio subjuga uma pessoa, dominando seus sentidos e ações, a ponto de ela não ter consciência ou força de impedir isso, então isso é uma possessão demoníaca. Nesse estágio a pessoa é corretamente classificada como endemoninhado.

Bom destacar que a palavra espírito conota uma variedade de sentidos. Entre esses significados pessoas espirituais como é o caso de demônios.

ORIGEM: O NT não define qual a origem dos demônios, mas faz alusão a um passado distante onde se situa algumas atividades demoníacas (2 Pe 2.4; Jd 6). O que podemos saber com certeza é que eles eram anjos, espíritos benignos, e tronaram-se espíritos malignos, demônios.

O líder dos demônios é o Diabo, Satanás (Ap 12.7,9). Não é incomum no NT, e em conversas cristãs contemporâneas, usar os termos Diabo e/ou Satanás como sinônimos de demônios. Também não é raro ouvir o termo Demônio se referindo ao Diabo. Por exemplo, quando Jesus disse aos fariseus; ‘se Satanás expulsa Satanás’. E no mesmo contexto usar mais adiante demônios para o mesmo assunto, fica evidente que tal praxe linguística não altera o núcleo da questão (Mt 12. 26 compare com o versículo 28.)

No NT as seguintes passagens fazem referencias a espíritos, demônios, endemoninhado ou a influencias demoníacas menos violentas, como a idolatria por exemplo:

Mt4.24;7.22;8.16,28,31,33;9.32,33,34;10.1,8;11.18;12.22,24,27,28,43,45;15.22;17.28;Mc1.23,26,27,32,34,39;3.11,15,22,30;5.2,8,12,13,15,16,18;6.7,13;7.25,26,29,30;9.17,20,25,38;14.38;16.9,17;Lc4.33,35,36,41;6.18;7.21,33;8.2,27,29,30,33,35,36,38,39,42;9.31,39,42,49;10.17,20;11.14,15,17,18,19,20,24,26;13.11,32;Jo7.20;8.48,49,52;10.20,21;At5.16;8.7;16.16,18;19.12,13,15,16;ICo 10.20,21; I Tm 4.1;Tg 2.19;Ap 9.20; 16.13,14; 18.2.

Os relatos bíblicos são unânimes. Eles estão prontos e dispostos para arruinar os homens, e desviá-los de Deus. A única maneira de resisti-los é estar sob a autoridade absoluta do Senhor Jesus.

A POSSESSÃO E OS CRISTÃOS: Não existe dúvida nos círculos Reformados: O cristão jamais ficaria endemoninhado. Seria um contra senso um santuário permanente do Espírito Santo também ser moradia de demônios. Mas as correntes pentecostais estão em desacordo com essa afirmação.

Wayne Grugem observa que o NT ensina que as pessoas possuem demônios mas nunca que demônios possui alguém. A diferença é então substancial, quando as pessoas são afligidas pelos demônios, ela perde seu juízo e controle racional e age ou em conformidade com a entidade espiritual, ou de forma descontrolada (Mc 5.1-20).

Desta forma, para responder se um cristão pode ficar endemoninhado, precisaria antes estabelecer o que se tem em mente com a palavra ‘possuído’ por um demônio. O apóstolo João diz que o diabo não pode tocar alguém nascido de novo (I Jo 5.18). Se o sentido assumido de ‘possuído’ é o de domínio das faculdades mentais, então a resposta deve ser não. No entanto, Jesus disse que diabo queria fazer algo com Pedro (Lc 22.31). O mesmo Pedro disse aos cristãos que o diabo anda em derredor (I Pe 5.8). Paulo adverte em não dar lugar ao diabo. (Ef 4.27; 6.11).

O caso de Jesus ser tentado pelo diabo pessoalmente é um exemplo que o cristão não está imune aos ataques de Satanás (Mt 4.1-11). Finalmente, o caso de Pedro é outra prova que até mesmo cristãos, podem servir aos intentos do diabo sem necessariamente serem possuídos em seus sentidos psíquicos (Mt 16.23). Com isso, fica claro que a possessão não é o único meio que os demônios tem para influenciar diretamente pessoas.

O PODER DOS DEMÔNIOS: Os relatos bíblicos retratam os demônios como seres poderosos, capazes de afligir com doenças e possessões. Alterando até mesmo a capacidade física dos possuídos por eles (Mc 5.4; 9.17).

Por isso a única maneira autorizada para se expulsar um demônio é no nome de Jesus Cristo (Mc 16.17). E os apóstolos a fizeram isso (At 16.18). Isso está ancorado na autoridade que Cristo tem sobre tudo e todos (Cl 2.15).

CONCLUSÃO

A evidência disponível no NT traça de maneira satisfatória e atuação dos demônios. Até mesmo da origem deles, e seu líder. Como eles aproveitam-se do estado caído do homem e como ele adentra não apenas num individuo, mas até mesmo numa geração.

O servo fiel de Deus também é alvo dos demônios, de seus taques, influência e até perturbação. Mas pela evidência do NT, diante da habitação do Espírito Santo nos regenerados, pela adoção e justificação, a ideia de possessão demoníaca em pessoas nascidas de novo pelo Espírito Santo, está descartada.

As lições que se pode extrair desse breve estudo são:

A) Existem seres espirituais maus.

B) Eles são poderosos e atacam os seres humanos, cristãos e não cristãos.

C) Eles apoderam-se das forças físicas, mentais, morais e espirituais de suas vitimas.

D) Eles são submissos a Deus, e Cristo com e em sua manifestação humana, derrotou as forças malignas.

E) Cristo concedeu autoridade aos seus seguidores autoridade de expelir demônios baseados em seu Nome.

F) A Igreja não deve brincar com os demônios, pois a batalha é séria.