domingo, 23 de dezembro de 2018

Ronaldo Lidório: 10 verdades a serem lembradas sobre o evangelho, a igreja e a missão

"1. O evangelho de Deus é supracultural e transtemporal. Suficiente para comunicar a verdade de Deus a todo homem, em todas as culturas, em todos os tempos e em todas as organizações sociais, seja uma aldeia remota ou uma megacidade (Mt 24.14; Jo 3.16; At 1.8).

2. O evangelho não é apenas a verdade, mas também o poder de Deus. A mensagem bíblica é profundamente confrontadora e transformadora, atingindo e transformando o homem em todos os níveis de sua existência, inclusive o cultural (Rm 1.20; At 17.18-32; At 8. 12-23; Gl 1.16).

3. O evangelho começa em Deus e fala sobre a sua salvação. O evangelho não é a mensagem da igreja sobre Deus, mas de Deus sobre a salvação da igreja. A mensagem do evangelho não é a igreja e seus feitos, mas Jesus Cristo, sua morte e ressurreição (Rm 1.1-2, 16 e 15.16; Ef 2.14-22).

4. O pecado nos separa de Deus. O homem, em pecado, está distanciado de Deus e totalmente carente de sua graça e salvação. O evangelho convida o homem a compreender que está perdido e arrepender-se dos seus pecados (Gn 2.17; Is 59.2; Rm 1).

5. A igreja é a comunidade dos redimidos, originada em Deus e pertencente a Deus. Não foi formada para agradar aos desejos e preferências de homens, mas para agradar e obedecer a Deus (1Co 1.1-2; Ef 4.11).

6. A igreja não é uma comunidade alienante. Aqueles que foram redimidos por Cristo continuam sendo homens e mulheres, pais e filhos, fazendeiros e comerciantes que respiram e levam o evangelho onde estão (1 Co 6.12-20).

7. A igreja é uma comunidade sem fronteiras, portanto fatalmente missionária. É chamada a proclamar Jesus perto e longe, em todos os lugares e prioritariamente entre os que pouco ou nada ouviram do evangelho (Mt 28.18-20; Rm 15.20).

8. A vida da igreja, quando obediente às Escrituras, é um grande testemunho para o mundo perdido. É necessário, portanto, que viva aquilo que prega, que demonstre no dia-a-dia aquilo que confessa nos cultos públicos (Jo 14.26; 16.13-15).

9. A primeira missão da Igreja não é proclamar, mas morrer. Somente morrendo para nossos pecados e desejos viveremos para Cristo e seu Reino (Gl 2.20; 1Pe 2.9).

10. A missão maior da igreja é glorificar a Deus. Nessa caminhada é preciso que a igreja se desglorifique para de fato glorificar ao Senhor (Sl 108.5; Fp 1.11; Rm 16. 25-27)."


Fonte: https://ronaldo.lidorio.com.br/wp/10-verdades-a-serem-lembradas-sobre-o-evangelho-a-igreja-e-a-missao/

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Augustus Nicodemus: Como Reconhecer uma Seita?


Por Rev. Augustus Nicodemus Lopes


Existem milhares de religiões neste mundo, e obviamente nem todas são certas. O próprio Jesus advertiu seus discípulos de que viriam falsos profetas usando Seu nome, e ensinando mentiras, para desviar as pessoas da verdade (Mateus 24.24). O apóstolo Paulo também falou que existem pessoas de consciência cauterizada, que falam mentiras, e que são inspirados por espíritos enganadores (1 Timóteo 4.1-2). 

Nós chamamos de seitas a essas religiões. Não estamos dizendo que to­dos os que pertencem a uma seita são deson­estos ou mal intencionados. Existem muitas pessoas sinceras que caíram vítimas de falsos profetas. Para evitar que isto ocorra conosco, devemos ser capazes de distinguir os sinais característicos das seitas. Embora elas sejam muitas, possuem pelo menos cinco marcas em comum: 

(1) Elas têm outra fonte de autori­dade além da Bíblia. Enquanto que os cristãos admitem apenas a Bíblia como fonte de conhecimento verdadeiro de Deus, as seitas adotam outras fontes. Algumas forjaram seus próprios livros; outras aceitam revelações diretas da parte de Deus; outras aceitam a palavra de seus líderes como tendo autoridade divina. Outras falam ainda de novas revelações dadas por anjos, ou pelo próprio Jesus. E mesmo que ainda citem a Bíblia, ela tem autoridade inferior a estas revelações.

(2) Elas acabam por diminuir a pessoa de Cristo. Embora muitas seitas falem bem de Jesus Cristo, não o consideram como sendo ver­dadeiro Deus e verdadeiro homem, nem como sendo o único Salvador da humanidade. Reduzem-no a um homem bom, a um homem di­vinizado, a um espírito aperfeiçoa­do através de muitas encarnações, ou à mais uma manifestação diferente de Deus, igual a outros líderes religiosos como Buda ou Maomé. Freqüentemente, as seitas colocam outras pessoas no lugar de Cristo, a quem adoram e em quem confiam. 

(3) As seitas ensinam a salvação pelas obras. Essa é uma característica universal de todas as seitas. Por acreditarem que o homem é intrinsecamente bom e capaz de por si mesmo fazer o que é preciso para salvar a sua alma, pregam que ele pode acumular méritos e vir a merecer o perdão de Deus, através de suas boas obras praticadas neste mundo. Embora as seitas sejam muito diferentes em sua aparência externa, são iguais neste ponto. Algumas falam em fé, mas sempre entendem a fé como sendo um ato humano meritório. E nisto diferem radicalmente do ensi­no bíblico da salvação pela graça mediante a fé. 

(4) As seitas são exclusivistas quanto à salvação. Pregam que somente os membros do seu grupo religioso poderão se salvar. Enquanto que os cristãos reconhecem que a salvação é dada a qualquer um que arrependa-se dos seus pecados e creia em Jesus Cristo como único Senhor e Salvador (não importa a denominação religiosa), as seitas ensinam que não há salvação fora de sua comunidade. 

(5) As seitas se consideram o grupo fiel dos últi­mos tempos. Elas ensinam que re­ceberam algum tipo de ensino se­creto que Deus havia guardado para os seus fiéis, perto do fim do mundo. É interessante que toda vez que nos aproximamos do fim de um milênio, cresce o número de seitas afirman­do que são o grupo fiel que Deus reservou para os últimos dias da humanidade.

Podemos e devemos ajudar as pes­soas que caíram vítimas de alguma seita. Na carta de Tiago está es­crito que devemos procurar ganhar aqueles que se desviaram da ver­dade (Tiago 5.19-20). Para isto, entretanto, é preciso que nós mes­mos conheçamos profundamente nossa Bíblia bem como as doutri­nas centrais do Cristianismo. Mais que isto, devemos ter uma vida de oração, em comunhão com Cristo, para recebermos dele poder e amor e moderação.

Fonte: 
https://bereianos.blogspot.com/2014/01/como-reconhecer-uma-seita.html

sábado, 15 de dezembro de 2018

As imagens na Igreja Católica

"Sabemos que existem muitas diferenças entre a fé católica e a protestante. Dentre todas elas, talvez a que me chama mais atenção e distancia ainda mais essas duas igrejas é a polêmica doutrina das imagens.
De um lado temos a crítica evangélica afirmando ser pecado fabricar e prestar culto às imagens, baseada em ambas as Escrituras: Antigo e Novo Testamentos. De outro lado os católicos se defendem dizendo que não são idólatras, nem adoram as imagens, apenas veneram-nas, baseando-se para isso, principalmente, na Tradição da Igreja Católica e em algumas poucas passagens do Antigo Testamento.
Quem está com a razão? Os católicos, que afirmam ser apenas de caráter pedagógico e decorativo o uso das imagens, ou os protestantes, que afirmam ser antibíblico este ensinamento, vendo no argumento católico apenas uma forma disfarçada de idolatria?
A palestra tem por objetivo mostrar através da História a conflitante origem das imagens na igreja católica e principalmente do ponto de vista das Escrituras Sagradas, a sua refutação.
 AS IMAGENS COMO OBJETO DE CULTO NO PAGANISMO
O paganismo sobrevivia sob o suporte do visível e do material, de representar Deus por meio da matéria, com todas as suas cerimônias, rituais, imagens e muitos deuses intermediários. Era inconcebível à mentalidade religiosa antiga conceber apenas um único deus e sem representações visíveis.
 A CONCEPÇÃO BÍBLICA DE DEUS
No livro de Êxodo 3.14, Deus se revelou a Moisés como o grande “Eu Sou”. Ele é o Deus invisível e transcendente, que exige fé e obediência do seu povo, pois: “ouvistes; porém, além da voz, não vistes figura alguma” (Deuteronômio 4:12). Adiante a advertência é reforçada um pouco mais, conforme podemos observar: “Guardai, pois, com diligência as vossas almas, pois nenhuma figura vistes no dia em que o Senhor, em Horebe, falou convosco do meio do fogo” (v.15).
Portanto, Israel não poderia representá-lo em hipótese alguma, disse Deus: “Para que não vos corrompais, e vos façais alguma imagem esculpida na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou mulher”(v.16).
 AS IMAGENS NA HISTORIA DA IGREJA
Na igreja pós-apostólica as imagens nunca tiveram aceitação, fosse por parte dos membros ou dos bispos. Aliás, é notável o que o escritor Stan-Michel Pellistrandi diz em seu livro, O cristianismo primitivo, sobre a opinião dos Pais da Igreja a esse respeito: “A Igreja – isto é, sua hierarquia e sua elite intelectual – durante longo tempo manifestou uma hostilidade de princípios contra as formas de arte, consideradas como um produto da civilização pagã, difíceis, se não impossíveis, de serem cristianizadas. Sobre este ponto, os testemunhos dos autores eclesiásticos antigos são unânimes”. Deste modo, o ensinamento unânime dos Padres dos primeiros séculos, o qual a igreja de Roma se preza de respeitar e venerar, é radicalmente adverso ao uso de imagens no culto. Adicionalmente, como notou Agostinho, também os pagãos, salvo os muito incultos, não tomavam as imagens como algo mais que representações; mas são precisamente tais representações o que os escritores cristãos antigos proíbem como contrárias às Escrituras e, portanto opostas ao cristianismo.
 A TEOLOGIA DAS IMAGENS
No culto católico as imagens não são somente ornamento litúrgico, são objeto de culto. a Igreja transformara os santos em padroeiros e milagreiros, então tudo no santo possuía uma virtude, mesmo depois de morto. As imagens desse santo, por sua vez, possuíam os mesmos poderes por estarem em contato com suas relíquias.
A justificativa teológica para o culto às imagens é a encarnação de Cristo. Deus se materializou, se fez carne, portanto, os católicos se sentem justificados em fazer imagens materiais deste Deus. O culto das imagens é chamado de veneração, dizem ser uma adoração relativa diferente àquela prestada a Deus. Isso recebe o nome de dulia.
A suposta justificativa bíblica é retirada de algumas passagens das Escrituras, onde Deus mandou Moisés ornamentar o tabernáculo com figuras de animais, a construção da serpente de bronze e os querubins do santíssimo lugar.
 RESPOSTA ÀS OBJEÇÕES
Deus mandou fazer imagens?
Argumento católico: As imagens católicas são como os retratos de parentes.
Resposta apologéticaNinguém jamais viu um protestante borrifando água-benta para santificar um retrato de familiares, acendendo-lhe velas, prostrando-se perante ele, acariciando-o com beijos, fazendo-lhe pedidos, carregando-o em procissões ou colocando-o nos altares das igrejas. Expor tal fotografia a esses atos seria condenável aos cristãos evangélicos. Ademais, ninguém jamais captou a imagem de Cristo ou de Maria para saber as suas fisionomias.
 Argumento católico:Deus mandou Moisés fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança (Êxodo 25.18-20).
Resposta apologética: A única finalidade dos querubins era ornamentar a Arca da Aliança, do mesmo modo a que se destinavam os demais objetos do Tabernáculo. Eles não eram de maneira alguma objetos de culto ou veneração.Deus nunca deu ordem a Moisés ou a Arão para confeccionarem réplicas dessas imagens, a fim de serem distribuídas ao povo, como faz a Igreja Católica com suas imagens sacras.
 Argumento católico: Deus mandou o povo construir uma imagem de uma serpente e olhar para ela.
Resposta apologéticaA serpente de bronze tão somente serviu, naquele momento, para fins específicos, mas quando mais tarde o povo começou a venerá-la, prestando-lhe, quem sabe, um culto de dulia, o piedoso rei Ezequias mandou quebrá-la, chamando-a de “Neustã”, que significa, “pedaço de bronze” (Cf. 2Reis 18:4).

Conclusão
o culto que o catolicismo presta aos santos e a Maria é, na prática, idolatria velada. A pessoa que estudar, ainda que superficialmente, a Palavra de Deus constatará que as justificativas católicas em favor do uso das imagens não passam de eufemismos piegas que não suportam um confronto bíblico."