sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Quantas Testemunhas de Jeová foram mortas pelo regime Nazista?


“Exploração Sem Escrúpulos de Mortes Trágicas

Desde a Segunda Guerra Mundial, a Watchtower Society tem tentado tirar o máximo de dividendos possíveis da morte de 635 Testemunhas nos campos de concentração e prisões de Hitler, antes e durante a guerra.

Aparentemente pouco satisfeitos com o número de mortos, desde aquele tempo eles têm tentado aumentar este número sempre que podem. A motivação subjacente a isto parece ser que apenas 635 mortos ainda não é o suficiente para suscitar a quantidade exata de boa vontade, de que eles tão desesperadamente precisam.

Qualquer pessoa que lide com as Testemunhas de Jeová ouvirá mais cedo ou mais tarde a história de como eles sofreram horrivelmente na Alemanha Nazi. Este argumento é trazido à discussão, embora muitas vezes completamente fora do contexto e sem qualquer ligação com o assunto discutido. Na correspondência com funcionários governamentais, jornalistas, etc., vemos muitas vezes este argumento usado, embora esteja completamente fora de qualquer contexto.

Parece que encaram essa história como uma espécie de argumento mágico, que abrirá imediatamente todas as portas e invalidará tudo o resto. "Ninguém nos pode acusar de mentirmos, de sermos fraudulentos e de matarmos pessoas, porque nós sofremos durante a Era Nazi." Parece ser esta a lógica por detrás do raciocínio da Watchtower.

E com esse tipo de pensamento, o número real de Testemunhas que morreram, não parece ser suficiente. 635 vidas humanas parecem tão insignificantes em comparação com o elevado número de Judeus, Ciganos e até homossexuais que morreram durante os anos em que Hitler governou! Por isso eles tentam elevar o número de Testemunhas mortas. Quanto mais, melhor. Mais mortos, mais credibilidade.

Já em 1950 eles começaram a exagerar o número de mortos:

"Já durante o regime de Hitler, cerca de 1.000 testemunhas de Jeová foram executadas como traidores, porque não só recusaram servir na guerra, mas também se opuseram abertamente à autoridade de Hitler. Outras 1.000 testemunhas de Jeová morreram em prisões e campos de concentração." (The Watchtower, 15 de Dezembro de 1950, p. 500.)

Como vemos, eles arredondaram o número para 2.000 mortos.

"É por essa razão que durante o regime Nazi na Alemanha, de 1933 a 1945, as Testemunhas de Jeová naquele país recusaram reconhecer Hitler como o seu Fuehrer ou Líder, e foram mandadas para campos de concentração e prisões, onde 2.000 tiveram uma morte cruel, e das 8.000 que voltaram com vida, 2.000 ficaram inválidas para o resto das suas vidas." (The Watchtower, 15 de Fevereiro de 1951, pp. 105-106.)

Aqui, em 1951, eles voltam a mencionar o número redondo que já tinham referido no ano anterior, 2.000 mortos.

"Hitler, um Católico Romano, o braço da sua igreja na Alemanha, proibiu as Testemunhas de Jeová de pregar o reino de Deus, e estes Cristãos hodiernos tiveram de dizer à Gestapo, a polícia de Hitler: Se é justo à vista de Deus escutar-vos antes que a Deus, julgai por vós mesmos. Eles continuaram a pregar, embora 10.000 deles tenham sido postos em campos de concentração e mais de 4.000 tenham morrido ali. Os restantes praticamente morreram à fome. O fim da guerra contribuiu para que sobrevivessem." (The Watchtower, 1.º de Janeiro de 1964, p. 13.)

Conforme podemos ver aqui, em 1964, eles duplicaram outra vez o número de mortos, agora já eram 4.000.

Portanto, desde o fim da guerra em 1945 até 1964, em 19 anos, eles conseguiram transformar 635 em 4.000 mortos!

Depois, em 1974, o Anuário das Testemunhas de Jeová continha a história das atividades deles na Alemanha, e como o Armagedom estava anunciado para o ano seguinte, 1975, um bocadinho de honestidade vinha a calhar, portanto aqui temos o número mais fiável de baixas durante os anos em que durou o regime Nazi:

"Mas, apesar das condições difíceis, como se regozijavam os que adoravam a Jeová! Tiveram o privilégio de provar sua integridade ao Regente Soberano do universo. Durante o regime de Hitler, 1.687 deles perderam seus empregos, 284 seus negócios, 735 os seus lares e 457 não obtiveram permissão de exercer sua profissão. Em 129 casos, sua propriedade foi confiscada, a 826 pensionistas se negou o pagamento de suas pensões, e 329 outros sofreram outras perdas pessoais. Houve 860 crianças que foram retiradas do convívio dos pais. Em 30 casos, dissolveram-se casamentos devido à pressão por parte das autoridades políticas, e, em 108 casos, foram concedidos divórcios quando solicitados por cônjuges opostos à verdade. Um total de 6.019 foram presos, vários deles duas, três ou até mesmo mais vezes, de modo que, somando-se tudo, 8.917 prisões foram registradas. Juntando-se tudo, foram sentenciados a 13.924 anos e dois meses de prisão, duas e um quarto vezes o período desde a criação de Adão. Um total de 2.000 irmãos e irmãs foram lançados nos campos de concentração, onde gastaram 8.078 anos e seis meses, uma média de quatro anos. Um total de 635 pessoas morreram na prisão, 253 tendo sido sentenciadas à morte e 203 delas tendo realmente sido executadas. Que belo registro de integridade!" (1974 Yearbook of Jehovah's Witnesses, p. 212. Em Português: Anuário das Testemunhas de Jeová de 1975, p. 214.)

Como de costume, Brooklyn dá mostras do seu amor aos números ao despejar aqui uma série de números completamente irrelevante. Tudo isto para criar uma imagem de algo realmente gigantesco. Faz lembrar exatamente os relatórios que se ouvem nas assembleias, em que eles nos informam quantas toneladas de batatas, etc., foram consumidas durante a assembleia.

Passemos à frente. Durante os anos setenta eles ficaram-se por estes números, mas depois começaram outra vez os exageros. Agora a tendência é para usar fontes do exterior, não-Testemunhas, supostos "cientistas" e vários escritores e historiadores, para fazer subir outra vez os números. Eis um exemplo:

"O livro Mothers in the Fatherland relatou: "[As Testemunhas de Jeová] foram mandadas para campos de concentração, um milhar delas foram executadas, e outro milhar morreu entre 1933 e 1945.... Católicos e protestantes ouviram os seus clérigos instarem com eles para que cooperassem com Hitler. Se resistiram, fizeram-no contra as ordens tanto da igreja como do estado." (The Watchtower, 1.º de Janeiro de 1989, p. 21.)

Esta artimanha de citar uma fonte exterior, que por sua vez está a usar a Watchtower como fonte, não é nova. A fonte de informação do livro Mothers in the Fatherland é evidentemente a Watchtower de 1950, que disse:

"Já durante o regime de Hitler, cerca de 1.000 testemunhas de Jeová foram executadas como traidores, porque não só recusaram servir na guerra, mas também se opuseram abertamente à autoridade de Hitler. Outras 1.000 testemunhas de Jeová morreram em prisões e campos de concentração." (The Watchtower, 15 de Dezembro de 1950, p. 500.)

Assim, usando esta artimanha, em 1989 eles conseguem aumentar outra vez o número para 2.000 mortos. O tempo dirá se eles farão nova tentativa de elevar o número outra vez para 4.000, ou se se contentam com 2.000 mortos.

Os fatos mostram a absoluta desumanidade e falta de escrúpulos da Watchtower Society quando se trata de usar o destino horrível das vítimas dos Nazis, numa tentativa de conseguir a simpatia e a aceitação das autoridades e do público em geral. Isto verifica-se em especial na Alemanha, onde eles estão a tentar ser reconhecidos como uma Igreja pelo Estado Alemão.

Em 1994 e 1995, a Watchtower Society encenou várias sessões de propaganda, nas quais tentaram tirar o máximo de dividendos possíveis daquilo que aconteceu durante os anos do regime Nazi. Em 1994, eles realizaram um seminário no museu do Holocausto em Washington DC, em 29 de Setembro. Em 1995, foram feitos mais dois na França. O primeiro em Estrasburgo, em 28 de Março e o segundo em Paris, dois dias depois. Do ponto de vista da propaganda, o mais importante foi o realizado em Brandenburg, Alemanha, em 27 de Abril. A Watchtower Society tinha montado uma exposição com o tema "Memoire de Témions" ("Memórias de Testemunhas"). A revista Awake! [Despertai!] de 8 de Junho de 1996, que relatou estes acontecimentos, parece ter ficado muito satisfeita com os resultados. Com o objetivo de conferir um pouco mais de credibilidade a esta propaganda, eles convidaram historiadores e políticos! Na França eles até conseguiram ter um antigo governante a dizer algumas palavras. Aqueles de nós que leram na Watchtower durante tantos anos as tiradas infindáveis de desprezo dirigidas aos políticos e a outros que não são Testemunhas de Jeová, não podem senão sorrir perante uma táctica tão transparente como esta.

Eles devem estar mesmo desesperados em Brooklyn, ao convidarem representantes do sistema de Satanás para estar presente, para tornar a sua propaganda mais credível..."



4 comentários:

  1. É verdade tem mesmo razão, aos costumes das seitas heréticas, não tem limites éticos essa Torre de Vigia! Se a moda pega, imagine quantas indenizações seriam postuladas em Juízo só na América nos idos dos século XX (século vinte hein!), contra as igrejas estilo "igreja, histórica e reformada", tais como as calvinistas, sobretudo presbiterianas e batistas que inscreviam no frontispício de seus templos "PROIBIDA A ENTRADA DE PESSOAS NEGRAS"! É curioso notar que a despeito de sua suposta inferioridade teológica diante da superioridade da tal "ortodoxia teológica bíblica" das igrejas calvinistas, nem entre os pentecostais e nem entre os católicos essa discriminação hedionda e repugnante havia... Por que será? Seria assim a noção de superioridade dessa maravilhosa ortodoxia da teologia que possuem tais igrejas reformadas, aliás, as que contam com uma "plêiade" de teólogos calvinistas? Se a moda de indenizações pega hein...

    Libertas vera est, Christo servire

    ResponderExcluir
  2. Olá Luciano Sena, sugestão para artigo:

    "LÍDERES EVANGÉLICOS DIVULGAM CARTA EM DEFESA DE LUSMARINA SANTOS AMEAÇADA POR DEFENDER O ABORTO"...

    É assim muito revelador que a maioria dos pastores e líderes religiosos que subscrevem tal carta de apoio à pastora abortista da "teologia da missão integral", ou seja, do movimento marxista, socialista entre as igrejas protestantes,é de igrejas tradicionais reformadas, sobretudo batista,luterana, metodista e presbiteriana... Contudo, o curioso é que eu ouço dos apologistas é que seriam assim os pentecostais e neo-pentecostais o problema à macular índole de tão ortodoxa e gloriosa doutrina reformada... Ahã... Sei...

    Confira:

    https://ativismoprotestante.wordpress.com/2018/08/16/lideres-evangelicos-divulgam-carta-em-defesa-de-lusmarina-campos-ameacada-por-defender-o-aborto/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado pela sugestão. Bem lembrado, preciso postar algo contra o aborto.

      Excluir
  3. Marco Antonio de Matos28 de novembro de 2019 às 08:36

    Se e ladrao ou coisa genero nao sei,creio q nao,Acho q único líder evangelico q combateu isso de forma ostensiva ,publica e energetica foi o Malafaia,esse mérito ninguém tira dele.

    ResponderExcluir