quinta-feira, 26 de julho de 2018

Os críticos desesperados – segundo Leandro Quadros


Leandro Quadros escreveu um artigo (http://novotempo.com/namiradaverdade/porque-os-criticos-se-desesperam-quando-afirmamos-que-moises-ressuscitou/)  intitulado “Porque os críticos se desesperam quando afirmamos que Moisés ressuscitou” afirmando o seguinte:

“Ao participar de dois debates na RIT TV sobre a ressurreição de Moisés percebi que imortalistas fazem de tudo para negarem tal ressurreição porque, se provarmos que Moisés ressuscitou, provamos que ninguém pode ir para o Céu apenas com sua alma. Veja nossa linha de raciocínio baseada na Bíblia: Enoque foi trasladado para o Céu com o corpo (Gn 5:24; Hb 11:5). Elias foi trasladado para o Céu com o corpo (2Rs 2:9-14). Logo, se Moisés foi ressuscitado (Jd 1:9; Mt 17:1-8; Lc 9:28-36), isso prova que ele também foi para o Céu com o corpo. Portanto, é impossível, à luz da Bíblia, existir algum “espírito” ou “alma desencarnada” que esteja desfrutando da eternidade ou “castigo eterno” sem antes ressuscitar dos mortos (1Ts 4:13-18; Jo 5:28-29). Isso prova que a morte é um “sono” até a volta de Jesus (Jr 51:57; Dn 12:2, 12; Jo 11:11-14; 1Co 15:18, 51, etc) e que os imortalistas da atualidade precisam rever seus conceitos, assim como têm feito muitos outros teólogos protestantes e católicos. A Ressurreição de Moisés é um duro golpe na doutrina da imortalidade natural da alma, porque ela confirma que não existe ninguém no Céu “em espírito” ou com sua alma (sem o corpo). É por esse motivo que os críticos se desesperam para provar que a presença de Moisés no Monte da Transfiguração foi apenas “uma visão”, ou que ele apareceu “em espírito” (o que não deixaria de ser um espiritismo disfarçado de judaísmo cristão). Quero lhe dar de presente um e-book que preparei para refutar as alegações dos críticos. Com a leitura do material você terá a certeza de que a doutrina bíblica holística sobre a natureza humana – que ensina que não existe redenção fora do corpo (ler 1Co 15) – está em total harmonia com a esperança apostólica de receber a recompensa eterna somente no dia da segunda vinda de Cristo: Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará NAQUELE DIA; e não somente a mim, mas também a todos os que amam A SUA VINDA” (2 Timóteo 4:8).”

Argumentos frágeis e até estranhos. Vamos lá:

1. Os ‘imortalistas’ não teriam nenhuma dificuldade com a doutrina bíblica da imortalidade da alma (Lc 16.19-31, etc, etc) se o caso da transfiguração fosse mesmo conforme o Adventismo defende. Seria um caso de alguém que ressuscitou, foi para céu em um tempo passado e voltou com seu corpo e apareceu ali – qual a dificuldade disso com a imortalidade da alma? Ah sim, tem uma linha de raciocínio... vamos lá

   1.1. Enoque, Elias, foram para o céu com seus corpos [não vou entrar nesse debate aqui, mas assumamos que seja esse o fato para efeitos de sintonia com o argumento de Leandro Quadros] e o que isso depõem contra a doutrina da imortalidade da alma? Não existe nenhuma conexão que provaria tal disparidade nesses casos com essa doutrina claramente ensinada no NT.

2. Diante disso ele conclui vitoriosamente: “Portanto, é impossível, à luz da Bíblia, existir algum “espírito” ou “alma desencarnada” que esteja desfrutando da eternidade ou “castigo eterno” sem antes ressuscitar dos mortos...”

 Será mesmo que é à luz da Bíblia? Vejamos apenas alguns textos -

“Jesus lhe respondeu: "Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso".
... Jesus bradou em alta voz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". Tendo dito isso, expirou.” Lc 23.43, 46

“Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que haviam sido mortos por causa da palavra de Deus e do testemunho que deram.Apocalipse 6:9

“Vi as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus.” Apocalipse 20:4

O ‘portanto’ dele não possui “tanto” assim! Na verdade Leandro tem que seguir a sua profetisa que diabolizou essa doutrina bíblica:

... a declaração da serpente a Eva, no Éden – ‘Certamente não morrereis’ – foi o primeiro sermão pregado acerca da imortalidade da alma. Todavia, essa declaração repousando apenas na autoridade de Satanás, ecoa dos púlpitos da cristandade, e é recebida pela maior parte da humanidade tão facilmente como o foi pelos nossos primeiros pais [...] depois da queda, Satanás ordenou a seus anjos que fizessem um esforço especial a fim de inculcar a crença da imortalidade inerente do homem [...]” (Grande Conflito, p. 539,540).

Já que é um ensino bíblico – como vimos nos textos acima, e essa senhora blasfemou a doutrina de tal forma, e se Leandro Quadros a segue, creio que ele corre o risco de estar enquadrado dentro de uma verdade bíblica muito séria:

“Ele [o diabo] fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar. Por essa razão Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira, e sejam condenados todos os que não creram na verdade, mas tiveram prazer na injustiça.” 2 Tessalonicenses 2:10-12

Nota - Ressurreição e Estado Intermediário, são contraditórios? Os Adventistas e as Testemunhas de Jeová pensam que sim. Temos que começar nossa resposta mostrando que apesar da insatisfação de alguns, não existe tensão entre esses ensinos, de maneira alguma. No estado intermediário temos uma prévia demonstração ao espírito/alma, do que ele receberá após a ressurreição juntamente com o corpo. Em nenhum caso é a retribuição plena do que foi estabelecido para ele, mediante sua fé ou não no Evangelho, segundo a graça de Deus (Jo 3.16,36). É um estado de espera (Hb 12.23; Ap 6.9,10). Em segundo lugar, devemos destacar que o estado intermediário não é apresentado como esperança escatológica na Bíblia. Tal como a morte ‘não era’ do plano de Deus, em sua proposta no pacto de obras com Adão, o estado intermediário é um esquema temporário a isso que surgiu por causa da morte (Gn 3.19; Ec 12.7 [veja Mt 25.41]). Em terceiro, destaco que é impossível uma alma sem corpo desfrutar do Novo Céu e da Nova Terra, sem ter seu corpo glorificado. Somos pessoas com alma/espírito e corpo. Um todo, e não apenas partes, é a imagem de Deus. De igual maneira, é impossível uma punição plena aos ímpios, sem deflagrar também contra o instrumento da alma – o corpo (Mt 10.28; I Co 6.13). Não temos muitas evidências bíblicas de como serão os corpos dos ímpios, mas Cristo prometeu que os ímpios ressuscitarão (Lc 11.29-32). Portanto, a promessa escatológica só pode ser desfrutada após o retorno do Senhor Jesus, quando Ele glorificar os santos – dando-lhes um corpo glorificado- unindo a alma e o corpo (I Ts 4.16-18 Ap 20.4). Então, ele será capaz de desfrutar da presença de Deus de uma maneira que sua alma não podia. Afinal, agora ele está com um corpo semelhante ao que o Senhor Jesus tem! (I Jo 3.2). Já que o céu é chamado de paraíso na Bíblia (Lc 23.43; II Co 12.4; Ap 2.7) é correto dizer que quando um cristão morre ele vai para o paraíso. Ou mesmo dizer “estar com Cristo” é aceitável nos dizeres bíblicos (Fl 1.23). Os termos “descanso” ou “sonos dos justos” (I Ts 4.13) são linguagens figuradas que representam o descanso que nosso corpo recebe em relação aos trabalhos e sofrimentos na existência terrena atual [nesse caso, até mesmo o ímpio], e a completa inconsciência de nossa alma para com as tribulações desse mundo (Ec 9.4-6,10).
                          
                                    
                                Desta maneira, não existe desespero algum, caro Leandro Quadros...

2 comentários:

  1. Vixi querido irmão Luciano Sena, parece que os IASD´S não estão dando mais ibope para seu blog!
    Boa sorte!
    Abraços!

    ResponderExcluir