terça-feira, 9 de maio de 2017

Respondendo as perguntas adventistas sobre a imortalidade da alma de Azenilto Brito postada por Leandro Quadros - Parte 4

11ª: Sendo que consta ser Moisés o autor do antiquíssimo livro de Jó, não parece estranho que em tal livro ele não deixe a mínima pista de uma noção dualista, pois retrata o patriarca expressando uma visão holista, não dualista (ver observação a seguir)? Observações: O livro de Jó é um golpe de morte sobre a noção dualista. O patriarca compara a morte a um rio que se seca e a um lago cujas águas são drenadas, e quando se refere diretamente ao estar com Deus, fala do tempo quando o Redentor “Se levantará sobre a Terra”, sem deixar a mínima pista de uma alma indo ao Seu encontro (ver 14:7-14 e 19:25-27).
Sendo Moisés, ou não o autor do livro de Jó, - isso não faz nenhuma diferença aqui. E mais uma vez, ele gira em torno da falácia: que deveria ser dito o que ele acha que deveria!! ... é um argumento falacioso, que algo sobre a imortalidade da alma deveria ser dita nessa ocasião! Visto que Brito e Quadros, já possuem a camisa de força hermenêutica, e dispensam as informações mais claras a respeito do assunto contida em outras partes da Bíblia, ele imagina que está com um golpe certeiro contra a crença da imortalidade da alma!
Como eu já disse a ressurreição e a imortalidade da alma, não são crenças opostas, mas complementares, porém, pelo que percebemos da leitura, em cada discurso bíblico algo não torna necessário uma alusão ou explicação do outro assunto. Vou citar um exemplo – em outro tema: Em Romanos 7.1-3, o Apóstolo não menciona nenhuma possibilidade de divórcio por causa de adultério, porém, quando Jesus mencionou o divórcio e novo casamento por causa de adultério, ele não mencionou nada a respeito da viuvez (Mt 5.32; 19.9)! ‘Seria a oportunidade certa de falar todo o assunto correlacionado!?’ Os adventistas devem parar de dizer o que Deus tinha que dizer na hora que eles querem, até por que, na hora que Deus falou isso na Escrituras, eles não lêem, mas subjugam o texto com a leitura que atribuem (ex. Mt 10.28)
12ª: Onde exatamente se situa a “alma imortal”? Já que se estabelece o paralelo ‘fôlego de vida/alma imortal’, e Jó declara a certa altura, “enquanto em mim houver alento, e o sopro de Deus no meu nariz” (Jó 27:3), é aí que se situa essa “alma imortal”, no nariz de cada um?Observações: Se o paralelo ‘fôlego de vida/alma imortal’ for válido, realmente essa alma entra e sai no organismo, pelo menos em boa quantidade, o tempo todo, saindo contaminado (gás carbônico) e entrando novo fôlego de outra substância (oxigênio) para purificar o sangue. Coisa bem estranha para parecer algo fluídico que tem consciência e para sempre permanece após a morte.
Aqui, o erro do Sr Brito está em desconsiderar o que eu já disse a respeito da carga semântica presente nos termos bíblicos. Não há apenas um sentido nos termos espírito e/ou alma, dado nos Léxicos e Dicionários Bíblicos. Já que para os adventistas, os termos, espírito e alma, não podem significar algo imaterial, assim tais perguntas surgem, com certo grau de dificuldade lógica, no entanto, sem correspondência com a realidade. Até mesmo a tradução para o simples termo alma, um erudito em hebraico diz:
“Ainda que sirva para dar sentido na maioria das passagens, é uma infeliz tradução incorreta do termo. A real dificuldade do termo é vista na inabilidade de quase todas as traduções de encontrar um equivalente consistente ou mesmo um grupo pequeno de equivalentes de alta freqüência para o termo. O problema com o termo “alma”, é que nenhum equivalente do termo ou da idéia por trás dele é representado no idioma hebraico.” (Dicionário E. W. Vine, p. 34).
Portanto é claro que no uso de “alma” no texto de Jó, citado por Brito, alguma das várias facetas do sentido do termo foi usada, conforme notificado no texto, porém, não no sentido que ele está questionando – não por que não exista, mas esse não era o foco do uso naquele contexto.
13ª: Por que Jesus diz a Seus seguidores que iria subir para lhes “preparar lugar”, mas a ênfase está no momento do reencontro com eles quando retornasse para os receber, e não quando morressem e suas almas fossem para o céu para as irem ocupando (João 14:1-3)? Observações: A opinião popular é de que na morte a alma dos falecidos salvos vai para o céu, quando encontram a Cristo e todos os demais que para lá foram antes. Contudo, é estranho que Jesus não diga nada sobre essas moradas estarem disponíveis antes do tempo de Seu retorno, deixando implícito que só então levará os Seus consigo para ocuparem ditas moradas.
Já respondi argumento semelhante. Como eu disse, Azenilto Brito é repetitivo, para engrossar o caldo. Pois bem, há uma diferença entre o estado intermediário e o estado glorificado. Um é de descanso e espera (Ap 6.9,10), o outro é de reinado e julgamento (Ap 20.4,5). Em João 14.1-3, Jesus está falando do usufruto do céu na glorificação, visto que ele fala de voltar para buscar os seus. Aqui, os apologistas adventistas simplesmente desconsideram a Escatologia Protestante Reformada a respeito do assunto. Não preciso ir mais adiante a respeito desse tema aqui, por falta de conexão entre a objeção e o objeto.
14ª: As palavras de Jesus em João 5:28 e 29, sobre a ressurreição final de salvos e perdidos, são antecedidas pela Sua declaração: “. . . vem a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem, viverão” (vs. 25). Por que VIVERÃO só a partir de então, quando deviam estar vivos num estado intermediário, como “almas imortais”?
Observação: A linguagem de Cristo pelo contexto torna claro que os que VIVERÃO são os que estiverem nas sepulturas, não em alguma parte do universo—céu, inferno, purgatório, hades. . .
Cada argumento... aqui cabe duas colocações, para depois mostrar a fraqueza da objeção. Em primeiro lugar, como eu já disse, o homem não foi criado para viver sem alma, o corpo faz parte da constituição humana. Ele será incompleto, enquanto não estiver com seu corpo. Daí a preocupação bíblica da ressurreição, esperança essa que nos alenta. Em segundo lugar, a ênfase da ressurreição é dada ao que morre, isto é o corpo. Jesus mostrou que não precisamos temer quem mata o corpo, mas não pode matar a alma. Devemos temer quem pode fazer perecer ambos. Corpo e alma. Portanto, a ressurreição é benção para o homem todo, mas o objeto de sua atividade é o corpo, afinal só ressuscita o que morre. Jesus está falando exatamente o que ocorrerá ao corpo na ressurreição. E o que o questionamento exige? Nada que seja tratado no texto, mas a velha exigência do que supostamente ele deveria ter dito ou que está subentendido como refutação.
15ª: Por que Jesus, quando confortava as irmãs do falecido Lázaro, além de ter empregado antes a metáfora do sono—“Nosso amigo Lázaro está dormindo. . .”—não lhes indicou que o falecido estava na glória celestial, mas referiu-lhes a esperança da ressurreição (João 11:17-27)? ObservaçõesÉ comum consolarem-se os enlutados falando de como seus falecidos estão felizes por terem trocado este mundo de sofrimento e dor pela habitação nos “páramos da glória. . .”. Contudo, não é este o quadro do diálogo de Cristo com as irmãs de Lázaro. O tema da conversação deles não é o suposto destino celestial do fiel seguidor de Cristo, mas a FUTURA ressurreição dos mortos.
O apologista causa celeuma, em seus argumentos, mas não conteúdo. Se Jesus (em João 11) usou a metáfora que Lázaro estava dormindo (v.11), quando estava morto, ao que os discípulos entenderam ser um sono comum (v.12), depois Jesus falou claramente que aquele sono era a morte (v.14), é obvio que Jesus está falando de alguém que existia, mas estava em um sono. Por que a analogia do sono? Evidentemente, que alguém está dormindo está inativo em relação ao mundo ao seu redor, mas que está sim vivo em outra dimensão (Lc 16.22), e que em breve acordará.
Quanto à mesma exigência falaciosa, de que aqui deveria ser dito o que eles dizem que deveria, é bom lembrar que o Senhor Jesus disse ao ladrão na Cruz que eles estariam juntos aquele dia no Paraíso (Lc 23.43). Já pensou, se fossemos tão presunçosos quanto a esses dois adventistas e disséssemos: “Por que Jesus não falou de ressurreição ao Ladrão arrependido?” Mas esse tipo de questionamento, para interesses dogmáticos, e heréticos, nem sempre são honestos com o texto em tela.
16ª: Quando Cristo ressuscitou Lázaro, já morto por quatro dias, tirou-o do céu, do inferno ou do purgatório? Se foi do céu fez-lhe uma maldade trazendo-o de volta para sofrer na Terra. Se do inferno (pouco provável, pois era um seguidor do Mestre), concedeu-lhe uma segunda oportunidade de salvação, o que é antibíblico. Observações: Lázaro ressuscitou e não trouxe nenhuma informação do mundo do além. Se tivesse algo a contar, sem dúvida João teria o maior interesse em reproduzir o seu testemunho no seu evangelho.
Pobre argumento do silêncio, vazio. Não há no evangelho nenhuma palavra de Lázaro, e pelo jeito os Evangelhos não nos informam nada de qualquer que sejam suas conversas com Jesus. Apesar de serem amigos. Nem mesmo o conteúdo da conversa entre Moisés e Elias com Cristo, na visão da Transfiguração (Mt 17.3). Esse é o argumento do silêncio, que o sr Brito está recorrendo desde o começo de suas perguntas. Todo argumento baseado no silêncio pode ser silenciosamente abandonado!
Mas o questionamento dos apologistas adventistas, podem ser respondidos com mais dignidade do que eles aparentam. Em primeiro lugar, Deus não autoriza informações de quem morreu ser trazidas para o mundo físico. Parece que esse princípio tem na parábola do Rico e Lázaro. Que informação mais digna, um pecador como Lázaro, podia trazer do que aquelas que o Senhor Já estava dando a respeito do Pai? (Jo 1.17,18). Segundo que é possível que nesse período a experiência do discípulo Lázaro, irmão de Marta e Maria, tenha sido restrita e não mais comunicada à memória de Lázaro, haja vista o propósito temporário de sua morte (Jo 11.4,6,11,23) quando ele retornou ao mundo físico. Terceiro, ele mesmo pode ter guardado as informações que teve se é que lembraria delas (compare com Ap 10.4).

Continua...

9 comentários:

  1. Demonstrar que a imortalidade existe pode ser difícil, mas provar que ela não existe é impossível!

    Agostinho Antialienação

    Libertas veras est, Christo servire

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  2. Olá Sr. Adventista

    Boa noite

    A ressurreição só é possível por causa da imortalidade da alma, pois o fôlego de vida mortalista é algo inconsciente que não tem a força suficiente para fazer ressurgir um corpo com sua estrutura material.

    A morte é o momento da separação e no caso dos crentes no Senhor a alma vai estar com Cristo é só lembra das palavras de Paulo que ele queria partir para estar com Jesus. Até mesmo na visão mortalista existe tal separação de dois elementos então a definição dos elementos é importante o corpo é uma coisa o fôlego de vida é outra então perceba a importância de ter um elemento imortal bem definido.

    O Holismo mortalista não se sustenta pois entende que dois elementos inconscientes se juntam para formar um ser consciente e isso é impossível por isso se faz necessário um elemento imaterial consciente que defina o ser.

    De acordo com a visão mortalista que cre que a “alma” é o ser por inteiro então podemos concluir que o fôlego de vida participa de forma ininterrupta na vida do ser e assim os pensamentos que o corpo pensa vem da ação do fôlego de vida no corpo então tal fôlego faz atos em Cristo ou atos fora de Cristo na vida dos seres humanos e como algo insconsciente ficaria ser punição ou salvação assim? Como pode em Eclesiastes todos os fôlegos voltarem para Deus visto que os fôlegos nos seres humanos participam da vida dos seres fazendo os mesmos amarem o pecado ou ter uma vida em Deus?

    A alma vivente mortalista é a soma de dois elementos então quando uma alma vivente morre 50% fica na terra e 50% volta para Deus.

    Na visão bíblica o ser humano é uma alma pois ser uma alma vivente significa ser um ser em si definido de forma objetiva e somente o conceito de alma imortal preenche isso, não é possível ser alma vivente sendo uma soma de dois elementos inconscientes isso é uma soma vivente e não uma alma vivente.

    Um grande abraço

    Luiz

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  3. Sobre a questão do divórcio citada no texto, em nenhum verso cita que por causa de adultério pode haver segundo casamento, visto que a palavra ali é prostituição e não adultério.

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  4. Interessante o termo camisa de força, caiu bem essa comparação.

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  5. Os Adventistas disseram : "12ª: Onde exatamente se situa a “alma imortal”? Já que se estabelece o paralelo ‘fôlego de vida/alma imortal’, e Jó declara a certa altura, “enquanto em mim houver alento, e o sopro de Deus no meu nariz” (Jó 27:3), é aí que se situa essa “alma imortal”, no nariz de cada um?Observações: Se o paralelo ‘fôlego de vida/alma imortal’ for válido, realmente essa alma entra e sai no organismo, pelo menos em boa quantidade, o tempo todo, saindo contaminado (gás carbônico) e entrando novo fôlego de outra substância (oxigênio) para purificar o sangue. Coisa bem estranha para parecer algo fluídico que tem consciência e para sempre permanece após a morte."

    Resposta: Aí acima os Adventistas disseram...... "Se o paralelo ‘fôlego de vida/alma imortal’ for válido, realmente essa alma entra e sai no organismo, pelo menos em boa quantidade, o tempo todo, saindo contaminado (gás carbônico) e entrando novo fôlego de outra substância (oxigênio) para purificar o sangue. Coisa bem estranha para parecer algo fluídico que tem consciência e para sempre permanece após a morte."

    Resposta: Eles lançam este argumento partindo da pressuposição - - deles é claro - - simplista de que Deus em Gn.2:7 soprou - - segundo os protestantes- - uma alma imortal em Adão. Isto só mostra a ignorância deles com respeito ao assunto. Na verdade Deus ao soprar o alento divino no homem - - o que não fez com nenhuma outra criatura - - implantou nele os seus atributos de autoconsciência e inteligência em forma de imagem e semelhança. O cérebro de Adão não poderia criar de si mesmo as características e faculdades divinas que tornam o homem a semelhança de seu criador . Quanto à Jó 27:3 a inspiração/expiração em ato contínuo no ser humano mostra o aspecto funcional e provisional do alento/sopro em manter a vida fisíca/biológica enquanto se manifestam no homem os atributos nele implantados por Deus através do soprar o seu alento. O pensamento e a respiração estão intimamente conectados. Se a respiração parar o pensamento para também. Como os atributos de Deus implantados no homem como imagem - - o que o torna a imagem e semelhança de Deus - - não possuem origem material quando o homem expira pela última vez estes atributos de autoconsciência e inteligência - - e que pela sua própria origem divina não podem ser aniquilados - - continuam existindo como autoconsciência. Não tem como rebater isso; a não ser que as qualidades de Deus tivessem sua origem no mundo animal, o que seria o cúmulo do absurdo. O homem é a imagem e semelhança de Deus como inteligência/Eu existo. Quando Deus soprou em Adão foi essa imagem de autoconsciência e inteligência divinas - - ausente nos animais - - que foi inserida no homem e que não pode morrer. Adão quando estava deitado lá não tinha estes atributos preexistindo dentro de seu cérebro. Quando Deus os introduziu lá através do sopro divino imbuído destas faculdades de autoconsciência e inteligência o cérebro do homem foi energizado e posto para atuar em sua casa terrena o corpo.


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  6. Os Adventistas debochadamente disseram.......... "Se o paralelo ‘fôlego de vida/alma imortal’ for válido, realmente essa alma entra e sai no organismo, pelo menos em boa quantidade, o tempo todo, saindo contaminado (gás carbônico) e entrando novo fôlego de outra substância (oxigênio) para purificar o sangue."


    Resposta : Já respondi ali acima quando afirmei: "A inspiração/expiração em ato contínuo no ser humano mostra o aspecto funcional e provisional do alento/sopro em manter a vida fisíca/biológica enquanto se manifestam no homem os atributos nele implantados por Deus através do soprar o seu alento."

    Agora eles disseram ali acima: " "Se o paralelo ‘fôlego de vida/alma imortal’ for válido, realmente essa alma entra e sai no organismo, pelo menos em boa quantidade, o tempo todo, saindo contaminado (gás carbônico) e entrando novo fôlego de outra substância (oxigênio) para purificar o sangue."

    Resposta: Eu devolvo essa bobagem com outra. Se Deus simplesmente soprou oxigênio nas narinas de Adão, então cada vez que o homem inspira Deus está soprando em suas narinas e cada vez que o homem expira Deus recebe seu fôlego e sopra de novo. Cada uma, eu hein!

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  7. A própria Ellen White afirmou....“Nossa identidade pessoal é preservada na ressurreição, conquanto não as mesmas partículas de matéria ou substância material como depositadas na sepultura. As maravilhosas obras de Deus são um mistério ao homem. O ESPÍRITO, O CARÁTER DO HOMEM RETORNA PARA DEUS, PARA ALI SEREM PRESERVADOS. Na ressurreição todo homem terá o seu próprio caráter. Deus em Seu próprio tempo chamará os mortos, dando-lhes novamente o fôlego de vida, e ordenando aos ossos secos que vivam. A mesmo forma sairá, mas estará livre de doença e todo defeito. Vive novamente trazendo a mesma individualidade de feições, de modo que amigo reconhecerá a amigo. Não há lei de Deus na natureza, que revele que Deus retorna as mesmas partículas idênticas de matéria que compuseram o corpo antes da morte. Deus dará aos justos mortos um corpo que O compraza (MS 76, 1900)”. 6BC 1093."

    Ela mesma tem de admitir que de alguma forma a individualidade do homem tem de continuar existindo, e olhe que individualidade quer dizer personalidade.

    Ela disse: "Não há lei de Deus na natureza, que revele que Deus retorna as mesmas partículas idênticas de matéria que compuseram o corpo antes da morte."

    Por este motivo ela tem de concordar com a sobrevivência da individualidade humana em outro domínio que não seja o corpo que não existe mais, e que será substituído por um novo corpo na ressurreição que receberá a individualidade ou o caráter do indivíduo que na morte havia retornado para Deus.

    Munidos com estas informações que os Adventistas expliquem Eclesiastes 12:7 onde diz que.... E o pó volte a terra como era e o espírito volte a Deus que o deu."

    Ainda que Ellen White não esteja se referindo a consciência entre a morte e a ressurreição, o que é interessante é o fato de ela conceder a existência do caráter ou individualidade das pessoas FORA do corpo físico e que a saída do fôlego de vida no momento da morte não é tão impessoal assim pois carrega consigo a individualidade de cada ser humano.

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  8. Os Adventistas disseram......... "13ª: Por que Jesus diz a Seus seguidores que iria subir para lhes “preparar lugar”, mas a ênfase está no momento do reencontro com eles quando retornasse para os receber, e não quando morressem e suas almas fossem para o céu para as irem ocupando (João 14:1-3)? Observações: A opinião popular é de que na morte a alma dos falecidos salvos vai para o céu, quando encontram a Cristo e todos os demais que para lá foram antes. Contudo, é estranho que Jesus não diga nada sobre essas moradas estarem disponíveis antes do tempo de Seu retorno, deixando implícito que só então levará os Seus consigo para ocuparem ditas moradas.


    Resposta: "A própria Ellen White afirmou....“Nossa identidade pessoal é preservada na ressurreição, conquanto não as mesmas partículas de matéria ou substância material como depositadas na sepultura. As maravilhosas obras de Deus são um mistério ao homem. O ESPÍRITO, O CARÁTER DO HOMEM RETORNA PARA DEUS, PARA ALI SEREM PRESERVADOS. Na ressurreição todo homem terá o seu próprio caráter. Deus em Seu próprio tempo chamará os mortos, dando-lhes novamente o fôlego de vida, e ordenando aos ossos secos que vivam. A mesmo forma sairá, mas estará livre de doença e todo defeito. Vive novamente trazendo a mesma individualidade de feições, de modo que amigo reconhecerá a amigo. Não há lei de Deus na natureza, que revele que Deus retorna as mesmas partículas idênticas de matéria que compuseram o corpo antes da morte. Deus dará aos justos mortos um corpo que O compraza (MS 76, 1900)”. 6BC 1093."

    Bem-vindo, seguindo o raciocínio de White, se o caráter/personalidade retorna a Deus, tal caráter não pode ser algo morto pois era a expressão viva de alguém que existia. Pelo que concluímos que o caráter de uma pessoa constitui a essência desta como sua peculiaridade e que, segundo White voltou para Deus para ali ser preservada. Se o caráter de uma pessoa era algo vivo sendo a expressão da inteligência da pessoa em termos práticos e individuais, ele tem de permanecer e retornar a Deus nestas mesmas condições após a dissolução do corpo físico, ou seja VIVO, porque em Deus não existe morte.

    Agora existe alguma coisa errada aqui com esta visão de White. Se todos os crentes desde Adão estão passando pelo crivo do Juízo Investigativo para ver se irão para o céu ou não, como é que suas individualidades/caracteres já voltaram para Deus? Os caracteres dos homens já preexistiam em Deus... é, porque White disse que eles RETORNAM para Deus? Alguém ou algo somente pode retornar de onde veio. Voltaram para o Ser de Deus? Não pode porque a essência de Deus subsiste no Pai e no Filho e no Espírito Santo. Nada pode ser tirado ou acrescentado do ser de Deus. Se estes caracteres não podem voltar ao ser de Deus como fazendo parte da natureza de Deus, a única opção é que tais caracteres aguardem a ressurreição FORA da pessoa de Deus.

    Então Deus o Pai terá de entregar ao Filho esses milhões de caracteres que haviam voltado para ele - - segundo White - - para que tais caracteres acompanhem o Senhor a fim de Entrarem nos novos.

    E também para onde vão os caracteres dos ímpios? Não podem "voltar" para Deus porque em Deus não existe pecado e também porque eles não tem nada a ver com Deus, não são seus filhos, mas filhos do diabo. Por exemplo... Para onde foram os caracteres de Caim, Jezabel, Judas, Calígula, Nero, Hitler, Stalin, enfim de todos os perdidos desde Adão?

    Os salvos não se encontram na presença imediata de Cristo porque ele ainda está fazendo intercessão, mas são apresentados no Apocalipse como estando situados debaixo do altar de incenso. Na vinda de Cristo os mortos serão ressuscitados "num piscar de olhos." Estão no céu debaixo do altar e ao soar da trombeta final já estarão em seus corpos glorificado para se encontrar com o seu Salvador. Essas são verdades espirituais não tendo nada a ver com ciência, filosofias e o mundo em geral.

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  9. Correção: Onde diz.... "Então Deus o Pai terá de entregar ao Filho esses milhões de caracteres que haviam voltado para ele - - segundo White - - para que tais caracteres acompanhem o Senhor a fim de Entrarem nos novos." ler "Então Deus o Pai terá de entregar ao Filho esses milhões de caracteres que haviam voltado para ele - - segundo White - - para que tais caracteres acompanhem o Senhor a fim de entrarem nos novos corpos."

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