sábado, 19 de março de 2016

Como ser um bom aluno na EBD?


Na atividade pedagógica da igreja, muitas pessoas apreciam um mestre capaz, quer seja nas aulas, quer seja na pregação. De fato, quem ensina, faz muita diferença. A Bíblia diz que quem ensina deve fazer isso com esmero, com dedicação (Rm 12.7). A marca do ensino de Jesus foi seu ensino eficaz, simples e com poder (Mt 7.29). Existem vários princípios bíblicos que nos orienta para um ensino com qualidade e eficaz. Porém, não é sobre quem ensina que quero tratar aqui, mas a respeito de quem aprende. Em muitos casos, quem está aprendendo não aprendeu a aprender, e isso, faz uma enorme diferença também. Às vezes criticamos os professores, mas também podemos ser péssimos alunos. Perceba que a Bíblia repetidas vezes afirma “quem tem ouvidos ouça”:

“Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Mateus 11:15 Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Mateus 13:9 Se alguém tem ouvidos, ouça. Apocalipse 13:9 E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Marcos 4:9 Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça. Marcos 4:23Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça. Marcos 7:16 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Apocalipse 2:29 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Apocalipse 3:6 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Apocalipse 3:13 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Apocalipse 3:22 Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.Lucas 16:29 Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Mateus 13:43 por isso te rogo que me ouças com paciência. Atos 26:3 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas Apocalipse 2:11 Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Lucas 14:35 Escutai vós, pois, a parábola do semeador. Mateus 13:18

“Ouça!!!” Não é apenas uma referência do processo de audição, mas uma advertência que aqui é o exercício da obediência,  de como temos recebido a ordem, o ensino, e isso, só será possível se prestarmos atenção naquilo que aprendemos, portanto, em como aprendemos.  Os teólogos de Westminster sintetizaram bem a perspectiva do aprendizado, na pergunta e resposta do Catecismo Maior:

“Que se exige dos que ouvem a Palavra pregada? “Exige-se dos que ouvem a Palavra pregada que atendam a ela com diligência, preparação e oração; que comparem com as Escrituras aquilo que ouvem; que recebam a verdade com fé, amor, mansidão e prontidão de espírito, como a Palavra de Deus; que meditem nela e conversem a seu respeito uns com os outros; que a escondam nos seus corações e produzam os devidos frutos em suas vidas.” Dt 6:6,7;Sl 84:1,2,4;119:11,18; Lc 8:18; I Pe 2:1,2; Ef 6:17,18; At 17:11; Hb 2:1;4:12; Tg 1:21.”

Elementos indicados para o bom aprendizado:

1.      diligencia – aprender envolve trabalho, esforço, dedicação, se viermos para a escola dominical ou para o culto, com a ideia de descansarmos, com atenção displicente, não aprenderemos nada efetivamente. Anotações breves pode nos auxiliar na diligencia.
2.      preparação – aqui envolve um interesse consciente. Descansar antes, e se desligar de interesses seculares. Nos livrar antecipadamente daquilo que pode atrapalhar nossa atenção, conversas durante a EBD, celular, levar apetrechos para o local de reunião, deixar as crianças de qualquer maneira, e se incomodar com coisas supérfluas.
3.      orar – interceder pela escola dominical, pelo sermão, pelos estudos, em nossas orações pessoais, pedir para que Deus capacite os professores, pregadores, e que nos capacite a aprender, orar por outros alunos, é algo que as pessoas não fazem, na maioria das vezes. Isso cria afinidade espiritual com esses recursos ordinários que Deus delegou como meios de graça.
4.      ler a escritura – no ensino da Noiva de Cristo, apenas a Sua carta é autoridade inspirada. Devemos ler os textos bíblicos mencionados no estudo, no sermão, e qualquer afirmação feita pelo professor, pregador, etc, deve ser comparada com as Sagradas Escrituras. A autoridade do pregador (e dos livros usados, revistas, nem dos símbolos de fé), não é inata a ele, mas atrelada à Palavra.
5.      "que recebam a Verdade com fé , de amor , mansidão e prontidão de espírito , Como a Palavra de Deus " – receber a instrução apresentada desta maneira, é o resultado esperado. Quem tem essa disposição, aprende melhor. Sem resistir, sem justificar, sem racionalizar, sem dirimir, sem aumentar, apenas receber com “o coração pronto e sincero” como dizia João Calvino.
6.      Meditar – pensarmos um pouco mais nas realidades bíblicas estudadas, pode nos aproximar de uma meditação bíblia mais salutar. Medite em como você reagiria se estivesse o lugar de Jó? Caso fosse Thiago ou João Batista? Se ao menos fosse um expectador à frente do túmulo de Lazaro?! Meditar nos relatos bíblicos é viver emocionalmente as situações ali, para que a nossa devoção pessoal seja aprimorada.
7.      Conversar a respeito – é muito triste ver nos corredores da igreja irmãos conversando apenas sobre futebol, filmes, novelas, política, passeio, diversão, trabalho, entre outros assuntos, e tão pouco a respeito do conteúdo tratado na EBD, no sermão, e do culto. Devemos continuar tendo interesse nisso em nossa comunhão cristã, especialmente no ambiente de culto, e do templo. Não que não conversaremos sobre outros assuntos, mas que não seja esses assuntos nossa prioridade.
8.      “que a escondam nos seus corações” – Na psicologia bíblica, o coração está ligado ao centro das motivações. Ele que determina nosas ações, na linguagem bíblica. Sendo, nessa perspectiva o centro de nossos desejosos. Fazer dele nosso baú, nde guardamos as coisas preciosas de Deus.
9.      “produzam os devidos frutos em suas vidas.” –Na perspectiva do Catecismo, ‘produzir frutos’, quando ouvimos a Palavra, é agir em conformidade com ela. Podemos até ser bons alunos na EBD, prestarmos atenção, anotarmos, nunca faltarmos, e ainda sim, sermos péssimos cristãos em nosso lar, em nosso ministério, no ambiente de trabalho e na escola. O processo educacional da Igreja, busca imprimir em nós o caráter de Cristo. Esse é o objetivo final.


“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança da manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo.” (Tt 2.11-13).

2 comentários:

  1. Como cristãos reformados, espero que não abracem o homossexualismo que os presbiterianos dos EUA fizeram.
    Espero também que não afirmem que o homossexualismo foi defendido por Paulo como algo natural e aceito por Deus.

    ResponderExcluir
  2. Como cristãos reformados, espero que não abracem o homossexualismo que os presbiterianos dos EUA fizeram.
    Espero também que não afirmem que o homossexualismo foi defendido por Paulo como algo natural e aceito por Deus.

    ResponderExcluir