quarta-feira, 12 de junho de 2013

O Sábado em Gênesis, a sua introdução no período mosaico e o Domingo

Dizer que o sábado é apenas moral é um reducionismo doutrinário, ao passo que dizer que ele é apenas uma lei para a nação de Israel é outro. Dizer que são ambos (como eu creio) sem uma qualificação exaustivamente bíblica, é uma generalização que cobrará pedágio, mais cedo ou mais tarde.

Devemos começar dizendo que a razão de Deus santificar e abençoar o sétimo dia, foi uma celebração de Seu descanso (Gn 2.2,3; Ex 20.11). Ele ‘descansou’ e santificou, isto é, a Sua atitude tornou o dia especial. Não existe suficiente evidência bíblica para dizer que o sábado era guardado por Abel, Enoque, Noé, Abraão, Isaque, Jacó e José. Geerhardus Vos confirma: “Sinais de uma observância prévia do Sabbath não são encontrados no Pentateuco [Cf. Êx 16.23]. É certo que a semana de sete dias era conhecida antes do tempo de Moisés [Cf Gn 29.27]. Esse modo de contar o tempo, cujas origens estão esquecidas, pode remontar à instituição original do Sabbath.” (Teologia Bíblia, p. 173).

É “provável” que em seu trabalho de cultivo e guarda do Éden, Adão guardasse o sétimo dia como uma celebração da criação. O que fica difícil de assegurar se houve uma ordem nessa direção, visto que existem vários mandamentos no relato da criação (Gn 1. 28,29; 2.15,16,17). Por isso, não tenho certeza. A sequente ordem de guardar o dia que o SENHOR santificou não é apresentada em Gênesis, como o é em Êxodo.

Tirando esses fatos, alguns subjetivos, toda a história patriarcal, na verdade desde Abel, está em absoluto silêncio quanto ao sábado. O motivo de tal silêncio é desconhecido*. Pensar que eles estavam cumprindo fielmente o ‘preceito’ que posteriormente foi normatizado em mais detalhes, é adicionar um elemento estranho ao relato.

(*O autor da carta aos Hebreus pode nos ajudar em um pensamento. Embora o assunto seja o da graça e não do sábado em si, podemos ver no capítulo 4º da carta algo que nos interessa para o tema: “...entrar no descanso de Deus... E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera... Não entrarão no meu descanso...” (Hb 4.1,4,5). Os textos sugerem que o descanso existia, como vislumbre da graça, mas entrar no descanso era um fator de convite. Pois bem, fazendo uma analogia, [pode ser uma associação ilegítima] quando leio Gn 2.2,3 temos o descanso de Deus e não um convite ou uma ordem para que outros entrem nele após Queda, até o período mosaico.)

Repito, não tenho certeza nem mesmo se Adão observou o dia sétimo após a Queda. Essa dúvida se instala, além do silêncio, também parcialmente quando leio Gn 5.29. Mesmo os sacramentos do VT, a circuncisão e da páscoa, não foram cumpridos em situações adversas e de frieza espiritual (Js 5.1-12).

A ‘restauração’ do Sábado se dá em Ex 16.4-6, 22-27. É ali que temos a primeira evidência clara de que Deus já tinha algo em relação ao sábado antes do período mosaico. Ao mesmo tempo, é a primeira vez que tal observação é imposta. Obviamente eles não guardavam o sábado no Egito (Ex 5.6-19; Dt 5.15). Anexo a isso, o mandamento finalmente diz para o santificar(Ex 20.8). E sendo bem honesto com os limites da Escritura, o ato de santificar agora fica vinculado a um descanso imposto. Em Israel o sábado também foi uma lei trabalhista, moral e cívica,  e o seu descumprimento era retribuído com a morte (Ex 35.2).

Apesar da Lei Moral de Deus existir com Ele, devemos lembrar que a formulação dessa lei foi dada apenas por meio de Moisés (Jo 1.17). Reconhecendo isto os Cânones de Dort,  diz em parte dos  “... Dez Mandamentos, dada por Deus através de Moisés, particularmente aos judeus.” (Cap. 3-4, art. 5).

Resumindo, parcialmente, o que estou propondo até agora: A) Deus descansa e santifica o sábado como celebração da criação. B) Adão sabe e por inferência deduzimos que ele participa disso. C) Após a Queda não temos certeza que Adão entrou no tal descanso. D) Dos patriarcas até o êxodo israelita do Egito, não temos registro se o sábado foi guardado. E) O sábado foi restaurado em Ex 16.

OS SÁBADOS: O QUE NOS ENSINAM SOBRE O SÁBADO?

Em Ex 23.10-12 o ano sabático é introduzido. Claramente que ele é uma extensão do sétimo dia que é citado no versículo treze tendo como beneficiário os animais. A lei de Deus em relação ao sábado começa alcançar a agricultura, etc. Deus fala de meus sábados”.

Alguns imaginam que exista diferença entre os sábados diversos e o sábado semanal. Isso nunca é proposto na Escritura. Quando Deus disse “Meus sábados” (Ex 31.13-17) ele tem todo o sistema sabático (dias, meses e anos), que tem sua origem seminal no dia sétimo. Não existe mais vigor divino nas palavras de Ex 20, do que em outras passagens onde ele institui os demais sábados (Ex 34.27). Inclusive eles estão misturados já em Ex 34.18-23 demonstrando a sua importância igualitária. A diferença, talvez, está na antiguidade do sétimo dia, mas não em seu peso divino. Obviamente, desonrar os demais sábados, era algo também imoral, visto estes eram derivados daquele.

O texto de Lv 23.37,38 não favorece essa distinção, antes a nega. Quando Deus disse ‘além dos sábados do SENHOR’ ele está alinhando algo a mais na mesma categoria alistada e não algo diferente da categoria:
·       “Estas são as solenidades do SENHOR, que apregoareis para santas convocações, para oferecer ao SENHOR oferta queimada, holocausto e oferta de alimentos, sacrifício e libações, cada qual em seu dia próprio;
Além dos sábados do SENHOR, e além dos vossos dons, e além de todos os vossos votos, e além de todas as vossas ofertas voluntárias, que dareis ao SENHOR.
Levítico 23:37-38

Parece que Deus advertiu mais contra a desigualdade do que estabelecer alguma diferença!

Levítico 23.2,3 revela a faceta cerimonial do sábado. Ele é chamado de ‘festa fixa, santa convocação’, o que também é dito da Páscoa, Primícias, Pentecostes e Tabernáculos. O Dia da Expiação era santa convocação, mas obviamente não era uma festa. O ano do Jubileu (após ‘sete semanas de sete anos’, o quinquagésimo ano), que seria um ano sabático, recebe assim status sabático (Lv 25.8-13).

Deuteronômio 5.15 apresenta diferenças na razão da instituição sabática, quando comparado com a lista em Êxodo 20.

·      Ex 20.11: “Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o sétimo dia do sábado, e o santificou.”
·         Dt 5.15: “Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o SENHOR teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; por isso o SENHOR teu Deus te ordenou que guardasse o dia de sábado.”

Acredito que ninguém terá uma resposta final para esta diferença. Peter E. Cousis, apesar de dizer que as diferenças dos dois relatos não serem de importância, destaca que a diferença no caso do 4º mandamento é significativa (Comentário Bíblico NVI, p.362).

Creio que estão aí sinais de que mudanças externas (em sua aplicabilidade) estavam latentes neste mandamento eterno. O sábado, ajuntando os dois relatos, de Êxodo e de Deuteronômio, indicava a criação, a graça de Deus e o livramento do pecado, o que de fato foi  substancialmente revelado na Pessoa e Obra de Cristo Jesus, que criou uma nova geração de pessoas (II Co 5.17). Este, como Senhor do sábado, revela-se superior a ele, o que ele claramente demonstra em Mateus 12.1-6.  

A Lei de Deus é eterna, mas nem sempre a aplicação e a razão de tal aplicação, em certo contexto e época, são os mesmos. A Lei do Sábado ensina que:

1. Deus é dono do tempo.
2. Deus deve ser adorado e cultuado.
3. Ele é criador e salvador.


Tal é o princípio eterno por detrás do sábado. Isso é aplicado, perfeitamente pela Igreja Cristã, quando cultua a Deus no dia que Cristo, a realidade criadora e salvadora, ressurgiu dos mortos (Mt 28.1; Mc 16.1; 24.1; Jo 20.1,19; At 2.1 [domingo de pentecostes]; 20.7; I Co 16.2; Cl 2.16,17), o dia do Senhor – Apocalipse 1.10 (Veja este post AQUI  para responder os adventistas).

18 comentários:

  1. Graça e paz do SENHOR aos irmãos do blog...

    Artigo edificante. Pensei que você, quando mencionou o texto de Mateus 12, também iria destacar o fato de Jesus ter mencionado que os sacerdotes "violam" o sábado semanal, por ser um dos dias em que mais trabalham (Cf. Nm: 28.9-10), deixando claro que, em casos especiais, algumas profissões TEM DE SER realizadas no Sábado. Mas, de qualquer forma, ficou bem claro que o Sábado, como era considerado em Israel, tinha o Cerimonialismo estritamente arraigado à sua observância. Deus nos abençoe!

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  2. A verdade é que Deus em Êxodo 16: 4 declara que poria o povo a prova para ver se eles “andam na minha lei ou não”. Por isso há de ser observado que Deus jamais colocaria a prova Seu povo sem que antes eles tivessem conhecimento do objeto da prova, que no caso era a Lei de Deus, mas precisamente o Sábado do 7º Dia como revelado nos versos 26,27,28,29. Ressalto que no verso 29 está escrito: “ considerai que o Senhor vos deu o Sábado”. Portanto, qualquer insinuação de que o povo de Israel não tinha conhecimento de que o Sábado do 7º Dia não era santo e uma Lei a ser observada ou “andar na Minha Lei”, antes de Êxodo 16, não é de origem Divina. Principalmente se for levado em conta o fato de Deus chamar o Sábado de “os meus mandamentos e as minhas Leis”, aqui (28), e em Gênesis Deus afirmar que Abraão havia guardado “os Meus mandamentos... e as Minhas Leis”, significando com isso que certamente Abraão guardou o Sábado, pois não creio que Deus mencionou uma lei para Abraão e outra diferente em Êxodo 16:28. Há de ser ressaltado também, que Deus não revogou a pena de morte do ser humano, já que nossos pecados foram castigados em Jesus (Isaías 53). Ou seja, Jesus morreu por causa da nossa transgressão. Contudo, para todos que forem rebeldes a Deus e a Sua Palavra e morrerem nessa condição, a pena continua sendo a morte. Portanto, cultuar a Deus no dia de Cristo é cultuar no Sábado do 7º Dia, já que a Palavra de Deus afirma que: “Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia” e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do SENHOR (Isaías 58:13). E, Jesus não mudou a Lei (Mat. 5:17,18,19), já que não só porque é eterno o princípio por detrás do sábado, mas também porque o Sábado do 7º Dia é eterno, aja visto, que o Sábado foi estabelecido antes da entrada do pecado e não há na bíblia nenhuma menção de que Deus retirou do Sábado sua eternidade.
    Osmar Ferreira-nadanospodemoscontraverdade@bol.com.br

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  3. UMA ANÁLISE HONESTA DO SÁBADO PELA VISÃO DE LUCAS

    O autor do livro que leva seu nome e do livro de Atos dos Apóstolos deixa bem claro da minuciosa investigação que fez ao escrever ambos os livros. Portanto, de inicio, há de ser ressaltado que se ele em sua “acurada investigação de tudo desde sua origem” (Lucas 1:3) tivesse ciência de que o dia de repouso estabelecido antes de Adão pecar houvesse mudado, certamente ele teria mencionado, já que quando ele escreveu o livro, tinha passado décadas do ocorrido. Portanto, se os cristãos judeus que viviam na época em que Lucas escreveu o livro, realmente tivessem guardando o domingo, certamente teríamos de forma explicita relatos, já que o assunto do Sábado foi bastante discutido no Ministério de Jesus e no livro de Atos. Além de que, o relato de Lucas 23:56 fala que as mulheres “descansaram segundo o mandamento” e não descansaram segundo ERA(não mais era assim) o mandamento. Há de ser ressaltado mais uma vez, que não só esse verso, mas também o assunto quanto a guarda do Sábado fizeram parte da “acurada investigação de tudo desde o inicio”, ficando demonstrado que na investigação do autor que originou o livro de Lucas, ele não encontrou nenhuma mudança ou autorização Divina para a mudança do estabelecido em Gênesis 2: 2,3 e repetido em toda a Palavra de Deus. Principalmente pelo fato de Lucas após, “acurada investigação de tudo desde sua origem” também afirmar que: " O filho do homem é Senhor do Sábado"(Lucas 6:5), sem mencionar a mudança do dia de guarda após a ascensão de Jesus ou após o Pentecostes.
    Essa Verdade é confirmada por Lucas no Livro de Atos,
    1º- pela afirmativa de que ele escreveu o 1º livro relatando “todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar, até ao dia depois de haver dado Mandamentos pelo intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera” e elevado ao céu( Atos 1:1,2).
    2º - pelo fato de Lucas deixar explicito que Jesus apareceu para os apóstolos que escolhera durante 40 dias após a ressurreição, “falando das coisas concernentes ao Reino de Deus”(verso 3). Contudo, em momento algum, Lucas afirma que houve mudança da guarda do dia de Sábado do 7º Dia para o domingo. Nem mesmo Pedro no Pentecostes já que foi um momento impar para apresentar as mudanças, até porque ele juntamente como os outros apóstolos havia ficado com Jesus “falando das coisas concernentes ao Reino de Deus”.continua
    Osmar Ferreira-nadanospodemoscontraverdade@bol.com.br

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  4. 3º - Lucas relata que Jesus disse que eles receberiam Poder do Espírito Santo para serem Suas Testemunhas de Jerusalém até os confins da terra. Mas, nem mesmo Pedro, testemunhou no Pentecostes a suposta mudança. Faço questão de ressaltar que no Pentecostes era o momento propicio pelo fato de não só estarem presentes no mesmo lugar, os apóstolos, bem como uma multidão de judeus de todas as nações que afluíram e ouviram Deus através de Pedro (Atos 2:1 a 14).
    4º - Lucas no livros de Atos, faz diversas referencias em relação ao Sábado, mas em momento algum ele menciona a suposta mudança.
    5º-Lucas menciona uma reunião geral( Atos 15:6 a 21) para deliberarem acerca dos gentios que estava se convertendo ao cristianismo, outro momento propício para a igreja reunida falar de suposta mudança principalmente pelo fato de se tratar da pregação do Evangelho aos não judeus, mas também nessa reunião geral nada foi falado da suposta mudança.Em Atos 16:4 Lucas também menciona a orientação de que era para serem observadas as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros de Jerusalém.
    6º- Lucas também foi companheiro de viagem de Paulo (Atos 16:10,11,12,13,16,17- 21:7,17- 27:1,2,3,4,8,19,37- 28:1,2,11), e em momento algum houve qualquer informação sobre a suposta mudança não só de Lucas, mas também de Paulo.
    Portanto, ressaltando que o assunto da observância do Sábado do 7º Dia era muito importante para passar em branco não só para os apóstolos mas também para os cristãos judeus e para Lucas que fez questão de deixar registrado que fez “acurada investigação de tudo desde sua origem”, sem contudo mencionar uma linha sequer da suposta mudança do dia estabelecido por Deus antes de Adão pecar.
    Osmar Ferreira-nadanospodemoscontraverdade@bol.com.br

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    1. Sr Osmar, pelo seu comportamento em outros posts, blogs, etc. recuso uma 'conversa' com vc.

      Ficarei grato se vc não comentar mais aqui no MCA.

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    2. Qual comportamento? Contestar usando a Palavra de Deus? Por questão de caráter e honestidade você deveria ao menos citar um motivo plausível para tentar impedir que eu combata ou conteste declarações feitas contra a igreja ou contra o que ela prega e ensina, igreja da qual sou membro. Ou está no fato de que suas argumentações não resistir o Assim diz o Senhor?
      Ou ainda está no fato de você odiar o adventista como você já afirmou, veja: “Eu quero deixar bem claro que eu odeio SIM o adventismo, TENHO NOJO DESSE MOVIMENTO. E anseio o dia em Deus enviar esses e seus promotores no inferno”.
      Observe o que a Palavra de Deus declara: “Aquele que diz que está na luz, e odeia a seu irmão, até agora está em trevas.” (I João 2: 9). “Todo o que odeia a seu irmão é homicida; e vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele (1 João 3:15).
      Ou você está zangado por eu ter afirmado que presbiteriano nenhum tem moral para apontar defeitos ou supostos defeitos passados de denominação nenhuma, já que a igreja presbiteriana foi dirigida pelo deus da maçonaria por muitas décadas?
      Osmar Ferreira-nadanospodemoscontraverdade@bol.com.br

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    3. Sr Osmar, pelo seu comportamento em outros posts, blogs, etc. recuso uma 'conversa' com vc.

      Ficarei grato se vc não comentar mais aqui no MCA.

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  5. Filipe, eu tenho alguns detalhes sobre esse capítulo de Mateus, que futuramento tentarei desenvolver...

    Abraços

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  6. O Que é isso Luciano ?

    Por que vc Pediu para que o Osmar não mais Comentasse??

    Que tipo de "comportamento" ele apresentou aqui ?

    A, tenta também desenvolver alguma coisa sobre Lucas 23:56...

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  7. Olá Sétimo Dia...

    (Ele precisa tratar o fanatismo...)

    Poderia apresentar algum argumento em torno desse texto, ou o que pretende em cotá-lo, assim postaria uma resposta especifica...

    abraços

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  8. Adão descansava pelo menos 1 dia na semana para se dedicar à família, à adoração à Deus e ao louvor? Ou trabalhava todos os dias?

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  9. Eu tb gostaria de ter essa certeza... apesar de ser uma conclusão, até que coerente, não temos essa evidencia.

    Foi isso que coloquei em duvida na postagem.

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  10. Veja por este ângulo:

    O pentateuco não relata se Adão se alimentava, mas devemos crer que sim porque isto é uma necessidade fisiológica.

    A questão é se o sábado é uma questão fisiológica (de descanso) necessária, ou se o homem consegue trabalhar como máquina 7 dias na semana sem prejuízo à sua saúde física, espiritual e familiar.

    Assim é mais razoavel crer de que Adão não trabalhava no dia de sábado e descansava coforme Deus deu exemplo. Além do que, se não fosse para ser seguido pelo homem, não haveria porque haver o sétimo dia. Porque se o sétimo dia não foi criado para o homem, então para Deus é que não foi, porque está escrito que Deus não se cansa nem se fadiga.

    E seria muita coincidência, em Êxodo 20 Deus ter exigido a guarda do sábado como lembraça citando os eventos da criação.

    E a palavra santificar significa separar, então sendo que Deus santificou o sábado, então o separou para algum propósito.

    Veja então que se o sábado fosse substituído, pelo domingo, o domingo deveria cair no sétimo Dia, assim apenas se trocaria o nome de sábado para domingo.

    Veja também que se homenagear o primeiro dia da semana, não significa necessáriamente que se deva deixar de observar o sábado.

    Se a observância do domingo se deu como uma homenagem, todo homem é livre para decidir aderira esta homenagem ou não, porque Deus não obrigou o homem a homenageá-lo no domingo, isto não consta nas escrituras.

    Assim, a homenagem seriam para aqueles que decidissem aderir à homenagem. O que então proibiria os judeus de continuarem guardando o sábado como sempre fizeram?

    De forma que na Bíblia não encontramos mandamento contra a guarda do sábado.

    Enfim, não há texto que indique a cessação da guarda do sábado, nem a proibição da guarda deste dia.

    Jesus também não nos pediu para homenageá-lo guardando o primeiro dia da semana, isto não consta nas escrituras.

    Veja uma incoerência:

    Mesmo com o silêncio das escrituras os dominguistas tem fé de que os primeiros cristãos já guardavam o domingo.

    Mas justificam pelo silêncio das escrituras de que Adão já não guardava o sábado.

    No gênesis vemos um exemplo claro do próprio Deus guardando o sábado. E os dominguistas usam exemplos de ações de apóstolos denotados no primeiro dia da semana e julgam que este exemplo seja suficiente para se crer na guarda do domigo.

    Incoerência e contradição entre aquilo que pregam e defendem.

    Porque se creem que pelo exemplo de homens é possível se afirmar com certeza de que se deve guardar o primeiro dia da semana, então porque pelo exemplo do próprio Deus não se creria que Adão deveria guardar o sétimo dia da semana?

    Se mesmo com o silêncio das escrituras se crê com fervor na guarda do domingo por parte dos primeiros cristãos, então por que com o silêncio das escrituras não se crê com fervor na guarda do sábado por Adão.

    Porque o domingo não tem antecedentes nas escrituras na época dos primeiros cristãos, mas o sábado já tinha antecedente na época de Adão.

    Vemos a criação do sábado nas escrituras na época de Adão, mas não vemos o domingo sendo criado nas escrituras na época dos primeiros cristãos.

    Vemos Deu dando exemplo guardando o sábado na época de Adão, mas não vemos Jesus dando exemplo guardando o domingo na época dos primeiros cristãos. Justamente o contrário, pois vemos tanto jesus como os primeiros cristãos dando exemplos de guarda do sábado.

    Alegam: Ah! os discípulos guardavam o sábad para agradar os judeus!
    Da mesma forma poderíamos alegar: Ah! então os discípulos guardavam o domingo para agradar os pagãos. Porque já naquela época o domingo era guardado exclusivamente pelos pagãos.

    Portanto não há argumentos em favor do domingo, como o silêncio das escrituras que não possa ser usado também em favor do sábado. Se pelo exemplo podem defender o domingo nas escrituras, pelo exemplo também se pode defender o sábado.

    Mas a questão é que vemos o sábado na criação de gênesis, nos 10 mandamentos e também sendo praticado por Jesus e os apóstolos de forma explícita.

    (...)

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    1. Quanto ao domingo sequer vemos tal dia ser homenageado, ou guardado nem por Deus, nem por Cristo, nem pelos apóstolos, nem pelos cristãos.

      Se por causa do judaísmo ou não, o que vemos nas escrituras são todos estes guardando o sábado e não o domingo.

      Se a guarda do sábado fosse errada, Jesus haveria advertido, tanto que as mulheres que o foram visitar em sua tumba, no dia anterior haviam guardado o sábado e Paulo por diversas veses insistiu em fazer suas coisas religiosas no sábado.

      Então se Deus não repreendeu a Paulo, por que repreendieria os cristãos? Parece então que Deus deixou passar batido e permitiu que continuassem guardando o sábado.

      E não vemos nenhuma intervenção divina em favor do domingo.

      Querer homenagerar a ressurreição de Cristo é uma coisa, agora querer que todos sabatistas aderem à esta homenagem é outra coisa. Onde está o livre harbítrio? Pois se não é uma questão de Lei, por que os cristãos sabatistas deveriam seguir?

      Porque como cristãos seremos julgados pela lei e se nela não há condenação alguma àquele que guarde o sábado, por que então deveríamos cessar de guardar este dia?

      Portanto não há nada na Bíblia que impeça o cirstão de guarda o sábado e o amigo Luciano Sena sabe bem disto!

      Os cristãos sabatistas estão errados em guarda o sábabado? Não! Não estão! E será que estão errados em não guardar o domingo! Não! Também não estão.

      E veja esta questão bem intrigante:

      Se os dominguistas se sentem confortáveis em guardar o domingo em homenagem à ressurreição de Cristo, por que os sabatistas então não poderiam se sentir confortáveis em continuar guardando o sábado em homenagem ao descanso mortuário de Jesus durante o sábado, e também em homenagem ao costume de Jesus em ir às sinagogas ao sábado, e ao quarto mandameto que Deus entregou e ao memorial da criação na criação de gênesis!?

      Veja que o motivo para os sabatistas guardarem o sábado, bem como a quantidade de homenagens é muito maior do que aqueles que sobram para o domingo.

      Ah! Jesus ressuscitou no domingo!

      Mas foi depois de ter guardado o sábado!

      Então seria melhor que guardássemos o sábado como Jesus guardou e ressuscitássemos no domingo como Jesus ressuscitou.

      Seria então o caso de homenagear a ressurreição de Cristo batizando as pessoas neste dia, porque o batismo significa morrer para a antiga vida e nascer denovo com Cristo para um nova vida.

      Ou então continuarem observando a páscoa, fazendo-a toda semana.

      (...)

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    2. Agora não vejo muito sentido em transformar uma páscoa semanal em um sábado! Os significados são deveras diferentes.

      Sábado e páscoa semanal não deveriam se excluir!

      O problema porém, é querer juntar os dois e fazer um dia só.

      E pelo conhecimento histórico posso afirmar categoricamente que isto só foi concretizado no período de Roma Papal e não antes.

      E se ocorrera antes, este assunto haveria causado mais dissenções entre os cristãos de origem judia e os gentios de origem pagão, do que um acordo.

      E se levarmos em conta que os pagãos já tinham por costume a guarda do domingo, então entenderíamos a vontade de se juntar o sábado e o domingo em um dia só.

      Mas estes eventos estão totalmente fora das escrituras, de forma que não há como ter certeza se tais acontecimentos foram dirigidos por Deus.

      Assim se queremos segurança e firmamento nas escrituras, temos o sábado. E se pegarmos este livro, a Bíblia e a entregarmos à uma grupo de pessoas que nunca ouviu sobre religião, este certamente guardarão o sábado. Porque a menos que um pastor, presbiteriano por exemplo, vá lá, pregue e explique sobre a homenagem da páscoa semanal, jamais um povo que usa somente a bíblia poderá supor havia ocorrido a mudança do sábado para o domingo.

      Sobre santo dia do senhor encontrariam isto:

      "Ai daqueles que desejam o dia do Senhor! Para que quereis vós este dia do Senhor? Será de trevas e não de luz."

      "Porque está perto o dia, sim, está perto o dia do Senhor; dia nublado; será o tempo dos gentios."

      "Ai do dia! Porque o dia do Senhor está perto, e virá como uma assolação do Todo-Poderoso"

      "O grande dia do Senhor está perto, sim, está perto, e se apressa muito; amarga é a voz do dia do Senhor; clamará ali o poderoso"

      "Clamai, pois, o dia do Senhor está perto; vem do Todo-Poderoso como assolação"

      E como resultado, estes novos cristãos recém convertidos, correriam de medo para debaixo da cama com medo deste tal dia do senhor:

      Mas isto não aconteceria se mostrássemos o verdadeiro e o único que é SANTO dia do Senhor de Isaías 58:13-14

      Aqui concluo minha exposicão crente de que os que atendem à razão hão de se firmar no dia seguro do sábado e não nas conjecturas do domingo.

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  11. Alguns pontos a considerar. Segue abaixo.

    1. Não há evidencia textual no livro de Genesis afirmando que a Adão e Eva foi ordenado cessarem o "trabalho deles" após um período de seis dias. O que temos é o relato de que Deus concluiu a sua criação em seis dias e no sétimo dia descansou por isso o abençoou e santificou.


    2. Para qualquer estudioso do hebraico bíblico fica evidente que Genesis 1 possui uma riqueza literária singular. (Leia sobre isso pesquisando no google a frase "riqueza literária em Genesis 1). Fica evidente que o autor construiu o texto com intencionalidade teológica.

    3. Os primeiros seis dias da criação são delimitados pela expressão "tarde e manhã", tal demarcação não acontece com respeito ao sétimo dia. A riqueza literária do texto nos leva a acreditar que isso não foi por acaso.

    4. Textualmente, o sétimo dia em Genesis 2 tem a ver com as atividades de Deus e não como um requisito para a humanidade;

    5. Um estudo com profundidade acadêmica do uso da palavra "Yom" (dia) em Genesis irá indicar que o sentido "dia de 24 horas" não é o único possível.

    6. A palavra "yom" (dia) é usada para se referir a um período de 24 horas em Gênesis 7:11. É usada para se referir à luz do dia entre o nascer e o pôr do sol em Gênesis 1:16. Também é usada para se referir a um período de tempo não específico em Gênesis 2:4. (Almeida Corrigida Revisada Fiel)

    7. O fato do autor de Genesis não usar a expressão "tarde e manhã" para o sétimo dia, somado ao fato de que "yom" poder também se referir a um período de tempo não específico, corrobora o argumento de que há alguma diferença entre "os seis dias" e o "sétimo dia". Baseado no texto de Genesis e em Hebreus 4 entendo ser totalmente válido interpretar o sétimo dia como um período e/ou “estado” de total perfeição e espiritualidade trazida pelo “descanso de Deus” para ser desfrutado nEle.

    continua...

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  12. Continuação...

    8. Samuelle Bachiochi, teólogo adventista já falecido, em seu livro “DIVINE REST for HUMAN RESTLESSNESS: A Theological Study of the Good News of the Sabbath for Today” mostra que a função do verbo Shabbat em Genesis 2 é diferente da função do verbo nuah (descansar) em Êxodo 20:11. Bachiochi conclui dizendo que em Genesis o Shabbat tinha uma função cosmológica e não antropológica.

    9. Bachiochi nesse mesmo livro afirma que a cessação de Deus expressa Seu desejo de estar com a criação, por dar as Suas criaturas não apenas coisas, mas a Si mesmo.

    10. Essa presença de Deus abençoa e santifica o sétimo dia. A história de Moisés e a sarça ardente é um bom exemplo disto. Veja em Êxodo 3:1-6. É por esta razão que o autor de Gênesis não delimita o sétimo dia pela “tarde e manhã” assim como a presença de Deus não está limitada pelo tempo ou espaço. Pelo que nos parece seguindo esse raciocínio Adão e Eva desfrutaram do descanso de Deus e só perderam essa benção depois que pecaram.

    11. Esse “estado edênico de descanso de Deus com Seus filhos” em Genesis se tornou um dos motivos pelo quais os Israelitas deveriam praticar o ritual de cessação das suas atividades após seis dias de trabalho fazendo-os lembrar da benção da cessação ou “descanso de Deus” perdido por Adão e Eva por causa da desobediência.

    12. O ritual do Shabbat como um dia de 24 horas de repouso físico (Êxodo 20:8-11) se tornou um símbolo, uma miniatura da experiência Divina vivenciada no sétimo dia da criação. Em outras palavras, o Shabbat de Israel tornado obrigatório a partir do Sinai, foi um lembrete recorrente do sétimo dia como um período e/ou estado de total perfeição e espiritualidade que só foi interrompido pelo pecado de Adão e que só seria restaurado pelo segundo Adão (Jesus, o Messias) através de sua vida, morte e ressurreição. Romanos 5:12-21; Mateus 11:28; Lucas 4:19; Hebreus 4.

    13. Para o apóstolo Paulo o ritual da cessação após seis dias de trabalho ordenado a Israel foi uma sombra superada pela manifestação da realidade a qual apontava. Jesus Cristo é essa realidade (Colossenses 2:16-17). Sua função antropológica de descanso físico num período de 24 horas por semana e seu simbolismo (Êxodo 20:8-11, Ezequiel 20:12) chegou a seu cumprimento com o Messias. Depois da vida, morte e ressurreição de Cristo todos devem desfrutar do sentido cosmológico do sétimo dia da criação – usufruir da presença de Deus perpetuamente.

    14. No Messias encontramos descanso, benção e santidade (Mateus 11:28; Efésios 1:3-4). Sua presença em nós proporciona total espiritualidade que deve ser desfrutada 24 horas por dia sete dias por semana (1Co 6:19; Gl 2:20) a fim de “chegarmos a maturidade e atingirmos a medida de plenitude de Cristo” (Efésios 4:13). Pela graça mediante a fé somos nova criação (“Portanto, se alguém está em Cristo é nova criação” 2Co 5:17) entramos no Shabbat divino (“porque nós os que temos CRIDO entramos no repouso” Hebreus 4:3).

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