domingo, 9 de junho de 2013

Leandro Quadros e a parábola do Rico e Lázaro - Parte 2

Primeira Parte AQUI.

Leandro Quadros: "Se o Senhor tivesse o propósito de falar acerca do mundo dos mortos teríamos de aceitar que:[A] Verso 23: o inferno está tão próximo do paraíso que de lá os ímpios podem enxergar os justos, inclusive conversar com eles; Verso 24: um espírito bebe água, possui dentes e língua. Na verdade, isto mais parece um corpo humano do que um “espírito” (não poderia ser um corpo espiritual, pois a ressurreição ainda não ocorreu – cf. Verso 31); Versos 24 e 27:[B] Abraão é o intercessor entre Deus e os homens, ao invés do Senhor Jesus (ler 1 Timóteo 2:5);
[C]Verso 25: Lázaro foi salvo por ser pobre, ou seja, pelas suas obras (ver Efésios 2:8 e 9); Há na história contada por Jesus outros aspectos que nos levam a crer que a mesma não era literal: [D](1) por que a presença de Deus não foi notada no Céu, sendo que Ele está lá? [E](2) Se o “seio de Abraão” é o lugar para onde vão os salvos por ocasião da morte, para onde foram aqueles que morreram antes de Abraão sendo que ele morreu uns dois mil anos antes de Jesus ter vindo? (antes de Abraão morrer, muitos já não existiam…).Sendo assim, é impossível crer na existência de um inferno com base na parábola do Rico e Lázaro.

O esforço de Leandro Quadros não é aceitar o texto conforme ele foi redigido, mas atacar o texto. Obviamente, que qualquer tipo de racionalização preconcebida não se encaixaria em um relato que não tem por objetivo ser exaustivo em todos os detalhes. Essa parábola, ou história, tem um objetivo básico a ser alcançado e leva em conta uma realidade: existe algo no homem que sobrevive após a morte! Os questionamentos do ‘Titã do Tito’ não faz justiça ao que ele mesmo disse defender, que parábola é para ensinar uma ‘lição de moral’. O que mais sinto na argumentação do Leandro é que ele que quer dar uma lição de moral em Jesus! Dá para ouvir o Leandro dizer: ‘Mas Jesus, não dava para contar outra parábola!? Essa não se encaixa no que eu creio!!!’

Respondendo suas objeções, conforme classifiquei acima:

A) Estamos falando de um mundo não físico, e suas descrições são análogas ao nosso modo de observar as coisas. Pedir que a parábola seja literal, ao trazer-nos expressões por nós conhecidas, é agir com uma ignorância sem tamanho. Só falta ele rejeitar Apocalipse também pois lá fala de cordeiro, leão, águia, etc. O Leandro não foi coerente com a natureza literária de uma passagem que fala de coisas espirituais em linguagem físicas.

B) ‘Abraão intercedeu’, por quem??? Qual papel faz Abraão para ser ele um intercessor, ali na parábola, ‘entre Deus e o homem??? Nossa, Leandro Quadros você deve ter uma tradução N V I – Nunca Vi Isso !!!

C) ‘Lázaro foi salvo por ser pobre’. Só se você não ler a parábola toda. Abraão não diz ao Rico que seus parentes deveriam ser pobres para escapar do inferno, e sim ouvir ‘A Palavra de Deus’= Moisés e os Profetas!

(Parece que o Leandro se esqueceu dessa interpretação, e mais adiante diz que 'a principal lição da parábola é para que as pessoas aceitem a mensagem bíblica e sejam salvas...')

D) ‘A presença de Deus não é notada no céu...’ Ops, já vem o espírito ariano! As Testemunhas de Jeová também dizem que nas visões celestiais de Daniel, Ezequiel e de Estevão, o Espírito Santo também não aparece, logo, conclui eles, ele não é uma pessoa divina! Leandro Quadro usa o argumento do silêncio, e esse tipo de argumento pode ser silenciosamente ignorado... ele toma por certo que a ausência da informação é uma prova para o que ele quer.

C) ‘Para onde foram os fieis que morreram’ antes de Abraão? Para junto de Deus (Ec 12.7; Hb 12.23). Parece que o apologista Adventista está falando de ‘céu’ dentro de limites e espaço. Um erro materialista, racionalista e diga-se de passagem, para quem é um consultor bíblico, um erro infantil.

Leandro Quadros: "Cristo apenas usou uma crença popular da época a fim de ensinar aos seus ouvintes que uma pessoa não irá para o Céu por ser rica, pois os fariseus achavam que aqueles que eram prósperos eram abençoados por Deus e os pobres, amaldiçoados (leia João 9:1-3)."

Talvez esse seja uma dos maiores absurdos que já li do Leandro Quadros. Neste ponto, as Testemunhas de Jeová respeitam mais a Jesus do que os Adventistas. Para as Testemunhas é apenas uma ilustração simbólica como se segue: 1. Lázaro, o povo judeu desfavorecido; 2. O Rico, os líderes religiosos; 3. a morte, a mudança de circunstância; 4. o paraíso, a condição dos cristãos; 5. o ‘hades’, a reprovação divina; 6. Abraão, Jeová [?].


Já o adventista vai mais longe do que alegorizar tudo, afirma que Jesus usou uma crença popular (que para os adventista é diabólica!), para ensinar uma ‘verdade’! Se você Adventista, não se incomoda com essa interpretação, em dizer que Jesus usou ‘uma mentira’, tome cuidado, seu lugar poderá ser junto com aquele Rico.

Continua...


Um comentário:

  1. Simplesmente ótimo, Adventista e testemunhas de Jeová, tenha paciência viu...

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