sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Como a apologética adventista se comporta?

Os apologistas adventistas seguem uma forma de fazer apologética predominante entre eles. Já faz alguns anos que acompanho esse grupo, sempre observando como eles se defendem diante das críticas. Apresento aqui o perfil e vícios da apologética adventista:

1.       Desqualificação acadêmica:

Se você ousar criticar o adventismo, perceberá que sempre eles terão esse discurso – “você desconhece o adventismo”, “você precisa se informar melhor”, “use fontes primárias, e não CACP” [hoje o grupo de apologética mais forte no Brasil]. Isso gera uma intimidação logo de cara, naqueles que leem sua crítica ao adventismo. De fato, há uma necessidade fundamental em conhecer o que criticamos, mas esse não é o caso. Mesmo aqueles que estudam o adventismo, ouvem isso constantemente. Em conversas particulares, muitos desses defensores adventistas nem mesmo sabem de muitas coisas, e arrotam isso repetindo o que a tropa de elite adventista diz. Agora que há erros e equívocos e pressuposições, nas críticas, é um fato e são quase que inevitáveis. E isso, da parte de qualquer um – inclusive adventistas.

Por exemplo, os adventistas apenas recentemente começaram a demarcar a diferença da doutrina trinitariana deles com a clássica. Lembro-me bem como isso era desconhecido por muitos adventistas. E os apresentadores da TV Novo Tempo omitem isso.

2.       Desqualificação moral:

Outro vício da apologética adventista é a acusação que os críticos são desonestos. Sim, a apologética adventista tem essa tendência de dizer isso pelos ‘quatro ventos’. Só há honestidade (e capacidade acadêmica) o crítico que considera a IASD uma igreja cristã, e não uma seita. Recentemente, um conhecido apologista no Brasil – mudou sua opinião a respeito do Adventismo, ele foi até citado em uma revista adventista por um apresentador da Novo Tempo!!! Com certeza, assediado mais ainda com essas lisonjas. Ele agora (depois de uns dois anos...) voltou atrás nessa decisão, e pelo jeito entrou na lista de “apologistas desonestos”.

3.       Síndrome de perseguição:

Outro vício dos apologistas de Ellen White, é achar que apenas eles, e tão somente eles, são os mais odiados, perseguidos, caluniados, difamados, zombados, entre todas as igrejas. ‘Que são pessoas amáveis, que amam a Jesus, e não sabem por que o diabo é tão furioso contra eles’! Uma breve observação em qualquer defensor de outra seita (Testemunhas de Jeová e Mórmons, por exemplo) caminha nessa mesma direção. O mundo conspira contra eles!

4.       Prolixidade:

Se você ler os textos adventistas em defesa de suas crenças, ou de sua história, perceberá que o emaranhado de informações, redefinições de terminologias, mudanças e nuanças, são tão abundantes, que você acaba perdendo de vista algo essencial no debate. E isso acaba sendo um processo de intimidação também, para embasar a primeira desqualificação. Há vários ‘despistadores’ (que servem como fumaça para nublar a visão) lançados pelo meio do caminho... Demora até você perceber isso. Porém, é indispensável que você trilhe nessa tortura de informações inúteis. Qualquer vestígio a mais, ou a menos, podem ser usados tanto contra, ou em seu favor.

5.       Contra-Ataque em bando:

Por ultimo, os adventistas possuem uma uniformidade na defesa da IASD que merece elogios. Eles se unem com ‘ferocidade’ para defender a igreja de Ellen White, que creio que o mesmo apetite só pode ser encontrado no Islamismo [Nota: não estou dizendo que são semelhantes, os adventistas, apesar de alguns serem ofensivos, desrespeitosos e malignos, são na sua maioria pessoas pacificas e educadas]. No entanto, eles precisam manter a imagem que eles constituem a única Igreja Visível Verdadeira dos últimos dias.

Estando atento a esses aspectos do perfil da apologética adventista, terá melhor êxito em sua conversa com os que foram enganados pelo espirito do erro, e conduzir eles a Cristo, sendo da vontade divina (II Co 10.4,5).


2 comentários: