1)
É
um mandamento divino, não orar incorre em desobediência (I Ts 5.17). A oração é ordenada na Escritura. Jesus contou parábolas para nos
ensinar ‘o dever de orar’. Na oração do Pai Nosso, ele pressupõe que isso é
algo natural de seus discípulos, pois disse ‘quando orares’. ‘Buscai, batei,
orai’, são imperativos claros encontrados no Livro do Espírito. Podemos dizer
que o crente que não ora está em desobediência. Um crente que não ora, não é um
crente de verdade, ainda.
2)
Imitaremos
a Jesus Cristo (Mt 26.40).
Imitar a Jesus Cristo, sermos conformados com a Sua imagem, seguir
a Cristo, andar como ele andou, crescer à Sua estatura, sermos seus alunos,
entre outros termos que nos classificam como cristãos, não podem deixar de lado
a verdade de que Cristo orou, e orou muito. Como seremos seus imitadores se não
orarmos? Impossível. Você não tem direito de dizer que segue a Cristo se não o
segue na oração. Ele advertiu a seus discípulos certa vez ‘não podeis vigiar
comigo por uma hora?’
3)
Sermos
cheio do Espírito Santo (Ef 5.18).
A Bíblia diz que devemos estar cheios do Espírito Santo. Aliás, é
uma ordem, ‘enchei-vos do Espírito’. Lembrando que em pentecostes os discípulos
estavam orando, que a igreja em Atos vivia em oração, e percebemos a presença
do Espírito Santo no relato histórico da igreja apostólica, não resta duvida de
que a oração é meio para que o Espirito nos torne mais cheios Dele. A Palavra
usa os termos ‘orando no Espirito Santo’, e diz que ele intercede por nós com
gemidos inexprimíveis.
4)
Para
afinar nossa espiritualidade, nos colocando em contato com Deus (Mt 6.6).
A sensibilidade espiritual, a noção do mundo espiritual, a
comunhão com Deus, o meditar na Palavra, se torna um exercício mais valioso e
significativo quando nossa vida de oração é mais constante e intensa. Crentes
que não oram não tem um espirito contagiante, não há vida em suas convicções,
não tem poder em sua vida. Claro, que a oração não é fonte de nossa vitalidade
espiritual, apenas o meio, mas um meio que Deus decidiu usar. Um dos maiores
vitupérios que um pastor ou teólogo pode cometer é achar que pode falar de Deus
sem falar com Ele. Isso revela a arrogância e a autoconfiança carnal de quem
faz da vocação uma profissão, um mercenário, caso não seja um momento de
fraqueza espiritual.
5)
Confessar
e pedir perdão pelos nossos pecados (Sl 32.5).
Uma das melhores coisas para combater o pecado, é confessá-los
diante de Deus, nome por nome, ato por ato. Diga suas intensões. Sente-se
diante dele e conte suas práticas imundas, egoístas, mentirosas, dissimuladas,
covardes e irresponsáveis. Uma das coisas que você precisa dizer a Deus em
oração é que você se comporta como um ateu, pois a onisciência e onipresença de
Deus não te intimidam. Não faria diante de seu cônjuge o que faz longe dele, de
seus irmãos em Cristo, pais e pastor, mas o faz diante de Deus. Você praticaria
o pecado que pratica em um culto no templo? Mas o faz com o Espirito Santo
dentro de si... não te incomoda de fazer diante dos anjos. Ore com ira contra
suas práticas, não use Romanos 7 para suas intensões carnais. Lute em oração.
6)
Conformar-nos
com a vontade divina (Lc 22.42).
Muitas coisas acontecem em nossas vidas, boas e ruins, todas essas
cooperam para o bem. Cooperam pra nos moldar, para fortalecer nossa fé ou nossa
gratidão, não há uma gripe, nem um câncer, nem uma cura ou uma benção, que Deus
não ordene para realizar Seu proposito em nós. Ainda que seja uma bofetada do
diabo, apenas após a oração entenderemos que ‘a graça nos basta’! A oração nos
ajuda a nos conformar com a vontade Divina.
7)
Agradecer
a Deus por tudo que temos, visto ser Ele o doador de tudo (Cl 4.2).
Bebemos água, comemos arroz e feijão, todos os dias, mas parece
que nosso senso de gratidão é apenas profundo quando conseguimos uma casa, um
carro ou uma alta de um hospital. Reserve tempo em sua oração para agradecer
coisas corriqueiras, que nos são certas. Mas a providência divina não é apenas
em casos extraordinários, mas especialmente ordinários também. Já que esses
estão sempre conosco. Já deu algo a alguém e a pessoa não agradeceu? Já deu um
copo de água a alguém na porta da sua casa e essa pessoa disse “muito
obrigado”? Comportemo-nos assim, pois nada nesse mundo é finalmente nosso.
8)
Para
lançar sobre Deus toda nossa ansiedade, problemas, desafios e medo (I Pe 5.7).
Deus é maravilhoso, pois trata um pedido de oração de uma criança
com medo do escuro a um cristão fugindo de assassinos. Ele tem cuidado de nós,
e diferente de nossos conselheiros, não minimiza nem aumenta nossos problemas.
Ele entende e assim recebe desde um pedido de oração por uma prova para se
adquirir uma CNH, bem como a um concurso público de alto grau de dificuldade. O
Nome de Seu Espirito é “Consolador”, pois está em nosso ‘solo’, conosco, em
nossas realidades.
9)
Interceder
por nossos irmãos, participando em oração de seus sofrimentos e alegrias (Tg
5.16).
A começar por sua família, você deve orar pela esposa e filhos, ou
outros familiares. Ore pelo bem deles e pelo crescimento espiritual deles. Um
por um. Orar por irmãos nos impede de criticá-los, nos dá mais afinidade pelo
bem estar deles, além de nos dar empatia por seus sofrimentos. Quando o Mestre
nos ensinou a orar ele começou com a afirmação de nossa fraternidade “Pai nosso”.
10)
Abater
nosso orgulho, pois demonstramos que não confiamos em nossas forças (Dn 9.4-19).
Nada mais poderoso contra o orgulho e soberba do que dizer a outro
que você não é capaz! E o Senhor Jesus nos disse “sem mim nada podeis fazer”.
Em oração revelamos a nossa pequenez. Bom lembrarmos que em oração um salmista
pediu “da soberba guarda o teu servo”. E nem adianta dizer que você ora muito
para outros, pois não dá resultado algum. Você receberá seu galardão por se
exibir e perderá todo seu tempo em oração. Sem duvida, orar de joelhos ou com o
rosto no chão nos ajuda bem nisso, mas não importa a posição se nosso espírito
estiver soberbo. Abata-o antes de falar com o Soberano.
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