Azenilto Brito, escreveu um livro sobre as
Testemunhas de Jeová, onde apresenta duras críticas a essa religião. E sabemos
que uma das formas da religião Torre de Vigia escapar dessas críticas é
apresentando uma justificativa de “nova luz” que Jeová envia de tempo em tempo
ao Corpo Governante, o atual Escravo Fiel e Discreto:
“A Bíblia
mostra que Jeová habilita Seus servos a entender Seu propósito de maneira
progressiva (Pro. 4.18; João 16.12)” (Raciocínios, p 390).
Azenilto, ironicamente, chama essas mudanças
de ‘pisca-pisca’. E explica um dos textos usados para endossar tais mudanças da
seguinte maneira:
“Basta ler o
contexto de Prov. 4:18 para perceber que
o assunto não é progresso de conhecimento e aprimoramento doutrinário de
entidades religiosas, mas o despertar do indivíduo para a vida adulta
[...]” (O Desafio da Torre, p.36[grifo meu]).
Curiosamente o famoso e polêmico livro
adventista, Questões Sobre Doutrina,
cita o texto de Provérbios 4.18 na percepção jeovista, e não de Azenilto Brito,
veja:
“Os adventistas do sétimo dia crêem que o
conhecimento humano da verdade divina é progressivo: “A vereda aos justos é
como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” (Pv
4.18). Certamente devíamos saber mais sobre a vontade e o propósito de Deus
do que os justos de épocas passadas, e no futuro devemos, justificadamente,
esperar maior desdobramento da verdade bíblica.” (p. 34[grifo meu]).
Pelo jeito, os autores de Questões não leram o contexto de Pv 4.18,
segundo Brito, e incluiu os “adventistas do sétimo dia” como a “entidade
religiosa” que muda posições doutrinárias. Para rejeitar categoricamente a
posição da Torre de Vigia, Azenilto Brito não vê nenhuma possibilidadede Pv
4.18 ter alguma implicação no progresso do conhecimento da verdade por parte de
grupos religiosos – excluindo assim os autores de Questões... mas que escritor tem
mais autoridade e representação na IASD - Azenilto Brito ou os escritores de
Questões Sobre Doutrina???
Os adventistas já mudaram suas crenças, para se acomodarem aos postulados
protestantes, ao máximo que podiam.E isso não é eu que estou dizendo, é um
dos historiadores acadêmicos da IASD, George R. Knight:
“[...] devemos
observar que durante o período que vai de 1919 a 1950 houve também tentativas de tornar o adventismo mais cristão,
especialmente durante a década de 1940.” (Em Busca de Identidade, p. 157[grifo
meu]).
Vamos para um exemplo registrado no Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia:
“Diferentemente
da maioria dos primeiros adventistas,
em tempos recentes, muitos têm adotado a ideia de que, ao assumir a natureza
humana decaída, Cristo não tinha nenhuma propensão para ou inclinação
pecaminosa.” (p. 224[grifo meu]).
Brito, diz que uma verdade dada por Deus não
pode contrariar outra verdade dada por Ele mesmo (p.36), quando acusa a
confusão da Torre de Vigia. Pois bem, mas as “verdades” defendidas pelos
pioneiros adventistas eram as verdades da fé cristã, que posteriormente
acabaram adotando. Como é o caso da
natureza sem pecado de Jesus Cristo.
Bom ressaltar ainda, que para essa seita,
assim como para a Torre de Vigia – Jesus podia pecar:
“[...] é
apropriado ressaltar que Jesus, como ser humano podia ter pecado, mas não o fez.” (Tratado de Teologia Adventista
do Sétimo Dia, p.185 [grifo meu]).
“A tentação
de Jesus faria sentido apenas se ele fosse, não Deus, mas uma pessoa à parte
que tivesse o seu próprio livre-arbítrio, alguém
que pudesse ser desleal se assim o desejasse, como no caso de um anjo ou de um
homem.” (Deve-se Crer na Trindade, p.14 [grifo meu]).
Esse é um erro teológico, embora eu deva
destacar que nem uma das duas seitas, ou cristãos que assim pesam, chegam ao
absurdo de concluir que Jesus tinha pecado, pelo menos em sua natureza, como
fez o vários pioneiros adventistas – ‘os restauradores da verdade’.
O que dizer
então da doutrina da Trindade?* Bem, é verdade que muitos adventistas acham
que creem na trindade cristã, mas não é esse o fato.
“Existem,
porém, razões mais complexas para rejeitar
a doutrina clássica da Trindade.” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo
Dia, p. 168 [grifo meu])
Porém, mesmo com a suposta trindade whiteana
(- produzida por articulações dos
Teólogos Adventistas Raoul Dederen em 1970, e Fernando Canale em 1983,
juntamente por alguns que tentaram justificar os pioneiros adventistas)
ainda assim existe uma forte aproximação com a Trindade clássica. E mesmo essa nova
trindade whiteana, seria rejeitada pelos que receberam a “luz” no início da
igreja remanescente=IASD:
“A maioria dos fundadores do adventismo do
sétimo dia não poderia unir-se à igreja hoje se tivesse de concordar com as “27 Crenças Fundamentais” da
denominação [...] Para ser mais específico, eles não poderiam aceitar a
crença número 2, que trata da doutrina
da trindade [...] Semelhantemente, a
maioria dos fundadores do adventismo do sétimo dia teria dificuldade em
aceitar e crença fundamental número 4, que afirma a eternidade e a divindade de
Jesus [...] A maioria dos líderes
adventistas também não endossaria a crença fundamental número 5, que trata
da personalidade do Espírito Santo.” (Em Busca de Identidade, p. 16,17).
“Conforme
foi dito no início do livro, a esmagadora
maioria dos primeiros líderes adventistas não conseguiria concordar com
pelo menos três seções da declaração denominacional de crenças de 1980. Essas seções tratam da Trindade, da plena
divindade de Jesus e da personalidade do Espírito Santo.”
Fonte: Em
Busca de Identidade, pp. 16,17,112
Veja também a respeito do entendimento do
Juízo Investigativo. O Tratado de
Teologia ASD diz:
“[...] a partir de uma postura inicial que
via na morte de Cristo na cruz um sacrifício que supremo, mas restringia a
palavra “expiação” apenas a Seu ministério celestial, os ASD ampliaram gradualmente sua compreensão da expiação para incluir
nela tanto a cruz como o ministério celestial de Cristo.” (p. 224 [grifo
meu])
Porém, a profetisa adventista asseverou:
“Os pontos
principais da nossa fé, tal como temos
hoje, foram firmemente estabelecidos. Ponto
por ponto foi claramente definido e toda a irmandade veio em harmonia. A
inteira congregação de crentes está estabelecida na verdade. Há aqueles que
vieram com estranhas doutrinas, mas nós não tememos encontrá-los. Nossa experiência foi maravilhosa e
estabelecida pela revelação do Espírito Santo.” (http://www.arquivoxiasd.com/mudanca.htm
(Ellen White - MSS. 1903)).
A Crença Fundamental 13 diz:
“13. O Remanescente e Sua Missão - A Igreja universal se compõe de todos os que
verdadeiramente crêem em Cristo; mas, nos últimos dias, um tempo de ampla
apostasia, um remanescente tem sido
chamado para fora[...]”
“Desde o princípio, imediatamente após o
desapontamento de 1844 [...], os adventistas do sétimo dia (o nome só foi
adotado anos depois) têm sustentado que as três mensagens angélicas de
Apocalipse 14:6-12, junto com a proclamação de Apocalipse 18:1-4, constituem a
última mensagem divina de graça antes da volta de Cristo em poder e glória. Creem que seu movimento seja o único a
apresentar as condições especificadas nesses versos e em Apocalipse 12:17.”
(Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 639 [grifo meu])
Portanto, o Adventismo precisa resolver
quando é que surgiu a verdade - Se foi em 22 de outubro de 1844; ou no outro
dia com a visão de Hiran Edson; em 1863 na organização; quando deixaram de serem legalistas e aceitaram a doutrina protestante da justificação (o que Ellen
White defendeu); quando a Papisa morreu em 1915 e finalizou seus escritos
inspirados; em 1931 com a declaração de fé não oficial mais trinitariana; ou em
1946 com a aprovação dessa declaração; no lançamento de Questões Sobre Doutrina quando mudaram a crença da natureza de
Cristo sem pecado, ou em 1980 onde os teólogos adventistas tentaram se
aproximar mais da fé protestante... ou temos que esperar mais a igreja
remanescente ‘sair de Babilônia’... ou entrar nela...???
Essa Igreja Babilônica do Sétimo Dia de Ellen
White, que presunçosamente se exibe como a única igreja visível verdadeira[embora
reconheçam que os ignorantes à sua mensagem serão salvos, com exceção do tempo
final, quando o sábado será o selo da salvação, e o domingo a marca da besta],
não é Cristã em um sentido Ortodoxo nem Histórico, nem protestante e nem
evangélica. Ela é uma religião de Ellen White e dos promotores da mesma, com
prostituições espirituais e muita confusão.
É certo que, se desde o início, o grupo de
fanáticos decepcionados se arrependesse, e voltasse para a Igreja de Cristo, defendendo as doutrinas básicas da fé, Deus teria
dado bom termo a tais pessoas. Mas eles amaram mais a mentira do que verdade,
receberam o espírito do erro predito
na Palavra –II Ts 2.10,11. O que resultou? Uma falsa igreja...
*Para mais informações veja meu
livro A Conspiração Adventista, 6º
capítulo.
Não cremos no Espírito do Engano calvinista, amigo Luciano Sena.
ResponderExcluirPara nós, há apenas um Espírito, agente de Deus aqui na terra e este não engana a ninguém, no qual é o Espírito Santo e que, pelo contrário, nos guia à verdade e toda a verdade.
A verdade progressiva é um dos validadores da reforma protestante de Martinho Lutero. Caso contrário, Lutero, ainda enganado quanto à várias doutrinas, seria tratado como herege e sectários assim como o amigo tem tratado ao adventismo e assim como alguns calvinistas extremados tratam a Martinho Lutero.
Este perfeccionismo exigido pelo amigo, é uma utopia, diante da história cristã acerca do protestantismo.
Calvino não surgiu trazendo a verdade e toda a verdade, de forma que tenha criado um corpo doutrinário perfeito como crêem alguns calvinistas.
O amigo sabe que não porque, por vez, já assumiu de que Calvino esteve errado quanto a alguns ensinamentos.
Calvino foi então guiado pelo Espírito do Engano?
Portanto, o amigo está colocando dúvida não apenas a história do adventismo, mas de todo o protestantismo luterano. E por crer de que Calvino tenha cometido seus erros e enganos, inclusive doutrinários, está jogando, diríamos assim, também João Cavino e o calvinismo nesta "panela" que o amigo criou.
Cuidado com o hipercalvinismo querido amigo!
http://www.gotquestions.org/Portugues/hipercalvinismo.html
É interessante como as TJ e os adventistas, mesmo não se reconhecendo entre si, são parecidos. Tem um aspecto em que os adventistas são mais perigosos. As TJ não fazem questão de se infiltrar nas igrejas cristãs, são uma seita abertamente separatista. Já os adventistas querem se infiltrar sorrateiramente nas igrejas evangélicas e muitos pastores desavisados até os recebem como irmãos. Os adventistas usam de má fé quando se querem passam por evangélicos e nesse ponto são mais perigosos que as TJ, embora em nível de gravidade as heresias das TJ sejam piores que as heresias dos adventistas. O fato é que ambas as seitas representam uma ameaça ao verdadeiro cristianismo. Dou graças a Deus por Ele levantar apologistas como você, irmão Luciano. Precisamos defender a fé bíblica nesses dias trabalhosos. Deus continue abençoando teu ministério.
ResponderExcluirSales santos, fazer a obra dum pregador tu não quer né? Mateus 28:19; Atos 5:42; 20:20
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