Esse
assunto ocupa um espaço nos debates Apologéticos, Cristãos e Reformados. Dentro
no arraial cristão grupos digladiam-se - 'entre família'-, gastando energias (e
outras coisas mais) para expor se um movimento será mais ou não... é... bíblico
e/ou lógico? Bem é difícil até mesmo definir o real motivo da divisão.
Alguns
destacariam que a lógica é tão importante, que mesmo uma postagem de um leigo
não seria inteligível se não existisse lógica – quando as coisas não são bem
explicadas, as coisas ficam sem lógica! Tal é a importância da lógica.
Precisamos
ter algumas reservas quanto ao poder da lógica/razão; não em ser a lógica a conclusão
necessária de toda proposição, mas como meio instrumental de receber, ou
mesmo 'entender', Deus. Quando Deus usou a lógica para nos comunicar coisas (A
Bíblia), não significa que tal instrumento, a lógica/razão, pode ser um veículo
na nossa busca de Deus.
O
Rev. Cleverson, professor de Teologia Sistemática no IBEL disse certa vez: “Deus é suprarracional.” Ele quis dizer que Deus está
acima da lógica. Alguns poderiam sobrepor dizendo: “Como ele sabe disso? Não
seria usando a lógica?” Simples: Reconhecendo
que testaremos algumas doutrinas até certo ponto com a nossa capacidade. Mas
ela não é o cânon para finalizar o exame.
Outros
poderiam também destacar: “para
Deus 1 + 1 é = 2???” Bem, deve ser, visto que eu dei
números e a 'regra matemática'!. Mas se Deus perguntasse algo de seu mundo para
mim, ou mesmo algo em relação a como ele trabalha no tempo tendo todas as
coisas diante de si desde toda a eternidade, lanço-me em terra e só posso
repetir as palavras de Romanos 11.33-36.
Quando
leio sofisticados argumentos filosóficos para provar a existência de Deus, fico
impressionado com ‘tanta epistemologia’. Mas bem pouco de Evangelho que é o
poder de Deus (Rm 1.16) – e segundo a lógica, poder é Poder!
- "Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu ['religioso?'], e também do grego ['intelectual?']."
Não,
por favor, não estou dizendo que são inúteis, só estou dizendo que tais
argumentos sem o Evangelho pode convencer mas não converter! Você no máximo produzirá um teísta condenado ao
inferno, mas não um pecador perdoado e regenerado para o céu, obra que o
Espírito Santo só faz por meio da Palavra de Deus.
Para
mim, leigo obviamente, o problema vai mais longe do que dividiu Clark de Van
Til, mais fundo do que Sproul de Frame protagonizam. O grande problema é usar
nossa limitação e não a revelação, achando que poderíamos chegar a alguma
conclusão segura, sem o pleno conhecimento bíblico.
O
mesmo pastor que citei, também disse: “O
limite da lógica é a Escritura.*”
Meu pensamento é que Apologética é Evangelização. Eu não me identificaria com as linhas apologéticas que
existem, embora todas são ótimas. Acredito que deveríamos ter um tipo de apologética adaptada, ao
contexto e ao indivíduo que estamos evangelizando.
*Veja parte de um estudo do Reverendo Cleverson Gilvan AQUI
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