Na atividade pedagógica da igreja, muitas pessoas
apreciam um mestre capaz, quer seja nas aulas, quer seja na pregação. De fato, quem ensina, faz muita diferença.
A Bíblia diz que quem ensina deve fazer isso com esmero, com dedicação (Rm
12.7). A marca do ensino de Jesus foi seu ensino eficaz, simples e com poder
(Mt 7.29). Existem vários princípios bíblicos que nos orienta para um ensino
com qualidade e eficaz. Porém, não é sobre quem ensina que quero tratar aqui,
mas a respeito de quem aprende. Em
muitos casos, quem está aprendendo não aprendeu a aprender, e isso, faz uma
enorme diferença também. Às vezes criticamos os professores, mas também podemos
ser péssimos alunos. Perceba que a Bíblia repetidas vezes afirma “quem
tem ouvidos ouça”:
“Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Mateus 11:15 Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Mateus 13:9 Se alguém tem ouvidos, ouça. Apocalipse 13:9 E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Marcos 4:9 Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça. Marcos 4:23Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça. Marcos 7:16 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Apocalipse 2:29 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Apocalipse 3:6 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Apocalipse 3:13 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Apocalipse 3:22 Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.Lucas 16:29 Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem
tem ouvidos para ouvir, ouça. Mateus 13:43 por isso te rogo que me ouças com paciência. Atos 26:3 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas Apocalipse 2:11 Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Lucas 14:35 Escutai vós, pois, a parábola do semeador. Mateus 13:18”
“Ouça!!!” Não é apenas uma referência do processo de
audição, mas uma advertência que aqui é o exercício
da obediência, de como temos
recebido a ordem, o ensino, e isso, só será possível se prestarmos atenção
naquilo que aprendemos, portanto, em como aprendemos. Os teólogos de Westminster sintetizaram bem a
perspectiva do aprendizado, na pergunta e resposta do Catecismo Maior:
“Que se exige dos que ouvem a Palavra pregada?
“Exige-se dos que ouvem a Palavra pregada que atendam a ela com diligência,
preparação e oração; que comparem com as Escrituras aquilo que ouvem; que
recebam a verdade com fé, amor, mansidão e prontidão de espírito, como a
Palavra de Deus; que meditem nela e conversem a seu respeito uns com os outros;
que a escondam nos seus corações e produzam os devidos frutos em suas vidas.” Dt
6:6,7;Sl 84:1,2,4;119:11,18; Lc 8:18; I Pe 2:1,2; Ef 6:17,18; At 17:11; Hb
2:1;4:12; Tg 1:21.”
Elementos indicados para o bom aprendizado:
1. diligencia – aprender envolve trabalho, esforço, dedicação, se
viermos para a escola dominical ou para o culto, com a ideia de descansarmos,
com atenção displicente, não aprenderemos nada efetivamente. Anotações breves
pode nos auxiliar na diligencia.
2. preparação – aqui envolve um interesse consciente. Descansar antes,
e se desligar de interesses seculares. Nos livrar antecipadamente daquilo que
pode atrapalhar nossa atenção, conversas durante a EBD, celular, levar
apetrechos para o local de reunião, deixar as crianças de qualquer maneira, e
se incomodar com coisas supérfluas.
3. orar – interceder pela escola dominical, pelo sermão, pelos
estudos, em nossas orações pessoais, pedir para que Deus capacite os
professores, pregadores, e que nos capacite a aprender, orar por outros alunos,
é algo que as pessoas não fazem, na maioria das vezes. Isso cria afinidade
espiritual com esses recursos ordinários que Deus delegou como meios de graça.
4. ler a escritura – no ensino
da Noiva de Cristo, apenas a Sua carta é autoridade inspirada. Devemos ler os
textos bíblicos mencionados no estudo, no sermão, e qualquer afirmação feita
pelo professor, pregador, etc, deve ser comparada com as Sagradas Escrituras. A
autoridade do pregador (e dos livros usados, revistas, nem dos símbolos de fé),
não é inata a ele, mas atrelada à Palavra.
5. "que recebam a Verdade com fé , de amor ,
mansidão e prontidão de espírito , Como a Palavra de Deus " – receber a instrução
apresentada desta maneira, é o resultado esperado. Quem tem essa disposição,
aprende melhor. Sem resistir, sem justificar, sem racionalizar, sem dirimir,
sem aumentar, apenas receber com “o
coração pronto e sincero” como dizia João Calvino.
6. Meditar – pensarmos um pouco mais nas realidades bíblicas
estudadas, pode nos aproximar de uma meditação bíblia mais salutar. Medite em
como você reagiria se estivesse o lugar de Jó? Caso fosse Thiago ou João
Batista? Se ao menos fosse um expectador à frente do túmulo de Lazaro?! Meditar
nos relatos bíblicos é viver emocionalmente as situações ali, para que a nossa
devoção pessoal seja aprimorada.
7. Conversar a respeito – é muito triste ver nos corredores da igreja
irmãos conversando apenas sobre futebol, filmes, novelas, política, passeio,
diversão, trabalho, entre outros assuntos, e tão pouco a respeito do conteúdo
tratado na EBD, no sermão, e do culto. Devemos continuar tendo interesse nisso
em nossa comunhão cristã, especialmente no ambiente de culto, e do templo. Não
que não conversaremos sobre outros assuntos, mas que não seja esses assuntos
nossa prioridade.
8. “que a escondam nos seus corações” – Na
psicologia bíblica, o coração está ligado ao centro das motivações. Ele que
determina nosas ações, na linguagem bíblica. Sendo, nessa perspectiva o centro de
nossos desejosos. Fazer dele nosso baú, nde guardamos as coisas preciosas de
Deus.
9. “produzam os devidos frutos em suas vidas.” –Na
perspectiva do Catecismo, ‘produzir frutos’, quando ouvimos a Palavra, é agir em
conformidade com ela. Podemos até ser bons alunos na EBD, prestarmos atenção,
anotarmos, nunca faltarmos, e ainda sim, sermos péssimos cristãos em nosso lar,
em nosso ministério, no ambiente de trabalho e na escola. O processo educacional da Igreja,
busca imprimir em nós o caráter de Cristo. Esse é o objetivo final.
“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora
a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões
mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente,
aguardando a bendita esperança da manifestação da glória do nosso grande Deus e
Salvador Jesus Cristo.” (Tt 2.11-13).
Como cristãos reformados, espero que não abracem o homossexualismo que os presbiterianos dos EUA fizeram.
ResponderExcluirEspero também que não afirmem que o homossexualismo foi defendido por Paulo como algo natural e aceito por Deus.
Como cristãos reformados, espero que não abracem o homossexualismo que os presbiterianos dos EUA fizeram.
ResponderExcluirEspero também que não afirmem que o homossexualismo foi defendido por Paulo como algo natural e aceito por Deus.