domingo, 3 de março de 2019

A vantagem da Fé Reformada na apologética contra as seitas


Cornelius Van Til define apologética como “a vindicação (defesa) da filosofia de vida cristã em contraste com as várias formas de filosofia de vida não cristã.” (Apologética Cristã, p. 19).  Como a Fé Reformada é útil no debate com as seitas? O campo da apologética que tenho aqui em mente é aquela que lida com a Heresiologia. Pois muito da apologética reformada lida cosmovisão filosófica, e com a defesa da soteriologia contra arminianos, e semi-pelagianos. Isso tem levado muitos apologistas e até pastores reformados, a se preocuparem desnecessariamente com quem está salvo em Cristo – em corrigir sua visão a respeito das doutrinas da graça.

Antes de apontar quatro temas em que a Apologética Reformada tem vantagens sobre outros sistemas filosóficos cristãos, é fundamental destacar que muitas seitas são racionalistas. E como tal, não raro, preferem caminhar com o livre-arbítrio como pressuposto. Na verdade nem todas podem ser classificadas como “arminianas clássicas”, flertam mais com o semi-pelagianismo do que com o arminianismo. E não é incomum rejeitarem a doutrina da imputação da Queda.

1º Profetismo/Apostolado/Papismo: O Apologista Reformado leva o “somente a Escritura” até as suas últimas consequências, quer essas sejam latentes ou patentes. Com base na Bíblia (II Tm 3.15-17), sabemos que ‘cessaram aqueles antigos modos de Deus revelar a sua vontade’(CFW cap. I). Portanto, nosso debate com os Mórmons, Adventistas, Católicos, Tabernáculo da Fé, é na base fundamental da heresia, não em seus efeitos ou evidências. Um apologista cristão pentecostal precisará, evidentemente, sofrer com decepções proféticas dentro de seu movimento, pois existe em ambos os sistemas falsas profecias e acertos. Depois ele ainda terá que perceber que seus argumentos serão semelhantes a respeito do chamado ‘graus de inspiração’ – que algumas seitas usam também, onde diz que a inspiração atual é menor que a Bíblia! Para o Apologista Reformado, se certa profecia de um líder herético deu certo ou não, não resolverá finalmente a questão, já que para ele, não é isso que está em jogo, mas sim a suficiência da Escritura (I Tm 3.15-17).

2º Salvação/Méritos/Sacramentos: Nesse caso, o Apologista Reformado está em evidentemente seguro, pois não há nada, na construção Confessional Reformada, que dependa de alguma ação humana para ser salvo como princípio essencial e regente – nem mesmo o sim do pecador, que infelizmente, acaba desbocando em alguma impressão de virtude no indivíduo, nos modelos não Reformados. Nem mesmo o fato de estar em uma Igreja Reformada, determina ao Apologista Reformado se certo individuo está ou não salvo. O salvo deve estar em Cristo, e o que assegura isso é a eleição, não a decisão humana, méritos, decisões, ou obras, etc (Rm 11.6). Assim, quando um Mórmon diz para um Reformado que ele deve receber o batismo para ser salvo, essa afirmação está inócua e prejudicada, pois a Bíblia ensina outra coisa - anteriormente, no tempo e no espaço quem decidiu a salvação ou não dos que seriam batizados, se eles estão em Cristo é por decisão soberana (Ef 1.1-11).

Isso eleva a questão da Igreja Invisível a um patamar real e verdadeiro. ‘Deus sabe os que lhe pertence’, pois os introduziu em Cristo. Insistir com um Reformado a respeito de uma igreja verdadeira visível, é chover no molhado, visto que o Reformado sabe que a Igreja verdadeira é algo invisível, e está no rol de membros do céu, os tais foram lavados por Cristo de fato e de verdade. O que piora o discurso herético, é que a fé Reformada reconhece que todas as igrejas fieis possuem erros, mas esses erros não podem ser de caráter essencial, pois assim, deixam de ser ‘igrejas verdadeiras’ e passam a ser seitas, sinagogas de Satanás.

3º Deus/Atributos: O Deus Bíblico é Trino, e ninguém mais que os Reformados preservam a doutrina da Trindade, conforme delineada nos credos históricos, como o Reformado. Outros podem até ser semelhantes, mas melhor compreensão da Trindade não existe:

“Pergunta 8: “Há mais de um Deus? Resposta: Há um só Deus, o Deus vivo e verdadeiro (Dt. 6. 4; Jr 10. 10; I Co8. 4).” “Pergunta 9: “Quantas pessoas há na divindade? Resposta: Há três pessoas na divindade: O Pai, o Filho e o Espírito Santo; estas três pessoas são um só Deus verdadeiro e eterno, da mesma substância, iguais em poder e glória, embora distintas pelas suas propriedades pessoais”(Mt 3. 16-17; Mt 28.19; II Co 13. 13; Jo 10. 30).” (Catecismo Maior de Westminster) Percebemos que o modelo reformado reflete os Credos Históricos da Trindade.

Com isso, o Apologista Reformado já sabe que os Mórmons, Testemunhas de Jeová, etc, não falam com o mesmo Deus em mente, causando assim um descompasso total na avaliação de quem É Deus e de tudo que revelou de Si na Escritura. O Reformado sabe que os tais oferecem um falso deus. Além disso, com a perspectiva correta da doutrina da trindade, o Apologeta Reformada vai rapidamente identificar caricaturas, e não uma definição exata.

O Deus Bíblico - da Fé Reformada também é um ser ilimitado no conhecimento, no domínio no tempo e no espaço, e mesmo assim a Fé Reformada diz que Deus é “simples” e pessoal. Neste ponto, as seitas deixam de lograr disputa. Um deus que não sabe de tudo, como é dos Testemunhas de Jeová; um deus complexo como o é dos Espíritas; três espíritos corporalmente distintos sendo Deus como ensina o Adventismo; três deuses sendo que dois tendo corpo e um não como ensinam os Mórmons não pode ser o Deus da Escritura. A Fé Reformada ensina como diz a Bíblia:

“Pergunta 07: “Quem é Deus? Resposta: Deus é Espírito (4.24), em si e por si infinito em seu ser (I Rs 8. 27), glória, bem-aventurança e perfeição (Ex 3. 14); todo-suficiente (At 17. 24, 25), eterno (Sl 90. 2), imutável (Ml 3. 6), insondável (Rm 11. 33), onipresente (Jr 23. 24), onipresente (Ap 4. 8), infinito em poder,(Hb 4. 13), sabedoria (Rm 16. 27), santidade( Is 6. 3), justiça( Dt 32. 4), misericórdia e clemência, longânimo e cheio de bondade e verdade”( Ex. 34. 6).” (Catecismo Maior de Westminster).

4º Vida Cristã: em um quarto campo está o debate a respeito de como a vida cristã é exercida. Mais uma vez a Apologética Reformada tem uma vantagem. Quando dizemos o lema protestante que “A Bíblia é a nossa única regra de fé e prática” isso é verdadeiro em nosso caso. A Bíblia inteira e não o apenas o Novo Testamento! Claro, é o Novo que interpretou e cumpriu o Velho, mas não estamos reféns como estão os dispensacionalistas, e cedem campo considerável para algumas seitas, especialmente os Adventistas criticarem virtualmente essa posição. O Novo Testamento usou os Dez Mandamentos, expandindo, melhorando, substituindo, mas nunca rejeitando. O Espírito Santo demonstrou isso quando várias vezes usou o decálogo e/ou o VT, como fonte de instrução para a Igreja na Nova Aliança (Ef 6.1,2,3). Com a mesma certeza, para o Apologeta Reformado o Novo Testamento revelou luz maior - notamos que o Senhor Jesus substituiu Moisés e Arão, os Apóstolos substituíram os Profetas, A Igreja substituiu Israel, o Batismo substituiu Circuncisão, a Santa Ceia substituiu a Páscoa e o Domingo substituiu o sábado, o culto simples substituiu as cerimonias do VT. Nesse sentido, não abandonamos o Velho Testamento, e podemos dizer que a Bíblia é a nossa regra em seus 66 livros, enquanto interpretados pela Nova Aliança.

sexta-feira, 1 de março de 2019

A Lei da não contradição NÃO se aplica em Deus

“O catolicismo romano [acho que muitos protestantes também]pressupõe que Deus e o homem possuem exatamente o mesmo tipo de relação com alei da não contradição. Pressupõe que a fim de pensarem e conhecerem verdadeiramente, tanto o homem quanto a Deus devem ter seu pensamento conformado a esta lei, como uma abstração da natureza de ambos.

As consequências desse tal raciocínio são novamente fatais, tanto para a teologia sistemática quanto para a apologética. Para a teologia sistemática significa que a verdade não consiste, em última instância, na correspondência com a natureza internamente completa de Deus e com o conhecimento ele tem de si mesmo e de toda a realidade criada. Daí, as ações do homem no campo da verdade se dão em última instância, não em relação a Deus, mas em relação a uma abstração que está acima de Deus, a Verdade em si. Para a apologética isso significa que o princípio básico da concepção não cristã de verdade não pode ser desafiado. De acordo com essa pressuposição mais básica, o ponto final de referência de toda predicação é o homem, e não Deus. A ideia de verdade no abstrato está em harmonia com essa suposição. De fato, a ideia de Verdade no abstrato está baseada nessa suposição.”


Fonte: Apologética Cristã, p. 30

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Aniquilacionismo, uma Doutrina Grega e Pagã

"Aniquilacionismo, uma Doutrina Grega e Pagã
Os adventistas costumam alegar que a doutrina da imortalidade da alma é uma doutrina originada na filosofia grega, portanto pagã.
Mas a questão colocada nestes termos além de ser simplória, é enganosa. Estamos falando de qual filosofia grega, afinal?
Antes de aparecer a filosofia, a religião grega apresentava duas expressões de crença: uma pública e outra privada.
1) A religião pública – baseada nos poemas de Homero – cuja antropologia era naturalista e acreditava na mortalidade do homem, é um exemplo de que os gregos nem sempre foram favoráveis à ideia da imortalidade inata da alma.
Afirma certo estudioso no assunto que: “Nos poemas homéricos (c. séc. VIII a.C.), os usos do termo psyché (ψυχή) podem ser reduzidos a basicamente dois: sombra (σκιά) e força vital, que se extingue com a morte e é aplicável somente aos humanos.” (ROBINSON, T. As Origens da Alma: os Gregos e o Conceito de Alma de Homero a Aristóteles. Anna Blume Editora, São Paulo, 2010., pp. 17–18)
2) A religião dos mistérios – “Orfismo” – que fazia separação entre alma e corpo. Era o fundamento da religião privada. O Orfismo acreditava na sobrevivência da alma e na reencarnação. É ela que irá influenciar posteriormente muitos filósofos gregos.
Filosofia
Na filosofia não era diferente, já que havia partidários das duas crenças:
3) A filosofia pré-socrática e clássica – com ênfase na imortalidade da alma. Essa de fato acreditava numa imortalidade inerente à alma. Essa doutrina foi melhor desenvolvida por Platão.
Mas a filosofia grega não se resumia apenas à filosofia de Platão. O que os adventistas não revelam é que a crença aniquilacionista também tem seus pés fincados na filosofia grega dos materialistas epicureus e estoicos.
4) Filosofia holística e materialista – escolas filosóficas que rejeitavam a imortalidade da alma. Entre elas estavam os seus maiores representantes: Epicureus  e Estoicos que influenciaram bastante a filosofia.
O que criam os Estoicos?
Os Estoicos, apesar de acreditarem em um tipo de alma corporal, ensinavam que, no final de tudo, ela seria extinta. Vejamos melhor essa crença nas palavras de certo estudioso:
“Pelo fato mesmo de não terem a natureza da alma, os estoicos antigos não são claros quanto à imortalidade da alma. Afirmam que não é espírito inato, que é corpórea, que é corruptível, mas permanece depois da morte […] Cleanto afirma que todos permanecem até “o incêndio do mundo”, mas Crisipo acha que subsistem só as almas dos sábios” (LAÊRTIOS, Diôgenes. Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres. Tradução de Mário da Gama Kury. UNB, 1977. LAÊRTIOS, Diôgenes. Ibidem, VII, 107)
O que criam os seguidores de Epicuro?
“Acostuma-te à ideia de que a morte para nós não é nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações. A consciência clara de que a morte não significa nada para nós proporciona a fruição da vida efêmera, sem querer acrescentar-lhe tempo infinito e eliminando o desejo de imortalidade […] A morte, portanto, não é nada, nem para os vivos, nem para os mortos, já que para aqueles ela não existe, ao passo que estes não estão mais aqui.” (Epicuro – Carta a Meneceu – destaque meu)
O epicurista romano, Titus Lucretius Carus, em sua De Rerum Natura foi além e afirmou que a alma é de natureza corpórea e está sujeita à morte. A alma do homem consiste em átomos diminutos que se dissolvem com o húmus quando este morre, dando, posteriormente forma às rochas, lagos ou flores.
“[…] ora, não vamos acreditar que as almas fogem do Aqueronte ou que espectros voejam entre vivos, ou que alguma coisa de nós pode ficar depois da morte, visto que o corpo e a substância da alma, aniquilados ao mesmo tempo, se dispersam nos seus elementos respectivos.” (LUCRÉCIO. Da natureza IV, 40-45– destaque meu)
E mais: “Assim, a substância do espírito não pode surgir sozinha sem o corpo nem pode estar afastada dos nervos e do sangue. Se, efetivamente, o pudesse, muito antes a própria força da alma poderia residir na cabeça ou nos ombros ou nas extremidades dos calcanhares e nascer em qualquer parte do corpo, visto que no fim ficaria no mesmo homem e no mesmo vaso. Ora, como parece haver no nosso corpo um lugar certo e determinado onde podem residir e crescer por si o espírito e a alma, é esta mais uma razão para negar que possam viver fora do corpo e duma forma viva, quer nas friáveis glebas da terra, quer no fogo do sol, quer na água, quer nas altas regiões do ar. Todos estes corpos não contêm qualquer sensibilidade divina, visto que nem sequer podem ser animados por uma alma.” (LUCRÉCIO. Da natureza V, 127-145– destaque meu)
Uma teologia condicionalista no épico sumeriano de Gilgamesh
Neste épico os deuses são os que detêm a imortalidade. Gilgamesh implora para que a imortalidade lhe seja concedida pelos deuses, mas Utnapishtim (o Noé da epopeia), o único humano que a possui, esclarece a Gilgamesh o seguinte:
Ó Gilgamesh, foi-te dada a realeza segundo o teu destino.
A vida eterna não era teu destino.
Quando os deuses criaram o homem
deram-lhe como atributo a Morte,
mas a Vida, a Vida Eterna, essa, só ficou para eles.
Ao contrário dos gregos que postulavam uma imortalidade inata da alma, aqui a imortalidade é condicionada à benevolência dos deuses. No caso, Utnapishtim a possuía, mas a Gilgamesh, foi-lhe negada. Resguardada as devidas proporções, esse conto pagão parece muito com a ideia condicionalista.
Influência da Filosofia Grega no ateísmo moderno
A crença aniquilacionista da filosofia grega sobre a alma influenciou diretamente um grande pensador ocidental moderno e suas ideias ateístas.
Mas lá pelo século II d.C, Tertuliano já denunciava alguns cristãos influenciados pelas ideias gregas aniquilacionistas dos epicureus:
“E  se  há  os  que  afirmam  que  a  alma  é  mortal,  é  porque  o  aprenderam  dos  epicureus;  se  há  os  que negam  a  ressurreição  do  corpo,  é  porque  o  tomaram  de  todas  as  escolas filosóficas  reunidas;  se  a  matéria  é  equiparada  a  Deus,  é  porque  tal  é  a  doutrina  de  Zênon;  e,  quando  se  fala  de  um  Deus  de fogo, isto se deve a Heráclito.  Hereges e filósofos soem tratar dos mesmos assuntos. Que  tem  a  ver  Atenas  com  Jerusalém?  Ou  a  Academia  com  a  Igreja? Ou os  hereges com os cristãos?  A  nossa  doutrina  vem  do  pórtico  de  Salomão,  que  nos  ensina  a  buscar  o  Senhor  na simplicidade  do  coração.    Que  inventem,  pois,  se  o  quiserem,  um  cristianismo  de  tipo  estoico, platônico  e  dialético! Quanto a  nós,  não  temos  necessidade de  indagações depois  da  vinda  de Cristo  Jesus, nem de pesquisas depois do Evangelho.” (De  Praescriptione Haereticorum, c.7)
A filosofia materialista de Epicuro também influenciou um jovem alemão por nome Marx, que viria ser um dos maiores ícones do ateísmo moderno do século XX.
O ateísmo de Marx foi em parte influenciado pela filosofia de Epicuro. A tese de doutorado de Marx teve como título “A diferença entre as filosofias da natureza em Demócrito e Epicuro.”
Mas outro autor muito influente no ateísmo de Marx foi o filósofo alemão materialista Ludwig Andreas Feuerbach. O primeiro livro de Feuerbach teve como título “Pensamentos sobre Morte e Imortalidade”. Nesse trabalho ele ataca a ideia da imortalidade, sustentando que, após a morte, as qualidades humanas são absorvidas pela natureza, semelhante ao que disse Lucrécio."

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

15 Perguntas aos Adventistas do Sétimo Dia


1. O movimento milerita, que marcou o retorno de Jesus para algumas datas, pode ser considerado o sêmen do surgimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD). Diante dessa fato, com base em Mateus 24.36, o que você diria a Guilherme Miller, caso estivesse lá?

2. Cristo não voltou em nenhuma das datas – mesmo assim você concorda que Miller foi um profeta verdadeiro, usado por Deus para proclamar aquela mensagem, com anjos em seu auxílio interpretativo, conforme escreveu Ellen White?

3. O Dr. Rodrigo Silva em um programa em conjunto à Mira da Verdade, disse que uma das razões que o levam a rejeitar a doutrina dipensacionalista, foi que promotores da mesma marcaram a volta de Jesus. E não foi esse o caso do movimento millerita?

4. A IASD afirma que ela mesma, é a igreja visível verdadeira, é a igreja remanescente da profecia bíblica. Segundo um teólogo adventista, ela nasceu no dia 23 de outubro de 1844, com a “visão do milharal”, após a grande decepção. Podemos então dizer que a Igreja Visível Verdadeira nasceu no momento de tristeza e decepção dos falsos cálculos da volta de Jesus?

5. O que você acha de Guilherme Miller ter rejeitado a Doutrina do Juízo e a identidade profética de Ellen White?

6. A IASD foi organizada em 1863, tendo a maioria de seus líderes antitrinitarianos. Isto é, muitos deles seriam ‘parcialmente’ o que Ário foi, ou o que as Testemunhas de Jeová são hoje. Então podemos dizer que a IGREJA VISÍVEL VERDADEIRA foi fundada e organizada por hereges antitrinitarianos?! Eles tinham o Testemunho de Jesus...?

7. A erudição adventista hoje diz que: A) Os pioneiros rejeitaram corretamente a doutrina da Trindade Clássica, pois ela é filosófica, e não bíblica. B) Foi Ellen White que conduziu a IASD a compreender a doutrina de Deus corretamente. Porém, George Kinith, um historiador adventista, afirma que os pioneiros não se afiliariam à IASD por causa de sua doutrina atual sobre a ‘trindade’. Então, os pioneiros rejeitariam também da doutrina da Trindade produzida posteriormente pela erudição adventista?

8. Você sabia que os mentores da codificação do pensamento trinitariano adventista foram os teólogos Raoul Dederen e Fernando Canale – nas décadas de 70 e 80? Por isso que na década de 50 os autores do livro Questões Sobre Doutrina disseram que criam na Trindade dos Credos e Confissões Protestantes, sendo que hoje em dia isso não é mais dito?

9. A respeito desse período de rejeição e ataques contra a doutrina da Trindade - sendo Ellen White profetisa de Deus, ela ficou em silêncio todo o tempo? Talvez por um período de 40 anos, ou um pouco mais, sem nenhuma correção ou instrução? Aliás, nem posteriormente ela denunciou seus irmãos... ao contrário, sempre os recomendou.

10. O fato de Ellen White ter sido Metodista até idade de 13 anos, é mesmo garantia que ela foi trinitariana (‘em silêncio’) ao lado de seu marido antitrinitariano? Pense bem nisso...

11. A maior tendência de Ellen White a um tipo de trinitarianismo foi após a morte de seu marido. Acha que isso explica o silêncio da profetisa por tantos anos nesse assunto, então ela passou a ser influenciada por outros?

12. Por que a IASD não trata francamente o fato do filho de Ellen White, Guilherme White, ter dito que a sua mãe não cria na Pessoa do Espírito Santo? [Nota: até hoje não encontrei muita coisa sobre a carta de G. White, se houver, me informem, por favor,].

13. Na ânsia de defender a inspiração de Ellen White, e diante dos inegáveis erros em algumas afirmações em seus escritos, acha mesmo cristão, ortodoxo e piedoso, dizer que a Bíblia também tem erros, como a refinada teologia adventista afirma?

14. Negar a inerrância da Bíblia idêntifica a IASD com a Teologia Conservadora Protestante, ou com a Teologia Liberal?

15. Os apologistas da IASD, com justas razões, às vezes, reclamam que a IASD é alvo de caricatura e perversidade, na apresentação de suas doutrinas por parte de críticos e não adventistas. Embora isso seja verdade, em poucos casos, [e em qualquer caso e sobre qualquer assunto, isso ocorre, infelizmente, com todos], não é a própria IASD  que possui um livro, Questões Sobre Doutrina, que admitidamente afirma-se em suas notas que houve informações dissimuladas por parte dos representantes adventistas concedidas à Walter Martin?

sábado, 5 de janeiro de 2019

CACP lança livro sobre a IURD

"Neste livro, não estou querendo arvorar o papel de juiz, mas apenas denunciar na esfera teológica, os equívocos e abusos cometidos pela Igreja Universal do Reino de Deus – IURD (Levíticos 5; I Coríntios 2.15). Isso é pelo fato de entendermos que a referida denominação, lamentavelmente, saiu da contextualização de “movimento contraditório” e passou à condição de seita pseudocristã." 


Pr. Joao Flávio Martinez



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domingo, 23 de dezembro de 2018

Ronaldo Lidório: 10 verdades a serem lembradas sobre o evangelho, a igreja e a missão

"1. O evangelho de Deus é supracultural e transtemporal. Suficiente para comunicar a verdade de Deus a todo homem, em todas as culturas, em todos os tempos e em todas as organizações sociais, seja uma aldeia remota ou uma megacidade (Mt 24.14; Jo 3.16; At 1.8).

2. O evangelho não é apenas a verdade, mas também o poder de Deus. A mensagem bíblica é profundamente confrontadora e transformadora, atingindo e transformando o homem em todos os níveis de sua existência, inclusive o cultural (Rm 1.20; At 17.18-32; At 8. 12-23; Gl 1.16).

3. O evangelho começa em Deus e fala sobre a sua salvação. O evangelho não é a mensagem da igreja sobre Deus, mas de Deus sobre a salvação da igreja. A mensagem do evangelho não é a igreja e seus feitos, mas Jesus Cristo, sua morte e ressurreição (Rm 1.1-2, 16 e 15.16; Ef 2.14-22).

4. O pecado nos separa de Deus. O homem, em pecado, está distanciado de Deus e totalmente carente de sua graça e salvação. O evangelho convida o homem a compreender que está perdido e arrepender-se dos seus pecados (Gn 2.17; Is 59.2; Rm 1).

5. A igreja é a comunidade dos redimidos, originada em Deus e pertencente a Deus. Não foi formada para agradar aos desejos e preferências de homens, mas para agradar e obedecer a Deus (1Co 1.1-2; Ef 4.11).

6. A igreja não é uma comunidade alienante. Aqueles que foram redimidos por Cristo continuam sendo homens e mulheres, pais e filhos, fazendeiros e comerciantes que respiram e levam o evangelho onde estão (1 Co 6.12-20).

7. A igreja é uma comunidade sem fronteiras, portanto fatalmente missionária. É chamada a proclamar Jesus perto e longe, em todos os lugares e prioritariamente entre os que pouco ou nada ouviram do evangelho (Mt 28.18-20; Rm 15.20).

8. A vida da igreja, quando obediente às Escrituras, é um grande testemunho para o mundo perdido. É necessário, portanto, que viva aquilo que prega, que demonstre no dia-a-dia aquilo que confessa nos cultos públicos (Jo 14.26; 16.13-15).

9. A primeira missão da Igreja não é proclamar, mas morrer. Somente morrendo para nossos pecados e desejos viveremos para Cristo e seu Reino (Gl 2.20; 1Pe 2.9).

10. A missão maior da igreja é glorificar a Deus. Nessa caminhada é preciso que a igreja se desglorifique para de fato glorificar ao Senhor (Sl 108.5; Fp 1.11; Rm 16. 25-27)."


Fonte: https://ronaldo.lidorio.com.br/wp/10-verdades-a-serem-lembradas-sobre-o-evangelho-a-igreja-e-a-missao/