sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Igreja Babilônica do Sétimo Dia de Ellen White – e suas mudanças

Azenilto Brito, escreveu um livro sobre as Testemunhas de Jeová, onde apresenta duras críticas a essa religião. E sabemos que uma das formas da religião Torre de Vigia escapar dessas críticas é apresentando uma justificativa de “nova luz” que Jeová envia de tempo em tempo ao Corpo Governante, o atual Escravo Fiel e Discreto:

“A Bíblia mostra que Jeová habilita Seus servos a entender Seu propósito de maneira progressiva (Pro. 4.18; João 16.12)” (Raciocínios, p 390).

Azenilto, ironicamente, chama essas mudanças de ‘pisca-pisca’. E explica um dos textos usados para endossar tais mudanças da seguinte maneira:

“Basta ler o contexto de Prov. 4:18 para perceber que o assunto não é progresso de conhecimento e aprimoramento doutrinário de entidades religiosas, mas o despertar do indivíduo para a vida adulta [...]” (O Desafio da Torre, p.36[grifo meu]).

Curiosamente o famoso e polêmico livro adventista, Questões Sobre Doutrina, cita o texto de Provérbios 4.18 na percepção jeovista, e não de Azenilto Brito, veja:

Os adventistas do sétimo dia crêem que o conhecimento humano da verdade divina é progressivo: “A vereda aos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” (Pv 4.18). Certamente devíamos saber mais sobre a vontade e o propósito de Deus do que os justos de épocas passadas, e no futuro devemos, justificadamente, esperar maior desdobramento da verdade bíblica.” (p. 34[grifo meu]).

Pelo jeito, os autores de Questões não leram o contexto de Pv 4.18, segundo Brito, e incluiu os “adventistas do sétimo dia” como a “entidade religiosa” que muda posições doutrinárias. Para rejeitar categoricamente a posição da Torre de Vigia, Azenilto Brito não vê nenhuma possibilidadede Pv 4.18 ter alguma implicação no progresso do conhecimento da verdade por parte de grupos religiosos – excluindo assim os autores de Questões... mas que escritor tem mais autoridade e representação na IASD - Azenilto Brito ou os escritores de Questões Sobre Doutrina???

Os adventistas já mudaram suas crenças, para se acomodarem aos postulados protestantes, ao máximo que podiam.E isso não é eu que estou dizendo, é um dos historiadores acadêmicos da IASD, George R. Knight:

“[...] devemos observar que durante o período que vai de 1919 a 1950 houve também tentativas de tornar o adventismo mais cristão, especialmente durante a década de 1940.” (Em Busca de Identidade, p. 157[grifo meu]).

Vamos para um exemplo registrado no Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia:

“Diferentemente da maioria dos primeiros adventistas, em tempos recentes, muitos têm adotado a ideia de que, ao assumir a natureza humana decaída, Cristo não tinha nenhuma propensão para ou inclinação pecaminosa.” (p. 224[grifo meu]).

Brito, diz que uma verdade dada por Deus não pode contrariar outra verdade dada por Ele mesmo (p.36), quando acusa a confusão da Torre de Vigia. Pois bem, mas as “verdades” defendidas pelos pioneiros adventistas eram as verdades da fé cristã, que posteriormente acabaram adotando. Como é o caso da natureza sem pecado de Jesus Cristo.

Bom ressaltar ainda, que para essa seita, assim como para a Torre de Vigia – Jesus podia pecar:

“[...] é apropriado ressaltar que Jesus, como ser humano podia ter pecado, mas não o fez.” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p.185 [grifo meu]).

“A tentação de Jesus faria sentido apenas se ele fosse, não Deus, mas uma pessoa à parte que tivesse o seu próprio livre-arbítrio, alguém que pudesse ser desleal se assim o desejasse, como no caso de um anjo ou de um homem.” (Deve-se Crer na Trindade, p.14 [grifo meu]).

Esse é um erro teológico, embora eu deva destacar que nem uma das duas seitas, ou cristãos que assim pesam, chegam ao absurdo de concluir que Jesus tinha pecado, pelo menos em sua natureza, como fez o vários pioneiros adventistas – ‘os restauradores da verdade’.

O que dizer então da doutrina da Trindade?* Bem, é verdade que muitos adventistas acham que creem na trindade cristã, mas não é esse o fato.

“Existem, porém, razões mais complexas para rejeitar a doutrina clássica da Trindade.” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 168 [grifo meu])

Porém, mesmo com a suposta trindade whiteana (- produzida por articulações dos Teólogos Adventistas Raoul Dederen em 1970, e Fernando Canale em 1983, juntamente por alguns que tentaram justificar os pioneiros adventistas) ainda assim existe uma forte aproximação com a Trindade clássica. E mesmo essa nova trindade whiteana, seria rejeitada pelos que receberam a “luz” no início da igreja remanescente=IASD:

“A maioria dos fundadores do adventismo do sétimo dia não poderia unir-se à igreja hoje se tivesse de concordar com as “27 Crenças Fundamentais” da denominação [...] Para ser mais específico, eles não poderiam aceitar a crença número 2, que trata da doutrina da trindade [...] Semelhantemente, a maioria dos fundadores do adventismo do sétimo dia teria dificuldade em aceitar e crença fundamental número 4, que afirma a eternidade e a divindade de Jesus [...] A maioria dos líderes adventistas também não endossaria a crença fundamental número 5, que trata da personalidade do Espírito Santo.” (Em Busca de Identidade, p. 16,17).

“Conforme foi dito no início do livro, a esmagadora maioria dos primeiros líderes adventistas não conseguiria concordar com pelo menos três seções da declaração denominacional de crenças de 1980. Essas seções tratam da Trindade, da plena divindade de Jesus e da personalidade do Espírito Santo.”

Fonte: Em Busca de Identidade, pp. 16,17,112

Veja também a respeito do entendimento do Juízo Investigativo. O Tratado de Teologia ASD diz:
“[...] a partir de uma postura inicial que via na morte de Cristo na cruz um sacrifício que supremo, mas restringia a palavra “expiação” apenas a Seu ministério celestial, os ASD ampliaram gradualmente sua compreensão da expiação para incluir nela tanto a cruz como o ministério celestial de Cristo.” (p. 224 [grifo meu])
Porém, a profetisa adventista asseverou:

“Os pontos principais da nossa fé, tal como temos hoje, foram firmemente estabelecidos. Ponto por ponto foi claramente definido e toda a irmandade veio em harmonia. A inteira congregação de crentes está estabelecida na verdade. Há aqueles que vieram com estranhas doutrinas, mas nós não tememos encontrá-los. Nossa experiência foi maravilhosa e estabelecida pela revelação do Espírito Santo.” (http://www.arquivoxiasd.com/mudanca.htm (Ellen White - MSS. 1903)).

A Crença Fundamental 13 diz:

“13. O Remanescente e Sua Missão - A Igreja universal se compõe de todos os que verdadeiramente crêem em Cristo; mas, nos últimos dias, um tempo de ampla apostasia, um remanescente tem sido chamado para fora[...]”

Desde o princípio, imediatamente após o desapontamento de 1844 [...], os adventistas do sétimo dia (o nome só foi adotado anos depois) têm sustentado que as três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12, junto com a proclamação de Apocalipse 18:1-4, constituem a última mensagem divina de graça antes da volta de Cristo em poder e glória. Creem que seu movimento seja o único a apresentar as condições especificadas nesses versos e em Apocalipse 12:17.” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 639 [grifo meu])

Portanto, o Adventismo precisa resolver quando é que surgiu a verdade - Se foi em 22 de outubro de 1844; ou no outro dia com a visão de Hiran Edson; em 1863 na organização; quando deixaram de serem legalistas e aceitaram a doutrina protestante da justificação (o que Ellen White defendeu); quando a Papisa morreu em 1915 e finalizou seus escritos inspirados; em 1931 com a declaração de fé não oficial mais trinitariana; ou em 1946 com a aprovação dessa declaração; no lançamento de Questões Sobre Doutrina quando mudaram a crença da natureza de Cristo sem pecado, ou em 1980 onde os teólogos adventistas tentaram se aproximar mais da fé protestante... ou temos que esperar mais a igreja remanescente ‘sair de Babilônia’... ou entrar nela...???

Essa Igreja Babilônica do Sétimo Dia de Ellen White, que presunçosamente se exibe como a única igreja visível verdadeira[embora reconheçam que os ignorantes à sua mensagem serão salvos, com exceção do tempo final, quando o sábado será o selo da salvação, e o domingo a marca da besta], não é Cristã em um sentido Ortodoxo nem Histórico, nem protestante e nem evangélica. Ela é uma religião de Ellen White e dos promotores da mesma, com prostituições espirituais e muita confusão.

É certo que, se desde o início, o grupo de fanáticos decepcionados se arrependesse, e voltasse para a Igreja de Cristo, defendendo as doutrinas básicas da fé, Deus teria dado bom termo a tais pessoas. Mas eles amaram mais a mentira do que verdade, receberam o espírito do erro predito na Palavra –II Ts 2.10,11. O que resultou? Uma falsa igreja...


*Para mais informações veja meu livro A Conspiração Adventista, 6º capítulo.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O “Neo Trinitarianismo Triteísta Adventista”

O “Neo Trinitarianismo Triteísta Adventista”
Apresentação
Temos denunciado o falso ensino Trinitário da Teologia Adventista no Blog MCA e no livro A Conspiração Adventista. Isso começou quando um apresentador da TV Novo Tempo, o sr. Leandro Quadros, questionou minha palestra no Seminário Presbiteriano JMC sobre o Adventismo. Ele publicou uma crítica à minha colocação de que a maioria dos pioneiros fundadores da Igreja ‘Remanescente’, Adventista, eram antitrinitarianos. Na crítica, ele disse que o que os pioneiros rejeitavam, também, era o que todas as denominações protestantes negam. Um Deus sem “corpo e partes”. Na resposta, eu achei isso estranho, o que também foi notado pelo Rev. Ageu Magalhães, diretor do JMC. Senti cheiro de heresia, mas não tive a capacidade de captar. Na minha refutação não explorei, apenas indiquei a minha estranheza, pois até então, eu sabia que os pais da fé adventistas eram hereges, mas que eles, pelo que nos falavam, abandonaram a heresia satânica e aderiram ao Trinitarianismo que todas as igrejas possuem em seu corpo doutrinário. Bom lembrar que Leandro Quadros disse que daria uma ‘tréplica’, o que há mais de um ano alguns meses, não o fez. Um adventista já o cobrou, mas sua secretária respondeu dizendo que não terei mais respostas...
Um leitor do Blog de nome Paulo Cadi me enviou e-mails, e me mostrou porque o objetor da TV Novo Tempo disse aquilo. Fomos para as pesquisas nessa direção, e tudo foi confirmado. O ‘deus trino’ do Adventismo não é o mesmo da Igreja Cristã conforme exposta biblicamente e historicamente nos Credos conforme provei no livro A Conspiração. Guilherme Rosa, ex-adventista, que me mostrou muito como entender o Adventismo em 2010, me deu a honra de adquirir o meu livro A Conspiração Adventista. Ele então aplicou as pesquisas que notou ali no livro, às três mensagens que o Adventismo afirma possuir sobreposta a todas as demais igrejas. Cada vez mais claro que a IASD não é a Igreja Remanescente, de maneira alguma restaurou a verdade. Isso é uma fraude doutrinária da crença adventista. Dividirei as observações de Guilherme Rosa em algumas postagens, e provavelmente teremos mais outras postagens explorando ainda mais esse tópico. Existem algumas inferências minhas, mas o artigo é dele.
Recentemente um defensor Adventista escreveu em seu face uma crítica às minhas proposições a respeito desse tema, dizendo que ele também não iria crer em um “deus amorfo” que a fé Protestante apresenta. Isso é um reconhecimento de que o deus adventista é um,  e o Deus da fé protestante é outro. Em hipótese alguma, a Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma Igreja Cristã Ortodoxa, uma Igreja Verdadeira! Cabe aos pastores do rebanho de Cristo, proteger suas ovelhas agora.
Que o Deus da Verdade, o Verdadeiro Deus Trino do Cristianismo Histórico, Ortodoxo, seja glorificado sempre!

O Neo trinitarianismo Adventista (Parte 1)

INTRODUÇÃO

O livro A Conspiração Adventista, escrito por Luciano Sena, trata de assuntos controversos ao longo da História do Adventismo, composto de oito seções ou capítulos, aborda de forma breve, temas radiculares do Adventismo, ligados a sua origem surgimento e peculiar mensagem.

Encontramos nesta obra, aquilo que o autor denuncia como inconsistências, fatais e inevitáveis, para uma igreja que se auto proclama como um movimento profetizado no ultimo livro da bíblia o apocalipse para o tempo do fim.

Luciano Sena coloca o leitor de seu trabalho a pensar se realmente, se o adventismo é o que ele diz ser: o remanescente fiel chamado para fora da apostasia ampla das igrejas tradicionais (contendo em seu meio uma legitima expressão da verdade), ou se tais reivindicações são insustentáveis, tendo presente que o Adventismo  no seu surgimento se constituía em mais um culto ou seita que não possuía razão especial nenhuma para funcionar como uma entidade a parte sem ser denunciado como movimento heterodoxo.

Em minhas modestas considerações irei escrever algo relacionado apenas ao capitulo seis do referido livro, intitulado; Adventismo e Trinitarianismo, composto por trinta páginas.

Eu considero a leitura do livro A Conspiração Adventista, necessária por todos que tem interesse de estudo no campo das religiões e apologia, por pesquisadores e por qualquer pessoa que deseja entender a o porquê existe tanta diversidade religiosa e por fim convido aos adventistas que leiam o livro A Conspiração Adventista, desafiados por um espírito bereano para conferir se de fato estas coisas são assim.

 Este meu artigo irá interagir com algumas partes principais do capitulo seis do livro, embora eu focalize uma análise um pouco diferente daquela apresentada por Luciano.

O ponto em questão levantado por Luciano, (e estou de acordo com ele) é o seguinteA predominância de conceitos antitrinitarianos no movimento adventista simplesmente invalidou sua pretensão de ter sido um movimento remanescente levantado para proclamar o evangelho eterno, Apoc.14.6,7.

Sobre esta passagem dizem os adventistas: Este anjo [mensageiro], primeiro foi identificado com Guilherme [William] Miller e depois com o próprio movimento adventista, “adorai aquele que fez o céu e a terra significa um chamado para adorar o verdadeiro Deus criador, proclamado pelo remanescente fiel (o Adventismo do sétimo dia).

O conceito do Deus verdadeiro (trinitariano), esteve desvinculado da guarda do sábado por muito tempo, pois os pioneiros não adoravam o Deus verdadeiro mas um outro “Deus” Unitáriano.

Perguntamos:

ü  Porque a igreja remanescente fiel levantada para continuar a obra da reforma rompeu justamente com o ponto mais importante de teologia Cristã o conceito verdadeiro do Deus a trindade e a completa deidade de Cristo?

Portanto, minha análise se concentrará em dois pontos :

Ø  O primeiro ponto é que a intrusão do elemento antitrinitário (heresia) através dos baluartes e porta vozes do Adventismo (os fundadores da mensagem), anula ou cancela totalmente qualquer reivindicação de serem um “remanescente” ou restante fiel como eles mesmos descrevem a si mesmos! Esta será a maior parte de minha avaliação.
Ø  A segunda se concentrará de forma menos detalhada numa apresentação se o trinitarianismo que emergiu lentamente no Adventismo, carrega elementos de seus pioneiros e se ele pode ser alinhado com a crença ortodoxa da trindade ou se ele é uma nova forma de definição doutrinária que seria um Neo trinitarianismo!

Ao mesmo tempo, iremos notar se o monoteísmo confessado pelos Adventistas conserva sutis elementos contraditórios que não puderam ser concatenados com a sua crença neo ortodoxa, e constituem perigosos elementos da crença triteísta resultando inconscientemente ou inconsequentemente (apesar da erudição representativa da igreja adventista), na conservação de traços da crença pioneira, esses elementos da crença triteísta conservados em seu bojo, seriam aqueles que Luciano mencionou em seu livro, ele demonstrou que estes diferem da crença Histórica definida da trindade, estas questões serão trabalhadas na segunda parte.

Eram a maioria dos pioneiros adventistas continuadores do cristianismo Histórico ou eram dissidentes vindos de movimentos opostos ao pensamento estabelecido das doutrinas cristãs?

O que podemos perceber é que a afirmação inicial de Luciano Sena procede, os pioneiros antitrinitarianos estavam empenhados em atacar e repudiar o trinitarianismo, como algo papal e diabólico como fazem hoje com a guarda do domingo e a imortalidade da alma, entre suas pesadas afirmações está a seguinte: 
  
“A doutrina da Trindade foi estabelecida na igreja pelo concílio de Nicéia 325 AD. Essa doutrina destrói a personalidade de Deus e de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor. A forma infame como foi imposta à igreja, aparece nas páginas da história eclesiástica, que causa aos que acreditam na doutrina corar de vergonha. [... ] está tão longe da verdade como a velha e absurda doutrina trinitariana na qual diz que Jesus é verdadeiramente o Deus eterno.” (J. N. Andrews, erudito e pioneiro Adventista, em The Review and Herald, 06/03/1855; The Advent Review, 05 de agosto de 1852).


É até estranho a omissão de um conhecido autor adventista, quando contempla essa parte “missiológica” de doutrinas distintivas, na história adventista, e omite esse fato, especialmente em um livro que crítica as Testemunhas de Jeová, cuja identidade sabemos que é bem próxima dos pioneiros adventistas:

“... [as crenças adventistas] não admitida pelas denominações religiosas tradicionais: a observância do sábado, o estado de inconsciência dos mortos até a ressurreição, o ministério sacerdotal de Cristo no santuário (que seria um ponto abordado em Daniel 8:14 – um santuário a ser purificado no Céu, não na Terra), etc.”  (O Desafio da Torre, p.22).

Naquele período, segundo um reconhecido historiador Adventista,

 “Enquanto é verdade que os primeiros adventistas criam em alguma forma de preexistência de Cristo, também é verdade que muitos deles acreditavam que Ele não possuía eternidade no passado, e uns poucos, como Uriah Smith, criam que Cristo era um ser criado. Assim, muitos adventistas antes da década de 1890 eram antitrinitarianos e semi-arianos. Isto é, eram opostos à doutrina da Trindade e à plena divindade de Cristo [...] a declaração feita na página 46 da edição original de Questões Sobre Doutrina de que os “adventistas do sétimo dia têm sido frequentemente mal-entendidos quanto à sua crença relativa à divindade de Cristo e à natureza da Divindade” é falsa no sentido histórico. A verdade é que muitos dos primeiros adventistas não eram ortodoxos quanto à Divindade. Tiago White, José Bates, J. N. Andrews, Uriah Smith, Ellet. J. Waggoner e outros líderes estavam entre esse número. A posição deles era bem conhecida na maior parte da comunidade protestante. Dessa maneira, poderia ser argumentado que a denominação havia sido compreendida em vez de mal-interpretada nessas discussões em relação à Trindade.” (Questoes Sobre Doutrina, p. 69, nota 11[grifo meu]).
“Essas posições [antitrinitárias] nem mesmo começariam a mudar até os anos de 1890, e as perspectivas trinitarianas seriam um ponto de conflito até a década de 1940.” (Questões sobre Doutrina,  nota 1, p. 56).

Podemos perceber que os pioneiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia acreditavam estarem denunciando uma falsa doutrina – a trindade, e se opunham a ela de forma direta sem rodeios, isto fazia parte de suas verdades ou mensagem de advertência contra o vinho de babilônia, inclusive foi assim que J. N. Andrews explicou as passagens de Apoc 14 outros pioneiros fizeram esta conexão, infelizmente sobre tais homens pesa as seguintes palavras da escritura:  logo engana-se quem os considera arautos levantados por Deus para continuarem a manter a sã doutrina e o sagrado depósito da fé, eram hereges desorientados por falsas apreensões e má interpretação da palavra de Deus.

I. As origens heterodoxas do movimento Adventista e a falha de suas reinvindicações.
A Igreja Universal Invisível e o Remanescente Fiel e Final: Uma explicação necessária.

Antes de mais nada nossa discussão não tocará na  questão se atualmente o Adventismo deverá ser visto como uma seita ou como um movimento evangélico infelicitado por heterodoxias, mas que não obstante constitui uma genuína igreja cristã. Nosso ponto em questão é o seguinte; o ASD inicial pioneiro era um grupo sectário e heterodoxo que negava algum ponto essencial da fé cristã, mesmo que mais tarde eles tenham capitulado e tomado ‘outra’ posição?

O que importa em nossa discussão é se eram uma seita quando surgiram, a simples admissão deste ponto terá rendido todas as reivindicações atuais do ASD, pois eles dizem terem sido levantados por Deus no tempo certo como um movimento restaurador da verdade, e dizem pregar as três mensagens desde o início de seu movimento que foi retirado das igrejas caídas ou babilônia, se ficar provado que eles não cumpriram estas três mensagens devido a um grave erro na doutrina ortodoxa sobre Deus – a trindade, então nada mais restará para eles do que admitir não terem sido levantados por Deus naquele tempo.

Outro ponto os adventistas tentam diminuir o impacto desta enfermidade espiritual de seus pioneiros alegando que eram a maioria, mas não todos que tinham tais pontos de vista, contudo uma heresia pra ser validada e assumida não precisa ser divulgada por todos, o fermento que leveda a massa não é da mesma proporção da massa, o que importa realmente nesta questão é que os que falavam mal e contra a crença trinitariana eram na verdade os porta-vozes do movimento seus principais expositores e representantes e o faziam oficialmente por meio da literatura e meios de divulgação de sua denominação mediante suas publicações oficiais, isto basta pra dizer que era este o conceito predominante entre eles por certo tempo, era esta a voz dos três anjos adventistas.

O que conta era o movimento em si e sua mensagem e não vozes discordantes que poderiam existir dentro dele e a mensagem de tal movimento através de suas publicações oficiais eram de hostilidade a doutrina crida e aceita sempre pelo cristianismo histórico, na melhor das hipóteses se eles não tinham convicção que ficassem em silêncio até formarem um ponto de vista, mas não foi isso que aconteceu, escreveram coisas  do homem e ofensivas ao próprio Deus.

 Sabemos também que quando começaram a divulgar o trinitarianismo entre eles ,houve enérgica oposição e disputas sobre o tema a razão era que esta havia sido a orientação inicial do movimento adventista, não importa se seus  alguns pioneiros mudaram de parecer nem todos o fizeram o que importa e sua desqualificação inicial como movimento de restauração, isto impede qualquer pretensão de terem sido chamados ao cenário profético como movimento remanescente naquele tempo.

Antes de quaisquer citações de fontes adventistas, e de análise minuciosa de pormenores, iremos focalizar e tomar por certo que hereges e negadores da fé que foi dada uma vez por todas aos santos” (Jud 4), não podem ser confundidos com reformadores e restauradores da verdade em nenhum sentido, ficando a margem pelo padrão doutrinário do novo testamento como negadores da fé, e elementos que devem ser evitados e nem sequer devem serem recebidos  (1Jo 1. 10).

Curiosamente, os próprios adventistas fazem esta confissão, em Questões sobre Doutrina, os adventistas nos dizem; aqueles que recusam a reconhecer a deidade de Jesus Cristo não podem entender nem experimentar a salvação em toda sua plenitude. Depois fazem esta declaração:

“Não apenas está desqualificado para integrar a irmandade por sua própria descrença, mas na realidade está fora do corpo místico de Cristo: a igreja” p. 69 [grifo meu]


Segundo esclarece esta afirmação, a pessoa que nega a deidade de Cristo não pode ser um membro da igreja invisível. Luciano cita uma corajosa declaração* de George R Knigth teólogo Historiador adventista, contemporâneo:

“Essa década [1940], por exemplo, testemunhou esforços da parte de alguns de “purificar” e fortalecer as publicações adventistas. Três áreas ilustram essa tendência. A primeira diz respeito à Trindade. Como já observamos em capítulos anteriores, os pioneiros adventistas, eram em termos gerais, atitrinitarianos e semi-arianos.” (Em Busca de Identidade, p. 157).

[*Outras citações do mesmo autor: “A maioria dos fundadores do adventismo do sétimo dia não poderia unir-se à igreja hoje se tivesse de concordar com as “27 Crenças Fundamentais” da denominação [...] Para ser mais específico, eles não poderiam aceitar a crença número 2, que trata da doutrina da trindade [...] Semelhantemente, a maioria dos fundadores do adventismo do sétimo dia teria dificuldade em aceitar e crença fundamental número 4, que afirma a eternidade e a divindade de Jesus [...] A maioria dos líderes adventistas também não endossaria a crença fundamental número 5, que trata da personalidade do Espírito Santo.” (p. 16,17). “Conforme foi dito no início do livro, a esmagadora maioria dos primeiros líderes adventistas não conseguiria concordar com pelo menos três seções da declaração denominacional de crenças de 1980. Essas seções tratam da Trindade, da plena divindade de Jesus e da personalidade do Espírito Santo.” (p. 112). Uma justificativa recente que encontramos em conversas com defensores da IASD, é que esse declaração de GK, não está em um contexto ‘polemista’, mas histórico, e que tal reconhecimento não leva ao que propomos, já que o autor não chegou a mesma conclusão. A defesa é inócua, pois seria o mesmo de dizer que a versão que o Mormonismo, o Jeovismo, etc., dão de sua própria história não levam eles a concluírem que estão errados. A citação de GK é carregada de autoridade, a informação dele é histórica, o julgamento a respeito dos fatos que ele honestamente coloca, cabe a cada um - Luciano Sena.]


O movimento religioso que se formou após a decepção de 1844, que resultou na organização ASD em 1863 assumiu para si varias prerrogativas, ao analisarmos uma por uma percebemos a enorme falha ou distorção religiosa que nasceu daquelas ideias confusas e desconexas, poderiam hereges vindos de pseudos movimentos de restauração, que segundo o ensino Cristo não deveriam serem recebidos serem representados por três  anjos a  um mundo religioso caído?

Um quadro desconcertante do Adventismo pioneiro

Não careciam, eles próprios de uma obra de restauração interior, pois pela sua  descrença na fé estavam fora do corpo de Cristo: a igreja? Os três anjos do Adventismo  eram anjos ou outros anjos (Gál 1.8)? Pregavam o evangelho eterno? Pregavam adoração ao Deus verdadeiro? Poderiam ser o remanescente que: Guardava os mandamentos de Deus? Tinham o testemunho de Jesus? Tinham a fé em Jesus? E a fidelidade da era de Filadélfia? Sem nenhuma repreensão doutrinaria seria o período dos pioneiros adventistas, e especialmente após a sua organização em 1863? Como surgiu o movimento dos três anjos? O que disseram os pioneiros adventistas sobre a crença trinitariana?


Uma heresia (ortodoxa)

Esta é sem duvida uma posição herética, os restauradores da “verdade adventista”, não se aperceberam da verdade do Deus triúno. Muitas pessoas pensavam ou ainda pensam que o Adventismo não é herético mas imaginam que já surgiu aceitando a doutrina ortodoxa sobre Deus, tem apenas uns dez anos que tomei conhecimento da proporção deste grave problema doutrinário entre eles, neste ponto qual a vantagem tem o adventismo sobre os outros cultos ou grupos sectários como a ciência cristã os mórmons e tj? Todos surgiram no cenário negando o pensamento oficial já estabelecido!

Como podemos definir biblicamente a situação e heresia dentro de uma igreja que pretendia estar denunciando os erros de todas igrejas cristãs estabelecidas como sendo Babilônia ? Luciano diz o seguinte a respeito sobre a implicação lógica que essa oposição pioneira Adventista contra a doutrina da Trindade:

“Não existe nenhuma investigação positiva nessa direção, pelo que percebemos em tais declarações, mas uma oposição consciente e ferrenha. Cabe-nos perguntar: Como tais pioneiros restaurariam algo da verdade cristã rejeitando e demonizando o centro e a base dessa verdade? Não existe um momento melhor para citar essa declaração adventista: “[...] a divindade trinitária da Escritura funciona como o centro da teologia. Ela vincula aos múltiplos aspectos da vida, das verdades bíblicas e dos ensinos cristãos.[ Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 157](A Conspiração Adventista).
                                                                                                                                                                             
Guardava os mandamentos de Deus? (Apoc.12.17; 14.12).                     

Os adventistas apontam alegremente para seu movimento como sendo o remanescente, pois guardam os mandamentos todos os 10 mandamentos da lei de Deus, ao passo que as outras igrejas estão guardando só 9, dizem eles, pois não guardam o sábado, esta não é uma consideração do assunto do sábado, parar aqui seria fugir do nosso tema proposto, a palavra grega para mandamento abrange no novo testamento coisas como:

Logo, guardar a fé (um corpo de doutrina já estabelecida e aceita) é guardar um mandamento de Deus não cumprir isto é ser um transgressor e não um guardador dos mandamentos!

Os três anjos proclamadores deveriam ser sem a menor sombra de dúvida defensores do sagrado depósito da fé e não seus críticos opositores e até combatentes!

Crer em Cristo como Deus é um mandamento, como nos revela Jo 5.23; 10.30; Hb 1.6,8,10, etc., portanto o movimento adventista inicial era liderado por pessoas que não obedeciam a todos os mandamentos de Deus como dizem, pois promoviam outros pensamentos que navegavam em outro sentido da fé proclamada e já estabelecida.

Levando em consideração os Mandamentos,  segunda a apresentação Adventista, o livro A Conspiração Adventista aponta uma transgressão, que anula também a pretensão de igreja remanescente do ASD:

 “E claro, perguntar se existia idolatria entre os pioneiros não deveria surpreender ninguém, já que adoravam um Cristo criado.”

Continua nas próximas postagens...




quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Pb. Solano Portela: Respondendo Algumas Objeções À Doutrina da Predestinação


"I. Introdução Em artigo anterior, analisamos as bases bíblicas à doutrina da predestinação, bem como, as dificuldades encontradas na sua compreensão. Avaliamos as situações antibíblicas e ilógicas encontradas pelas posições que rejeitam tal ensinamento. Verificamos que Deus possui realmente um plano maravilhoso, que é mais do que alternativas de reação ao desenrolar da história. É um plano singular que abrange, inclusive, o plano de salvação do Seu Povo.
Passeando rapidamente pela história da Igreja, verificamos o testemunho abundante ao longo dos séculos e, os servos do Senhor que habilmente defenderam e ensinaram a importância crucial da Soberania divina, como chave para compreensão do nosso papel, como peregrinos aqui na terra, servos do Deus Altíssimo.

Fazendo distinção entre “livre arbítrio” e “livre agência”, procuramos mostrar como Deus executa os Seus planos através de nossas vontades, ou seja de nossa “livre agência”. Igualmente, verificamos como as pessoas são escravas de sua natureza, incapazes de “escolher” o bem, a não ser pela ação e intervenção direta da maravilhosa graça de Deus, pela atuação do Seu Santo Espírito, em nossas vidas.

Apesar da abundante evidência bíblica, a rejeição natural das doutrinas relacionadas com a soberania de Deus é algo muito forte e presente em amplo segmento do mundo evangélico contemporâneo. Numa era onde se procura o fortalecimento da autonomia do homem, onde se multiplicam as igrejas-entretenimento, onde se procura agradar para conquistar, onde está perdida a finalidade principal de todos nós – a glorificação de Deus – são levantadas muitas objeções a qualquer ensinamento que coloque o homem em seu devido lugar – como incapaz de reger o seu destino em um mundo regido pelo Deus soberano.

Neste artigo, queremos abordar algumas dessas objeções, apresentando respostas bíblicas a cada uma delas, culminando com uma dedutiva conclusão.

II. Cinco Objeções Comumente Levantadas Contra a Doutrina da Predestinação e aos Decretos de Deus, com Respectivas Respostas.

1. “A Predestinação é incoerente com o livre arbítrio do homem e com a responsabilidade moral deste, para com as suas ações.”

Resposta — Realmente, a Bíblia não apresenta o homem como sendo um autômato, um robô. De uma certa forma, ele cumpre livremente suas ações, não se esquecendo de que, como pecador, ele está escravizado à sua natureza pecaminosa. Entretanto, ele não é forçado a cometer o pecado. Ele comete porque se deleita nele, porque segue sua própria natureza. O outro lado da questão, é que ele só pode “escolher” o bem verdadeiro, quando possibilitado pelo Espírito Santo. Ocorre que, mesmo considerando o fato de que nenhuma força compulsória age sobre o homem, isto não significa que Deus não tenha um plano e que Ele seja impotente para realizar este plano, a não ser que o homem concorde com Ele. NÃO! A soberania e onipotência de Deus são manifestadas na maneira como Ele opera: trabalhando através da vontade do homem, e não contra ela. É assim que temos essa verdade expressa em Fl 2.12-13: “De sorte que, meus amados, do modo como sempre obedecestes, não como na minha presença somente, mas muito mais agora na minha ausência, efetuai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”.
Vejamos alguns exemplos bíblicos, sobre a maneira como Deus opera a sua vontadeatravés da livre agência das pessoas:

 1. José no Egito: Seus irmãos agiram livremente, sem nada que os compelisse a praticar o mal cometido. Entretanto, estavam cumprindo o plano predeterminado de Deus. É importantíssimo notarmos que todos eles foram responsáveis por suas ações diante de Deus. Considere as seguintes referências, no livro de Gênesis:
42.21 – Os irmãos sabiam de sua culpa“Então disseram uns aos outros: Nós, na verdade, somos culpados no tocante a nosso irmão, porquanto vimos a angústia da sua alma, quando nos rogava, e não o quisemos atender; é por isso que vem sobre nós esta angústia”.
45:5 – José tinha consciência de que Deus agia soberanamente sobre todos os incidentes“Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos aborreçais por me haverdes vendido para cá; porque para preservar vida é que Deus me enviou adiante de vós”.
45:8 – A causa final era Deus“Assim não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como governador sobre toda a terra do Egito”.
50:20 – O Plano soberano de Deus contemplava o bem, como resultado final:“Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; Deus, porém, o intentou para o bem, para fazer o que se vê neste dia, isto é, conservar muita gente com vida”.

2. Faraó: Agiu injustamente contra o povo de Deus e por causa disto foi castigado e responsabilizado por Deus. Entretanto, agiu sempre livre e voluntariamente, apesar de estar cumprindo os propósitos de Deus. Aprendemos isso na leitura dos seguintes versos:
Ex 9.16 – Faraó agia livremente, externando a sua obstinação despótica e pecaminosa, mas cumpria o propósito de Deus:“... mas, na verdade, para isso te hei mantido com vida, para te mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra”.

Ex 10.1-2 – Deus endureceu o coração de Faraó“Depois disse o Senhor a Moisés: vai a Faraó; porque tenho endurecido o seu coração, e o coração de seus servos, para manifestar estes meus sinais no meio deles, e para que contes aos teus filhos, e aos filhos de teus filhos, as coisas que fiz no Egito, e os meus sinais que operei entre eles; para que vós saibais que eu sou o Senhor”.

Rm 9.17 – Paulo utiliza o incidente para demonstrar a soberania de Deus“Pois diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei: para em ti mostrar o meu poder, e para que seja anunciado o meu nome em toda a terra”.

 3. O Rei Ciro: Agiu livremente ordenando a reconstrução do Templo, em Jerusalém. Não sabia que Deus trabalhava por intermédio de sua livre agência e que estava cumprindo os desígnios de Deus.
Ed 1.1-3 – Vemos Deus em controle da história e o Rei em suas mãos“No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor proferida pela boca de Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, de modo que ele fez proclamar por todo o seu reino, de viva voz e também por escrito, este decreto. Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus do céu me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós de todo o seu povo (seja seu Deus com ele) suba para Jerusalém, que é em Judá, e edifique a casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém”.
Pv 21.1 – Este verso indica o governo soberano e incontestável de Deus“Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer”.

 4. A Crucificação de Cristo: Era um evento CERTO, INEVITAVEL e planejado (Atos 4.27,28 – “Porque verdadeiramente se ajuntaram, nesta cidade, contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, não só Herodes, mas também Pôncio Pilatos com os gentios e os povos de Israel; para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho predeterminaram que se fizesse”). Entretanto, nem por isto os Judeus foram forçadosa crucificar a Cristo. Judas cumpriu LIVREMENTE, como fruto de sua própria ganância e impiedade, o propósito de Deus, mas não foi inocentado pelo fato de estar “apenas” cumprindo os Decretos de Deus. Os Judeus seguiram, também, suas próprias inclinações malévolas, mas cumpriam, mesmo assim, a predeterminação de Deus. Note que Pedro não os inocentou por isto. Muito pelo contrário! Foram responsabilizados pelos seus atos, em Atos 2.23 (“...a este, que foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, vós matastes, crucificando-o pelas mãos de iníquos”). Essa responsabilização ocorre na mesma passagem em que a Soberania de Deus é apontada como estando por trás de todos os eventos.

 5. Dois exemplos adicionais, de como Deus pode cumprir os seus propósitos e planos, mesmo assim preservando a responsabilidade humana:
Ap 17.17 – Deus coloca nos corações a execução de suas intenções“Porque Deus lhes pôs nos corações o executarem o intento dele, chegarem a um acordo, e entregarem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus”.
2 Sm 17.14 – Absalão segue um conselho, mas sem saber cumpre os desígnios de Deus“Então Absalão e todos os homens e Israel disseram: Melhor é o conselho de Husai, o arquita, do que o conselho de Aitofel: Porque assim o Senhor o ordenara, para aniquilar o bom conselho de Aitofel, a fim de trazer o mal sobre Absalão”.
 2. “Se tudo que acontece é pré-ordenado, como lemos, na Bíblia, que Deus ‘se arrepende’?” — Por exemplo, em Gn 6.6 (“...arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem na terra ...”) ou Joel 12.13(“...se arrepende do mal”)

Resposta —A expressão “arrependimento”, utilizada na Bíblia com relação a Deus, indica uma mudança em um curso de ação ou em um relacionamento da parte de Deus, da forma em que estava sendo encaminhado até a ocasião da mudança. Não tem, esta expressão, as mesmas conotações deste sentimento no homem. Na linguagem teológica, dá-se o nome a estas expressões de ANTROPOMORFISMO, ou seja, a utilização de linguagem e formas humanas para expressar qualidade, ações ou características de Deus, em um sentido figurado (Ex.: Gn 18.20,21; 22.12; Jr 7.13; Lu 20.13).
No caso da passagem de Joel, o contexto está descrevendo Deus como misericordioso, compassivo, tardio em irar-se, grande em benignidade e nem sempre executa o julgamento que seria o curso natural (“se arrepende do mal”). O julgamento é iminente. Ele é apropriado. Ele é justo. Ele procede do Deus todo poderoso. Ele é mortal. Mas ele é executado pelo justo juiz que detém o poder e a prerrogativa de sustá-lo.

 O termo “arrependimento”, portanto, utilizado com relação a Deus, não tem o mesmo significado de quando ele é utilizado com relação às pessoas. A dissociação é estabelecida por Números 23.19: “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele dito, não o fará? ou, havendo falado, não o cumprirá?” Os homens, os filhos dos homens, mentem – dizem uma coisa e fazem outra; ou se arrependem – (o mesmo sentido) dizem que farão uma coisa e fazem outra; Deus é diferente. Ele é veraz.
Da mesma forma, 1 Sm 29.15, diz: “Também aquele que é a Força de Israel não mente nem se arrepende, por quanto não é homem para que se arrependa”. Deus é perfeito. Ele é soberano. Ele diz e faz; ele fala e cumpre; ele tem um plano e executa. Quando A Palavra, portanto, diz que ele se arrepende; não é arrependimento no significado do termo para descrever ações dos filhos dos homens. A utilização da expressão, para descrever ação humana, abriga, muitas vezes, o conceito de “remorso”.

“Arrepender-se”, no que diz respeito a Deus, significa aparente mudança de curso de ação; significa colocar em prática as prerrogativas de perdão, de retenção de julgamento. Significa a expectativa de que o julgamento, mesmo justo e devido, não fosse executado
Em todo e qualquer caso mesmo o “arrependimento”, a mudança do curso de ação, estava contemplada em seus planos insondáveis e maravilhosos.
 3. “Se existe um plano predeterminado por Deus para tudo, como é que a Sua vontade e a Sua missão é muitas vezes derrotada, como por exemplo em Mateus 23.37?”

Resposta — Os Plano de Deus não são frustrados. Temos que discernir entre a VONTADE PRECEPTIVA de Deus e a Sua VONTADE DECRETIVA. Esta última, é o Seu desejo refletido em Seus Decretos, que serão certamente cumpridos (Is 46.10 – “O meu conselho subsistirá, e farei toda a minha vontade”.). A primeira (preceptiva) representa os Preceitos de Deus, Seus PADRÕES de conduta. Apesar dele ser onipotente e ter poderes para executar tudo, Ele não desejou decretar tudo que está contido em Sua Vontade Preceptiva. Um exemplo disto é II Pedro 3.9, onde Pedro expressa a Vontade Preceptivade Deus e indica que Ele “…quer que todos venham a arrepender-se…” Ele certamente teria poderes para executar este desejo, mas sabemos por outras passagens bíblicas que“poucos são os escolhidos”, demonstrando que Deus não decretou tudo que é sua vontade COMO PRECEITO.
Verifique a situação apresentada em Mateus 23.37 (“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, apedrejas os que a ti são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste!”), comparando-a com Isaías 65.2 (“Estendi as minhas mãos o dia todo a um povo rebelde, que anda por um caminho que não é bom, após os seus próprios pensamentos”). Vemos que apesar do desejo de Deus ser o recebimento de Jerusalém em seu seio, o seu plano já previa a pregação e a rejeição por um povo rebelde. Este povo, mesmo estando incluso neste plano, rejeitou a Cristo VOLUNTARIAMENTE.

Uma analogia humana, logicamente imperfeita como toda tentativa de exemplo humano, pode ilustrar esta dualidade de vontades. Referimo-nos a um juiz reto que não tem vontade alguma em uma sentença qualquer, mas justamente por ser reto decreta condenar alguém, quando tal condenação é cabível, e assim o faz.

4. “Se a doutrina da Predestinação é verdade, como pode a Bíblia efetivar uma oferta sincera de salvação a todos, e como podemos nós, também, oferecê-la a todos os homens?”

Resposta — Temos que nos lembrar que não sabemos quais são os Predestinados. Nossa missão não é a de Pesquisadores de Predestinados, mas a de DECLARADORES DA VERDADE. A conversão e a chamada eficaz pertencem ao Espírito Santo. Deus nos conclama a declarar a verdade a todos. Mesmo que houvesse a certeza da rejeição, não estaria eliminada a necessidade da pregação. Isaías 1.18-19 (“Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados são como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmesim, tornar-se-ão como a lã; Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o bem desta terra”) é um exemplo da chamada universal ao arrependimento. Temos também Isaías 6.9-13, onde Deus manda Isaías realizar o chamado amplo, mas, ao mesmo tempo, já revela ao pregador que haverá uma rejeição operada pelo próprio Deus. Isaías chega quase ao desespero: “Então disse eu: Até quando, Senhor?” Em essência, Deus responde: cumpra sua missão, até que meus propósitos sejam cumpridos.

Situação semelhante temos em Ezequiel 3.4-14, onde Deus comissiona o profeta a realizar a oferta de salvação “quer ouçam, quer deixem de ouvir”. Ocorre que Deus já havia registrado que a casa de Israel não iria querer ouvir. Mesmo assim, permanecia a obrigação do profeta de ir e pregar. Com sentimentos semelhantes aos de Isaías, o profeta registra: “e eu me fui, amargurado, na indignação do meu espírito; e a mão do Senhor era forte sobre mim”.

A oferta de salvação não somente é veraz como sincera. Ela pode ser assim apresentada pelos profetas e pelo próprio Cristo com a consciência de que a concretização da salvação estava incrustada nos planos eternos e soberanos de Deus.

De qualquer forma, a mesma objeção poderia ser apresentada aos que dizem que Deus apenas CONHECE os que acreditarão nele, mas que não determina os que serão salvos: se Ele conhece aquele que acreditará, como pode oferecer o Evangelho ao que não acreditará, sabendo que isto somente aumentará a sua condenação? A Oferta é sincera, porque ela representa a verdade — “quem crer será salvo!” Agora, nós sabemos, semprea posteriori, e nunca antecipadamente (como Jesus o sabia), que “os que creram” foram os predestinados, como nos ensina Atos 13.48 (“...e creram todos quantos haviam sido destinados para a vida eterna”.).
  
5. “A Predestinação apresenta um Deus que faz acepção de pessoas!”

Resposta — Acepção de pessoa significa aceitação ou rejeição baseada em qualidades ou em um potencial intrínseco de uma pessoa, que venha a motivar esta aceitação ou rejeição. A Predestinação bíblica é INCONDICIONAL, isto é, não é baseada em nada existente NO HOMEM, mas unicamente nos propósitos insondáveis de Deus. Deus não é parcial, mas sim SOBERANO. Suas dádivas são fruto da Graça (Rm. 9.15-18, Mt 20.13-15). De qualquer forma, qualquer sistema teológico apresenta esta dificuldade, pois têm todos a mesma oportunidade? Não. As pessoas nascem em locais e circunstâncias diferentes, uns com mais oportunidades do que outros.

Conclusão

  A doutrina da Predestinação é reconhecidamente uma doutrina difícil, mas não deve ser negligenciada nos nossos estudos e exposição pois ela apenas enaltece a Deus. Ela apresenta a Deus em toda a Soberania que lhe é na Bíblia atribuída. Muitas vezes, a rejeitamos porque “achamos” que ela pode desencorajar a pregação do evangelho. Nestes casos, devemos deixar a Bíblia falar por si -- se ela nos revela um Deus que predestina, devemos aceitar esta revelação, independentemente de nossas projeções pragmáticas sobre o que pode ou não acontecer. Deus é maior que as nossas precauções e temores. Suas verdades não podem ser diminuídas sob pena de distorcermos a mensagem que devemos proclamar a um ponto em que ficam totalmente irreconhecíveis. Mesmo que não entendamos todos os pontos, devemos aceitar a majestade e soberania de Deus da forma que a Sua Palavra nos revela!

  Que Deus possa nos ajudar a considerar esta doutrina como a bênção que ela verdadeiramente é. É glorioso saber que estamos nas mãos de um Deus Soberano, que nos amou, nos deu a Salvação e que rege os nossos passos. Temos o Deus que tudo pode e que, por esta razão, temos plena confiança no cumprimento das suas promessas, na vitória e na comunhão final ao Seu lado. Que Ele nos possibilite, cheios desta convicção, a andarmos segundo os seus preceitos, responsavelmente fazendo o que Ele nos manda!"

Fonte: http://www.solanoportela.net/artigos/objecoes_predestinacao.htm

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

MAÇONARIA - HERESIAS DO GRAU 3 - RITO ESCOCÊS, ANTIGO E ACEITO


"Neste texto mostraremos heresias absurdas que pseudo-cristãos de nossas igrejas evangélicas e protestantes se dignam participar no Terceiro Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito. É inacreditável que ainda haja líderes-servos em nosso meio que ousam trocar o Cristianismo bíblico, puro e autêntico pelo lixo espiritual da Maçonaria. Deleite-se com as fotos extraídas diretamente do Manual do Grau 3 e os comentários feitos a base delas:


Página 3
Logo de ínicio, na página 3, vemos evidenciais da teologia maçônica, que em todos os 33 graus com seus rituais já muito bem conhecidos por mim, não é apresentada como teologia para que os enganados por Satanás que por ali trilham pensem que não se trata de mais uma religião e, assim, não precisarão abandonar a sua própria. Então, ensinam que a vida nasce da morte, através do sacrifício da própria vida. Seria o sacrifício da própria vida um meio de se morrer e ganhar a vida? A Bíblia mostra que é Jesus Cristo que se sacrificou por nós e, portanto, não precisamos de nos sacrificar para ganhar a vida. (João 3:16; Romanos 3:25; 8:3) A vida nasce não da nossa morte, mas da morte de Cristo. .

Página 5
Na página 5 do livro secreto maçom do grau 3, observamos como os maçons são religiosos, orando ao Adonai Elohim da Bíblia! Estas palavras são proferidas à vista do corpo de Hiram Abi Assassinado. Quem é este Hirãm Abi? Hiram Abi é um nome extraído da Bíblia. Ele foi enviado pelo rei de Tiro, também chamdo Hiram, para ajudar a Salomão na construção do Templo. (1 Reis 5:1-9) Hiram Abi tinha muita competência em lidar com objetos de bronze. Ele veio ao Rei Salomão para fazer toda a obra necessária. (1 Reis 7:14) Assim, no conceito maçom, Hiram Abi era um pedreiro, ou um maçom. Mas que conversa é esta de o Maçom do grau 3 orar à vista do corpo de Hiram Abi? Mais abaixo saberemos a resposta.

Página 13.
Em nome de Jesus, jamais se  abre as sessões da loja maçônica, mas que maravilha ver um cristão - talvez pastor, diácono, missionário - exclamar: "Em nome de Deus e de São João, nosso padroeiro, está aberta a loja de mestre". Na Igreja, ora em nome de Jesus, mas na Loja Maçônica, em nome de São João. Mas este São João não é o São João Batista da Bíblia, mas o São João da Escócia, também conhecido como São João Esmoleiro ou São João de Jerusalém. A maçonaria reserva até um dia para este "São": 24 de junho. Por que este suposto cristão não ora na Igreja em nome de São João?

Pergunta ao cristão maçom: Você já orou hoje ao seu santo padroeiro? Se fez isso, você não tem identidade cristã. 

Depois dessa oração antibíblica, observe o que ocorre na preparação para se admitir os candidatos ao Grau 3 do Rito Escocês Antigo e Aceito:

página 14.
Sim! Uma pessoa entra num esquife, ou caixão, e o rosto dela deve estar coberto com pano mortuário desde os pés até a cintura e o seu rosto deve ser coberto com um pano de linho tinto de sangue! Será que Jesus participaria de uma ritualística espiritual dessas? E você, cristão verdadeiro, que segue apenas a Cristo e que somente ao sangue dele aceita como simbolo eficaz para a sua vida - participaria de um ritual destes? Você já não morreu com Cristo e se tornou corpo de Cristo? Não será ressuscitado na semelhança da ressurreição de Cristo? (Romanos 6:1-7) Que nojento, não é mesmo? E na Igreja Protestante e Evangélica não faltam pastores, diáconos e membros comuns para participar disso!

Continuando, o Ritual prossegue, e das páginas 15 em diante, a preocupação dos maçons ali é averiguar se o candidato a se tornar parte do Grau 3 é um assassino ou não. Claro que há um simbolismo nisso, MAS JESUS PARTICIPARIA DISSO?

Desconfia-se dele como assassino pelo fato de ele saber a palavra sagrada do Grau 3 que é Tubalcaim.  Imagine a cena agora, em que um pastor, diácono ou membro de igreja comum estivesse dentro da loja maçônica, no Ritual, recebendo a seguinte ofensa por desejar participar deste grau. 

Página 19.
Um outro PDF que tenho aqui usa a expressão "fala infeliz", em vez de "fala desgraçado". Como um cristão, se de fato o é, pode aceitar ser humilhado com a palavra "desgraçado" ou "infeliz" num ritual que segundo os pastores maçons nada os incomoda na maçonaria? Não recebeu ele a graça de Deus em Cristo Jesus? Mas ele é desgraçado por se desconfiar que ele é um assassino, que pode estar ludibriando os maçons ali presentes. Mesmo que tudo isso seja simbólico, conseguiríamos imaginar um apóstolo participando disso? Nem de longe! Enquanto esses verdadeiros profanos espirituais são chamados de desgraçados por não conhecer a palavra passe, nós, cristãos, salvos em Jesus, somos agraciados por Deus com tão grandiosa salvação (Hebreus 2:3).

Sabia você que muitos pastores e diáconos maçons, com quem já conversei, chegaram a me falar que entraram para a maçonaria para ver se ela, em algum aspecto, poderia ajudar no ministério deles? Isso sim é ser profano! Buscando na maçonaria ajuda para o ministério deles!

Enquanto isso, dentro da Loja Maçônica, durante o ritual, permanece o esquife. É o esquife de Hiram Abi, aquele que foi assassinado e que os maçons ali presentes estão a inquirir do candidato se ele é o assassino. Obviamente que há um simbolismo nisso, pois Hiram Abi morreu bem antes de Jesus e não poderia ter sido o candidato o seu assassino. Mas continuemos com as heresias cometidas ali.

Depois do candidato falar a palavra passe, prestar o juramento e ser aceito no Grau 3, para se tornar Mestre Maçom, ele é convidado a representar Hiram Abi, o maior de todos os maçons. Veja:

Página 23
Enquanto os cristãos são exortados a representar a Cristo, o maçom do Grau 3 recebe a ordem de representar o maior homem do mundo Maçom, Hiram Abi. Pode uma coisa dessas?

Após tal aprovação, o RESPEITAB:. passa a narrar a história de Hiram Abi e como ele foi morto. Segundo a maçonaria, Hiram era o grande artífice do templo de Salomão e foi morto por três traidores que ainda não eram mestres maçons e quiseram saber de Hiram a palavra secreta dos mestre maçom. O nome dos três seriam: Jubeias, Jubelos e Jubelum, sendo este último o que teria dado o golpe de misericórdia em Hiram. Quando os três se reúnem e descobrem que não haviam descoberto a palavra secreta de Mestre, decidem enterrar o corpo de Hiram em Jerusalém.

Segundo a lenda registrada no Ritual do Grau 3, os assassinos confessam o crime e recebem uma punição terrível de Salomão. Esta punição tem muito a ver com o juramento que o maçom faz para ingressar nessa sociedade/religião de Satanás. Observe:

Página 30
Em cada grau que o maçom avança, ele presta um juramento desejando que, caso viole os segredos maçônicos, sua garganta seja degolada, seu coração arrancado e seu corpo seja dividido ao meio (com algumas variações em cada grau). Este juramento maçônico vem desta "estória", ou lenda.
Conforme confidenciou-me um ex-maçom grau 33, QUE SE ARREPENDEU DE TER SIDO MAÇOM, a maçonaria manda matar o traidor em sentido simbólico. Se ele tem um comércio e os maçons ali frequentam, tal traidor jamais terá seus amigos maçons em seu estabelecimento. Também, os maçons "fritam" a pessoa na cidade toda, acabam com a reputação dele, desacreditando-a de todas as formas possíveis.

A seguir, preste atenção no que ocorre quando se encontra o corpo de Hiram. Um certo procedimento que se faz ali é feito em todos os funerais maçons, onde a retirada dos profanos (quem não é maçom) é solicitada. Veja:

Página 31
Espetaram na terra um ramo de acácia. No enterro maçom, o mestre de cerimônia segura no dedo mínimo e diz "a carne se desprende dos ossos".

Página 33
Daí, os maçons começam a rodar em volta do túmulo. Na outra extremidade do caixão, o Venerável Mestre tira o ramo de acácia do caixão, leva-o às suas narinas, e volta para dentro do caixão. Mas de onde eles trazem essa ritualística? Em Ezequiel 8:1-18, mostra como a casa de Judá nos dias de Ezequiel haviam se tornado sincretistas, ou seja, misturaram formas diferentes de adoração pagã e as trouxeram para dentro do templo. E uma das abominações que faziam eram levar o ramo ao nariz: "Vê, eles levam o ramo ao nariz". (Ezequiel 8:17) O que significava "levar o ramo ao nariz"?

De acordo com o Novo Comentário Bíblico de São Jerônimo, Antigo Testamento, página 632, trata-se de um dos gestos mesopotâmicos que indicavam um sinal fálico (sexual) e também de humilhação a um deus. Era a adoração ao Deus Tamuz, de acordo com o contexto de Ezequiel 8:1-18, sendo praticada em Israel.

É interessante que no Dicionário de Maçonaria, página 22, de Joaquim Gervásio de Figueiredo, Grau 33 da maçonaria, ele confessa que a Acácia, para os maçons, simboliza a inocência, a iniciação e a imortalidade da alma. Portanto, no funeral maçom, a acácia é usada para simbolizar a imortalidade da alma que o maçom terá. Mas simbolizam isso através de um ritual que Deus condena em Ezequiel 8:17.

Retornando ao Maçom que é aceito no Grau 3 e se torna Mestre Maçom, o ritual continua dentro da Loja. Ele precisa agora fazer um juramento de lealdade. Perceba que não faz o menor sentido um Pastor, Diácono ou membro comum de Igreja fazer tal juramento:


Além de um cristão verdadeiro não jurar desta forma, colocando seu corpo, o templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19) e a morada do Pai e do Filho (João 14:23) nas mãos da própria maçonaria e do seu deusinho genérico, o G:.A:.D:.U:., neste juramento ele afirma que a Loja é consagrada a quem? A São João! Você gostaria de ter um pastor, diácono ou membro comum de Igreja que consagra sua vida a Deus mas faz juramentos numa loja consagrada a São João? Não é vergonhoso que as igrejas cristãs tolerem isto?

Mais vergonhoso ainda é compreender o significado da morte de Hiram nessa lenda maçônica. Isto é um absurdo que vou lher revelar. Na página 4 do Ritual do Grau 3, há a seguinte ilustração:

Página 4
Aqui temos um caixão de defunto. Representa a morte de Hiram. Segundo relatos de ex-maçons, eles tiveram que entrar aqui no ritual. Outros negam isso. Seja como for, como vimos na primeira foto acima, o objetivo do Grau 3 é ensinar que a vida nasce da morte. Hiram foi morto. Mas o que este Hiram, nesta lenda, significa? Isto é revelado aos maçons durante as sessões e não está transcrito no Ritual do Grau 3, todavia, quando vasculhamos a literatura maçônica, desvendamos que no Ritual do Grau 3, ao sair do caixão se está celebrando a ressurreição de Hiram Abi. Sim, é isso mesmo. Observe a explicação que o Sr. Joaquim Gervásio de Figueiredo dá, em seu livro Dicionário de Maçonaria - Seu Mistérios, Seus Ritos, Sua Filosofia e Sua História,página 176:


Observe a confissão de um maçom Grau 33 em seu próprio dicionário! Ele afirma que esta ritualística de Hiram Abi e a lenda de seu martírio é vinculada às lendas de ressurreição de Osíris, Tammuz (o mesmo a quem os judeus em Ezequiel 8:17 estavam adorando por levar os ramos ao nariz), Khrishna, Adônis e Cristo. Em primeiro lugar, a ressurreição de Cristo é posta em pé de igualdade com a dessas falsas divindades. Em segundo lugar, a ressurreição de Cristo é considerada para explicar o que ocorre com Hiram Abi. E para o maçom, o seu grande exemplo a ser seguido é Hiram Abi, que não revelou os segredos aos que não estavam aptos ainda para conhecê-los.

Portanto, o maçom que entra no caixão imita ao seu exemplo mor, Hiram Abi, morrendo para o mundo profano e ressuscitando, quando sai do caixão, após receber a ritualística do ramo de acácia, símbolo da imortalidade da alma. Pode um cristão participar da maçonaria?

Se você souber que seu pastor é maçom, ou foi e não se arrepende de ter sido, cuidado ao se posicionar contra a maçonaria. Ele, de alguma forma, te perseguirá. Eles não reagem como um pastor que foi maçom e deixou à maçonaria dizendo para seus colegas e pastores maçons:"Se vocês conseguem ser cristãos e conviver com isso, fiquem. Eu não consigo." Os maçons nas Igrejas se unem para destruir sua reputação quando você condena as heresias maçônicas. Você perceberá que em comparação aos outros, você não terá oportunidades de pregar, ser um professor da Escola Bíblica Dominical, orar, etc. E muito menos espere ser diácono e pastor. Pelo menos é o que tenho ouvido de ex-maçons. Quer um conselho se seus líderes são maçons? Caia fora desta Igreja! Ela está em prostituição espiritual! -"

Fernando Galli. - http://www.ia-cs.com/2013/08/maconaria-heresias-do-grau-3-rito.html