segunda-feira, 13 de maio de 2013

Antony Hoekema: Os pecados dos salvos serão expostos no Dia do Juízo!


“Às vezes é dito que os pecados dos crentes, que Deus perdoou, apagou e lançou no mar do esquecimento, não serão mencionados no dia do juízo. Entretanto, se é verdade que nada há que agora esteja oculto que não venha a ser revelado, e que o juízo se ocupará de todas as nossas obras, palavras e pensamentos, então certamente os pecados dos crentes também serão revelados naquele dia. De fato, se é verdade que mesmo as melhores obras dos crentes estão manchadas com o pecado (veja Is 64.6; Rm 3.23; T g 3.2), como será possível Trazer às luz qualquer feito dos crentes sem reconhecer algum pecado e imperfeição? Em I Coríntios 3.10-15, Paulo ensina que alguns crentes constroem sobre o fundamento da fé em Cristo com materiais inferiores, como madeira, feno e palha – estes serão salvos mas, mesmo assim, sofrerão a perda. As falhas e deficiências destes crentes, portanto, participarão do quadro do dia do juízo. Mas – e este é o ponto importante – os pecados e deficiências dos crentes serão revelados no juízo como pecados perdoados, cuja culpa foi totalmente coberta pelo sangue de Jesus Cristo. Por isso, conforme dissemos, os crentes não têm de prestar contas de tudo que fizeram, disseram e pensaram, deveria ser para eles um incentivo constante para a luta diligente contra o pecado, para o serviço consciente e para uma vida consagrada.”

Fonte: A Bíblia e o Futuro, p. 304,305.

sábado, 11 de maio de 2013

Alister McGrath é mesmo Reformado?


Professores de Institutos e Seminários ortodoxos sempre dizem: “Todo santo tem seu pé de barro”. Usam esse ditado para destacarem que por mais que um intérprete seja ortodoxo, sempre haverá um ponto que deixará uma marca no erudito, nos alertando – todos erram! É assim com J. Stott sobre a condição dos mortos, Lloyd-Jones na teoria da lacuna em Gn 1.2, R. C. Sproul com seu preterismo moderado, Calvino em sua postura sobre o batismo romano, P. Washer em dizer que o batismo infantil foi o bezerro de ouro da Reforma, e a lista não para. Ao mesmo tempo, nenhum desses assuntos atinge o eixo da ortodoxia cristã. Porém essas polêmicas causam divisões.

Outros, não tem simplesmente um pé de barro, mas um pé e a perna com gangrena.  

Um erudito que ganhou espaço entre os Reformados, obviamente por méritos teológicos próprios, por admirar Calvino, incluindo também habilidades científicas, e entrou no arraial calvinista sem restrições, foi Alister McGrath. Apesar de admirar a contribuição dele no campo que atua, acredito que não posso ler tal autor sem sérias restrições.

1. Será que ele crê na Inerrância da Escritura Sagrada? Parece estranho perguntar isso, em especial quando lemos um artigo de McGrath no livro Religião de Poder (Capítulo 13), com um forte teor Reformado, além de defender a suficiência e a força pregação da Escritura, termina o artigo dizendo que ‘os reformadores são nossos pais na fé’ (p. 254).

Pois bem, ao percorrer as páginas do livro Paixão pela verdade, da Shedd Publicações, me deparei com algumas coisas que, confesso, me deixaram preocupado. McGrath escreve que a defesa da inerrância e da autoridade da Escritura, conforme exposta pela Velha Princeton, na era ‘dos Hodges’, bem como pelo erudito Benjamin Warfield, são na verdade uma defesa que tem compromisso com Iluminismo, e que a o verdadeiro conceito bíblico de Inerrância não é aquele defendido por esses autores, e outros da atualidade. Ele chega a dizer que o conceito de inerrância deles ‘deveria ser colocado de lado’, conquanto que se mantenha a autoridade da Escritura (p. 21). 

Por um lado, reconhecida acusação de McGrath a respeito do contexto em que Hodge & CIA estavam inseridos, a abordagem bíblica deles não pode ser rejeitada. Nem mesmo que a postura deles era puramente de seu próprio tempo. O Dr. Paulo Anglada diz: “... os teólogos de Princeton estão em substancial harmonia com outros que os antecederam, e com Kuyper e Bavinck.” (http://www.monergismo.com/textos/bibliologia/autoridade_anglada.htm).

Mesmo Lutero, Calvino, etc. responderam aos clamores de seu tempo, mas a base das respostas desses Reformadores não pode ser sepultada nessa classificação; de que a argumentação bíblica deles teve fecundação em filosofia ‘mundana’.

Vejas essas partes do livro Paixão pela verdade:

“Teólogos evangélicos parecem muitas vezes ter estado mais preocupados com a defesa da autoridade da Escritura, do que em tratar do seu conteúdo” (p. 19). A advertência é legal, mas ele foi mais longe...

“2. A identificação da escritura como autoridade suprema em matéria de espiritualidade, doutrina e ética;” (p. 20). Note aí em quais assuntos a Bíblia é autoridade para McGrath. A Confissão de Chicago sobre a Inerrância Bíblica diz: “Art. IX - Nós confessamos que a inspiração, embora não conferindo onisciência, garantiu pronunciamentos verdadeiros e fidedignos em todos os assuntos dos quais os autores foram levados a falar e escrever.” Artigo XI também (Havendo Deus Falado, p.154). O que McGrath quer dizer com ‘autoridade’?

“A compreensão que Benjamin B. Warfield tem da autoridade da Escritura, por exemplo, é moldada por pressões e influências da filosofia escocesa do senso comum, que se tornou de muita importância em Princeton durante o século XIX.” (p. 49). Para McGrath o problema não era a autoridade da Escritura ali defendida, mas a maneira que ele apresentou a defesa desta autoridade. Poderia parecer bonito esta observação se a defesa de Warfield não fosse bíblica!

“O resultado é que formas do evangelicalismo estado-unidense que tem sido especialmente influenciado por racionalismo, como aquela associada com Carl Henry, tem colocado ênfase demais na noção de uma revelação bíblica puramente proposicional” (p. 90).

“Alguns evangélicos como Carl F. H. Henry e R. C. Sproul, são fundamentalistas em suas abordagens, mais uma vez aparentemente por razões apologéticas; isso, porém, não significa que o evangelicalismo como um todo seja fundamentalista em sua metodologia.(Nota 37 p. 210)

“O evangelicalismo sempre esteve preocupado em demonstrar a ligação próxima entre Escritura e doutrina. Por razões que em último caso refletem a dominância das ideias do Iluminismo em Princeton durante o século XIX...” (p. 91).

“Cada vez mais, os evangélicos estão expressando receios com respeito às abordagens da autoridade bíblica associadas à escola da Old Princeton, vendo o uso continuado das ideias deste educandário contribuindo para a escravidão prolongada do evangelicalismo às ideias e pontos de vistas do racionalismo Iluminista.” (p.99).

“Há uma percepção crescente dentro do evangelicalismo de que a posição de Princeton está em última análise dependente de suposições e normas extrabíblicas.” (p. 99).

“E Princeton era para ser o cadinho no qual as grandes teorias evangélicas de inspiração e autoridade bíblica eram forjadas. O resultado? As teorias de escritores como Charles Hodge (1797-1858) são profundamente influenciadas pelos preconceitos do Iluminismo.(p. 142).

“O tom fortemente racionalista dessa filosofia é particularmente evidente nas obras de Benjamin B. Warfield, mas é claramente evidente nas dos primeiros tempos de Charles Hodge.” (p. 142).

“Essa teoria da teoria da língua é de importância fundamental, porque oferece alicerce à crença de Hodge de que, hoje, o leitor da Bíblia pode estar “seguro de encontrar muitos pensamentos e intenções do próprio Deus”. Contudo essa ideia metafísica foi emprestada, junto com igualmente questionável paternidade teológica, do Iluminismo. A análise de Hodge sobre a autoridade da Escritura é, em última instancia, baseada em uma teoria não reconhecida e implícita da natureza da linguagem, que se deriva do Iluminismo, e reflete a ordem dessa escola filosófica.” (p.142).

“Donald G. Bloesch já argumentou que um espírito fortemente racionalista pode ser discernido mesmo dentro dos escritos desses evangélicos modernos estado-unidenses, como Carl F. H. Henry, John Warwck Montgomery, Francis Shaerffer e Norman Geisler.” (p. 142).

“A tendência geral de tratar a Bíblia puramente como um livro-fonte de verdades puramente proposicionais pode ser argumentada de maneira a encontrar base especialmente na antiga escola de Princeton, em particular nos escritos de Charles Hodge e Benjamin B. Walfield, em que tendências das pressuposições do Iluminismo é especialmente fácil de ser notada.” (p. 146).

Conclusão desta parte: Se o Iluminismo é a essência argumentativa desses teólogos, em sua abordagem da autoridade da Escritura, estamos com sérios problemas ao citar os mesmos. Da mesma maneira posso perguntar: Qual influência teve McGrath? Será que na verdade McGrath precisa se livrar de alguns postulados permanentes entre os Reformados, para permanecer entre eles? Se até mesmo Francis Shaeffer recebeu o rótulo de ‘racionalista’, fica confuso o que o mesmo escreveu: “...os iluministas também ignoraram a base e o legado cristão e voltaram os olhos para o passado, para os velhos tempos pré-cristãos.” (E agora como viveremos, p. 77,78).

2. Ele é um teísta evolucionista (?). Dizem isso sobre ele... Tudo bem, é um teísta. E não tenho nenhuma habilidade para entrar nessa questão. Mas espera aí; a teologia Reformada é criacionista em sua base, e a IPB Confessionalmente Criacionista, simplesmente porque a Bíblia é Criacionista. Quanto a isso, embora não tenha capacidade e informações suficientes para debater essa questão, a postura Reformada está clara! – Veja: CFW IV, 1,2. CMW pergunta 15.

O Rev. Leandro Lima observa que ‘McGrath vai longe demais ao dar e entender que Calvino concordaria com as teorias cientifica da atualidade’ (O Futuro do Calvinismo, p.183). McGrath escreveu: “Se Calvino tivesse tido uma influência maior sobre seus seguidores... Todo o debate sobre a evolução teria tomado um curso radicalmente diferente...” (citado em O Futuro do Calvinismo, p. 182). A observação do Rev. Leandro Lima é acertada. A hermenêutica avançada de Calvino, a respeito da teoria da acomodação no relato da criação, não muda a ideia central da sua crença.

Conclusão: Das quatro obras da ‘biografia’ de J. Calvino que li, posso dizer que a de Alister McGrath é a melhor. Realmente ele contribuiu e contribui para muita coisa boa, não apenas na literatura mas até em debates. Porém, me parece que ele está tropeçando em assuntos nevrálgicos para uma correta classificação do que é ser um Reformado (II Tm 4.1-5).

sexta-feira, 10 de maio de 2013

'Deus não existe, a Bíblia é um livro mitológico, cheio de erros, produzido por fanáticos e anticientífica!'


... Essas são objeções comuns lançadas contra a fé cristã. Caso alguém lance para você tais 'acusações' acima, gostaria de lhe sugerir alguns argumentos simples e práticos:


A) 'Deus não existe'. É bom perguntar: Tem certeza que Deus não existe? Quais são as provas que Deus não existe? Caso ele diga para você que é você que tem que provar, ele na verdade entregou o 'apito do jogo' em suas mãos.


Comece usando o simples argumento bíblico de que a existência do mundo físico pressupõe inequivocamente a existência de Deus (Sl 19; Rm 1.18). Se ele correr para a ideia ‘evolucionista’, diga que não é o processo da construção “da casa” que está em discussão, por enquanto. Se uma casa for construída por máquinas ou por trabalho humano direto, não fará diferença nesse momento. Isso não é concordar em nada com o evolucionismo, é apenas tratar de cada questão ao seu tempo. Lembre que o que você disse é que “o mundo físico pressupõe a existência de Deus”.


B) ‘A Bíblia é um livro mitológico!’. Mito é uma lenda. Primeiro o incrédulo deverá mostrar qual é o mito que ele tem em mente. Se ele disser que o Dilúvio, Sansão, Jonas, seriam exemplos disso, responda que se Deus não existisse caberia sim a classificação de um mito. Vamos usar uma fábula para ilustrar: Em um formigueiro as formigas ouvem que existe a possibilidade de conservar comida por longo tempo sem que essa estrague. Elas acharão que isso é um mito enquanto não saberem que para os humanos isso é possível. Imagine a formiga vendo uma geladeira com alimentos conservados cheios de doces!?


Seria "lógico" dizer que algo seria impossível a um Deus TODO-PODEROSO? Se Deus não existe faz sentido pensar que alguns relatos bíblicos seriam mitos. Mas como a existência de Deus é um fato proposicional, moral e necessário, dizer que Ele não pode abrir o mar vermelho, é agir contra ao que é estabelecido pela lógica, tão importante para os racionalistas. Podemos definir lógica como consequência necessária de qualquer proposição. E a nosso proposição é: O Todo-Poderoso Deus pode fazer milagres! Negar a existência dele é uma coisa, mas negar a lógica deste argumento simples, é impossível.


C) ‘Cheio de erros/ anticientífica’. Quais erros? Suponha que ele diga que exista contradição entre a ciência e afirmações bíblicas. Mais uma vez o problema acima foi invocado e deve ser trazido a tona que a existência de Deus possibilitaria coisas do tipo ‘anticientíficas’, como um homem andando sobre as águas. Se ele disser que existe contradição de uma parte quando comparada com outra mostre que essas questões são solucionadas por eruditos bíblicos e/ou pela manuscritologia. Afirme: Quando uma ciência (de qualquer área) se depara com certa dificuldade, algumas propostas são apresentadas como respostas. A ciência bíblica também.


D) ‘Escrita por fanáticos religiosos’. Primeiro: o fanatismo religioso é garantia que ele escreveria uma mentira? Qual o nível de fanatismo que você encontra na Bíblia? O nosso contexto histórico e cultural permitiria mesmo classificar alguém de fanático quando visto de um ponto de vista diferente, em outra época e cultura? Uma pessoa que sempre preservou a boa moral poderia classificar a sociedade de hoje de fanática por sexo? Também tal fanatismo indicado deve ter a conotação de guerras, penas de morte, etc.

  • Diga ao incrédulo que na Bíblia temos princípios morais, histórias e profecias. E que o problema dele não é com a história nem com a profecia, mas com os princípios morais que Deus exige dele, e os tais irá condená-lo (Rm 7.7-12).

sábado, 4 de maio de 2013

J. Ryle: como ser santo?


"1) Santidade é o habito de ser de uma só mente com Deus, de acordo com o que as Escrituras descrevem como sendo a mente dele. É o hábito de concordar com seu julgamento, odiando o que ele odeia, amando o que ele ama e comparando tudo neste mundo com o padrão de sua Palavra.

2) Um homem santo se esforçará para evitar cada pecado conhecido, e guardar cada mandamento revelado. A inclinação de sua mente será decisivamente direcionada para Deus. O desejo do seu coração será o de fazer a vontade do Pai. Ele temerá muito mais a desaprovação divina do que a do mundo e terá o mesmo sentimento que Paulo teve quando disse: ‘Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus’ (Rm 7.22).

3) Um homem santo se esforçará por ser como o Senhor Jesus Cristo. Ele não somente viverá uma vida de fé nele, e dele receberá paz e força para viver o dia-a-dia, mas também trabalhará para ter a mente de Cristo e ser conforme à sua imagem (Rm 8.29). O seu objetivo em relação às outras pessoas será o de andar ao lado delas, perdoá-las...ser generoso...caminhar em amor...ser manso e humilde...Ele guardará no coração as palavras de João: ‘Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou’ (1Jo 2.6).

4) Um homem santo buscará mansidão, longanimidade, bondade, paciência, gentileza e controle de sua língua. Dará um bom testemunho, será muito paciente, tolerante para com os outros, e também não se apressará em exigir os seus direitos.

5) Um homem santo buscará temperança e auto-negação. Lutará para mortificar os seus desejos carnais, crucificar sua carne com suas tentações e lascívias, fugir das paixões e controlar suas inclinações carnais, sempre que elas se manifestarem (Ryle então cita Lc 21.34 e 1Co 9.27). 

6) Um homem santo buscará praticar a caridade e a fraternidade. Ele se esforçará por fazer para os outros o que gostaria que os outros fizessem para ele e falará dos outros o que gostaria que os outros falassem dele...Abominará toda mentira, difamação, maledicência, engano, desonestidade e injustiça, mesmo nas pequenas coisas.

7) Um homem santo buscará misericórdia e bondade no trato com os outros...Será como Dorcas, ‘notável pelas boas obras e esmolas que fazia’, que não somente se propôs a fazer ou falou a respeito das boas obras, mas as praticou (At 9.36). 

8) Um homem santo buscará a pureza de coração. Temerá toda a corrupção e impureza de espírito e tentará evitar todas as coisas que podem levá-lo a se contaminar. Ele sabe que o seu coração facilmente se inflama, e tentará cuidadosamente evitar a brasa da tentação. 

9) Um homem santo buscará o temor a Deus. Não me refiro ao temor de um escravo, que somente trabalha para evitar a punição que receberá, caso seja descoberto sem fazer nada. Ao contrário, penso no temor de uma criança, que deseja viver e se locomover como se estivesse sempre com o seu vigilante pai por perto, porque sabe que ele a ama. 

10) Um homem santo buscará humildade. Desejará, em sua mente simples e caridosa, ter os outros em mais alta estima do que a si mesmo. Também perceberá mais o mal existente em seu coração do que em qualquer outro neste mundo. 

11) Um homem santo buscará fidelidade em todos os seus deveres e relacionamentos. Por seus motivos serem os mais sublimes, e contando com o adicional da ajuda divina, ele não se contentará apenas em cumprir suas obrigações, mas, melhor ainda, tentará ajudar aqueles que não se preocupam com a sua alma. Pessoas santas devem, em todos os momentos, desejar praticar o bem, e devem se envergonhar se algo de mal acontecer a alguém que elas poderiam ter ajudado. Elas devem lutar por ser boas esposas e bons maridos, bons pais e bons filhos, bons patrões e bons empregados, bons vizinhos, bons amigos, bons cidadãos, bons em particular e em público, bons no local de trabalho e no ambiente familiar. O Senhor Jesus perguntou ao seu povo algo que exige reflexão, quando diz: ‘Que fazeis de mais?’ (Mt 5.47). 

12) Por fim, um homem santo encherá sua mente com coisas espirituais. Tentará se concentrar inteiramente nas coisas do alto, não se apegando às coisas deste mundo...Ele buscará viver como alguém cujos tesouros estão no céu e cuja permanência nesta terra é vista apenas como a de um peregrino, que viaja para casa. Sua maior fonte de prazer está na comunhão com Deus por meio da oração, da leitura da Palavra e da reunião do seu povo. Ele dará valor à cada coisa, lugar e relacionamento, uma vez que esses fatores o trazem mais para perto de Deus”."


terça-feira, 30 de abril de 2013

Solano Portela comenta sobre o Rev. Marcos Amaral

"Temos recebido uma série de questionamentos por parte de fãs no Facebook sobre a posição ou pronunciamentos de um pastor presbiteriano que estaria se alinhando com defensores do movimento gay, Rev. Marcos Amaral, do Rio de Janeiro.
Este pastor, realmente, faz parte de um movimento de “liberdade religiosa”, que congrega católicos, umbandistas, espíritas, e diversas outras vertentes religiosas. Praticamente todos desse grupo, além da agenda da questão de liberdade religiosa, acatam os supostos “direitos” dos gays, são contra pronunciamentos bíblicos em oposição à prática homossexual e defendem o chamado PL 122. Recentemente, têm se posicionado contra a permanência do pastor Marcos Feliciano (que é pentecostal) à frente da Comissão de Direitos Humanos. Algumas declarações recentes atribuídas ao pastor Marcos Amaral, e reportagens subsequentes, têm gerado considerável controvérsia.
O Rev. Marcos Amaral é pessoa polêmica e já foi advertido até em nota oficial da IPB, sobre pronunciamentos anteriores. Este esclarecimento do presidente da denominação pode ser lido em diversos sites, entre eles: http://www.ipbvilagerti.org.br/pronunciamento-do-rev-roberto-brasileiro/
Reconhecemos que a associação com essas diversas figuras do panteão religioso é algo muito ruim para a identidade e testemunho cristão que devemos espelhar, acima de tudo reconhecemos, em adição, que vários desses pronunciamentos não têm sido sábios e que alguns são condenáveis e lamentáveis. A nossa denominação (IPB) e a IPSA discordam dessa confusão de ideias e mantêm uma aderência estrita àquilo que a Bíblia nos ensina, condenando comportamentos amorais e contrários à pureza e integridade da família."
*Negrito meu

O 'Jesus Adventista' esperou até 1844!


Os Adventistas dizem que Jesus entrou no Santíssimo Celestial, para continuar a sua obra expiatória e de investigação,  no dia 22 de outubro de 1844. Cometem esse erro por interpretar Daniel 8.14 de uma maneira absurda (Veja AQUI AQUI). Porém, o que dizem que aconteceu a partir de 1844 é plenamente rejeitado na carta inspirada Aos Hebreus.  


Ellen White explica assim: Esta era a obra ministerial no primeiro compartimento do santuário celeste. Para ali a fé dos discípulos acompanhou a Cristo, quando, diante de seus olhos, Ele ascendeu. Ali se centralizara sua esperança, e esta esperança, diz Paulo, "temos como âncora da alma segura e firme, e que penetra até o interior do véu, onde Jesus, nosso Precursor, entrou por nós, feito eternamente Sumo Sacerdote". "Nem por sangue de bodes e bezerros mas por Seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção." Heb. 6:19 e 20; 9:12.  Durante dezoito séculos este ministério continuou no primeiro compartimento do santuário. O sangue de Cristo, oferecido em favor dos crentes arrependidos, assegurava-lhes perdão e aceitação perante o Pai; contudo, ainda permaneciam seus pecados nos livros de registro. Como no serviço típico havia uma expiação ao fim do ano, semelhantemente, antes que se complete a obra de Cristo para redenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do santuário. Este é o serviço iniciado quando terminaram os 2.300 dias. Naquela ocasião, conforme fora predito pelo profeta Daniel, nosso Sumo Sacerdote entrou no lugar santíssimo para efetuar a última parte de Sua solene obra - purificar o santuário.(O Grande Conflito, p.421).


A Bíblia, porém,  diz algo bem diferente. Veja:

·         Temos esta esperança como âncora da alma, firme e segura, a qual adentra o santuário interior, por trás do véu, onde Jesus, que nos precedeu, entrou em nosso lugar, tornando-se sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Hb 6.19-20
·         Foi levantado um tabernáculo; na parte da frente, chamada Lugar Santo, estavam o candelabro, a mesa e os pães da Presença.  Por trás do segundo véu havia a parte chamada Santo dos Santos, Hb 9.2,3
·         No entanto, somente o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos, apenas uma vez por ano, e nunca sem apresentar o sangue do sacrifício, que ele oferecia por si mesmo e pelos pecados que o povo havia cometido por ignorância  Hebreus 9:7
·         Quando Cristo veio como sumo sacerdote dos benefícios agora presentes, ele adentrou o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito pelo homem, isto é, não pertencente a esta criação. Não por meio de sangue de bodes e novilhos, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, e obteve eterna redenção. 
Hb 9.11-12
·         Pois Cristo não entrou em santuário feito por homens, uma simples representação do verdadeiro; ele entrou no próprio céu, para agora se apresentar diante de Deus em nosso favor; não, porém, para se oferecer repetidas vezes à semelhança do sumo sacerdote que entra no Santo dos Santos todos os anos, com sangue alheio. Se assim fosse, Cristo precisaria sofrer muitas vezes, desde o começo do mundo. Mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim dos tempos, para aniquilar o pecado mediante o sacrifício de si mesmo. 
Hb 9.24-26
·         Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo.
Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus.  Hb 10.19-21
·       Depois de ter bradado novamente em alta voz, Jesus entregou o espírito.
Naquele momento, o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. A terra tremeu, e as rochas se partiram. Mt 27.50-52


De modo simples, a Bíblia ensina que Jesus Cristo quando chegou ao Céu, ele entrou na presença do Pai, que era simbolizado pela parte interior do tabernáculo – O Santo dos Santos. Ou seja, ele prestará o mesmo serviço desde a sua ascensão até o seu retorno: “... assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam.”  (Hb 9.28).


Os comentaristas bíblicos veem nestes textos provas bíblicas de que Jesus entrou no Santíssimo Celestial, como Sumo Sacerdote, na sua ascensão para cumprir sua obra, naquele momento. Conforme foi tipificado em Levítico 16: “... o santuário interior. Por trás do véu (v.19) ... O véu era a cortina interior que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo, Cristo transpôs esse véu e entrou no Lugar Santíssimo para agora em nosso lugar.”(Comentário Bíblico NVI, p. 2109). 



O esforço adventista é impor na atividade de Cristo, restrições que de alguma maneira salve sua interpretação de 1844. Podemos inferir que a obra de Cristo eliminou essa divisão, imposta ao sumo sacerdote da linhagem de Araão: “...(não há no compartimento separado no antitípico e celestial), no qual os crentes tem “ousadia para entrar” pela fé.” (Dicionário Vine, p. 972). “Sua [de Cristo] esfera de serviço é o Santo dos Santos...” (Comentário Bíblico NVI, p. 2118).

A novela "Rev. Marcos Amaral" - Julio Severo, ONU e IPB

Acredito que até agora, o MCA seja o único blog de um presbiteriano, que tem insistido em divulgar os problemas que o Rev. Marcos Amaral tem gerado.

·        Tenho conversado com pessoas de vários lugares, e parece que processos eclesiásticos já estão amadurecendo. O Reverendo Marcos Amaral terá grandes problemas.

Sobre a última postagem, onde o Rev. MarcosAmaral ‘desejaria’ um derrame em Marco Feliciano (acredito que fui a primeiro a divulgar isto), ele removeu e postou uma explicação, não pediu desculpas para quem mais merecia: O Dep. Marco Feliciano. A postagem de ‘retratação’ dr Amaral, foi apenas uma estratégia. Evitar polêmicas de grande recursão.

Interessante que no Blog dele,  não existe  mais espaço para comentários. Bem típico mesmo dos que ele tem defendido até agora! 

Ao criticar o reverendo Marcos Amaral, o Blogueiro Julio Severo deixa claro suas suspeitas do envolvimento do Rev. Marcos Amaral com objetivos estranhos (AQUI). Ocultismo? ONU? Enfim, muitas coisas que são sérias para um cristão e para um pastor.

Eu me espantei com os problemas que ele diz ter sofrido, como que uma perturbação. Poderia ter sido trabalho de bruxaria contra ele? 

Só posso dizer que o Julio Severo está errado (espero!!!). A comunidade presbiteriana, a IPB, não está engolindo isso. O problema é que o sistema conciliar demora muito, mas está em andamento. O que mais me preocupa é o silêncio, não necessariamente a demora do que será Conciliarmente feito.

Por enquanto os ‘grandes nomes da IPB’, estão agindo como no início do mensalão: ‘Ah!?’ ‘O que!?’ ‘Onde!?’. E  sei (até agora) que apenas membros comuns, Conselhos, Pastores desconhecidos, irão questionar o Supremo Concílio sobre isso. Não acredito que o Reverendo Roberto está em paz com essa situação.

Uma missão do Marcos Amaral é responder ao chamado da ONU. Neste ponto, no ‘espírito da ONU’ é a mais perfeita classificação da vocação do Reverendo Marcos Amaral, que está com esse compromisso claro e divulgado! Dificilmente ele voltará atrás, visto que já ganhou forças e fama. Além de ocupar posição em um concílio também mostrei AQUI que ele tem granjeado mais aceitação do que imaginamos.

Veja este vídeo abaixo, e perceba como esse Padre vê o que o Rev. Marcos Amaral NÃO VÊ!




(Eu não compartilho de todas as insinuações das legendas.)


ATENÇÃO PRESBITERIANOS INDIFERENTES E OMISSOS REVERENDOS:

Será que se o SC da IPB aceitar algum questionamento contra Rev. Marcos Amaral, a Globo e os ativistas gays, tomarão as suas dores? O Reverendo Marcos Amaral será pivô de uma celeuma Conciliar dentro da IPB, nos últimos anos da presidência fiel, pacifica e humilde do Rev. Roberto Brasileiro?

Infelizmente, SE essas suposições tornarem-se realidades, simplesmente a culpa cairá sobre os que se omitiram e não barraram lá 2008, o hoje Presidente do Sínodo de Guanabara Rev. Marcos Amaral.

Por falar em ‘Guanabara’, me lembro de uma tal Confissão de Guanabara, produzida por reformados com mais coragem...

Deus nos guarde!