sábado, 20 de outubro de 2012

Ao evangelizar um Espírita Kardecista: use apenas os evangelhos


1) A Gênese, IV, 6,7,8,11 página 267 afirma que existem erros na Bíblia e que o espiritismo os corrigiria. Os erros são de natureza doutrinária. León Denis, uma liderança espírita disse no livro Cristianismo e Espiritismo (FEB, 7ª Ed, p. 267):

“[...] não poderia a Bíblia ser considerada a “palavra de Deus” nem uma revelação sobrenatural. O que se deve nela ver é uma compilação de narrativas históricas ou legendárias, de ensinamentos sublimes, de par com pormenores às vezes triviais.”

“Do Velho Testamento já nos é recomendado somente o Decálogo, e do Novo Testamento apenas a moral de Jesus; já consideramos de valor secundário, ou revogado e sem valor algum, mais de 90% do texto da Bíblia.” (Reformador, janeiro de 1953, p. 23).

Compare: Jesus disse: “A tua Palavra é a verdade” (João 17.17). Jesus usou a própria Escritura do Velho Testamento (Lc 4.1-12; Mt 4.1-12) e disse que ela é infalível (Mt 5.18). E usou todo o Velho Testamento (Lc 24.27).

Quando somos confrontados com alguma passagem da Escritura que não entendemos, que seja estranha ao que estamos acostumados, e mesmo depois de um estudo sério e ponderado do assunto, devemos nos lembrar que a dificuldade está em nós entendermos. Talvez, faltam informações que no momento não temos. Ou mesmo, reconhecer que alguns assuntos da Escritura não entenderemos em nossa vida. Mas os assuntos concernentes ao comportamento, aquilo que devemos crer a respeito de Deus, e como obtermos a salvação, são facilmente percebidos na Bíblia (Jo 14.6).

Em Obras póstumas, (FEB, 1973 13º Ed, p.308) Kardec diz: “Aproxima-se a hora em que te será necessário apresentar o Espiritismo qual ele é, mostrando a todos onde se encontra a verdadeira doutrina ensinada pelo Cristo. Aproxima-se a hora em que, à face do céu e da Terra, terás de proclamar que o Espiritismo é a única tradição verdadeiramente cristã e única instituição verdadeiramente divina e humana.”(gripo nosso)

Eles são exclusivistas. E estão certos na abordagem pretendida. Em última instância; ou apenas o Espiritismo está certo, ou apenas o Protestantismo Cristão o está. Ou um, ou outro, deve representar verdadeiramente a doutrina de Cristo Jesus.

2) O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. I, 10 diz: “Um dia, Deus, na sua caridade inesgotável, permitiu ao homem ver a verdade dissipar as trevas; esse dia foi o advento de Cristo.”

Compare: Essa afirmação de Kardec, está de acordo com vários textos bíblicos (Jo 1.17; 8.12). Cabe a nós agora fazer algumas perguntas pertinentes.

A) De onde o espiritismo kardecista colheu suas informações sobre a moral de Cristo?

B) Em qual parte dos evangelhos Jesus ensinou o aperfeiçoamento da alma pela reencarnação?

C) Jesus ensinou o inferno (Geena) eterno nos evangelhos (Mt 5.29,30; 8.12; 13.42). O Espiritismo rejeita.

D) Jesus ensinou que morreria como sacrifício em nosso lugar (Mt 20.28). O Espiritismo rejeita.

E) Jesus disse que deveríamos praticar a ceia e o batismo (Lc 22.19). O Espiritismo rejeita.

F) Como pode você confiar na narração moral de Cristo, por parte dos Apóstolos, e não confiar no que eles disseram em outras partes?

  • Existe contradição entre os ensinos de Cristo e Kardec. 'De qual lado você ficará? Do lado da "Luz que dissipa as trevas"?'
Ao conservar com Espíritas Kardecistas, insista no uso dos Evangelhos e das palavras do Senhor Jesus. A experiência pode ser surpreendente!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O Titã Leandro Quadros afirma: ‘Os autores INSPIRADOS erraram’!

A doutrina da inerrância da Escritura, é algo inerente ao ensino da infabilidade (Jo17.17). O entendimento atual é que as cópias possuem erros (ortográficos, inexatidões numéricas, etc). Mas não que os originais tivessem. Este último ponto, para os crentes fieis do Espírito Santo,  é um fato que nem se discute. Porém, como tratado em algumas postagens, o Adventismo nega a inerrância da Escritura.

Leandro Quadros afirma, como o fez Samuelle Bacchiocchi, que OS AUTORES INSPIRADOS, registraram erros. Em uma postagem em seu site , Leandro Quadros, perigosamente leva os adventistas apaixonados, ao esgoto diabólico do liberalismo teológico. Aquilo que o diabo vomitou contra Bíblia nos corredores da teologia liberal, agora é cardápio de Leandro Quadros e seus leitores.

Tentando resolver uma diferença numérica em dois relatos bíblicos, ele escreveu:

Não fica difícil concluirmos que a informação do texto de 2 Crônicas 22:2, que afirma ter Acazias a idade de 42 anos no começo do seu reinado, foi um lapso de memória do autor do livro, ou um erro do copista enquanto copiava o texto original . http://novotempo.com/namiradaverdade/2012/10/10/como-harmonizar-2-reis-826-com-2-cronicas-222/


Ele tenta salvar o conceito de inerrância bíblica dizendo que esse ‘fato’ não desabona a Bíblia de ser a Palavra de Deus – verdade autêntica, apesar de erros.


“a Bíblia tem dupla autoria: divina e humana. Por isso, é mais que natural existir nas Escrituras erros ortográficos, divergências numéricas, entre outras coisas, que em nada afetam a mensagem...” escreve o Titã Adventista.

Aos 8 minutos e 4 segundos de um vídeo ele afirma: “Mesmo Deus guiando mente do profeta para não errar, no aspecto doutrinário e moral, em aspectos ortográficos e lapsos de memória, é claro que o profeta errou.”   Diz que a Palavra de Deus é perfeita em seu contexto moral, ético e doutrinário. E afirma que não descarta a possibilidade do próprio autor ter errado no caso em mira! (veja aos 11 minutos e 32 segundos do vídeo).

O motivo dos adventistas ensinarem isso está nas palavras do Dr Samuelle Bacchiocchi:

“ 5 — Uma razão final para a rejeição da inerrância absoluta, no caso dos adventistas, são os ensinos de Ellen White, e o exemplo da produção de seus escritos. Ela claramente reconhece o papel humano na produção da Bíblia.” (http://adventismoemfoco.wordpress.com/2009/08/30/resumo-do-artigo-%E2%80%9Cinerrancia-biblica%E2%80%9D-de-dr-samuelle-bacchiocchi/) Já tratei disso aqui no Blog.


Ou seja, o Adventismo, para defender a lenda, o mito, chamado Ellen White, nega a inerrância bíblica defendida pelo protestantismo fiel, cristão e bíblico.

Afirmar que existem erros na Bíblia, por parte do autor inspirado, não afetaria a mensagem? Primeiro que limitações ortográficas, jamais alterariam uma mensagem. Porém, dependendo dos erros ortográficos, a mensagem pode ser alterada. Nenhuma doutrina é afeta em aceitar esse absurdo? Claro que é! A doutrina da inspiração. Se Deus preservou apenas as mensagens doutrinárias, por qual motivo não preservaria as demais informações? Sendo que essas mesmas informações Deus inspirou e ordenou que se registrassem como Sua Palavra?


Os autores do NT não tinham esse conceito diabólico que tem os Adventistas do Sétimo Dia (pelo menos os que pensam assim), E QUEM QUER QUE SEJA. Lembrando que em boa parte do início da Igreja a voz de Deus era as letras das Escrituras do Velho Testamento. Veja:

  • Exodo 9.13-15: Disse o SENHOR a Moisés: “Levante-se logo cedo, apresente-se ao faraó e diga-lhe que assim diz o SENHOR, o Deus dos hebreus: Deixe o meu povo ir para que me preste culto. Caso contrário, mandarei desta vez todas as minhas pragas contra você, contra os seus conselheiros e contra o seu povo, para que você saiba que em toda a terra não há ninguém como eu. Porque eu já poderia ter estendido a mão, ferindo você e o seu povo com uma praga que teria eliminado você da terra. Mas eu o mantive em pé exatamente com este propósito: mostrar-lhe o meu poder e fazer que o meu nome seja proclamado em toda a terra.

  • Romanos 9.17: Pois a Escritura diz ao faraó: “Eu o levantei exatamente com este propósito: mostrar em você o meu poder, e para que o meu nome seja proclamado em toda a terra”

Só por aí, já vemos um descompasso entre o conceito Apostólico sobre o VT e o que Leandro Quadros e a sua turma tem. Teria os apóstolos pelo menos esse conceito deturpador? O NT testemunha ao contrário. Jesus Cristo (não o Miguel Adventista que entrou num santíssimo em 22 de outubro de 1844), demonstra que as letras possuem autoridade das palavras, são virtualmente mesma coisa (Mt 4.4; 5.18).


Sobre os erros ‘inocentes’ que Leandro Quadros diz que existem, ele deixa de refletir de maneira cristã o seguinte:

1. A genealogia era garantia da semente messiânica.

2. Os números fazem parte da constituição nacional de Israel, em suas diversas áreas, que Deus abençoava.

3. Referências históricas, são o campo onde Deus agia em Israel.


Embora Leandro Quadros leu O Salmo 19.7, parecendo indicar que a perfeição é na Lei e não necessariamente na palavra escrita em forma humana, podemos rejeitar tranquilamente tal absurdo por saber que "Para sempre ó SENHOR, está firmada a tua palavra no céu." Salmo 119.90. Visto que sendo a Palavra de Deus "A Escritura não pode falhar" disso a Palavra Encarnada (Jo 10.35).


Para uma defensa da Escritura veja o que um crente salvo em Cristo escreveu AQUI . Quanto ao problema da diferença dos dois textos, foi um erro de transmissão. Veja a Declaração de Chicago http://www.monergismo.com/textos/credos/declaracao_chicago.htm

domingo, 14 de outubro de 2012

Os Mórmons: filhos do engano - Parte 1


Deus ama todo tipo de pessoas. Ele não ama um por causa disso ou daquilo na pessoa, mas por amá-la livremente, isto é; por Sua vontade. Deus não se apaixona, ele decide amar. Ele também se ira contra todo tipo de homem, por que esses fazem o que lhe desagrada.


A ira de Deus contra os homens não é apenas por práticas pecaminosas, que conhecemos como atitudes perversas, Deus também se ira por aquilo que as pessoas creem e ensinam sobre Ele, quando isso não é verdade. A heresia é uma representação errônea/mentirosa do caráter e natureza de Deus, da sua vontade e da sua salvação.


Os mórmons são pessoas simpáticas, honestas e decentes, mas não muda o fato de estarem seguramente indo de passos largos para o inferno. Desonram a Deus pelas suas crenças. O que dizem da Bíblia não é algo cristão. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias reconhece os seguintes livros como ESCRITURA SAGRADA: A Bíblia, O Livro de Mórmon, Doutrinas e Convênios e A Pérola de Grande Valor. Isto é, além da Bíblia existem outros documentos sagrados, considerados como revelação divina. Isso sem contar ainda o profeta vivo:


"Joseph Smith foi o primeiro profeta chamado na atual dispensação, ou geração, da Igreja, e tem havido profetas na Terra desde essa época. O homem chamado para falar em nome de Deus e liderar Sua Igreja hoje se chama Thomas S. Monson. Ao pedir-nos que sigamos os profetas, Deus está realmente pedindo que nos aproximemos Dele, da mesma forma que Ele nos pede que oremos sempre e leiamos as escrituras. Ouvir os profetas nos ajuda a aprender ou reaprender o que precisamos fazer para aceitar a Expiação de Jesus Cristo e tornar-nos dignos de todas as bênçãos que Deus quer nos dar. Deus promete, que aqueles que seguem os profetas, “[são] os herdeiros do reino de Deus” (Mosiah 15:11)." (http://mormon.org/por/mandamentos)


Seria bom perguntar aos mórmons: A Bíblia é um livro suficiente?


Veja: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra." (NVI) II Tm 3.16


Faltava-lhes alguma coisa?

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Pronunciamento do presidente do SC da IPB sobre o Rev. Marcos Amaral


"Amados irmãos,


Nesses dias irromperam em nosso meio comentários a respeito da participação e da fala do Rev. Marcos Amaral, Presidente do Sínodo da Guanabara, Rio de Janeiro, no programa de televisão da Rede Globo “Amor & Sexo”.


Comunico à Igreja Presbiteriana do Brasil, e ao público em geral, como Presidente do Supremo Concílio da IPB, que a fala do referido irmão não é a posição oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil. Esta, por documentos oficiais, tem deixado bem claro que não aprova e nem aceita, por ser pecado, qualquer prática contrária à formação da família que não esteja em conformidade com a Palavra de Deus. A fala do referido pastor é pessoal, e cabe ao seu Presbitério tratar da questão em conformidade com a Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil.


Na busca da paz da Igreja, comunico que o Presidente do Supremo Concílio responde pela IPB civilmente conforme seus Estatutos. Informo também que a Igreja Presbiteriana do Brasil, através de seu Supremo Concílio, tem tomado posições coerentes e firmes, fundamentadas na Bíblia Sagrada, nesta e em outras matérias.

Do servo,

Rev. Roberto Brasileiro Silva

Presidente do Supremo Concílio

Igreja Presbiteriana do Brasil

Fonte:http://www.ipb.org.br/portal/noticias/1069-pronunciamento-do-rev-roberto-brasileiro


NOTA: Postei também uma crítica ao referido pastor no dia 5 de outubro:
http://mcapologetico.blogspot.com.br/2012/10/ao-rev-marco-amaral.html

O que é uma seita?

O que é uma seita? No sentido linguístico, bíblico, seita é “[...] uma divisão desenvolvida e dirigida a um assunto [...]” (Dicionário Vine, p. 979). Por conseguinte, o termo não traz consigo identificação negativa. Qualquer ramificação de um grupo maior pode ser classificada como uma seita. No entanto, a carga semântica recebida com o passar do tempo tem feito com que o termo ‘seita’ tenha uma identificação negativa (At 24.14). Em que sentido?


Os vários fatores que tem sido indicados para se estabelecer se um certo grupo é uma seita, são: se o grupo tem um 'líder' humano e se a religião se coloca como entidade detentora da verdade salvadora, e se com isso existem problemas sociológicos e morais (Respostas às Seitas, p 10-17). Franklin Ferreira e Alan Myatt mostram que, segundo pesquisas sociológicas, traços comuns podem ser percebidos nas seitas as quais são: autoritarismo, oposicionismo, exclusivismo, legalismo, subjetivismo, complexo de perseguição, disciplina reprovadora, esoterismo e anticlericalismo (Teologia Sistemática, p. 917,918).


Aldo Menezes entende que problemas sociológicos e morais não são caminhos adequados para determinar se um grupo é herético ou não. Para ele a identificação deve ser concentrada apenas nos aspectos cardeais da fé (Por que Abandonei as Testemunhas de Jeová, p. 44). Embora a observação dele seja de interessante ao lembrar que fraquezas morais até mesmos os cristãos tem praticado (Ap 2,3), e exclusivismo pode também ser observado em genuinamente grupos cristãos, observando corretamente essa posposta, ela não deve ser levada até as ultimas consequências. Isto é, os aspectos morais devem ser considerados também como determinantes ao se observar o grupo. Um fator importante é observado pela Confissão de Fé de Westminster: “[..]. algumas [igrejas] têm-se degenerado a ponto de não serem mais igrejas de Cristo, e, sim, sinagogas de Satanás [...]” (CFW, XXV. 5). Ou seja, pode ser que o grupo apenas tenha as marcas da fé verdadeira, mas não vivem deliberadamente essa fé. Ou mesmo, o grupo pode ser apenas uma ‘empresa igreja, mística’ que está apenas procurando extrair recursos financeiros das pessoas. A Palavra de Deus diz sobre esse desvio moral:


“Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.” (Jd 4).


O ponto de vista cristão, protestante, defende corretamente que seita é todo grupo religioso que se afasta das verdades centrais do Cristianismo (O Império das Seitas, p. 11,12), como a suficiência e inerrância bíblicas, a doutrina da Trindade e a Salvação pela graça, por meio da fé. Wayne Grudem destaca a rejeição da Trindade, a Salvação pela fé como sinais de que a Palavra é fielmente pregada. Bom destacar também quando ele diz: “[...] parece apropriado dizer que muitas igrejas protestantes liberais são na realidade falsas igrejas.” (Teologia Sistemática, p 726). Devemos observar que a seita promove uma distorção da Escritura (2 Pe 3.16).


Alguns ensinos religiosos são periféricos, e em sua natureza não seriam essencialmente problemáticos para a identificação de um grupo religioso ser ou não cristão. A Bíblia admite diferenças de opiniões em assuntos de fé e prática (Rm 14.12; 1 Co 8.1-13). Porém, quando o próprio grupo diz que certa doutrina é o que o identifica como igreja verdadeira, então o assunto periférico deixa de ser apenas uma distinção, torna-se uma exclusão (At 15.1). Um exemplo:

Se um grupo religioso decide lavar os pés no fim dos cultos, esse ato não deve ser preocupação para os cristãos. Mas se o tal grupo diz que por lavar os pés eles são os verdadeiros servos de Deus, sendo os demais, ou vítimas do engano ou promotores do erro.  Pronto! O assunto deixou de ser periférico.


Precisamos na verdade identificar o que é âncora existencial para o Cristianiamo. Em seguida teremos uma bússola para nos guiar.


Três pontos cardeais da Fé Cristã:


1) A Bíblia é a infalível e suficiente Palavra de Deus: João 17.17; Isaías 55.11 e II Timóteo 3.15-17. 2) A doutrina da Trindade! (Mateus 28.19; II Coríntios 13.14; Judas 20.21. 3) Salvação pela graça, somente por meio da fé em Cristo Jesus! (João 3.16; Atos 4.12; Romanos 10.9,11.6; Efésios 2.7,8.

Esses três aspectos podem ser apresentados como um teste, uma diagnóstico, simples, para identificar se o grupo em mira está pregando fielmente a Palavra de Deus.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Pastorais de Hernandes Dias Lopes: Missões

Jesus, o Filho de Deus, deixou a glória que tinha com o Pai, no céu, e veio ao mundo, encarnou-se e habitou entre nós. Veio como nosso representante e substituto. Veio para morrer em nosso lugar. Seu nascimento foi um milagre, sua vida foi um exemplo, sua morte foi um sacrifício vicário, sua ressurreição uma vitória retumbante. Jesus concluiu sua obra redentora e comissionou sua igreja a ir por todo o mundo, proclamando o evangelho a toda a criatura. Por essa razão, a obra missionária merece nossos melhores investimentos. Destacamos, aqui, dois investimentos que devemos fazer na obra missionária:

Em primeiro lugar, o investimento de recursos financeiros. A Bíblia diz que aquele que ganha almas é sábio (Pv 11.30). Investir na obra missionária é fazer um investimento para a eternidade; é fazer um investimento de consequências eternas. Nada trouxemos para este mundo nem nada dele levaremos. Os recursos que Deus nos dá não são apenas para o nosso deleite. Devemos empregar, também, esses recursos para promover o reino de Deus, levando o evangelho até aos confins da terra. A contribuição cristã não é um peso, mas um privilégio; não é um fardo, mas uma graça. Deus nos dá a honra de sermos cooperadores com ele na implantação do seu reino. Não fazemos um favor para Deus contribuindo com sua obra; é Deus quem nos dá o favor imerecido de sermos seus parceiros. Estou convencido, portanto, de que a melhor dieta para uma igreja é a dieta missionária. Quando Oswald Smith chegou à Igreja do Povo, em Toronto, com vistas a assumir o pastorado daquela igreja, fez uma série de conferências de uma semana. Nos três primeiros dias pregou sobre missões. A liderança da igreja reuniu-se e disse ao pastor que a igreja estava com muitas dívidas e que aquele não era o momento oportuno de falar sobre missões. Smith continuou nessa mesma toada e no final da semana fez um grande levantamento de recursos para missões. O resultado é que aquela igreja, por longas décadas, jamais enfrentou crise financeira. Até hoje, ela investe mais de cinquenta por cento de seu orçamento em missões mundiais.


Em segundo lugar, investimento de vida. A obra de Deus não é feita apenas com recursos financeiros, mas, sobretudo, com recursos humanos. Fazemos missões com as mãos dos que contribuem, com os joelhos dos que oram e com os pés dos que saem para levar as boas novas de salvação. Tanto os que ficam como os que vão são importantes nesse processo de proclamar o evangelho de Cristo às nações. Os missionários que vão aos campos e as igrejas enviadoras precisam estar aliançados. William Carey, o pai das missões modernas, disse que aqueles que seguram as cordas são tão importantes como aqueles que descem às profundezas para socorrer os aflitos. Os que guardam a bagagem e os que lutam no campo aberto recebem os mesmos despojos. Devemos fazer missões aqui, ali e além fronteiras concomitantemente. Devemos empregar o melhor dos nossos recursos, o melhor do nosso tempo e da nossa vida para que povos conheçam a Cristo e se alegrem em sua salvação. Alexandre Duff, missionário presbiteriano na Índia, retornou à Escócia, seu país de origem, depois de longos anos de trabalho. Seu propósito era desafiar os jovens presbiterianos a continuarem a obra missionária na Índia. Esse velho missionário, numa grande assembleia de jovens, desafiou-os a se levantarem para essa mais urgente tarefa. Nenhum jovem atendeu seu apelo. Sua tristeza foi tamanha, que ele desmaiou no púlpito. Os médicos levaram-no para uma sala anexa e massagearam-lhe o peito. Ao retornar à consciência, rogou-lhes que o levassem de volta ao púlpito, para concluir seu apelo. Eles disseram: “O senhor não pode”. Ele foi peremptório: “Eu preciso”. Dirigiu-se, então, aos moços nesses termos: “Jovens presbiterianos, se a rainha da Escócia vos convidasse para ir a qualquer lugar do mundo como embaixadores, iríeis com orgulho. O Rei dos reis vos convoca para ir à Índia e não quereis ir. Pois, irei eu, já velho e cansado. Não poderei fazer muita coisa, mas pelo menos morrerei às margens do Ganges e aquele povo saberá que alguém o amou e se dispôs a levar-lhe o evangelho”. Nesse instante, dezenas de jovens se levantaram e se colocaram nas mãos de Deus para a obra missionária!


Autor: Rev. Hernandes Dias Lopes


Fonte: http://ipbvit.org.br/2012/08/22/missoes-um-investimento-de-consequencias-eternas/

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Paul Washer: ‘O batismo infantil é o bezerro de ouro da Reforma Protestante’




O 'spurgeonista de 5 pontos', obvio, para não dizer ‘calvinista’, chamou o batismo infantil "de bezerro de ouro da Reforma" protestante. Que existe rejeição do batismo infantil por parte dos batistas, todos sabemos. Que dizem que é um vestígio do romanismo, embora seja um erro histórico, ainda parece ser mais comum. Mas dizer que tal doutrina é algo como foi o bezerro que desviou os Israelitas no pé do monte Sinai, é algo que não acho graça. Se Washer acerta tanto, se seguiu Spurgeon, é algo louvável. Porém, não o admiro nisso, quando condena Lutero, Calvino, Wesley, Hodge, Berkhof, Stott, Packer, Hernandes, Lidório, etc. de seguirem um bezerro de Roma.


Me desculpem, mas muitos Puritanos (adoradores do bezerro?) pregaram muito mais as doutrinas da graça do que P. Washer. Aos 49 minutos e 54 segundos desse vídeo AQUI, ele afirma essa infelicidade. Os presbiterianos que dizem crer nos postulados da CFW, poderiam comparar essa classificação de Paul Washer com o que ‘dizem’ defender e crer.

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NOTA DIA  11 DE OUTUBRO:
Um irmão me enviou várias mensagens no celular dizendo que eu tirei as palavras de Paul Washer do contexto. Que a crítica dele não foi contra o batismo infantil, mas contra "a atitude da maioria dos crentes [que na época do grande despertamento] que acreditavam que apenas porque foram batizados na visível podiam viver em pecado." que é "a esse período da Reforma que o pregador está se referindo", "que ele menciona dois pedobatistas que foram poderosamente usados naquele período". E que a citação correta é "o batismo infantil PARA A SALVAÇÃO foi o bezerro da bezerro..." E me deu o recado: "Espero que da próxima vez, você não isole a citação de que quem quer que seja!", "Você deturpou o sentido original do autor...", "Se fosse honesto, colocaria o contexto na citação no blog. Sem falar que deveria deveria emitir uma nota se desculpando pelo equívoco."

Parece que esse irmão está confundindo alguma coisa, apesar de ter razão na questão de Washer está discutindo outro assunto (eu nem neguei isso na postagem). O fato porém, é que Washer faz referência do batismo infantil em conexão com a Reforma. Ou seja, ele, Paul Washer, faz uma citação dentro de um contexto, mas sem estar ligado a ele. Para ajudá-lo, e porventura outros que se incomodem com uma postagem que critica um precioso irmão, gostaria de transcrever toda acusação, que  acabei encontrando no http://voltemosaoevangelho.blogspot.com.br/2009/07/paul-washer-quinta-acusacao.html

"A quinta acusação: desconhecimento acerca da doutrina da regeneração, desconhecimento acerca da doutrina da regeneração. Meu prezado amigo — e quero falar aqui sem rodeios —, sei que há calvinistas aqui e sei que há arminianos aqui, e sei que há todo tipo de animal estranho entre um extremo e outro, mas quero que você saiba de uma coisa. Embora eu penda mais para... bem, acho que posso me considerar um “spurgeonista” de cinco pontos... quero que saiba disto. A questão central não é o calvinismo. Não... Vou ter muitos problemas quando esta mensagem estiver na Internet. A questão central não é o calvinismo. Vou dizer para você qual é a questão central: regeneração. E é por isso que posso ter comunhão com Wesley, e com Ravenhill, e com Tozer, e com todos os demais, porque, independentemente de como eles se posicionavam nas demais questões, eles criam que a salvação não pode ser manipulada pelo pregador, e que é uma obra extraordinária do poder do Deus todo-poderoso. E junto com eles, portanto, eu me posiciono, na certeza de que foi uma obra de Deus. Muito maior é a manifestação do poder de Deus na obra regeneradora do Espírito Santo do que na criação do mundo, do universo, porque ele criou o mundo “ex nihilo”, do nada. Mas ele cria o homem a partir de uma massa corrompida. E a regeneração encontra correspondência na própria ressurreição de nosso Salvador. Se você prega... entendo que, quanto à pregação, haja mestres, e pregadores, e expositores, e isso e aquilo, e todos são muito necessários para a saúde da igreja. Mas você precisa entender uma coisa. Quando o velho G. Campbell Morgan – há relatos disso – quando ele ia subir na torre majestosa para pregar, cita-va para si mesmo: “como ovelha para o matadouro, e como cordeiro mudo diante do tosquiador” (A-tos 8: 32). Ele sabia que, sem uma manifestação magnífica da obra regeneradora do Espírito Santo, na-da do que ele dissesse teria vida. É o Espírito que dá vida e, nesse sentido, todos nós que proclamamos sua Palavra devemos proclamá-la como profetas. O que eu quero dizer com isso? Somos sempre, sempre um Ezequiel diante daquele vale de ossos secos. E como eles estão secos! E então saímos para ver tudo aquilo e o que é que fazemos? Profetiza-mos! Dizemos “Ouçam a Palavra do Senhor”. E sabemos que o sopro de Deus deve soprar nesses mortos, caso contrário não ressurgirão. Aí, quando você tiver plenamente captado isso no mais íntimo de seu ser, não vai mais se entregar à manipulação que tantas vezes é feita em nome do evangelismo neste país. Você proclamará a Palavra de Deus. Proclamará. Doutrina da regeneração. Observe os irmãos Wesley. Observe por um instante o que tiveram de enfrentar, e meu querido Whitefield. E o que foi que enfrentaram? Todas naquela época se consideravam cristãos, completamente cristãos. Por quê? Bem, todos tinham sido batizados na infância, e assim ingressaram na aliança. Foram confirmados. Viveram como diabos. A regeneração foi assim trocada por um tipo de atitude meramente confessional, nominalista, que ganhou foros autoridade por parte das mãos de líderes religiosos da época. E é aí que chegam os irmãos Wesley. “Não! Não está tudo certo com a alma de vocês! Vocês não nasceram de novo! Não há nenhuma prova de vida espiritual! Examinem-se. Provem a si mesmos para ver se estão na fé. Certifiquem-se de seu chamado e de sua eleição. Você precisa nascer de novo”. Aqui nos Estados Unidos, por causa dos últimos anos e das últimas décadas de evangelismo, per-deu-se totalmente a percepção do que significa ser nascido de novo. Tudo o que significa é que uma vez, numa cruzada, você tomou uma decisão e acha que o fez com sinceridade. Mas não há nenhuma prova de uma obra sobrenatural de recriação do Espírito Santo em sua vida. Se alguém – não se alguns – “se alguém está em Cristo, nova criatura é”. E agora, o mesmo acontece hoje. O que está diante de nós hoje? Eu vou te dizer o que enfren-tamos hoje. Não é, na maioria das vezes, necessariamente, a questão do batismo infantil. Não é uma confirmação por uma autoridade eclesiástica da Igreja Alta. O que está diante de nós é a “oração do pecador” para aceitar Jesus. E estou aqui para te dizer: se há uma coisa contra a qual eu decidi declarar guerra, é contra essa oração. Você dirá: “Mas irmão Paulo…”. Sim, da mesma forma, em minha opinião, que o batismo infantil foi o bezerro de ouro da Reforma, hoje, para os batistas, e para os evangélicos conservadores , e para todos os que os seguem, vou dizer a você que a “oração do pecador” enviou mais gente para o inferno do que qualquer outra coisa na face da terra. Aí você pergunta: “Como você pode dizer uma coisa dessas?”. Abra a Bíblia aqui para mim e me mostre, por favor. Eu adoraria que você pudesse se levantar e mostrasse onde alguém evangelizou dessa forma. As Escrituras não afirmam que Jesus Cristo veio até a nação de Israel e disse “O tempo se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo, agora quem gostaria de me convidar para entrar em seu coração? Estou vendo uma mão ali.” Não é isso que a Bíblia diz. Jesus disse: “Arrependam-se e creiam no evangelho”. Ora, os homens hoje estão confiando no fato de que, pelo menos, uma única vez na vida, fizeram a “oração do pecador”, e então lhe disseram que estavam salvos porque foram suficientemente since-ros. E assim, na experiência de salvação deles, se você perguntar “Você é salvo?”, eles não dizem “Sim, porque estou confiando em Jesus e porque há provas irrefutáveis que me dão segurança de ter sido nascido de novo.” Não. Eles dizem: “Sim, uma vez em minha vida fiz uma oração”. E vivem como diabos. Mas fizeram uma oração. E alguns deles… fiquei sabendo de um evangelis-ta que estava insistindo com um homem para que fizesse a tal oração. Por fim, o homem ficou tão sem graça que o evangelista disse “Bem, sabe de uma coisa?  Vou orar a Deus por você e, se é o que você deseja dizer a Deus, aperte minha mão”. Contemple o poder de Deus. Decisionismo, a idolatria do decisionismo. Os homens acham que vão para o céu pelo fato deles terem julgado a sinceridade de suas próprias decisões. Quando Paulo veio à igreja de Corinto, não lhes disse “Olhem, vocês não estão vivendo como cristãos, então vamos voltar àquele momento da vida de vocês em que fizeram aquela oração. Vamos ver se vocês foram sinceros”. Não, ele disse: “Examinem-se para saber se estão na fé”. Porque quero que saiba, meu amigo, que a salvação é somente pela fé. É obra de Deus. É graça sobre graça, sobre graça. Mas a prova da conversão não é apenas o seu exame de sua sinceridade no momento de sua conversão. É um fruto contínuo em sua vida. É o fruto contínuo em sua vida. Ah, meu querido amigo, veja em que situação nos metemos. Uma árvore não é conhecida por seus frutos? O que lhe parece: 60%, 70% dos americanos pensam que são convertidos, nascidos de novo. Nós matamos quantos milhares de bebês por dia? Somos odiados em todo o mundo por nossa imo-ralidade. No entanto, somos cristãos.E sem rodeios eu deposito isso, a culpa, aos pés do pregador."

Parece claro que não houve na citação, nenhuma referência a um 'batismo infantil PARA SALVAÇÃO' como disse o irmão.  Veja também: http://monergismo.com/forum/index.php?topic=238.0

NOTA DIA 17 DE OUTUBRO: No caso acima, tanto eu como o irmão estavamos certos! Ele estava citando o livro:http://aespera.com.br/wp-content/uploads/2012/05/A-espera-10-Acusa%C3%A7%C3%B5es-Contra-a-Igreja-Moderna.pdf  - onde na página 44 Paul Washer escreveu: "...batismo infantil PARA A SALVAÇÃO...".

Fica outra pergunta no ar: A Reforma ensinou o batismo infantil "PARA A SALVAÇÃO"?