terça-feira, 9 de outubro de 2012

Paul Washer: ‘O batismo infantil é o bezerro de ouro da Reforma Protestante’




O 'spurgeonista de 5 pontos', obvio, para não dizer ‘calvinista’, chamou o batismo infantil "de bezerro de ouro da Reforma" protestante. Que existe rejeição do batismo infantil por parte dos batistas, todos sabemos. Que dizem que é um vestígio do romanismo, embora seja um erro histórico, ainda parece ser mais comum. Mas dizer que tal doutrina é algo como foi o bezerro que desviou os Israelitas no pé do monte Sinai, é algo que não acho graça. Se Washer acerta tanto, se seguiu Spurgeon, é algo louvável. Porém, não o admiro nisso, quando condena Lutero, Calvino, Wesley, Hodge, Berkhof, Stott, Packer, Hernandes, Lidório, etc. de seguirem um bezerro de Roma.


Me desculpem, mas muitos Puritanos (adoradores do bezerro?) pregaram muito mais as doutrinas da graça do que P. Washer. Aos 49 minutos e 54 segundos desse vídeo AQUI, ele afirma essa infelicidade. Os presbiterianos que dizem crer nos postulados da CFW, poderiam comparar essa classificação de Paul Washer com o que ‘dizem’ defender e crer.

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NOTA DIA  11 DE OUTUBRO:
Um irmão me enviou várias mensagens no celular dizendo que eu tirei as palavras de Paul Washer do contexto. Que a crítica dele não foi contra o batismo infantil, mas contra "a atitude da maioria dos crentes [que na época do grande despertamento] que acreditavam que apenas porque foram batizados na visível podiam viver em pecado." que é "a esse período da Reforma que o pregador está se referindo", "que ele menciona dois pedobatistas que foram poderosamente usados naquele período". E que a citação correta é "o batismo infantil PARA A SALVAÇÃO foi o bezerro da bezerro..." E me deu o recado: "Espero que da próxima vez, você não isole a citação de que quem quer que seja!", "Você deturpou o sentido original do autor...", "Se fosse honesto, colocaria o contexto na citação no blog. Sem falar que deveria deveria emitir uma nota se desculpando pelo equívoco."

Parece que esse irmão está confundindo alguma coisa, apesar de ter razão na questão de Washer está discutindo outro assunto (eu nem neguei isso na postagem). O fato porém, é que Washer faz referência do batismo infantil em conexão com a Reforma. Ou seja, ele, Paul Washer, faz uma citação dentro de um contexto, mas sem estar ligado a ele. Para ajudá-lo, e porventura outros que se incomodem com uma postagem que critica um precioso irmão, gostaria de transcrever toda acusação, que  acabei encontrando no http://voltemosaoevangelho.blogspot.com.br/2009/07/paul-washer-quinta-acusacao.html

"A quinta acusação: desconhecimento acerca da doutrina da regeneração, desconhecimento acerca da doutrina da regeneração. Meu prezado amigo — e quero falar aqui sem rodeios —, sei que há calvinistas aqui e sei que há arminianos aqui, e sei que há todo tipo de animal estranho entre um extremo e outro, mas quero que você saiba de uma coisa. Embora eu penda mais para... bem, acho que posso me considerar um “spurgeonista” de cinco pontos... quero que saiba disto. A questão central não é o calvinismo. Não... Vou ter muitos problemas quando esta mensagem estiver na Internet. A questão central não é o calvinismo. Vou dizer para você qual é a questão central: regeneração. E é por isso que posso ter comunhão com Wesley, e com Ravenhill, e com Tozer, e com todos os demais, porque, independentemente de como eles se posicionavam nas demais questões, eles criam que a salvação não pode ser manipulada pelo pregador, e que é uma obra extraordinária do poder do Deus todo-poderoso. E junto com eles, portanto, eu me posiciono, na certeza de que foi uma obra de Deus. Muito maior é a manifestação do poder de Deus na obra regeneradora do Espírito Santo do que na criação do mundo, do universo, porque ele criou o mundo “ex nihilo”, do nada. Mas ele cria o homem a partir de uma massa corrompida. E a regeneração encontra correspondência na própria ressurreição de nosso Salvador. Se você prega... entendo que, quanto à pregação, haja mestres, e pregadores, e expositores, e isso e aquilo, e todos são muito necessários para a saúde da igreja. Mas você precisa entender uma coisa. Quando o velho G. Campbell Morgan – há relatos disso – quando ele ia subir na torre majestosa para pregar, cita-va para si mesmo: “como ovelha para o matadouro, e como cordeiro mudo diante do tosquiador” (A-tos 8: 32). Ele sabia que, sem uma manifestação magnífica da obra regeneradora do Espírito Santo, na-da do que ele dissesse teria vida. É o Espírito que dá vida e, nesse sentido, todos nós que proclamamos sua Palavra devemos proclamá-la como profetas. O que eu quero dizer com isso? Somos sempre, sempre um Ezequiel diante daquele vale de ossos secos. E como eles estão secos! E então saímos para ver tudo aquilo e o que é que fazemos? Profetiza-mos! Dizemos “Ouçam a Palavra do Senhor”. E sabemos que o sopro de Deus deve soprar nesses mortos, caso contrário não ressurgirão. Aí, quando você tiver plenamente captado isso no mais íntimo de seu ser, não vai mais se entregar à manipulação que tantas vezes é feita em nome do evangelismo neste país. Você proclamará a Palavra de Deus. Proclamará. Doutrina da regeneração. Observe os irmãos Wesley. Observe por um instante o que tiveram de enfrentar, e meu querido Whitefield. E o que foi que enfrentaram? Todas naquela época se consideravam cristãos, completamente cristãos. Por quê? Bem, todos tinham sido batizados na infância, e assim ingressaram na aliança. Foram confirmados. Viveram como diabos. A regeneração foi assim trocada por um tipo de atitude meramente confessional, nominalista, que ganhou foros autoridade por parte das mãos de líderes religiosos da época. E é aí que chegam os irmãos Wesley. “Não! Não está tudo certo com a alma de vocês! Vocês não nasceram de novo! Não há nenhuma prova de vida espiritual! Examinem-se. Provem a si mesmos para ver se estão na fé. Certifiquem-se de seu chamado e de sua eleição. Você precisa nascer de novo”. Aqui nos Estados Unidos, por causa dos últimos anos e das últimas décadas de evangelismo, per-deu-se totalmente a percepção do que significa ser nascido de novo. Tudo o que significa é que uma vez, numa cruzada, você tomou uma decisão e acha que o fez com sinceridade. Mas não há nenhuma prova de uma obra sobrenatural de recriação do Espírito Santo em sua vida. Se alguém – não se alguns – “se alguém está em Cristo, nova criatura é”. E agora, o mesmo acontece hoje. O que está diante de nós hoje? Eu vou te dizer o que enfren-tamos hoje. Não é, na maioria das vezes, necessariamente, a questão do batismo infantil. Não é uma confirmação por uma autoridade eclesiástica da Igreja Alta. O que está diante de nós é a “oração do pecador” para aceitar Jesus. E estou aqui para te dizer: se há uma coisa contra a qual eu decidi declarar guerra, é contra essa oração. Você dirá: “Mas irmão Paulo…”. Sim, da mesma forma, em minha opinião, que o batismo infantil foi o bezerro de ouro da Reforma, hoje, para os batistas, e para os evangélicos conservadores , e para todos os que os seguem, vou dizer a você que a “oração do pecador” enviou mais gente para o inferno do que qualquer outra coisa na face da terra. Aí você pergunta: “Como você pode dizer uma coisa dessas?”. Abra a Bíblia aqui para mim e me mostre, por favor. Eu adoraria que você pudesse se levantar e mostrasse onde alguém evangelizou dessa forma. As Escrituras não afirmam que Jesus Cristo veio até a nação de Israel e disse “O tempo se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo, agora quem gostaria de me convidar para entrar em seu coração? Estou vendo uma mão ali.” Não é isso que a Bíblia diz. Jesus disse: “Arrependam-se e creiam no evangelho”. Ora, os homens hoje estão confiando no fato de que, pelo menos, uma única vez na vida, fizeram a “oração do pecador”, e então lhe disseram que estavam salvos porque foram suficientemente since-ros. E assim, na experiência de salvação deles, se você perguntar “Você é salvo?”, eles não dizem “Sim, porque estou confiando em Jesus e porque há provas irrefutáveis que me dão segurança de ter sido nascido de novo.” Não. Eles dizem: “Sim, uma vez em minha vida fiz uma oração”. E vivem como diabos. Mas fizeram uma oração. E alguns deles… fiquei sabendo de um evangelis-ta que estava insistindo com um homem para que fizesse a tal oração. Por fim, o homem ficou tão sem graça que o evangelista disse “Bem, sabe de uma coisa?  Vou orar a Deus por você e, se é o que você deseja dizer a Deus, aperte minha mão”. Contemple o poder de Deus. Decisionismo, a idolatria do decisionismo. Os homens acham que vão para o céu pelo fato deles terem julgado a sinceridade de suas próprias decisões. Quando Paulo veio à igreja de Corinto, não lhes disse “Olhem, vocês não estão vivendo como cristãos, então vamos voltar àquele momento da vida de vocês em que fizeram aquela oração. Vamos ver se vocês foram sinceros”. Não, ele disse: “Examinem-se para saber se estão na fé”. Porque quero que saiba, meu amigo, que a salvação é somente pela fé. É obra de Deus. É graça sobre graça, sobre graça. Mas a prova da conversão não é apenas o seu exame de sua sinceridade no momento de sua conversão. É um fruto contínuo em sua vida. É o fruto contínuo em sua vida. Ah, meu querido amigo, veja em que situação nos metemos. Uma árvore não é conhecida por seus frutos? O que lhe parece: 60%, 70% dos americanos pensam que são convertidos, nascidos de novo. Nós matamos quantos milhares de bebês por dia? Somos odiados em todo o mundo por nossa imo-ralidade. No entanto, somos cristãos.E sem rodeios eu deposito isso, a culpa, aos pés do pregador."

Parece claro que não houve na citação, nenhuma referência a um 'batismo infantil PARA SALVAÇÃO' como disse o irmão.  Veja também: http://monergismo.com/forum/index.php?topic=238.0

NOTA DIA 17 DE OUTUBRO: No caso acima, tanto eu como o irmão estavamos certos! Ele estava citando o livro:http://aespera.com.br/wp-content/uploads/2012/05/A-espera-10-Acusa%C3%A7%C3%B5es-Contra-a-Igreja-Moderna.pdf  - onde na página 44 Paul Washer escreveu: "...batismo infantil PARA A SALVAÇÃO...".

Fica outra pergunta no ar: A Reforma ensinou o batismo infantil "PARA A SALVAÇÃO"? 

17 comentários:

  1. Uma vez os reformados normalmente não obrigam ninguém a batizar bbs, um pai e/ou uma mãe pode não batizar seus por motivo de consciência e continuar membro da igreja. E os credobatistas se apegam cegamente a sua tradição e proíbem o batismo infantil. É mais correto dizer q o Credobatista é o bezerro de ouro de igrejas pós-reformadas.

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    1. Caro irmão, se ao dizer que um pai e/mãe pode não batizar suas crianças por motivo de consciência, isso está errado se o senhor se refere a Igreja Presbiteriana. Não existe tal liberdade para os pais membros de uma igreja Presbiterina, sou ministro presbiteriano e nossos símbolos de fé bem como nossa constituição não permitem que os pais negligencie o batismo a seus filhos. Talvez o senhor esteja falando de alguma outra denominação, mas como não especificou, senti a necessidade de fazer esse esclarecimento.

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  2. Irmão Vandim, uma alegria 'vê-lo' por aqui!

    De fato, se existe um apego ferrenho na 'forma' são eles e não nós. A 'imersiolatria' ronda muito a mente batista.

    Sabe Vandim, fiquei pensando se o batismo infantil é o bezerro, quem seria Arão? .... Lutero? Calvino?

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  9. Fiquei sabendo isso ontem, pelo Ev. Vanderson (Eu acho que vc conhece ele dos tempos de IBEL, como pensei que Paul Washer tinha esse pensamento

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  10. porque colocasse o texto com letras tão miúdas não quer que agente leia??? Paul Washer é um verdadeiro pregador que não se cala diante de doutrinas feitas por homens. O Sistema religioso do qual nos fazemos parte é um "lixo" não importa de qual "igreja" (instituição) façamos parte, todas tem erros doutrinários. Falamos muito do clero católico mais na nossas igrejas tem muitas semelhanças. Ex. hierarquia e títulos criado por homens, que fazem de tudo para subir os degraus eclesiásticos como se isso fosse em uma empresa, que sob de cargo.

    Precisamos voltar a igreja do I seculo de Atos 2.42-47 (aqui sim é a igreja de Jesus Cristo onde está ela hoje?)

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  11. Irmão E. Pereira, concordo com vc.

    Ele é um homem de Deus. Acredito que ele falhou nisso que disse.

    As notas ficariam grandes, obviamente eu queria que leiam, por isso estão aí.

    abraços em Cristo

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  12. Creio ser um enorme batizar crianças pequenas. Em Atos 8 o eunuco pergunta a Felipe se poderia ser batizado e este lhe responde que só seria lícito se ele cresse de todo o coração. Por sensata inferência percebemos um ensino. Que para ser batizado tem que haver convicção de fé, coisa que um recém nascido não tem. Mais forçada ainda é relação entre o batismo e a circuncisão do AT. Meus irmãos, Calvino não era infalível. Não sigam a homens.

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  13. Desculpe-me, mas está equivocado sopre o que Washer.
    Ele cita que assim como disse que o bezerro de ouro da reforma foi a necessidade do batismo para a salvação, assim é a oração do pecador para os batistas....os presbiterianos embora eu seja batista, não tem o batismo infantil como meio de salvação, então você se equivocou.
    Se tiver duvidas vejam o artigo na integra no site da editora fiél.
    Mas porque não citou o pecado grave dos batistas apontado pelo Pr. Paul?

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  14. Washer é um falso profeta isso sim. Este herege ensina "salvação por senhoriu", sabem o que é isso? HERESIA,nada mais que isso.

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  15. Washer é um falso profeta isso sim. Este herege ensina "salvação por senhoriu", sabem o que é isso? HERESIA,nada mais que isso.

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    1. Negar isso é sim heresia... uma leitura simples da Bíblia, te ajudaria a não cair nessa armadilha... veja - Rm 10.9
      Paul Washer é muito bíblico nesse ponto... se afaste dessa teoria herética Fabiano!

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