segunda-feira, 29 de agosto de 2011

“A glória declarativa de Deus” – aos evangélicos da atualidade

“A Igreja de Jesus Cristo encontrou o verdadeiro fim da criação, não em alguma coisa que esteja fora de Deus, mas em Deus mesmo, mais particularmente na manifestação externa da Sua excelência inerente. Não significa que Deus receber glória da parte de outros seja o fim último. O recebimento de glória por meio de louvores prestados por Suas criaturas morais é um fim que está incluído no fim supremo, mas não constitui em si mesmo esse fim. Deus não criou primeiramente para receber glória, mas para tornar Sua glória saliente e manifesta. As gloriosas perfeições de Deus são demonstradas em toda a sua criação; e esta demonstração não é para uma vã mostra, para uma exibição para ser meramente admirada pelas criaturas, mas visa também à promoção do seu bem-estar e da sua perfeita felicidade. Além disso, procura afinar os seus corações para louvores do Criador, e para arrancar das suas almas expressões da sua gratidão, do seu amor e da sua adoração. O fim supremo de Deus na criação – a manifestação da Sua glória – inclui, pois, como fins subordinados, a felicidade e salvação da Suas criaturas, e o recebimento de louvor de corações agradecidos e desejosos de adorá-los.”


Teologia Sistemática, p. 127.


Louis Berkhof


Se a Igreja de Jesus Cristo sempre viu assim, concluímos que o que temos hoje dominando o Brasil evangélico não é Igreja de Jesus Cristo... mas a igreja do homem, visando a glória do homem, para o bem do homem, colocando os anseios do homem para ‘escravizar a Deus’, servir-se dele, engordar suas contas bancárias, etc, etc.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Refutando a brochura -"Deve-se crer na Trindade?" Das Testemunhas de Jeová

OS PAIS PRÉ-NICENOS

Na página 7, sob o título "O Que os Pais Pré-Nicéia Ensinaram", a Brochura diz isto sobre estes grandes homens:

"OS PAIS Pré-Nicéia são reconhecidos como tendo sido destacados instrutores religiosos dos primeiros séculos após o nascimento de Cristo. O que eles ensinaram é de interesse".



Assim, parece que a STV considera os escritos dos Pais representantes válidos do que a Igreja cristã primitiva acreditava. O que eles REALMENTE ensinaram é de interesse.

JUSTINO MÁRTIR

Brochura: Justino, o Mártir, falecido por volta de 165 EC, chamou o pré-humano Jesus de um anjo criado que "não é o mesmo que Deus, que fez todas as coisas". Ele disse que Jesus era inferior a Deus e "nunca fez nada exceto o que o Criador . . . queria que ele fizesse e dissesse.



(Note que as palavras anjo criado e inferior a Deus não estão com aspas. Isto é porque estas palavras NÃO estão em qualquer escrito de Justino).

O que Justino realmente disse sobre a divindade de Cristo e a Trindade:



Fontes: Primeira Apologia; Diálogo com Trifão



Citações:

"O Pai do Universo tem um Filho, que também sendo a primera Palavra gerada de Deus, é igual a Deus". - Primera Apologia, cap. 63



"Cristo é chamado de Deus e Senhor das hostes." - Diálogo com Trifão. cap.36



[Trifão a Justino]" ...vós dizeis que este Cristo existiu como Deus antes de todos os tempos e que Ele o fez nascer e se tornar homem" - Diálogo com Trifão, cap. 48



Justino cita Hb. 1:8 para demostrar a Divindade de Cristo. "Teu trono, ó Deus, é para sempre e sempre" - Diálogo com Trifão, cap. 56

(Note que a TNM alterou a leitura deste versículo também)



"Portanto estas palavras testificam explícitamente que Ele (Cristo) é testemunhado por aquele que estabeleceu estas coisas, como merecedor de ser adorado, como Deus e como Cristo". - Diálogo com Trifão, cap. 63



Justino declarou a Trifão "pois se vós tivésseis entendido o que foi escrito pelos profetas, não teríeis negado que Ele fosse Deus". Diálogo com Trifão, cap. 63

"O Pai da retidão...e o Filho que veio Dele...e o Espírito profético, nós rendemos culto e adoramos". - Primera Apologia. 6

compare com:

"Só Deus deve ser adorado". - Primeira Apologia, caps. 16,17



IRINEU

Brochura: Irineu, falecido por volta de 200 EC, disse que o pré-humano Jesus tivera uma existência distinta de Deus e que era inferior a este. Ele mostrou que Jesus não é igual ao "Um só verdadeiro e único Deus", que "é supremo sobre todos, à parte de quem não há outro".



(Preste atenção de novo nas palavras que estão com aspas e nas que não estão)



Fontes: Refutação de Todas as Heresias



Citações:

(Citando Jo.1.1) "'...e o Verbo era Deus', é claro, pois o que se gera de Deus é Deus." - livro I, cap. 8, sec. 5



"Cristo Jesus é nosso Senhor, Deus, Salvador e Rei." - livro I, cap. 10, sec. 1,



"Mas o Filho, co-existindo eternamente com o Pai, desde o princípio, sempre revela o Pai aos anjos, arcanjos, poderes, virtudes..." - livro II, cap. 30, sec. 9,

[Se Jesus pre-existisse como um arcanjo, então como revelar Ele a Ele mesmo?]



"As provas das escrituras Apostólicas, que Jesus Cristo foi um e o mesmo, o único Filho Unigênito de Deus, Deus perfeito e homem perfeito." - livro III, cap. 16 [o Título do capítulo]

CLEMENTE DE ALEXANDRIA

Brochura: Clemente de Alexandria, falecido por volta de 215 EC, chamou Deus de "o incriado e imperecível Deus e único Deus verdadeiro". Disse que o Filho "vem logo depois do único Pai onipotente", mas não é igual a ele.



(As frases entre aspas são muito poucas para encontrarmos suas posições nos escritos patrísticos. Mas Clemente nunca fez as afirmações que a Sociedade sugere).



Fontes: Exortação aos Pagãos; O Pedagogo; Fragmentos De Cassiodoro; Protréptico



Citações:

"O Verbo Divino, Ele que é verdadeiramente a Divindade manifesta, Ele que é igual ao Senhor do Universo..." - Exortação, cap. 10



"O Filho de Deus que é igual em substância, um com o Pai, é eterno e incriado". - Fragmentos, parte III, i,1,



"Este Filho Jesus, o Verbo de Deus, é nosso Pedagogo. Ele é Deus e Criador." - O Pedagogo, cap. 11



"O Verbo, o Cristo, estava em Deus. Ele só é Deus e homem. Ele é adorado como o Deus vivo. Ele verdadeiramente é Deus manifestado." - Protréptico, i, x,



TERTULIANO

Brochura: Tertuliano, falecido por volta de 230 EC, ensinou a supremacia de Deus. Disse ele: "O Pai é diferente do Filho (outra pessoa), uma vez que é maior; assim como quem gera é diferente de quem é gerado; quem envia, diferente de quem é enviado." Ele disse também: "Houve tempo em que o Filho não existia. . . . Antes de todas as coisas virem a existir, Deus estava sozinho.".



[A Torre de Vigia afirma que Tertuliano disse: "Houve tempo em que o Filho não existia. . . . Antes de todas as coisas virem a existir, Deus estava sozinho". Na verdade, a frase: "Houve um tempo quando o Filho não existia" não é do próprio Tertuliano, mas uma expressão usada por um estudioso em seus escritos sobre Tertuliano. (Pais Pré-Nicéia, Vol.3, p.629)

A frase "Antes de todas as coisas virem a existir, Deus estava sozinho" aparece em uma obra totalmente diferente na qual Tertuliano diz que a Palavra existiu eternamente ao lado de Deus e era igual a Ele. (Pais Pré-Nicéia, Vol. 3, pp.600-601) Todos os Pais da Igreja acreditaram que a Palavra Eterna não se tornou Filho até a encarnação. Ele nunca foi chamado de Filho antes disso exceto em um sentido profético.]

Fontes: Contra Praxéias



Citações:

"Sempre acreditamos em um Deus, identificado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Todos são um pela unidade de substância que dispõe a unidade em uma Trindade ...igual em qualidade, substância e poder [não três qualidades, substâncias e poderes]" - Contra Praxéias, cap. 2



"Pois antes de todas as coisas virem a existir Deus, estava sozinho, mas não tão só porque Ele tinha com Ele algo que possuia, sua própria Razão...que os gregos chamam de 'Logos' que é designado 'Palavra'. - Contra Praxéias, ch. 5



"Todas as Escrituras dão prova clara da Trindade, e são destas de onde é deduzido nosso princípio...que a Trindade é claramente mostrada" - Contra Praxéias, cap. 11



"[Deus fala no plural 'façamos o homem a nossa imagem'] porque já ali se atou a Seu Filho, ma segunda pessoa, sua própria Palavra e um terceiro, o Espírito na Palavra...a substância de um em três pessoas coerentes. Eles eram o Pai, o Filho e o Espírito". - Contra Praxéias, cap. 12



"O Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito é Deus. Cada um é Deus. Todavia nós nunca temos dado abertura às frases 'dois deuses ou dois senhores'". - Contra Praxéias, cap. 13



HIPÓLITO

Brochura: Hipólito, falecido por volta de 235 EC, disse que Deus é "o Deus uno, o primeiro e o Único, o Fazedor e Senhor de tudo", que "nada tinha de coevo [contemporâneo] com ele . . . Mas ele era Um Só, sozinho; que, querendo-o, trouxe à existência o que não existia antes", como o pré-humano Jesus, que foi criado.



[A descrição "o pré-humano Jesus" não está com aspas porque não está em nenhum escrito de Hipólito]



Fontes: Refutação de Todas as Heresias; Contra Noeto



Citações:

"Aquele que é sobre todos, Deus bendito, nasceu e se fez homem. Ele é para sempre Deus. Por este motivo João (Ap. 1.8) chamou Cristo de Todo-Poderoso". - Contra Noeto, parte 6



"Deus, enquanto existia exclusivamente antes da criação do mundo, existiu em pluralidade". - Contra Noeto, parte 10



"Segundo a tradição dos Apóstolos, Deus o Verbo desceu do céu...entrou no mundo e, em corpo, se mostrou ser Deus". - Contra Noeto, Parta 17



"Só o Verbo é De Si mesmo e é por consiguinte também Deus e tem a substância de Deus". - Refutação 10:33



"Pois Cristo é Deus sobre todos..." - Refutação 10: 34



ORÍGENES

Brochura: Orígenes, falecido por volta de 250 EC, disse que "o Pai e o Filho são duas substâncias . . . duas coisas quanto à sua essência", e que "comparado com o Pai, [o Filho] é uma luz pequenina".



[Orígenes aceitou a doutrina cristã ortodoxa até cair na influência de Luciano. Depois, Orígenes ensinou uma "unidade genérica" e não numérica, quer dizer, que ele cria que eles eram da mesma substância mas eram separados e que o Filho era um ser subordinado. Isto abriu caminho para o arianismo que mais tarde ensinou que o Filho foi criado]

Fontes: Contra Celso; Dos Princípios; Comentários sobre João



Citações:

"O Salvador às vezes concernente a si como um homem e ás vezes como uma natureza humana mais divina, uma natureza que é uma com a natureza incriada do Pai" - Comentários sobre João, xix 2



"Ele quem nós cremos ser Deus e o Filho de Deus do princípio..." - Contra Celso, iii 41



"As Sagradas Escrituras mostram que o Filho de Deus é mais antigo que todas as coisas criadas". - Contra Celso, V, 37,



"Não deve haver nenhuma questão de mais ou de menos na Trindade" . - Dos Princípios, i, iii, 7,



No livro "O Deus Triúno", de Edmund Fortmann, que é citado na Brochura, diz de Orígenes: "Orígenes é trinitário em suas idéias" (p.58).



CONCLUSÃO :Todos estes homens viveram e morreram nos séc. II e III e ensinaram que Deus era um Deus triúno, apesar da Sociedade Torre de Vigia declarar na página 8 da brochura que a doutrina não foi formulada até o século IV.

Você acredita que a Bíblia foi inspirada por Deus? Os Pais da Igreja eram os homens que determinaram o que era canônico (inspirado) e o que não era. Dos primeiros 200 anos da igreja, estes mesmos homens escreveram sobre a Divindade de Cristo, a personalidade do Espírito Santo, a completa ressurreição de Cristo (e nossa), a natureza da alma, inferno e castigo eterno. Assim, como você pode concordar que a Bíblia foi inspirada mas rejeita os mesmos homens cujas existência e escritos foram necessários para estabelecer a autenticidade destes livros bíblicos?



A Sentinela disse melhor isto quando enfatizou:

"Mentir é repugnante a Jeová. Eles não terão lugar no novo mundo de Deus. Uma religião que ensina mentiras não pode ser verdadeira". Sentinela, 15 de agosto de 1991, p.22 e Sentinela, 1 de dezembro de 1991, pág. 7

FONTE: http://logoshp.6te.net/

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Não sou incrédulo suficiente para ser Arminiano – Ao irmão Jean Patrik

O tema desta postagem serve como uma ‘paródia’ da postagem de um precioso irmão e companheiro da causa apologética, Jean Patrik. Em seu blog ele postou (AQUI), usando o a mesma ideia do título de um livro de Norman Geisler: “Não tenho fé suficiente para ser ateu!” Ele postou “Não tenho fé para ser Calvinista.”

 Visto que somos irmãos, eu discordei da maneira com que ele se dirigiu a nós, calvinistas. Acredito que os cristãos Arminianos, são o tipo de irmãos que vivem se achando que são independentes do pai, mas sempre é o pai que está pagando as contas deles, livrando eles, mesmo que eles não reconheçam isso!



Mas será que é mais fácil ser arminiano ou ser calvinista?



Para ser calvinista precisa de muita fé!? Realmente, o que o irmão Jean disse é verdade. Se tiver pouca fé não é possível subjugar a si mesmo ao Deus Soberano que diz que salva ‘quem ele quer’! Na época de Paulo já ‘existia’ arminianos, pois ele adverte: ‘Quem és tu ó homem [Arminiano] para discutires com Deus? Se Deus quer salvar quem ele predeterminou desde a fundação do mundo???’ Rm 9.20,22



Sabe o que é isso irmão Jean? Falta de fé!!! Não estou dizendo que você não tenha, mas obviamente você assumiu que não teria tanta fé! E a Bíblia diz que não estamos livres desse problema. Eu posso ter ausência de fé para Deus me curar de alguma doença. A própria Bíblia diz que ‘se alguém tem falta de fé, peça a Deus que ele dá liberalmente’! Assim meu irmão seria bom antes orar, do que falar para o mundo que você tem falta de fé para ser mais bíblico.



Você creu em Deus, pois Ele te destinou a isso – Atos 13.48



Você creu em Deus, pois Ele te atraiu/arrastou aos pés de Cristo – Jo 6.44



Você creu em Deus, pois Ele te predestinou antes de chamá-lo – Rm 8.29,30



Definitivamente, eu não sou incrédulo suficiente para ser arminiano!



Quando me tornei CRISTÃO presbiteriano, li o livro de Norman Geisler ‘Eleitos mas livres’. Uma critica ao calvinismo. Eu li esse livro antes de me tornar calvinista. Pelo que me lembro Antony Hoekema e Waine Grudem foram os autores que corrigiram e tiraram as dúvidas que Geisler tinha colocado.



Mas com o tempo percebi que ao rejeitar o ‘calvinismo’ é rejeitar a maneira que Deus decidiu salvar, Soberanamente.



Irmão Jean, suas perguntas no fim da postagem tiveram o pano de fundo humanista e seus sentimentos, que temos naturalmente.



De fato Jesus não veio para condenar alguns, visto que TODOS já estavam condenados (Jo 3.36).



‘Seria mesmo um ato de fé crer que Deus condena crianças ao inferno?’ Sabe irmão, você crê que a criança nasce pecadora? Pelo jeito isso seria mais uma indisposição ao que a Bíblia revela. A Bíblia condena a humanidade com base em Adão. Irmão Jean, imagine que você tivesse no lugar de Adão? O que você faria? Exatamente a mesma coisa!!! Quando você era um bebê inofensivo, Deus já sabia desse potencial herdado. Se ali ele te enviasse para o inferno ele faria com base nisso.



Se você fosse deixado em seu predispor você se tornaria cristão?



Acredita que o ato de crer em Deus foi uma decisão sua sem operação Soberana e definitiva do Espírito Santo?



Acha mesmo que está de pé por sua decisão?



Neste caso, ao contrário que penso, você tem muita fé em si mesmo!



De seu irmão e conservo,

Luciano



sábado, 13 de agosto de 2011

‘Depois dos apóstolos, os Adventistas são os melhores!’

“De todos os grandes movimentos religiosos desde os dias dos apóstolos, nenhum foi mais livre de imperfeições humanas e dos enganos de Satanás do que o do outono de 1844.” Ellen White

No outono de 1844, o grupo adventista – SEGUNDO ELLEN WHITE, O GRUPO MAIS PERFEITO DA TERRA – contava com cerca de 50 mil adeptos.

Esses eram na sua maioria esmagadora apóstatas das igrejas protestantes da época, e provenientes de alguns grupos heréticos.

Suas reuniões eram histéricas, do jeito que eles criticam os pentecostais de hoje!

Os Adventistas de 1844 pregaram a vinda de Cristo para o dia 22 de outubro de 1844.

Alguns, que se tornaram líderes desse grupo rejeitaram a doutrina da trindade.

No outono de 1844 a maioria deles, se não todos, guardava o domingo.

Nem sequer sonhavam com uma doutrina do ‘juízo investigativo’.

Comiam carne de porco e bebiam bebidas alcoólicas.

Não acreditavam em ‘um espírito de profecia’ manifestado em uma pessoa especifica, a não ser que olhassem para Guilherme Miller como sendo o tal profeta.

Dividiam as igrejas por causa da mensagem que abandonariam depois!

Esse grupo era o mais perfeito?

Muitas coisas poderiam servir contra a própria Ellen White, e contra o Adventismo atual. Outras, apenas seriam pontos de interesse denominacional. De qualquer maneira o tal grupo não tinha menos erros e ou mais acertos do que qualquer outro da época. Dependendo do ponto de vista (do meu por exemplo), poderia ser o pior!

Mas se Ellen White estivesse certa? Que tal comerem carne de porco e guardarem o domingo? A não... ela estava errada, não é mesmo? Prefiro também pensar assim. Pois muitos movimentos religiosos, após os apóstolos, são infinitivamente melhores que ‘os adventistas da falsa profecia de 1844’.

Valdenses, alguns ‘monges’ católicos, os pré e os Reformadores, puritanos, ‘os wesleys’, os moravianos, etc, etc...

Todos estes tiveram seus acertos e erros. Mas ‘provavelmente’ nenhum com seus erros ficariam atrás dos adventistas.

Tomemos cuidado com as ‘fábulas profanas de velhas caducas’(Tm4.7)!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Evangelizando as Testemunhas de Jeová: A alma é imortal?

Os TJs defendem a 'mortalidade' da alma. Eles cometem um erro que é muito comum com ‘iniciantes da exegese’. Pegam uma palavra na Bíblia, consultam o significado em um dicionário de Hebraico ou de Grego, usam as definições primárias e a etimológicas, então interpretam todas as passagens da Bíblia, que usam aquela palavra, de modo ‘uniforme’.

MAS QUE ERRO EXISTE NISSO? NÃO É ESSE O PROCEDIMENTO HERMENÊUTICO PROTESTANTE? GRAMÁTICO-HISTÓRICO?

NÃO, NÃO E NÃO!!!

Primeiro que o processo ‘gramático-histórico’ foi o baluarte da hermenêutica protestante para rejeitar as alegorias romanas e hereges (e hoje o relativismo liberal!). Segundo que essa gramática serve-se de toda a Bíblia. Terceiro que somente o contexto imediato é autoridade final para determinar em que sentido tal palavra está sendo usada.

Os Líderes TJs sabem que o significado de alma tem uma variedade de possibilidades: eu, o eu interior, pessoa, animal, vida, vida usufruída, etc. Mas deixam de falar que as palavras de um idioma vivo, recebem uma carga semântica por causa do uso coloquial, onde outros sentidos vão sendo acoplados aos anteriores! Se você abrir a Bíblia em Ez 18.4 perceberá que a conotação do uso da palavra alma deve ser pessoa ou vida. Porém se você ler Apocalipse 6.9,10 e 20.4, notará que o uso está em torno da parte imaterial.
Com isso em mente, pergunte ao TJ:

Se a palavra “alma” não significa em hipótese alguma uma “parte imaterial”, você poderia explicar claramente Apocalipse 6:9 a 11; 20:4? 

O que deve ficar claro é que o que eles dizem sobre a alma está certo até certo ponto. Não negamos que a alma morre conquanto se defina corretamente qual concepção de alma está em mira. Mas os TJs não abrem a possibilidade que tal termo, de fato, poderia ter um sentido contrario ao uso que eles preferem!
Continue perguntando:

Se o termo alma sempre é a pessoa mortal, Jesus usaria o termo com uma concepção errada em Mateus 10.28? 

As passagens bíblicas citadas recebem atenção deles, mas você perceberá que a tentativa de explicar o texto é fraca o suficiente para que eles mesmos não se detenham no texto. Recorrendo sempre a outros versículos bíblicos que de alguma maneira seja mais amplo, possibilitando sua interpretação.
Mas insista neles. Peça ao TJ que leia na Tradução do Novo Mundo.

Para um estudo sobre a Alma veja AQUI.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Marcos 16:9-20: Inspirado na Bíblia ou espirrado da Bíblia?


 “(presente em) — cada MS grego existente (cerca de 1800) exceto três, Lec,lat,sirp,h,cop,Diat

(omitido em) — vid,B,304,sirs

Problema: Uma aberração séria é introduzida — é afirmado que o Evangelho segundo Marcos termina em 16:8.

Discussão: A UBS3 coloca estes versos entre colchetes duplos [[ ]], que significam que os versos são “considerados como adições ao texto, posteriormente feitas,” e dão à sua decisão uma nota {A}, “virtualmente inquestionável”. Assim, os editores da UBS nos asseguram que o genuíno texto de Marcos termina em 16:8. Mas por que os críticos insistem em rejeitar esta passagem? Ela está contida em cada MS grego sobrevivente (cerca de 1800), exceto três (na verdade somente dois, B e 304 — Aleph não é propriamente “sobrevivente” porque, neste local, é forjado).543 Cada Lecionário grego sobrevivente (cerca de 2000?) contém a passagem (um deles, 185, somente no Menologion). Cada MS sírio sobrevivente (cerca de 1000?), exceto um (o Sinaítico), a contém. Cada MS em latim (8000?), exceto um (k), a contém. Cada MS cóptico sobrevivente, exceto um, a contém. Temos evidência con-creta (Irineu e o Diatessaron) da “inclusão” da passagem já no século II, presumivelmente na sua primeira metade. Quanto à “exclusão”, não temos nenhuma evidência sólida semelhante.
Face tal evidência massiva, por que os críticos insistem em rejeitar esta passagem? Lamentavelmente, a maioria das versões modernas também, de uma ou de outra maneira, lança dúvidas sobre a autenticidade destes versos (a NRSV é, aqui, especialmente objecionável). Como sou um dos que crêem que a Bíblia é a Palavra de Deus, acho inconcebível que uma biografia oficial de Jesus Cristo, comissionada por Deus e escrita sob o Seu controle de qualidade, omitiria provas da ressurreição de Cristo, excluiria todas as suas aparições subseqüentes, e terminaria com a cláusula “porque temiam”! Se a avaliação dos críticos fosse correta, pareceríamos estar apertados entre uma rocha e um lugar duro. O evangelho de Marcos seria um evangelho mutilado (se interrompido no v. 8) sendo que o final original teria desaparecido sem deixar vestígios. Mas nesse evento, que seria do propósito de Deus em ordenar esta biografia?”

A TRADUÇÃO BRASILEIRA, que voltou a ser impressa, prestou um DESSERVIÇO ao povo cristão por colocar essa parte em colchetes. Isso também foi feito pela TRADUÇÃO REVISADA da Juerp, hoje distribuída pela Hagnus. A Atualizada que colocou muitos textos em colchetes, felizmente não colocou a passagem de Mc 16.9-20 em colchetes. Foi incoerente com a sua proposta, GRAÇAS A DEUS!
A TRADUÇÃO BRASILEIRA PODERIA VOLTAR PARA ONDE ESTAVA, no esquecimento e nas páginas da história. A SBB Colocou-nos em mãos uma versão do NT que não apenas isolou partes em colchetes, como também retirou trechos da Palavra de Deus, com base no texto critico. Lamentável!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Poligamia e casamento misto: um impasse missiológico e teológico.


POLIGAMIA...

Esse é um assunto muito sério e delicadíssimo. Pois pode gerar maus entendidos destrutivos para pessoas, famílias e ministérios.

Em vários países a poligamia é uma prática comum. Sob a dispensação do NT o casamento polígamo não é autorizado (1 Co 7.2). O sexo com mais de uma mulher segundo o Novo Testamento é: fornicação, caso os praticantes sejam solteiros. Ou adultério, se os praticantes forem casados ( 1 Co 6.18; Gl 5.19; Hb 13.4).

Para os da herança reformada, temos uma posição confessional que diz:

“I. O casamento deve ser entre um homem e uma mulher; ao homem não é licito ter mais de uma mulher nem à mulher mais de um marido, ao mesmo tempo”. Ref. Gen. 2:24; Mat. 19:4-6; Rom. 7:3. – CFW 24.1

(Vai aqui meu recado aos presbiterianos: qualquer posição contrária é anti-bíblica e anti-confessional, logo, é ilegítima!)

Bom lembrar que na dispensação do VT Deus fez uma concessão, tolerou a prática polígama. Além disso, o sexo entre namorados (ou noivos) não eram punidos tal como o adultério. Eles eram exigidos casarem-se, caso o pai dela aceitasse, sem nunca divorciarem (por qualquer motivo, além do adultério).

Pois bem, como resolver um problema da poligamia em um contexto transcultural? Talvez você possa pensar que um missionário transcultural tem autorização e propriedade para falar sobre isso, não qualquer pessoa, como é o meu caso. Lembro que qualquer cristão é autorizado em emitir opiniões com base na Bíblia. Diante a Palavra suprema de Deus, qualquer doutor ou leigo, deve ser render.

POSIÇÃO TELÓGICA: Levando em consideração a classificação de adultério, segundo o NT, se um missionário ou Concílio autorizar a permanência do relacionamento polígamo, é uma afronta ao Evangelho, uma desobediência ao sétimo mandamento. Isso não é a vontade de Deus e é pecado.

IMPASSE MISSIOLOGICO: Crianças e mulheres morrerão por abandono e serão  hostilizados por causa de um divórcio. Em certo sentido. a estrutura familiar nessas culturas está interligada à poligamia, sendo que uma destruição familiar em massa seria um caos em vários lugares, caso praticassem a postura neotestamentária.

Solução Bíblica: Visto que as Leis bíblicas são normativas e incondicionais para todos os cristãos, penso que não temos opção alguma além eliminar a poligamia. O cristão não deve ter relação sexual com mais de uma mulher, mas apenas com uma esposa após sua conversão. Me parece que ele deve ter separação de corpos urgentemente e escolherá como esposa a primeira, “a esposa da sua mocidade” (Ml 2.14). Visto que as demais, segundo a perspectiva do NT, foi um relacionamento espúrio. 

E para salvaguardar crianças e mulheres, o sustento financeiro deve continuar sendo concedido. Um divórcio público dependeria de cada caso cultural. Se a morte, por exemplo, estiver em jogo, deverá ser evitado. 

E se uma mulher se torna cristã sendo ela uma de várias ‘esposas’ de algum homem polígamo? Mais uma vez a verdade é normativa. Se ela não é a primeira esposa, ela é uma adúltera. Temos que fazer como o Senhor Jesus fez: ‘O homem com quem estás não é teu marido!’ (Jo 4.17,18). 

E se caso ela for a primeira esposa? Eu acredito que duas opções são coerentes: 1) Deixar (divorciar-se dele) o marido como um homem infiel. 2) Continuar com ele, perdoando seu relacionamento extraconjugal.

“Dizer isso em blog é fácil. Viver a situação é outra coisa!”

Isso é verdade, e não estou insensível a isso. Não vivo essa situação, nem tenho que aconselhar pessoas sobre tal assunto. Aceitaria a rejeição de tal postagem se fosse depender disso.
Ao mesmo tempo estou convencido que estamos vivendo um ‘evangelho’ sem renúncias, e sem preço, por isso achamos isso um absurdo. Mas Cristo disse que os que perdem a vida por amor ao Seu nome na verdade, ganha a vida (Lc 9.24).
Visto que a maioria, se não todos nós, não estamos dispostos nem mesmo de deixar um emprego, abandonar uma carreira, deixar de assistir TV, por algum mandamento bíblico que em nosso contexto não nos custa a vida, o que dizer obedecer a Deus e evitar o pecado “até o sangue”? (Hb 12.4)

Parece mais fácil produzirmos ‘subterfúgios-hermenêuticos’ para escaparmos da decisão de amar ao Senhor acima de tudo.

CASAMENTO MISTO:

Deus é contra o casamento misto. Deus não aprova e odeia o casamento entre crente e não crente. Isso é pecado, uma abominação ao Senhor (Ml 2.11,12;  1 Co 7.39).
A Confissão de Fé de Westminster diz: 

“ [...] é dever dos cristãos casar somente no Senhor; portanto, os que professam a verdadeira religião reformada não devem casar-se com infiéis, papistas ou outros idólatras [...]” 24.3

Não existe como entender esse preceito de outra maneira.

‘Mas irmão, dessa maneira muitos não se casarão! Existem lugares onde o número de mulheres é maior que o de homens cristãos’.

Mais uma vez, sabemos da luta que alguns amargarão para se conterem. Mas a Bíblia não dá alternativa. Ao contrário, quando a Bíblia tratou sobre a dificuldade de manter-se solteiro (1 Co 7.1,2) ela termina dizendo que, já que é difícil, então casa-se, mas dá o veredito: ‘que seja NO Senhor!’

Jesus sabendo disso, disse que alguns se fazem eunucos pelo Reino de Deus (Mt 19. 11,12). Estaria em jogo uma causa cristã ao ‘se fazerem’ eunucos. Obvio que nem todos estão preparados, como Jesus disse, para essa abstinência. Mas isso não é uma concessão ao casamento misto.


E A SOLUÇÃO?

Sempre quando um jovem começa frequentar uma igreja por causa da namorada, ele deve ser evangelizado e conduzido ao evangelho. Com o tempo é possível mostrar a ele, que a namorada dele está sendo infiel a Deus se o namoro prosseguir e se o casamento for consumado.

Embora casamento não é método evangelístico, como diz um certo pastor, eu não acredito que esse não seja um meio para a conversão dele. Muitos se converteram genuinamente a partir de um relacionamento amoroso com um cristão ou com uma cristã. Um relacionamento familiar, que teve como base um casamento misto, resultou em conversão a tal ponto de termos um livro bíblico, RUTE!

PASTOR/REVERENDO: Não perca a oportunidade evangelizar dentre essas situações, mas jamais desobedeça a Deus por aprovar um casamento misto!!!

Deus nos ajude!