De que maneira o homem faz de si mesmo o seu próprio fim?
- Ao aplaudir e
abraçar a si mesmo, permanecendo em sua própria percepção de perfeição, ao
invés de Deus.
- Ao atribuir
glória e honra a si mesmo, levando o crédito por qualquer bem que faça, ou
culpando a Deus por qualquer problema.
- Ao insistir em
doutrinas que o agradam, e sustentando um falso profeta que o ensina.
- Ao demonstrar
maior interesse pelas injúrias cometidas contra si mesmo do que por aquelas
cometidas contra Deus.
- Ao confiar em si
mesmo e em sua inteligência e sabedoria ao invés de buscar conhecer a opinião
de Deus.
- Ao violar a
consciência, que é um agente de Deus, a fim de agradar a si mesmo. É desta e de
muitas outras maneiras que demonstramos se somos um ateísta prático.
Nós usurpamos a
prerrogativa de Deus ao fazer de nós mesmos nosso próprio fim. Difamamos a Deus
insinuando que Ele não seja digno do nosso amor assim como nós mesmos somos.
Nós praticamente destruímos a Deus, tanto quanto possível, ao negar a Ele, a
Sua vontade revelada, e a Sua honra em nossas vidas.
O Homem Estabelece
Qualquer Coisa, Exceto a Deus no Lugar de Deus. Somente um ser irracional faria
formal e abertamente tal coisa, porém, todo homem por natureza faz estas coisas
virtual e implicitamente. Ao invés de cultivar a Deus em todos os seus
pensamentos, ele o nega (Salmo 10: 4). Ele pensa muito menos em Deus do que na
maioria das outras coisas. Ele não encontra prazer em Deus como sendo Deus. Ele
enfática e ansiosamente busca os interesses mundanos. Ele é um adicto aos
prazeres da carne e desdenha dos caminhos de Deus, os quais os anjos se
deleitam, por causa da gratificação terrena. Ele louva os meios e os
instrumentos ao invés da fonte de todas as suas bênçãos. Ele trata a Deus como
um mero espectador em sua vida. Ele rebaixa a Deus ao colocar alguém ou algum
pecado como o Deus de sua vida. Em tudo e em cada passo ele nega a Deus.
O homem faz de si
mesmo o fim de todas as criaturas. Nós somos tão egoístas por natureza, que nos
achamos dignos não somente de nossa suprema afeição, mas também da afeição de
outros. Nós imaginamos que somos o fim para o qual tudo mais existe. Embora
alguns tentem disfarçar isso, todo homem tem uma opinião muito elevada de si mesmo.
O homem faz de si
mesmo o fim pelo qual Deus existe. Ele faz que até mesmo Deus seja sujeito ao
homem. Como ele faz isso? Faz de maneiras muito sutis, como demonstram os
exemplos a seguir.
O homem faz de
Deus o seu fim, quando o ama somente por motivos egoístas, e quando Deus lhe
garante algum benefício. Isso não passa de amor as bênçãos e não ao Doador.
O homem faz de
Deus o seu fim, quando se abstém de certos pecados somente porque isso o
ajudará a promover outros propósitos pecaminosos. Por exemplo, ele pode se
abster do alcoolismo apenas porque isso preserva o seu corpo para si mesmo. Não
é pelo temor a Deus, mas por algum interesse próprio que o ateísmo prático é
motivado.
O homem faz de
Deus o seu fim, quando cumpre deveres religiosos tão somente para ganhos de
ordem pessoal. Os ateístas vestem uma máscara muito fina de religião! Se não
houver nenhum proveito claro para si mesmo, ele deixa de cumprir qualquer
dever. Se ele pode se virar sem Deus, ele faz isso com satisfação. Ele somente
ora em tempos de aflição e necessidades pessoais. A oração normalmente é mais
“fervorosa” quando é menos piedosa. O ateísta prático só quer que Deus carimbe
as suas idéias pessoais. Ele fica impaciente quando Deus não responde as suas
orações e nem segue a sua agenda pessoal.
O homem faz de
Deus o seu fim, quando busca objetivos pessoais no cumprimento de seus deveres
religiosos. Simão, o mágico, exerceria alegremente os dons milagrosos se por
meio deles recebesse reconhecimento e honra dos homens (Atos 8). Aqueles que
vêm a Cristo somente para escapar do inferno, não tendo nenhum desejo de
santidade pessoal e a glória a Deus, são igualmente culpados neste sentido. Nós
detestamos o pecado por que isso primeiramente nos prejudica, ou por que ofende
a Deus? A motivação por detrás de toda a nossa obediência é questionada. Por
exemplo, nós mantemos o culto familiar somente para reivindicar direitos? Em
tudo nós devemos manter a avaliação de Deus em vista, buscando Sua honra e
glória.
O homem faz de
Deus o seu fim, quando faz uso de Deus somente como uma desculpa para o pecado.
Os homens utilizam algumas passagens distorcidas das Escrituras como uma muleta
para apoiar suas concupiscências. Por exemplo, usa de um pouco de vinho, por
causa do teu estômago (I Timóteo 5: 23), é uma passagem muito citada pelos
beberrões. Isso é tentar fazer Deus concordar com o pecado e demonstra um alto
grau de ateísmo.
Nós vemos mais
evidências do ateísmo prático naquele homem que sustém uma visão indigna sobre
Deus.
Ele tenta reduzir
Deus a um tamanho que seja manipulável. Este pequeno Deus pode ser satisfeito
com uma pequena justiça, pequena santidade, e pequena obediência. As
superstições não demoram a surgir. Os homens começam a tratar Deus como se
fosse um bebê, bajulando e subornando sua pessoa. Então eles imaginam que as
ameaças de Deus são vazias, servindo apenas para assustá-los. Tudo isso se
trata apenas idolatria mental, que é uma doença muito comum no mundo inteiro.
Se um quadro correto desse deus pudesse ser retratado, que monstro não iria
aparecer na tela!
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