RECOMENDAÇÕES AOS CONCÍLIOS E IGREJAS
[...] a Igreja Presbiteriana
do Brasil, partindo de uma hermenêutica baseada não na experiência individual,
mas nos princípios da sua tradição reformada, e sobretudo no entendimento que
as Escrituras dão de si mesmas e na busca da iluminação do Espírito, faz as seguintes
recomendações aos seus concílios, pastores, oficiais e membros da Igreja:
1. A doutrina do batismo com o Espírito Santo, como uma "segunda
bênção" distinta da conversão, não
deve ser ensinada e nem propagada pelos pastores ou membros nas comunidades,
por ser biblicamente equivocada.
2. Os concílios e igrejas locais devem tratar com amor e paciência os
pastores e membros das igrejas presbiterianas que professam ter sido batizados
com o Espírito Santo, numa experiência distinta da conversão, e devem pastoreá-los e instruí-los na Escritura e na doutrina
reformada, para que sejam corrigidos quanto a este modo de crer, e para que demonstrem o fruto do Espírito, que é o sinal inequívoco
de toda atuação verdadeira do Espírito.
3. Todo ensino sobre as línguas e profecias que entende a prática
moderna como uma experiência revelatória, isto é, uma experiência na qual nova
revelação é recebida, é contrário ao
caráter final da revelação bíblica e à autoridade das Escrituras como única
regra de fé e prática.
4. Todo ensino sobre as línguas e profecias que entende estes fenômenos como um sinal do batismo com o
Espírito é contrário à Escritura, bem como todo ensino que vê as línguas e
profecias como sinal de espiritualidade.
5. Toda prática do fenômeno das línguas e de profecias que cause divisão e dissensão dentro do Corpo de Cristo, e
que não resulte em instrução e ensino em língua conhecida, é contrária ao
propósito dos dons do Espírito, que é a edificação da Igreja.
6. Toda prática do fenômeno das línguas e de profecias que não siga as
orientações de 1 Co 14.27-28, é
contrária ao ensino bíblico e deve ser rejeitada, constituindo-se em
desobediência à vontade revelada de Deus. Ou seja, que falem somente dois,
ou no máximo três, cada um por sua vez, e que haja intérprete (depreendesse que
Paulo se refere a outra pessoa que não o que falou em línguas).
7. A base para as nossas formulações doutrinárias é a Escritura, e não
as experiências individuais — por mais emocionantes e preciosas que elas sejam.
Portanto, a Igreja recomenda o estudo
sério de todos os fenômenos e experiências, à luz da Palavra da Deus.
8. A Igreja recomenda que os
Concílios estudem esta Pastoral e que cultivem o
diálogo
com a Comissão Permanente de Doutrina.
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