1. Quem são eles, e por que são o
que são? O diabo e
seus demônios eram anjos, espíritos, criados por Deus (Jó 1.6; 2.1; 38.7; Ez
28.14 compare com Ez 9.3; 10.2, 4, 7, 9, etc), que deixados em sua livre
decisão, abandonaram sua comunhão com Deus, tronando-se criaturas pecaminosas,
maldosas, e se rebelaram contra tudo que promova a verdade de Deus. O primeiro
anjo rebelde encontramos em Gn 3.1,2 – quando comparado com João 8.44, e
Apocalipse 12.9,14,15 e os demônios II Pe 2.4; Jd 6. Eles deveriam manter sua
posição – Salmos 103. 20,21; 148.2.
2. Como o do diabo seus demônios agem?
- Intimidação: quando ameaçam pessoas, ou causa mal a elas – ex Jó 1 e 2; I Tm 2.18; Ap 2.10; 9.1-11.
- Influência: quando por vários meios, propagam uma forma de vida pecaminosa (incluindo um viver submisso ao misticismo, espiritismo, mundanismo, etc) - ex Ef 2.1,2; I Tm 4.1,2.
- Imitação: Eles podem reproduzir coisas que parecem serem de Deus – ex II Co 11.1.-6, 14; I Jo 3. 1-3; Tg 2.19; Ap 2.9.
- Interferência: quando eles se apoderam de pessoas – ex Lc 8.2; Mt 8.28.
3.
Por quais motivos a presença do diabo e seus demônios foram mais evidentes e
abundantes no tempo do ministério do Senhor Jesus? Em toda a história do Velho Testamento,
o diabo e seus demônios não são mencionados com tanta constância como o é no
Novo Testamento – em especial quando comparamos o período abrangido. Isso não
significa que eles não atuavam. Há algumas referencias a respeito: Gn 3.1,2; I
Cr 21.1; I Sm 16.14; I Rs 22.19-21; Jó 1,2; Is 14.13; 27.1; Dn 10.13, Zc 3.2. Quando
o Filho de Deus se encarnou, na plenitude dos tempos, houve um grande
‘choque’ cósmico nas forças espirituais, e o Senhor Jesus despojou as
potestades de seus domínios. Podemos ver isso claramente em muitas passagens
bíblicas: Mt 4. 1-11; 8.29; 12.27-28; 43-45; Lc 4.16-21; 33-36; I Co 15.25; Ef
1.20-22; Cl 1.13; 2.15; Hb 2.5-18, etc. Bom destacar que o que Cristo fez em
seu ministério terrestre, em sua ascensão, faz e ainda fará até o fim de todas
as coisas (Rm 16.20; Ap 20.10), teve início desde logo em sua encarnação.
4. O crente fica endemoniado? A Bíblia não ensina que uma vez
habitado pelo Espírito Santo, sendo selado/batizado, regenerado, por Ele, sendo
assim feito Sua habitação e templo, justificado, adotado, sendo feito
co-herdeiro de Cristo, nessa mesma pessoa demônios habitem do lado do Espírito
Santo – veja os seguintes textos: Rm 8.1-17; 26-39; Gl 4.6; I Co 6.19,20; Tg
4.5; I Jo 2.27-29; 5.18,19. Olhando para a forma que o diabo age, tendo em
vista o ensino bíblico – podemos dizer que (conforme a pergunta 2) a Intimidação, Influência, Imitação, são
formas com que o diabo age contra os crentes, mas nunca com Interferência em seus sentidos.
5. E o que dizer quando um crente se envolve em
pecado? Ele não daria certa abertura ao diabo? Em primeiro lugar, o
problema do pecado do crente é com Deus. Ele precisa confessá-lo e abandoná-lo
(I Jo 1.1-2.2). Agora se certo crente tem um compromisso com o pecado, a
situação pode revelar duas coisas. A)
Ele se encontra em um estado deplorável de espiritualidade fraca e vigilância
morta (I Co 5.1; Ap 2.22,23) e/ou B)
Talvez não seja um crente verdadeiro (II Pe 2.1-22). Geralmente
o primeiro caso é o que mais frequentemente ocorre. Os crentes lêem pouco a
Bíblia, oram pouco, se santificam com negligência, a doença espiritual é
notória em vários campos da vida (I Co 11.30,31). Com isso a presença do
Espírito Santo em sua vida não é notado por ele mesmo, geralmente essa pessoa
perde a alegria da salvação (Sl 51.12,13). Fica ele assim mais vulnerável ao
diabo? SIM e NÃO. Entenda –
Jó era um crente fiel, e foi atacado pelo diabo, Paulo um servo dedicado e
santo, igualmente esbofeteado e perseguido por Satanás (II Co 12.7-10). O
Senhor Jesus confrontou o diabo e foi atacado por ele (Lc 4). Em contra
partida, crentes como Pedro foram até usados pelo diabo, quando falou o que não
devia. Não há uma norma, nem uma regra bíblica fixa. Pode ser que um crente
fiel seja mais atacado pelo diabo do que um crente infiel. Deus é o Soberano
sobre o diabo e esse apenas vai agir SE Deus determinar que sim (II Ts 2.9-12).
O que somos advertidos é fugir de tudo que nos identifique com o diabo, e o
pecado é a marca do diabo.
6. Exageros e distorções. Toda maldição infligida por Deus
tem por base sua punição sobre a desobediência. O diabo é o grande tentador e
acusador. Mas há um exagero em alguns seguimentos evangélicos, que devemos
evitar e tomar cuidado, pois são ensinos falsos do diabo, para darem a ele crédito que de alguma forma tire a responsabilidade humana sobre seus atos. Veja por exemplo que em muitos casos
na Bíblia os pecados não estão associados a uma influência demoníaca direta,
antes ao conceito e falta de espiritualidade dos crentes: Gl 5.17-26; Cl
3.1-4.6; Ef 5.1-6.9, etc. Devemos também nos afastar de tudo que soe claramente
com algum contato com coisas demoníacas (I Co 10.14-22; Ap 2.24). Não é ficar
vasculhando, mas se você tem certeza que certa coisa está ligada a procedimentos
satanistas, espíritas, etc, sabemos que o Senhor já nos advertiu contra isso.
Evidentemente, algum tipo de perturbação mental e espiritual será advinda de
práticas que nos coloquem em contato com isso, caso haja descuido, negligencia
de nossa parte.
7. Como resistir o diabo? Temos na Bíblia orientações
práticas em Efésios 6.10-20. E resumindo o ensino geral bíblico - em primeiro lugar o
Nome de Jesus Cristo é o que tem autorização bíblica para resistir e
expulsar os demônios (Mc 16.17; At 16.18). Conhecimento da Palavra (Lc 4.4,8,12). Depois a vida obediente deve seguir ao uso do Nome do Senhor e da Palavra (Mt 7.21-23; Tg
4.7-10). Por fim, Jesus recomendou a oração
e jejum como meios ordinários de termos da parte de Deus poder para
enfrentarmos as hostes malignas (Mc 9.29). Obviamente, o crente não se
preocupará em encontrar demônios (nem é algo a ser desejado) em sua
evangelização e aconselhamentos bíblicos. Sabemos que o Evangelho quando chega
realmente no coração de uma pessoa, o Senhor Jesus liberta a pessoa por meio do
Seu Poderoso Espírito (Rm 8).
Nenhum comentário:
Postar um comentário