quinta-feira, 19 de março de 2015

Comunidades Presbiterianas - a onda do pragmatismo

A Igreja Presbiteriana do Brasil vive uma realidade muito deprimente, na maioria de suas igrejas locais – que muitos não fazem ideia. Em documentos oficiais ela defende uma doutrina e liturgia reformada, mas no geral, percebemos que não temos um modelo de igreja presbiteriana mesmo localmente distribuídas. Além disso, temos uma onda de um modelo de Igreja que se intitulam “Comunidades”, que por anos, manteve tal nome com descarada rebeldia ao Supremo Concílio. O Supremo Concílio lá dos idos de 2006... em 2014 tivemos a demonstração que grandes nomes da IPB estão do lado das Comunidades, ou não se importam com tal assunto, apesar de confirmarem a posição antiga, de rotular Igreja e não Comunidade. Muitas ainda continuam, nem dando a mínima a essa decisão, que na verdade, foi sem um apoio enérgico do último SC.

Esse modelo segue fielmente o modelo de plantação de igrejas “sensível aos ouvintes”. Onde músicas sertanejas, palestras motivadoras, psicologias, são mescladas com a Bíblia, ao passo que ensinos a respeito da Princesa Diana, UFC e os Vingadores, vídeos de bandas mundanas, U2, Titãs, e desenhos dos Simpsons, disputam o palco (púlpito?) em muitas dessas comunidades, no momento da pregação da Palavra (ou palestra motivacional?). Os delegados do SC de 2014 deixaram de pensar nas práticas litúrgicas metodológicas dessas comunidades, ofuscado pela informação que tais deram, dizendo que são reformadas. Todo mundo na IPB sabe que as Comunidades Presbiterianas estão longe do modelo reformado litúrgico, mas muitos conciliares que tem tal noção são indiferentes.


A teologia das Comunidades é humanista, pois é a necessidade do homem que é o centro do culto, não Deus. Em nada é diferente, em seus pressupostos, com a teologia da prosperidade, apesar de procurar resultados diferentes, em múltiplas facetas. Além disso, está claro o público alvo desse clube, pessoas com alguma condição financeira um pouco mais estável, que reflita um ambiente da cultura pop.

Se tal movimento continuar crescendo, em breve, a destruição total da imagem de Igreja Reformada será uma realidade, visto que já está sendo diluída por outros motivos. A estratégia foi eficaz, convidar nomes de influência para tais encontros, depois com certeza não haverá coragem da parte desses de rejeitar tal modelo de igreja.

Pastores jovens, ou recém-formados, que aderem a esse movimento dentro da IPB demonstram aversão à instituição, a seminários e a confissões (claro, eles só não são contra o sustento pastoral que essa instituição proporciona a eles!!!). Recentemente um cantou uma música do Sérgio Reis. Outro criticou a instituição, ao que perguntei a ele por que ele não sai da IPB – ele me disse que estava criticando a ICAR...(?) Ainda outro pastor presbiteriano dessa onda pediu ao grupo de louvor em um culto ao ar livre começar cantando músicas sertanejas para atrair as pessoas...  outro, fez uma pesquisa de campo, onde levantou o gosto das pessoas em relação a músicas, modelo de púlpito, estilo de pregação e nome, daí ele começou plantar um clube a esse gosto, ou melhor, uma “comunidade presbiteriana”.

A omissão dos conservadores mais conhecidos do passado no assunto em tela demonstra que só lutarão por assuntos de seu interesse acadêmico ou pessoal. Enquanto alguns poucos ainda lutarão por uma IPB mais centrada biblicamente no culto a Deus, e aos seus estatutos confessionais e constitucionais.


Deus nos guarde... 

11 comentários:

  1. E o que há de novo nesse lixo? Rick Warren trouxe esse estrume com o nome de "Igreja com propósitos", e a Primeira Igreja Batista aqui em São José dos Campos abraçou esse modelo e dele saiu, infelizmente, para algo pior, parido e escarrado por ela mesma. A Igreja transformou-se num antro. A IPB deixou isso passar (eu estava lá no SC) chorei de tristeza. Mercenários é o mínimo que se pode dizer dessa gente.

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  2. Sem querer ofender, você já viu ou participou de algum culto deles de algum tema que se faz mesmo que seja pela internet?

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    1. Meu irmão e amigo, não há ofensas em perguntar - ainda mais vc...

      Pessoalmente não, nem iria. Pela internet já vi. E só lembrando, várias coisas aí mencionadas é por que >eu vi<.

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  3. Eita pega! e eu querendo sair da Bléia para ir para IPB depois de converter-me ao calvinismo salve se quem puder!

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  4. Por isso 'desigrejei'. Já pensei em retornar para a ICAR, mas algumas doutrinas são intragáveis, uma pena!

    Isabele

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    1. Querida, não faça isso. O problema apontado pelo irmão Luciano é algo que está sendo combatido dentro da Igreja Presbiteriana porque é algo estranho ao Evangelho de Cristo. Agora, se você está considerando voltar para a ICAR cuidado pra que não aconteça com você o que a Bíblia diz: "A porca voltou ao lamaçal, e o cão ao seu próprio vômito".

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    2. Pois é, por isso disse que não voltaria, algumas doutrinas são repugnantes, mas o versículo deveria ser aplicado à IPB que volta cada vez mais ao pecado do misticismo. Ex: óleo ungido.

      Isabele

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  5. Caro Luciano Sena,
    É lementável o seu comentário.
    Deus nos deu criatividade para pregar o evengélio, uns mais tradicionais,outros mais avivados etc... mas o que mais importa é a palavra de Deus e ganhar vidas para Jesus.
    Essa igreja que você mostra e escreve no seu blog é uma das igrejas presbiterianas que mais cresce no Brasil. E ela não cresce pelo seu formato diferente de igreja que dialoga com a cultura, mais sim pela palavra de Deus que é pregada de forma criativa e principalmente por ser fiel a palavra de Deus.(Bíblia).
    É muito fácil criticar o que não se conhece, ou conhece superficialmente e ou por "achismo".
    A igreja é a noiva de Cristo e devemos trata-la com todo respeito. Cabe a Ele julgar o que é bom ou não.
    Deus te abençoe.

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    1. Quem é vc? Qual seu nome? Antes de te responder, gostaria de saber...

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    2. Caro "Anônimo" (como seria bom saber seu nome...), mas, é seu direito permanecer escondido, afinal você está se espelhando nesse pessoal que insiste em descumprir o que a IPB determina, e permanecem escondidos até terem a oportunidade de mostrarem a que vieram. Só não consigo entender porque um sujeito desses (refiro-me aos líderes subversivos) que no dia da ordenação deles prometeram algo que não estavam dispostos a cumprir. Sim, prometeram manter o governo e a estrutura da IPB e veja você, fazem questão de se rebelarem. Têm medo de passarem fome? Não conseguirão se manter financeiramente e por isso portam-se como parasitas na IPB? Se querem fazer diferente façam fora da IPB, mas, suspeito que não são homens o suficiente para isso. Sim, é questão de ombridade. Aprendi com meus pais que homem que não honra o que promete não é homem. Agora, quer ver esse papinho escroto deles ir por ralo? Experimente você bater de frente com um deles dizendo que eles estão errado. Sabe o que lhe dirão? "Cai fora". É por essas e outras que digo que esse movimento é subversivo.

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  6. Só pra me identificar, pois, não saiu o emu nome no comentário anterior. Chamo-me Olivar Alves Pereira. E o meu blog não é mais do blogspot, por isso se o irmão Luciano quiser editar esse meu comentário e tirar o nome do blog que está aí e deixar esse (ou se quiser tirar esse também) é: www.noutesia.com.br.

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