Acredito que o autor deste texto, Silvio Costa, sintetizou bem o que penso a respeito do Dep. Marcos Feliciano e do Pr. Silas Malafaia. Esses dois estão errados em alguns ou vários pontos. Em uma mensagem recente o Pr. Marcos Feliciano deveria lembrar 'sua consciência' (que ele chamou de Jesus) que se a Igreja não se levanta Deus tem anjos de sobra para defender Seu povo, não demônios. Porém, mesmo com esses 'dividendos', estou com eles. Oro por eles. Sãos homens de verdade, e lutam por uma faceta do Reino que precisa de fibra e sangue.
Leia o texto:
“Não
defendo em absoluto todas as coisas que Pastor Marco Feliciano pregou,
admito que foi infeliz em algumas de suas colocações. Não me coaduno
com a nova posição teológica da prosperidade que pastor Silas Malafaia passou
a expor em seu programa e pregações (inclusive denuncio os perigos de algumas
publicações de sua editora em difundir ensinos do evangelho da prosperidade que
sempre carregam fragmentos da confissão positiva). Esses homens são falhos,
devem ter lá os seus pecados, terão contas a prestar acerca do que falam e
fazem – afinal, ninguém é perfeito. Mas, também não posso me conformar
com essa desunião evangélica por conta dos dois em torno de temas que à luz da
Bíblia deveriam ser de entendimento harmonioso entre todos os seguidores de
Jesus Cristo.
Temos
nos desviado do foco da reflexão principal quando tão somente nos ocupamos em
esculachar o “homofóbico político” Feliciano e a condenar o “homofóbico pastor”
Malafaia. O centro da discussão não pode continuar sendo a figura
particular, isolada e polêmica dos dois. Já passou da hora de considerarmos a
representatividade evangélica que detiveram – ainda que eu e você não aceitemos
– isso é verdade, são esses pastores que o Brasil lê, assiste e acompanha na
mídia – e querendo ou não, falando bem ou mal, protestando ou não – eles nos
representam nos meios de comunicação para a sociedade. Destacaram-se
cada um ao seu modo em suas plataformas como evangélicos e inegavelmente como
formadores de opinião – hoje, são as pessoas mais públicas da igreja evangélica
nacional.
Precisamos
parar com essa pirraça esquerdista injustificável de que Feliciano não nos
representa. Escrevo a pessoas esclarecidas e bem
informadas, então conclamo ao senso da consciência cristã quanto ao
posicionamento social da igreja neste país. Pela via direta dos votos
que Feliciano recebeu, até que você pode dizer que não te representa
politicamente; mas pela dimensão dos clamores sociais (nada cristãos) e das
posições políticas (nada democráticas) em Brasília, é inegável que sim, ele te
representou lá como cristão! Fico a pensar se não existisse um
deputado de primeira viagem como Feliciano, que num partido pequeno e de pouca
influencia foi corajoso e procedeu como crente de verdade naquela até então
inexpressiva comissão da casa de leis.
A
inexperiência política de Feliciano foi suprida pela ousadia e destemor frente
às conseqüências assumidas pelo fato de defender as convicções de quem o
elegeu; e penso no que teria acontecido de ainda mais
nefasto naquela CDHM, com inclusões de favorecimentos às minorias (GLBTT) em
detrimento dos direitos da maioria, se um Feliciano da vida não estivesse por
lá? Não estou misturando religião com política, estou citando um caso que
envolveu um sujeito que foi eleito se dizendo crente (e o Feliciano se diz
servo de Deus), e que a exemplo do profeta Daniel em um cargo político em que
sua fé foi testada, assim foi Marco Feliciano em Brasília. Esse Pastor
me representou num ato de postura cristã, que nem eu sei se teria coragem de
praticá-lo como Feliciano o fez, admito.
A
igreja evangélica brasileira passa por sua maior crise existencial e
representativa – uma crise marcada pela desarmonia bíblica de sua
posição contra o pecado, de sua apresentação igual das verdades absolutadas.
Será que neste país, algum crente ainda tem dúvidas quanto à distinção bíblica
da natureza humana e sua identidade sexual: macho e fêmea (homem e mulher).
Ainda será possível que pastores, apóstolos, doutores e teólogos tenham dúvidas
abissais quanto ao que a Bíblia diz sobre práticas sexuais ilícitas tais como:
fornicação, adultério, homossexualismo, lesbianismo e sodomismo? Porventura
algum de nós colunistas de grandes portais de informação cristã, ainda temos
dificuldade de entender a posição bíblica da constituição e modelo da família;
do papel do cristão na sociedade e no trato com seus direitos e deveres civis;
creio que não. Então porque essa briga, esses debates que não nos levarão a
lugar algum, a não ser para tornar mais evidente de que estamos ainda mais
desunidos do que nunca? Por acaso Feliciano e Malafaia estão falando
contra esses princípios que todos aceitamos comumente? Claro que não; então
como podemos dizer que não nos representam?
Como
afirmar que Malafaia não é a exemplificação da fé evangélica na TV em algumas
de suas posições? Para surpresa e desagrado de muitos, esse
sujeito imperfeito, sanguíneo, quase milionário (se já não o for) e mais
recente pregador da prosperidade é um dos poucos que tem se levantando nesse
país como voz evangélica a favor dos direitos iguais declarados na constituição
federal de 1988, não só para evangélicos – mas para todos os brasileiros. É
este pastor que alguns dizem ser metido a psicólogo (ele realmente tem
formação) que com a Bíblia em punho – quando perguntado em determinado programa
de TV, qual era sua fala como cristão acerca da prática homossexual, citou
Romanos 1.18-32 e deixou insatisfeitos os proponentes da teologia inclusiva.
Como
posso dizer que esse “camarada Malafaia” (é ele que usa esse termo), não me
representou? Foi um dos poucos que em rede nacional de TV
a reafirmar a veracidade absoluta de um dos textos mais claros e incisivos das
Escrituras contra a prática homossexual! Como posso dizer que
Malafaia não me representou quando organizou um necessário movimento
pró-família em tempos de destruição da mesma por essa política anticristã e
liberal, apoiada sutilmente por um Estado influenciado por correntes comunistas
e esquerdistas ? Foi Malafaia muito antes de Feliciano, uma das
poucas vozes cristãs deste país a manifestar-se pelo vigor dos direitos legais
de liberdade de opinião, fé e culto; sem restrições vexatórias e supressões de
leis antidemocráticas.
Na
verdade meus irmãos, as Escrituras deixaram de ser nosso ponto de referência, mesmo
que nossos credos doutrinários confessem crenças históricas da fé e legado
cristãos, parece que elas (as Escrituras) em sua inspiração plenária,
inerrância e infalibilidade, perderam autoridade para muitos de nós, frente às
cosmovisões desta era pós-moderna. Realmente as verdades salutares da
Palavra, deixaram de ser o nosso ponto de encontro no comum do corpo de Cristo –
comunhão na confissão das verdades atemporais e sem quaisquer aculturações
relativizadas, pois mesmo sendo membros de igrejas evangélicas diferentes, a
luz delas (das Escrituras), como corpo místico de Cristo, deveríamos
estar unidos em torno de suas sentenças inegociáveis e nada redefinidas pela
vontade dos homens.
Bom,
se Feliciano e Malafaia me representam como evangélico, em algumas de suas
ações,também sei daqueles que que me representam negativamente na fé e na
confissão cristã evangélica. Aqueles que disseram que se fossem Deus,
ressuscitariam Hugo Chávez e amaldiçoariam com um câncer maligno o Feliciano –
esses representam o desequilíbrio e a falta de amor cristão entre evangélicos.
Aqueles que dizem que a bíblia não é inerrante e infalível - representam
um cristianismo oco e cético em sua aceitação parcial e deturpante da
inspiração da Palavra de Deus; aqueles que em suas revistas e publicações (do
que parece uma esquerda evangélica) descrevem apenas o lado negativo de
evangélicos como Feliciano e Malafaia e que só vendem polêmicas e mais
dissensões para a já desmembrada igreja nacional – esses representam os que se
renderam aos encantos e apelos do humanismo secular.
Nos
representam negativamente aqueles que ignorando a verdade escancarada da bíblia
contra práticas imorais, através de seus doutorados acadêmicos tentam
sistematizar a teologia inclusiva – que incoerência! Pergunto-lhes,
qual é a nossa posição contra esses discrepantes pensadores cristãos? Porque
ninguém os questiona? Será que é porque concordamos com suas posições anti
cristãs? Será mais edificante tentar destruir aos que de alguma forma se
levantam contra erro, do que combater os que querem arrancam as raízes
doutrinárias da Igreja Evangélica verde e amarela e sua posição contra o
pecado?
Se amanhã, Feliciano e Malafaia
pisarem na bola e comprometerem ainda mais o testemunho evangélico nesta nação
com pecados explícitos (e não com julgamentos dos outros como percebemos hoje),
também nos representarão mais negativamente, nem que seja por momentos.
Porquanto oremos por todos esses homens para que continuem ao menos, tendo a
coragem de nos representar nas reafirmações de algumas verdades que acreditamos
e que muitos parecem ter esquecido!”
Concordo plenamente com o autor. Como já conversamos Luciano, mesmo sabendo que Malafaia e Feliciano têm seus problemas doutrinários em questões secundárias, sabemos que preservam a essência da Fé Evangélica e lutam pela continuidade da mesma. Estarei orando por eles.
ResponderExcluirEsses dois pastores podem representar os evangélicos dominicais, imortalistas (imortalidade da alma) e intemperantes (comem animais imundos)...
ResponderExcluirMas aos adventistas, observadores do sábado por amor a Cristo (Jo.: 15.10), estes srs. Feliciano e Malafaia não representam em hipótese alguma!!!! Nem poderiam representar, hoje!
A não ser que viessem a aceitar o evangelho eterno e passassem a defender as doutrinas bíblicas em sua totalidade, mudando as suas posturas, de polêmicos, sarcásticos e soberbos para mansos, bondosos e humildes servos do Senhor... e mais! Teriam que se tornar pastores formados numa faculdade adventista em teologia e começarem um ministério pastoral adventista, aí sim.
Mas enquanto mesclarem doutrinas bíblicas com tradições humanas (tais como: domingo, imortalidade da alma, teologia da prosperidade, etc)... nenhuma chance.
Nossos representantes (humanamente falando) são os pastores oficiais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, como pr. T. Wilson, E. Köller, A. Timm, A. Bullón, L. Gonçalves, W. Costa Júnior e demais pastores que integram as comissões de liderança da Igreja em escalas local, estadual, regional, continental e mundial.