quinta-feira, 26 de maio de 2011

Refutação do livro antitrinitariano - Eu e o pai Somos Um - Parte 3

A avaliação de alguns textos trinitários:
Embora ‘sejam poucos’, segundo Ricardo Nicotra, ele fez uma breve analise dos textos que são usados pelos trinitarianos. Vejamos suas objeções.
1) Sobre Mateus 3.16,17 Nicotra diz: “A Bíblia em nenhum momento diz que o espírito que desceu em forma de pomba era uma terceira pessoa [...]O verso mostra uma manifestação dupla do Pai: manifestou-se através do seu Espírito e da sua voz.” (EPSU, p. 56).
Para começar, a Bíblia ensina que o Espírito é uma pessoa. Quanto a dizer que é uma ‘terceira’ pessoa é uma conclusão teológica e uma acomodação.
Em uma parte do livro ele diz que Espírito é a 'mente de Deus', e o mesmo Espírito, mente, é de Deus e de Cristo (não da maneira trinitária). Logo, se assim fosse, o que temos aqui em Mt 3.16,17?
Outro aspecto é a comparação com a Voz e o Espírito de Deus. Ele diz que se ‘a voz de Deus’ não é outra pessoa, então ‘o Espírito de Deus’ também não pode ser outra pessoa! Tudo errado com suas premissas: Se a Bíblia classificasse uma pessoa divina com o nome de Voz, teríamos uma pessoa, e pronto, não é mesmo? Ele mais uma vez fia-se em torno do minúsculo, espírito (nos manuscritos originais). Ora, será que se você encontrar filho de Deus, vai concluir também que tal filho não é uma pessoa por estar com letra minúscula?
2) 2 Co 13.13, ele afirma: “A doutrina da Trindade ensina que Deus é o primeiro, também chamado de “primeira pessoa da Trindade”, Jesus Cristo é a segunda pessoa e, finalmente, o Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade. Este é o ensino clássico trinitariano. Mas parece que esta sequência de primeira, segunda e terceira pessoas não estava muito clara para o apóstolo Paulo. Perceba que Jesus Cristo é o primeiro a ser mencionado em II Coríntios 13:13. Ora, se a doutrina da Trindade que hoje é ensinada fosse um consenso entre os apóstolos, Paulo certamente obedeceria a ordem das pessoas, no entanto não o fez.” (EPSU, p. 56).

Inútil o argumento. Como o próprio Ricardo sabe (?) a crença Trinitária não coloca primeiro por causa de alguma preeminência na natureza, mas por acomodação e apresentação na Escritura. Até mesmo o Credo Atanasiano diz que ‘E nesta Trindade nada é anterior ou posterior [...]’
Na verdade 2 Co 13.13 destrói o atitrinitarismo dele, pois coloca Cristo antes do Pai (e como já demonstrei, vários textos seguem uma ordem diferente). Ora, para os trinitários isso não existe dificuldade alguma. Mas e para eles? No caso de Nicotra, Jesus é coeterno com o Pai, criador com o Pai, mas distinto e menor que o Pai em sua Divindade?

Lamentamos que o Ricardo Nicotra omitiu dezenas de versículos bíblicos conforme exposto pelo irmão Cláudio em sua Teologia Sistemática Trinitariana nas páginas 138 a 151.

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