terça-feira, 19 de abril de 2011

Leandro Quadros em: ‘Deus faz as pessoas pecarem?’

Recentemente o irmão Clóvis do blog Cinco Solas solapou o adventista Leandro Quadros, sobre uma postagem ‘psicografada’ de um falso Neemias que criticaria a posição calvinista, entre outras coisas. (Isso não é de estranhar, Ellen White conversou com seu marido depois de morto em um de seus sonhos!!![por favor, entenda a ironia]) O Leandro esbravejou-se muito, é só ver o comentário dele, dizendo que 'queria ter uma oportunidade de com a Bíblia na mão debater com o Clóvis, diante de um público!'

Depois disso o Leandro postou mais um daqueles estudos que enchem os olhos dos adventistas apaixonados (principalmente dos que ele gosta de liberar os comentários). O título da postagem é ‘Deus faz as pessoas pecarem?’.

A argumentação dele é um estupro hermenêutico.


Primeiro ele faz um apelo para servir de camisa de força quando diz que se ‘Deus fizer um homem pecar o diabo terá desculpas.’ Esse é o tipo de argumento que vasa água. Primeiro que Deus é mais soberano do que esse raciocínio, e não está sujeito a arminiano nem adventista, nem mesmo para o originador do adventismo, o diabo, para lhe dar alguma satisfação e dizer o que ele pode ou não deve fazer. Segundo que nenhum Reformado faz tal afirmação que Deus faz uma pessoa pecar.
O Leandro Quadros vive se lamentando que os ‘detratores do adventismo não buscam nas fontes autorizadas’. Mas ele mesmo não faz a lição de casa! Vejamos o que um documento Reformado Calvinista ‘autorizado’, a Confissão de Fé de Westminster, diz sobre a autoria do pecado:

“Desde toda a eternidade, Deus, pelo muito sábio e santo conselho da sua própria vontade, ordenou livre e inalteravelmente tudo quanto acontece, porém de modo que nem Deus é o autor do pecado, nem violentada é a vontade da criatura, nem é tirada a liberdade ou contingência das causas secundárias, antes estabelecidas. Ref. Isa. 45:6-7; Rom. 11:33; Heb. 6:17; Sal.5:4; Tiago 1:13-17; I João 1:5; Mat. 17:2; João 19:11; At.2:23; At. 4:27-28 e 27:23, 24, 34.”

Se lermos At 2.23 e 4.27-28 ficará estabelecido que a crítica inicial do Leandro é um subterfúgio humanista, não uma submissão bíblica.

Ele continua dizendo que a cultura hebraica é um fator que influenciou a expressão ‘Deus endureceu coração de Faraó pois os servos de Deus não faziam distinção entre aquilo que Deus permitia e aquilo que ele predeterminava!’ Veja, o que ele está dizendo é que dizer que Deus endurece o pecador por parte dos calvinistas ‘é diabólico’, mas a mesma expressão quando aparece na bíblia foi uma expressão limitada, ou mesmo errada, de algo que Deus permitiu mas não fez!

Que fique bem claro que ao dizer que "Deus endurece um pecador" é diferente de dizer que Deus é autor do pecado praticado. É claro que o pecado existe porque Deus diz que é pecado, quando ele proíbe por meio de lei uma atitude, pensamente, etc.

Leandro Quadros diz que Ex 7.3 deve ser entendido com outras partes bíblicas que ‘são claras’. Ele disse que Ex 7.3 é um texto que os calvinistas usam, mas disse; ‘entre outros’. Parece-me que o que ele fez foi apenas selecionar quais seriam do interesse de sua interpretação, lançar argumentos humanos, e fazer com que os textos que ensinam a predestinação, sejam obscuros por causa da cultura ou por causa de argumentos humanistas!

Deixando a conturbação lógica que ele pretendeu, a Bíblia diz que tanto Deus endureceu a Faraó como o próprio Faraó se endureceu. Parece que tal sentimento e ordem se mesclam. Para os calvinistas ambos são verdadeiros, sem problema algum. Não existe contradição em nada, pois Deus usa os meios para os fins que Lhe agrada.

NO ENTANTO, quando Paulo leu esses textos e foi inspirado a escrever sobre isso, ele disse de uma maneira que não agrada muito o Leandro Quadros. Falando sobre Faraó, Paulo cita: “[...] Para isso te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda terra.” (Rm 9.17).

Se fosse psicografar Paulo, (as vezes temos umas pitonisas por aí na web), talvez ele daria um puxão de orelhas no Leandro Quadros!

Por último, Leandro Quadros diz que um absurdo crer que Deus ‘endurece alguém depois diz para esse mesmo se converter’! “Como é possível crer em uma coisa dessas?” pergunta. ‘Como?’ Eu respondo Leandro: É só se submeter ao que Deus revelou, se você for cristão, observe que em Rm 9.17 Deus levanta Faraó para tal propósito, mas ao mesmo tempo condena Faraó por isso. Como crer em uma coisa dessas Leandro?


*AS SEITAS E A QUESTÃO DA PREDESTINAÇÃO

Tenho percebido que a maioria das seitas são arminianas em sua abordagem. Russel fundador das Testemunhas de Jeová deixou o presbiterianismo por causa disso. O Adventismo é arminiano. Isso não significa que a predestinação não agrada algum grupo sectário. Parece-me que o Tabernáculo da Fé pensa assim. Um grupo confuso, mas eu não acho que é uma seita, a Congregação Cristã, dizem que ‘são chamados’, mas seu exclusivismo denominacional confunde se acreditam nisso mesmo, pois eles dizem que pessoas perdem a salvação quando ‘pecam’.

O servo de Deus J. Wesley era um arminiano, não do tipo que hoje vemos, mas era. Ou seja, não penso que arminianismo e/ou a rejeição do calvinismo possa estabelecer se um grupo é ou não uma seita. Por isso as razões que apresento na apresentação desse blog são, para nós (MCA/APRENDEI), mais seguras.
Rejeito como definitivas também as chamadas marcas de uma verdadeira igreja proposta por Lutero e outros Reformadores, pois são quase subjetivistas.

1) Uma seita pode dizer que prega a Palavra e administra corretamente os sacramentos, além de excomungar seus rebeldes.

2) Especialmente sobre os sacramentos a celeuma vira regra. O Batista pode dizer o que dos Presbiterianos? Ou nós podemos tratá-los como uma seita, visto que rejeitam a água do batismo aos seus filhos? Usaremos pão com ou sem fermento? O vinho é suco de uva?

Aquelas marcas de Lutero e de Calvino, nunca me convenceram. Se bem que nas Institutas Calvino traça detalhes dessas marcas que ficam claro que pra ele, essas não seriam tão suficientes assim.

8 comentários:

  1. Muito legal mano!!

    Abraços

    Anderson Demoliner

    Sola Gratia

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  2. graça e paz do SENHOR aos irmãos do blog...

    "Uma seita pode >>dizer<< que prega a Palavra"

    Nós não deveríamos avaliar uma igreja só porque ela DIZ que prega a Palavra, mas se, genuinamente, a PREGA (Toda, e não isoladamente como o fez Leandro Quadros)! O irmão pode, por favor, citar algum escrito dos reformadores que defendiam a tal igreja que "DIZ" que prega a Palavra?

    Que o ESPÍRITO SANTO nos conduza à verdade!

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  3. Graça e paz do SENHOR aos irmãos do blog...

    Irmão Luciano, estas discussões ("visto que rejeitam a água do batismo aos seus filhos? Usaremos pão com ou sem fermento? O vinho é suco de uva?") mostram claramente que os irmãos batistas não são contra a ministração dos sacramentos, mas O ministram de forma diferenciada, sem ferir "as regras da Palavra, que sempre devem ser observadas."(CFW 1.6) Estou dizendo isso considerando uma igreja Batista Reformada, claro!

    Ainda concordo com os reformadores sobre as marcas de uma igreja distintivamente cristã... ou aquela nossa discussão sobre a aceitação da CCB foi inválida, já que a primeira marca (Exposição fiel das ESCRITURAS SAGRADAS) nesta "Igreja" é claramente rejeitada.

    Ainda aguardo uma citação do irmão sobre algum escrito dos reformadores que defendiam a tal igreja que "DIZ" que prega a Palavra...

    Que o SENHOR JESUS nos conduza sempre à verdade!

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  4. Grande irmão... o meu ponto em questão são marcas. E marcas são evidências perceptiveis. Quando o irmão detaca o meu 'DIZ' sai do campo objetico para o subjetivo. Claro nenhuma seita prega a palavra fielnmente, porém, isso é subjetivo. Ela dirá que prega, e vc negará... porém se vc ter uma marca que ela 'NEGA' - A TRINDADE POR EXEMPLO, vc nem precisa entrar no campo subjetivista, mas fica claro e patente pelo que eles mesmo ensinam.
    Abração

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  5. Logo, você verifica uma igreja genuinamente cristã se ele prega, de fato, as ESCRITURAS SAGRADAS. Por isso, não considero justa a crítica do irmão às marcas de uma igreja verdadeiramente cristã concebida pelos reformadores. De fato, elas atestam com clareza o que foi visto na igreja Neo-Testamentária: 1) A pregação Genuína da Palavra de Deus (At: 6.4); Ministração dos sacramentos (At: 2.41-42); Correta aplicação da disciplina eclesiástica (At: 5.5).

    Que o SENHOR JESUS nos conduza sempre à verdade!


    Que o SENHOR JESUS nos conduza sempre à verdade!

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  6. 'Logo' ??? Grande irmão, MARCA~É SINAL, vc dizer que uma igreja discplina algu´[em é verdade por causa disso, daí fica dificil... vc dizer que os sacramentos 'são apenas' diferentes com os batistas e presbiterianos, está minimizando, e muito a questão, você dizer que 'prega genuinamente a palavra' e diz que tal p´regação é dispensacinalista, calvista, arminiana, etc... como fica???
    Dicorodo do irmão, e deles.

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  7. Graça e paz do SENHOR aos irmãos do blog...

    O irmão leu o comentário??? Parece-me que se ateve apenas ao "LOGO". As marcas dos reformadores foram demonstradas na Igreja Neo-Testamentária. Isso não é argumento suficiente para considerá-las??? Considero as tais marcas não porque os reformadores disseram que eram assim e pronto... mas porque biblicamente elas são marcas de uma igreja genuinamente cristã!

    Que o ESPÍRITO SANTO nos conduza sempre à verdade!

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  8. E, só para esclarecer, John Wesley estava mais para um "semicalvinista" (Se é que esta colocação é plausível) do que um arminiano completo, por causa da sua ênfase na Soberania de Deus. (ENTRE OS GIGANTES DE DEUS - J. I. Packer, página 46).

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