quinta-feira, 15 de agosto de 2013

W. Marrion Branham: ‘A doutrina da Trindade é um sinal da Besta!’

O profeta do século XX, profeta do pessoal do Tabernáculo da Fé, e admiradores particulares, escreveu algo bem bizarro, (de tantas que escreveu) no livro sagrado dele, As Sete Eras da Igreja. Veja:

“Com o sistema mundial de igrejas sujeito a ela, Roma estará controlando, e esta imagem (sistema de igrejas) será obediente à Roma, porque Roma controla o ouro do mundo. Desse modo, todas as pessoas têm que pertencer ao sistema mundial de igrejas ou ficar à mercê da situação porque não podem comprar nem vender sem a marca da besta na mão ou na cabeça. Esta marca na cabeça significa que terão que aceitar a doutrina do sistema mundial de igrejas a qual é o trinitarismo, etc., e a marca na mão que significa fazer a vontade da igreja mundial. Com esse grande poder esse sistemas eclesiásticos perseguirão a verdadeira noiva.” (p.341).

Encontro essa ‘marca’ na Escritura, e ela não tem nada com a Besta. Veja o testemunho bíblico em favor da Trindade, depois julgue você mesmo essa ‘profecia’ de W. Branham. Disponibilizo uma lista de 50 textos no NT que vemos em foco a ação trinitária. Transcrevi especialmente  os nomes ou  termos, que foca as três Pessoas Divinas.

“Jesus... Espírito de Deus... Este é meu Filho.” – Mt 3.16,17

O Batismo Trinitário – Mt 28. 19

Espírito Santo ... Altíssimo... Filho de Deus” – Lc 1.35

“Jesus... Espírito Santo... Tu és meu Filho” – Lc 3.21,22

“Jesus... Espírito... Tu és meu Filho” – Mc 1.9-11

“Jesus... Espírito Santo... Senhor Deus” – Lc 4.1-12

“E Eu rogarei... ao Pai... Consolador” – Jo 14.16 (17-20 também)

“Consolador... do Pai... Vos ei de enviar” – Jo 15.26

“Consolador, O Espírito... Me glorificará... o Pai” – Jo 15. 7, 13,14, 15

“Jesus... Pai... Espírito Santo” – Jo 20.21,22

“Jesus... Espírito Santo... Reino de Deus” – At 1.1,2

“promessa do Pai... Espírito Santo... Senhor” – At 1.4,5,6

“Ressuscitou Jesus... de Deus, O Pai... Espírito Santo” – At 2.32,33

“nome de Jesus Cristo... dom do Espírito... Deus nosso Senhor” – At 2.38,39

“Deus... Príncipe e Salvador... Espírito Santo” – At 5. 31,32

“cheio do Espírito Santo... e Jesus... à direita de Deus” – At 7.55,56

“Deus... Jesus... Espírito Santo” – At 10. 38

“magnificar a Deus... o Espírito Santo...em nome de Jesus” – At 10. 46-48

“E Deus... o Espírito Santo... do Senhor Jesus” – At 15.8-11

“O Espírito Santo... Senhor Jesus... da graça de Deus” – At 20.23,24

“O Espírito Santo... igreja de Deus... seu próprio sangue” – At 20.28

“reino de Deus... fé em Jesus... falou o Espírito Santo” – At 28. 23, 25

“falou o Espírito Santo... reino de Deus... Senhor Jesus” – At 28.25,31

“[Filho] de Deus... Espírito de santificação... Jesus Cristo” – Rm 1.4

“o amor de Deus... pelo Espírito Santo... porque Cristo” – Rm 5.5,6

“lei do Espírito, em Cristo... Deus enviando” – Rm 8.2,3

“no Espírito... Espírito de Deus... Espírito de Cristo” – Rm 8.9

“o mesmo Espírito... herdeiros de Deus... co-herdeiros de Cristo” – Rm 8. 16,17

“em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.” – 1 Co 6.11

“Espírito [Santo]... Senhor [Jesus]... Deus[Pai]” – 1 Co 12. 4,5,6

“Cristo... em um Espírito... Deus colocou” – 1 Co 12. 12,13,18

“em Cristo... Deus... do Espírito” – 2 Co 1. 21,22

A bênção trinitária – 2 Co 13.14

“diante de Deus... Cristo nos resgatou... promessa do Espírito” – Gl 3. 11, 13,14

“Deus enviou... o Espírito de seu Filho” – Gl 4.6

“Deus Pai... Jesus Cristo... com o Espírito Santo” – Ef 1. 2, 3, 13

“ao Pai em um mesmo Espírito... Jesus Cristo” – Ef 2. 18, 20

“seu Espírito... para que Cristo... plenitude de Deus” – Ef 3.16, 17, 19

“um Espírito... um só Senhor... um só Deus e Pai” – Ef 4. 4, 5, 6

“eleição é de Deus... no Espírito Santo... e do Senhor” 1 Ts 1. 4, 5, 6

“amados do Senhor... ter Deus... do Espírito” – 2 Ts 2. 13

“amor de Deus... renovação do Espírito Santo... Jesus Cristo” – Tt 3. 4, 5, 6

“pelo Senhor... também Deus... do Espírito Santo” – Hb 2. 3, 4

“do Espírito... da palavra de Deus... Filho de Deus” Hb 6. 4, 5, 6

“de Cristo... pelo Espírito... a Deus” – Hb 9. 14

“Jesus Cristo... destra de Deus... o Espírito Santo” – Hb 10. 10, 12, 15

“Deus Pai... Espírito Santo... Jesus Cristo” – 1 Pe 1. 2

“com Deus... Jesus Cristo... pelo Espírito” – 1 Jo 3. 21, 23, 24

“seu Espírito... o Pai enviou seu Filho” – 1 Jo 4. 13, 14


“no Espírito Santo... amor de Deus... Senhor Jesus Cristo” – Jd 20, 21

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

PALESTRA SOBRE ADVENTISMO NO JMC

Não tenho experiência na área de palestras e debates. Mas pela graça de Deus pude expor meus estudos sobre o o Adventismo na primeira Semana Teológica do Seminário Presbiteriano JMC neste ano. Se possível, desconsidere minha inexperiência, erros decorrentes do nervosismo, e teste as informações apresentadas.
Agradeço ao IBEL e seus professores (Instituto Bíblico Eduardo Lane) por me proporcionar instruções que me ajudaram e me capacitaram fazer tais pesquisas.

Creio firmemente que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma seita.



sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Dr. Greg Bahnsen: Evangelismo e Apologética

"O motivo pelo qual os cristãos são colocados na posição de apresentar a razão da esperança que neles há é que nem todos os homens têm fé. Porque há um mundo a ser evangelizado (homens que não são convertidos), há a necessidade de que o crente defenda sua fé: evangelismo conduz naturalmente à apologética. Isso indica que apologética não é mera questão de “duelo intelectual”; é uma séria questão de vida e morte — vida e morte eterna

O apologeta que falha em perceber a natureza evangelística de sua argumentação é cruel e arrogante. Cruel porque ignora a principal carência de seu oponente, e arrogante porque está mais preocupado em demonstrar que ele não é um tolo acadêmico do que em mostrar que toda glória pertence ao gracioso Deus de toda a verdade. 

Evangelismo nos faz lembrar quem somos (pecadores salvos pela graça) e do que carecem nossos oponentes (conversão de coração, não apenas modificação proposições modificadas). Acredito, portanto, que a natureza evangelística da apologética nos indica a necessidade de adotar uma defesa pressuposicional da fé. Em contraste a essa abordagem se colocam os vários sistemas de argumentação autônoma neutra. 

Algumas vezes ouve-se, na área da erudição cristã (seja no campo da história, da ciência, da literatura, da filosofia ou em qualquer outro), a demanda por uma postura neutra, uma atitude não comprometida com a veracidade das Escrituras. Com freqüência, professores, pesquisadores e escritores são levados a pensar que, para serem honestos, devem pôr de lado todo comprometimento distintamente cristão quando estudam uma área que não esteja relacionada diretamente aos assuntos da adoração dominical. Eles raciocinam que, visto que a verdade é verdade onde quer que possa ser encontrada, as pessoas devem ser capazes de buscar a verdade pela orientação dos grandes pensadores de cada área, ainda que esses tenham uma perspectiva secular. “É realmente necessário considerar os ensinamentos bíblicos se você quer entender corretamente a guerra de 1812, a composição química da água, as peças de Shakespeare ou as regras da lógica?” Esse é o questionamento retórico deles. Daí surge a demanda por neutralidade no reino da apologética  (defesa da fé). 

Alguns apologetas dizem que deixariam de ser escutados pelo mundo descrente se abordassem a questão da veracidade das Escrituras com uma resposta preconcebida. De acordo com essa perspectiva, devemos estar dispostos a abordar o debate com descrentes com uma atitude comum de neutralidade — uma atitude “ninguém sabe até agora”. Inicialmente , devemos assumir o mínimo possível, é o que nos dizem; e isso significa que não podemos assumir premissas cristãs ou ensinamentos bíblicos. Assim, o cristão é chamado a abrir mão de suas crenças religiosas distintivas, a “deixá-las na estante” temporariamente, a assumir uma atitude neutra em seu pensamento.


Satanás adoraria que isso acontecesse. Mais do que qualquer outra coisa, isso evitaria a conquista do mundo para crer em Jesus Cristo como Senhor. Mais do que qualquer outra coisa, isso faria dos cristãos professos impotentes em seu testemunho, ineficazes em seu evangelismo e incapazes em sua apologética."

Continua...

(Fonte: Monergismo)

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Franklin Ferreira vs Wayne Grudem: A subordinação do Filho

Lendo a Teologia de A. Myatt e Franklin Ferreira, me deparei com uma ‘polêmica’: O Filho de Deus, sempre foi, é, e será eternamente subordinado ao Pai?

Ferreira ‘acusa’ Wayne Grudem como defendendo uma séria falha de interpretação. Wayne Grudem é um autor calvinista pentecostal e batista. Franklin e Myatt, são batistas e calvinistas.

Antes de tudo, precisamos esclarecer que não se trata de heresia, propriamente dita. Não se questiona a divindade essencial do Filho. Na verdade, a questão é: A Escritura ensina que o Filho é sujeito e subordinado ao Pai. Mas essa subordinação funcional foi restrita apenas no seu trabalho Messiânico? Isto é, em sua encarnação e ofícios relacionados? Ou a própria alegação de ser Filho Eterno em si mesmo revela a necessidade de subordinação?

Wayne Grudem diz:

Na obra da redenção também há funções distintas. Deus Pai planejou a redenção e enviou seu Filho ao mundo (Jo 3.16; Gl 4.4; Ef 1.9-10). O Filho obedeceu ao Pai e realizou a redenção para nós. Assim podemos dizer que o papel do Pai na criação e na redenção foi planejar, dirigir e enviar o Filho e o Espírito Santo. Isso não é de admirar, pois mostra que o Pai e o Filho se relacionam um com o outro como pai e filho numa família humana: o pai dirige e tem autoridade sobre o filho, e o filho obedece e é submisso às ordens do pai. O Espírito Santo é obediente às ordens tanto do Pai quanto do Filho.

Quando as Escrituras falam da criação, novamente falam que o Pai criou por inter­médio do Filho, indicando uma relação anterior ao princípio da criação. Portanto, as diferentes funções que vemos o Pai, o Filho, e o Espírito Santo desempenharem são simplesmente ações exteriores de uma relação eterna entre as três pessoas, relação essa que sempre existiu e existirá por toda a eternidade. Deus sempre existiu como três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Essas distinções são essenciais à própria natureza de Deus e não poderiam ser diferentes.

Para Grudem entender assim é essencial para uma construção correta da doutrina trinitariana:

Se não há igualdade ontológica, nem todas as pessoas são plenamente Deus. Mas se não há subordinação econômica, então não existe diferença inerente no modo como as três pessoas se relacionam umas com as outras, e conseqüentemente não temos as três pessoas distintas que existem como Pai, Filho e Espírito Santo por toda a eternidade. Por exemplo, se o Filho não está eternamente subordinado ao Pai no seu papel, então o Pai não é eternamente "Pai", nem o Filho eternamente "Filho". Isso significaria que a Trindade não existe desde a eternidade.

Myatt e Ferreira respondem:

“São vários os problemas com o argumento de Grudem. Ele começa a partir de dois enunciados que são corretos, a saber: (a) as três pessoas da Trindade são distintas e (b) elas cumprem papéis diferentes em relação à criação e redenção. Porém, ele erra ao asseverar que isso implica que (c) as relações entre as três são da qualidade de uma hierarquia, ou cadeia de comando eterna. O enunciado "c" simplesmente não se segue dos enunciados "a" e "b".
O problema começa quando Grudem confunde a idéia de distinção com submissão, de modo que ele não consegue entender como uma pode existir sem a outra. Mas não há razão lógica para levar alguém a supor que a distinção de papéis não possa existir sem uma subordinação de uma pessoa à outra. Tais relações são comuns. A confusão de Grudem ocorre pela aplicação errônea da analogia da família humana. Porém, mesmo essa analogia serve para ilustrar que é perfeitamente normal existir distinção de papéis sem subordinação. É verdade que, numa família bem ajustada, os filhos são submissos ao pai. Numa família saudável o pai orienta e o filho obedece, enquanto ainda é criança. Ao se tornar adulto, a natureza do relacionamento entre o pai e o filho muda de submissão e obediência para respeito e cooperação mútua. Como criança, o filho tem a responsabilidade de obedecer. Como adulto, essa cadeia de comando não existe mais, embora a relação entre ambos ainda permaneça como uma relação de pai e filho. O filho não é menos filho por ser adulto. A existência da relação paternal e filial não depende de obediência e submissão. Portanto, a analogia mostra que é perfeitamente possível uma relação eterna de paternidade e filiação entre Deus Pai e Deus Filho sem subordinação eterna.”

Fica difícil julgar a questão, quando avaliamos os 'oponentes'. Franklin Ferreira, e os demais citados,  tem autoridade suficiente para questionar Grudem, assim como este também tem. O problema engrossa no fato de que Grudem cita Charles Hodge e A. Strong como defensores de uma subordinação eterna. Daí, é luta de gigantes (Teologia Sistemática de W. Grudem, p. 186).

Por sua vez, Ferreira e Myatt dizem que a posição de Atanásio é contra uma subordinação eterna, que concerne ao Filho. Quanto a F. Ferreira, por quem temos profunda admiração, por ser obviamente uma das maiores autoridades calvinistas de nosso país; se ele mostrasse o que Atanásio disse sobre esse tema, acredito que a palavra final seria dada. Isso, infelizmente, por falta de espaço talvez, não mostrou em sua Sistemática. Mas eles citam autores, teólogos, de nome Gilles, Spencer e Gill, que fizeram pesquisas nessa área, e os mesmos garantem que essa é a posição ortodoxa dos Credos e dos Reformadores. Um desses autores diz que a subordinação eterna é semi-ariana!!!

O Credo Atanasiano, pelo que percebo, não trata exaustivamente da questão. Apesar de dizer algo nessa direção nos seguintes dizeres: ‘Igual ao Pai quanto à divindade, menor que o Pai quanto à humanidade’. Obviamente não é negado nem estabelecido o assunto. Isso qualquer um que crê na subordinação eterna também diz. Por outro lado, O Credo estaria com ‘humanidade’ aludindo também para sua obra Messiânica? O que incluiria os seus ofícios? Se sim, neste caso, Ferreira e Myatt estão certos e Grudem, Hodge e Strong, errados.

Ferreira e Myatt concluem com palavras de advertências: A nossa conclusão é que a doutrina da subordinação eterna do Filho ao Pai não é bíblica e entra em choque com o ensino ortodoxo da igreja através da história. Portanto, deve ser rejeitada, como um perigoso caminho em direção à negação da Trindade."


 (TeologiaSistemática – Cap. 13, A pessoa de Jesus Cristo: O subordinacionismo, p. 525-528)

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Por que creio na contradição da Soberania e Responsabilidade?

Deus escolheu livremente e antecipadamente aqueles que irão ser salvos, e só esses crerão corretamente no Evangelho. Os demais não crerão verdadeiramente, e não serão salvos (Rm 9.18).

O homem escolhe livremente se aceitará ou não o Evangelho. Deus convida-o sinceramente a fazer isso e o responsabiliza por rejeitar, lançando os que rejeitarão no inferno (Ap 22.17).

Existe um esforço por parte dos mestres em teologia em conciliar essas duas proposições bíblicas. Os caminhos racionais apresentados para solucionar o problema entre os Reformados são variados, mas essencialmente o mesmo.

1. É um mistério. 2. É um paradoxo. 3. É um antinomismo.

A solução teológica apresentada é: ‘Para nossa mente limitada isso é irreconciliável, mas para mente divina está harmoniosamente claro’.

1. Mistério na Bíblia é um assunto que ainda será revelado (Ap 10.7), mas que é conhecido apenas em informações limitadas ou em símbolos e enigmas (Ef 5.32). A Bíblia até fala de ‘compreendermos plenamente o mistério de Deus, Cristo’(Cl 2.3). Os mistérios na Bíblia TAMBÉM não representam contradições lógicas e terminológicas. Para nós, culturalmente, mistério é um enigma que precisa ser solucionado.

Existe outra maneira de usarmos o termo mistério como sendo um dogma religioso. De profunda introspecção e de algo não comum. Chamarmos a soberania e responsabilidade de mistério neste sentido é aceitável A doutrina deste alto mistério de predestinação deve ser tratada com especial prudência e cuidado, a fim de que os homens, atendendo à vontade revelada em sua palavra e prestando obediência a ela, possam, pela evidência da sua vocação eficaz, certificar-se da sua eterna eleição.” CFW- 3: 8

O assunto em mira, soberania e responsabilidade, não coaduna com mistério definido da primeira maneira. A Bíblia não diz que será esclarecido, muito menos que teremos a mente divina. Um detalhe necessário aqui. Se nesse mundo não conseguimos conciliar os temas que são obviamente irreconciliáveis (não adversários), então é uma contradição para nós aqui e agora!

2. A Doutrina da Trindade é um paradoxo. Quando você diz que Deus é um e é três ao mesmo tempo, é uma contradição aparente, logo, é um paradoxo. Visto que Deus não é um e três no mesmo sentido. A solução racional é satisfatória. A soberania e responsabilidade não podem ser conciliadas assim. Deus é soberano em um sentido e o homem é responsável em outro? A soberania de Deus, conforme definida na Bíblia (que apenas os calvinistas fazem justamente) é determinante para as decisões dos homens. A soberania está diretamente relacionada com a liberdade humana. Qual é a maneira de olharmos corretamente esse assunto para entender que ele é um paradoxo? Não existe. Ele não é um paradoxo.

3. É uma antinomia? Esse termo é apresentado como solução do problema. É algumas vezes aplicado como sinônimo de paradoxo e contradição. Mas em última instância, ele significa:

De uma forma geral, antinomia designa um conflito entre duas ideias, proposições, atitudes, etc.. Fala-se, por exemplo, de antinomia entre fé e razão, entre amor e dever, entre moral e política. Num sentido mais restrito, antinomia designa um conflito entre duas leis. Muitas vezes, usam-se as palavras paradoxo e antinomia como sinônimos ou então consideram-se as antinomias como uma classe especial de paradoxos: os resultantes de uma contradição entre duas proposições, em que cada uma delas é racionalmente defensável. O termo antinomia é, por vezes, utilizado para designar um conflito entre duas proposições, ou entre as consequências que delas advêm. A antinomia de duas proposições difere da contrariedade. Duas proposições podem ser contrárias sem que constituam uma antinomia, no entanto, ela surge quando se pretende provar a validade de cada uma delas."  (http://www.dicionarioinformal.com.br/antinomia/) 

J. I. Packer fez uma permanente contribuição para a Fé Reformada, ao aplicar esse termo ao assunto espinhoso da teologia: soberania e responsabilidade. Mas não resolve a questão como alguns imaginam, como veremos mais adiante.

4. A CFW admite a antinomia, é isso que parece ao ler: “I. Desde toda a eternidade, Deus, pelo muito sábio e santo conselho da sua própria vontade, ordenou livre e inalteravelmente tudo quanto acontece, porém de modo que nem Deus é o autor do pecado, nem violentada é a vontade da criatura, nem é tirada a liberdade ou contingência das causas secundárias, antes estabelecidas.” CFW 3

Se ele ordenou TUDO que acontece e não violenta a vontade daqueles que ele ordenou (organizou, pressupôs) a fazer o que ELE ordenou, ao mesmo tempo não sendo o autor do pecado, para muitos, existe uma contradição. Para muitos Reformados, isso não é uma contradição. É um mistério, religiosamente falando, é uma antinomia teológica. 

5. Aceitar as duas proposições juntas é aceitar a Bíblia. Veja um texto claro sobre os dois assuntos, dentre tantos outros:

“Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel; Para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer. (Atos 4:27-28)

Esse texto é uma das provas conclusivas para o que coloquei da CFW acima. Tentar resolver isso é dizer que Deus é autor do pecado e do mal.

PORÉM, uma antinomia não é uma negação que de que não existam visões conflitantes, antes é a confirmação de que ambas as posições são verdadeiras. Acontece, que quando existe algo contraditório, está em jogo algo que é verdade com algo que não é. Uma teoria derrubaria a outra. Uma antinomia só não leva as duas teses em conflito, opostos, para ver quem é que se mantém de pé. Mas continua sendo uma contradição! Portanto, creio nessa contradição.

ISSO É UM SUICÍDIO RACIONAL?


Em primeiro lugar, é por causa da lógica que cheguei a essa conclusão. Então significa que ela é importante. Segundo, as regras da lógica não são leis para Deus. Como afirma Cornélius Van Til, não nos relacionamos com essas leis tal como Deus, soberanamente sábio. Em terceiro lugar, não estou dizendo que creio em contradição em nossos relacionamentos com nossos iguais. Estou dizendo que uma verdade suprarracional confronta meus padrões do que é lógico. Quarto, e definitivo, o limite de qualquer ciência é a Escritura, isto é, a Voz de Deus.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

A Teologia da ‘Cura e Libertação’ – a macumba ‘evangélica’!

Os crentes de hoje em dia possuem a Bíblia, mas não a leem com profundidade doutrinária e devocional. Estão tão cegos quanto os católicos da Idade Média que viviam escravizados por superstições religiosas.

Já tive a decepção de conversar com cristãos dessa linha teológica, a tal Batalha Espiritual, onde pude constatar isso. Pessoas escravizadas, com medo, em todo o tempo apavoradas e presas a detalhes da vida, que possam lhes dar algum vestígios de demônios. 

Parece que para essas pessoas existem mais demônios do que anjos ... o mundo está no poder do maligno, recitam o texto de I Jo 5.19... e que pena que não prestam atenção ao versículo 18! Lamentei ouvir de outro cristão dizer que “a justificação é um processo”. Parecia-me mais alinhado com  a teologia de Roma do que com a dos Reformadores... Uma tal ‘de cobertura espiritual do pastor’, e até a possível maldição, caso ele resolva lhe punir por tirar você debaixo dessa cobertura, ou se você sair dela.

A batalha espiritual contra as hostes demoníacas está bem delineada na Escritura: oração, jejum, leitura da Palavra, fé e santificação (Ef 6.10-20). Os demônios possuem poderes superiores aos nossos. Deus não nos colocaria em risco, sob a autoridade deles, por causa de falhas em um processo de investigação, histórica, pessoal, cultural, moral, espiritual, etc. Como se até mesmo quando estava no útero de minha mãe abriu-se uma legalidade para eles!

Mais lamentável ainda, é ver crentes presbiterianos, herdeiros da Fé Puritana, dos Reformadores, interessando-se por tais vertentes evangélicas.

Acredito que todo seguidor da Teologia da Batalha Espiritual teria um bálsamo, se experimentação pela fé a pela  libertação que Cristo garante conforme descrito em Romanos 8. De fato, uma magnífica condição que os filhos de Deus, incluídos no corpo e na justiça de Cristo, usufruem. Leiamos:


Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus,
porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte.
Porque, aquilo que a lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na carne,
a fim de que as justas exigências da lei fossem plenamente satisfeitas em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem, de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja.
A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz;
a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de Deus, nem pode fazê-lo.
Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus.
Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo.
Mas se Cristo está em vocês, o corpo está morto por causa do pecado, mas o espírito está vivo por causa da justiça.
E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês.
Portanto, irmãos, estamos em dívida, não para com a carne, para vivermos sujeitos a ela.
Pois se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão; mas, se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão,
porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: "Aba, Pai".
O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus.
Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória.
Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada.
A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados.
Pois ela foi submetida à futilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança
de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.
Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em dores de parto.
E não só isso, mas nós mesmos, que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos interiormente, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo.
Pois nessa esperança fomos salvos. Mas, esperança que se vê não é esperança. Quem espera por aquilo que está vendo?
Mas se esperamos o que ainda não vemos, aguardamo-lo pacientemente.
Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.
E aquele que sonda os corações conhece a intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus.
Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito.
Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou.
Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas?
Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós.
Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?
Como está escrito: "Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro".
Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.
Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes,
nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.


sábado, 3 de agosto de 2013

Papa Francisco: anticristo igual aos outros!

Pensar que o anticristo precisa ter olhos vermelhos, sobrancelhas salientes, usando terno e gravata, é fantasia evangélica. 

O papa atual é um católico fiel e fervoroso, simpático, humilde (parece), mas continua o legado por participar de uma escola de anticristos. A diferença é o poder que eles não têm mais como tinham antes de serem confinados no Vaticano.

Conduz e fortalece a idolatria, de santos, de imagens, de Maria, e de si mesmo. Também assumindo papel de Vigário de Cristo, perdoando pecados, sucessor de um Pedro que seria Líder da Igreja de Cristo. Roma é a mesma!

Os Puritanos acertaram em cheio quando redigiram a Confissão de Fé de Westminster (Cap. 25), que a Igreja Presbiteriana do Brasil adota:

VI. Não há outro Cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo; em sentido algum pode ser o Papa de Roma o cabeça dela, mas ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus.” Col. 1:18; Ef. 1:22; Mat. 23:8-10; I Ped. 5:2-4; II Tess. 2:3-4.