Leandro
Quadros escreveu um artigo (http://novotempo.com/namiradaverdade/porque-os-criticos-se-desesperam-quando-afirmamos-que-moises-ressuscitou/)
intitulado “Porque os críticos se
desesperam quando afirmamos que Moisés ressuscitou” afirmando o seguinte:
“Ao
participar de dois debates na RIT TV sobre a ressurreição de Moisés percebi que
imortalistas fazem de tudo para negarem tal ressurreição porque, se provarmos
que Moisés ressuscitou, provamos que ninguém pode ir para o Céu apenas com sua
alma. Veja nossa linha de raciocínio baseada na Bíblia: Enoque foi trasladado
para o Céu com o corpo (Gn 5:24; Hb 11:5). Elias foi trasladado para o Céu com
o corpo (2Rs 2:9-14). Logo, se Moisés foi ressuscitado (Jd 1:9; Mt 17:1-8; Lc
9:28-36), isso prova que ele também foi para o Céu com o corpo. Portanto, é
impossível, à luz da Bíblia, existir algum “espírito” ou “alma desencarnada”
que esteja desfrutando da eternidade ou “castigo eterno” sem antes ressuscitar
dos mortos (1Ts 4:13-18; Jo 5:28-29). Isso prova que a morte é um “sono” até a
volta de Jesus (Jr 51:57; Dn 12:2, 12; Jo 11:11-14; 1Co 15:18, 51, etc) e que
os imortalistas da atualidade precisam rever seus conceitos, assim como têm
feito muitos outros teólogos protestantes e católicos. A Ressurreição de Moisés
é um duro golpe na doutrina da imortalidade natural da alma, porque ela
confirma que não existe ninguém no Céu “em espírito” ou com sua alma (sem o
corpo). É por esse motivo que os críticos se desesperam para provar que a
presença de Moisés no Monte da Transfiguração foi apenas “uma visão”, ou que
ele apareceu “em espírito” (o que não deixaria de ser um espiritismo disfarçado
de judaísmo cristão). Quero lhe dar de presente um e-book que preparei para
refutar as alegações dos críticos. Com a leitura do material você terá a
certeza de que a doutrina bíblica holística sobre a natureza humana – que
ensina que não existe redenção fora do corpo (ler 1Co 15) – está em total
harmonia com a esperança apostólica de receber a recompensa eterna somente no
dia da segunda vinda de Cristo: Agora me está reservada a coroa da justiça, que
o Senhor, justo Juiz, me dará NAQUELE DIA; e não somente a mim, mas também a
todos os que amam A SUA VINDA” (2 Timóteo 4:8).”
Argumentos frágeis e até estranhos. Vamos lá:
1. Os ‘imortalistas’
não teriam nenhuma dificuldade com a doutrina bíblica da imortalidade da alma (Lc
16.19-31, etc, etc) se o caso da transfiguração fosse mesmo conforme o
Adventismo defende. Seria um caso de alguém que ressuscitou, foi para céu em um
tempo passado e voltou com seu corpo e apareceu ali – qual a dificuldade disso
com a imortalidade da alma? Ah sim, tem uma linha de raciocínio... vamos lá
1.1. Enoque,
Elias, foram para o céu com seus corpos [não vou entrar nesse debate aqui, mas
assumamos que seja esse o fato para efeitos de sintonia com o argumento de
Leandro Quadros] e o que isso depõem contra a doutrina da imortalidade da alma?
Não existe nenhuma conexão que provaria tal disparidade nesses casos com essa
doutrina claramente ensinada no NT.
2. Diante
disso ele conclui vitoriosamente: “Portanto,
é impossível, à luz da Bíblia, existir algum “espírito” ou “alma desencarnada”
que esteja desfrutando da eternidade ou “castigo eterno” sem antes ressuscitar
dos mortos...”
Será mesmo que é à luz da Bíblia? Vejamos apenas
alguns textos -
“Jesus lhe respondeu:
"Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo
no paraíso".
... Jesus bradou em alta voz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". Tendo dito isso, expirou.” Lc 23.43, 46
... Jesus bradou em alta voz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". Tendo dito isso, expirou.” Lc 23.43, 46
“Quando ele abriu o quinto
selo, vi debaixo do altar as almas
daqueles que haviam sido mortos por causa da palavra de Deus e do
testemunho que deram.” Apocalipse
6:9
“Vi as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus.” Apocalipse
20:4
O ‘portanto’
dele não possui “tanto” assim! Na verdade Leandro tem que seguir a sua
profetisa que diabolizou essa doutrina bíblica:
“... a declaração da serpente a Eva, no Éden –
‘Certamente não morrereis’ – foi o primeiro sermão pregado acerca da
imortalidade da alma. Todavia, essa declaração repousando apenas na autoridade
de Satanás, ecoa dos púlpitos da cristandade, e é recebida pela maior
parte da humanidade tão facilmente como o foi pelos nossos primeiros pais [...]
depois da queda, Satanás ordenou a seus anjos que fizessem um esforço
especial a fim de inculcar a crença da imortalidade inerente do homem [...]” (Grande Conflito, p. 539,540).
Já que é um ensino
bíblico – como vimos nos textos acima, e essa senhora blasfemou a doutrina de
tal forma, e se Leandro Quadros a segue, creio que ele corre o risco de estar
enquadrado dentro de uma verdade bíblica muito séria:
“Ele [o diabo] fará uso de todas as formas de
engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar. Por essa
razão Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira, e
sejam condenados todos os que não creram
na verdade, mas tiveram prazer na injustiça.” 2 Tessalonicenses
2:10-12
Nota - Ressurreição
e Estado Intermediário, são contraditórios? Os Adventistas e as Testemunhas
de Jeová pensam que sim. Temos que começar nossa resposta mostrando que apesar
da insatisfação de alguns, não existe tensão entre esses ensinos,
de maneira alguma. No estado intermediário temos uma prévia demonstração ao
espírito/alma, do que ele receberá após a ressurreição juntamente com o corpo.
Em nenhum caso é a retribuição plena do que foi estabelecido
para ele, mediante sua fé ou não no Evangelho, segundo a graça de Deus (Jo 3.16,36).
É um estado de espera (Hb 12.23; Ap 6.9,10). Em segundo
lugar, devemos destacar que o estado intermediário não é apresentado
como esperança escatológica na Bíblia. Tal como a morte ‘não era’ do plano
de Deus, em sua proposta no pacto de obras com Adão, o estado
intermediário é um esquema temporário a isso que surgiu por causa da morte (Gn
3.19; Ec 12.7 [veja Mt 25.41]). Em terceiro, destaco que
é impossível uma alma sem corpo desfrutar do Novo Céu e da Nova
Terra, sem ter seu corpo glorificado. Somos pessoas com alma/espírito
e corpo. Um todo, e não apenas partes, é a imagem de Deus. De igual maneira,
é impossível uma punição plena aos ímpios, sem deflagrar também
contra o instrumento da alma – o corpo (Mt 10.28; I Co 6.13). Não temos muitas
evidências bíblicas de como serão os corpos dos ímpios, mas Cristo prometeu que
os ímpios ressuscitarão (Lc 11.29-32). Portanto, a
promessa escatológica só pode ser desfrutada após o retorno do Senhor
Jesus, quando Ele glorificar os santos – dando-lhes um corpo glorificado-
unindo a alma e o corpo (I Ts 4.16-18 Ap 20.4). Então, ele será capaz de
desfrutar da presença de Deus de uma maneira que sua alma não podia. Afinal,
agora ele está com um corpo semelhante ao que o Senhor Jesus tem! (I Jo 3.2).
Já que o céu é chamado de paraíso na Bíblia (Lc 23.43; II Co 12.4; Ap 2.7) é
correto dizer que quando um cristão morre ele vai para o paraíso. Ou mesmo
dizer “estar com Cristo” é aceitável nos dizeres bíblicos (Fl
1.23). Os termos “descanso” ou “sonos dos justos” (I Ts 4.13) são linguagens
figuradas que representam o descanso que nosso corpo recebe em relação aos
trabalhos e sofrimentos na existência terrena
atual [nesse caso, até mesmo o ímpio], e a
completa inconsciência de nossa alma para com as tribulações desse
mundo (Ec 9.4-6,10).
Desta maneira, não existe desespero algum, caro Leandro Quadros...
Vixi querido irmão Luciano Sena, parece que os IASD´S não estão dando mais ibope para seu blog!
ResponderExcluirBoa sorte!
Abraços!
Você deixou de ser?
ResponderExcluir