Deixarei
vídeo sobre certeza ou não da salvação e vamos para algo mais relacionado a
respeito de um assunto muito palpitante para o Adventismo, a saber; a imortalidade
da alma (AQUI).
Gomes
faz menção de vários textos bíblicos para destacar que Nicodemus deu a entender
que o Adventismo se baseia apenas em
Eclesiastes 9. Mas aí Gomes faz a mesma coisa quando diz que a maior prova
de Nicodemus seria apenas a parábola do Rico e Lázaro. Muito interessante, isso
não? Essa refutação de Gomes é uma critica feita a si mesmo, portanto.
A
interpretação de Ellen White, citada por Nicodemus é de rir até contorcer no
chão. Gomes que se porta como um interprete poderia se indignar como um estupro bíblico desse. Veja se você encontra isso em Gênesis:
“[...] a
declaração da serpente a Eva, no Éden – “certamente não morrereis” –
foi o primeiro sermão pregado acerca da imortalidade da alma. Todavia, esta
assertiva, repousando apenas na autoridade de Satanás, ecoa dos
púlpitos da cristandade, e é recebida pela maior parte da humanidade tão
facilmente como o foi a nossos primeiros pais.” (O Grande Conflito, p. 539).
Quando lemos os escritos
de White, percebemos que seu grande problema em relação a esse assunto foi, ao
rejeitar o espiritismo, ela foi ao extremo de rejeitar a imortalidade da alma,
que obviamente seria um pressuposto (deturpado) do estado dos mortos,
isto é – que seria possível a comunicação com os mesmos (Primeiros Escritos, p. 262).
E, claro, tudo que ela
escreveu o Adventismo precisa prescrever, investiram forças para atacar essa
doutrina. Talvez apenas o Dia do Senhor, o Domingo, seja tão caluniado pela
teologia Adventista quanto o ensino de imortalidade da alma. Avaliemos isso que
Ellen White disse:
1) O tema
não tinha nada em mira a respeito do que poderia acontecer na morte.
O mandamento do SENHOR foi simples e objetivo – não coma da árvore, pois se
comer vai morrer (Gn 2.17). 2) Não
houve nenhum sermão tendo uma promessa de imortalidade da alma como
recompensa, mas que eles não morreriam (Gn 3.4)! O diabo não disse a Eva – ‘não
se preocupe com a morte, sua alma é imortal mesmo, ela continuará viva após a
morte’. Não, não houve nada nessa direção. 3) O assunto tinha como o início a morte
espiritual e seguiu a morte física. Note que Deus disse que no dia que eles
comessem, morreriam, e o que temos “NO DIA” foi que tiveram um desastre
espiritual. Ficaram com vergonha, esconderam-se do SENHOR, fugiram de Sua
presença, foram amaldiçoados e expulsos do Jardim (Gn 3.7-19). 4) Se a imortalidade da alma fosse o foco, apenas
após a morte ficaria provado que o diabo estava mentindo! Sim, se
promessa do diabo fosse a imortalidade da alma, como uma promessa falsa, então
toda a situação que se desenrolou não seria evidência alguma que ele estava
enganando, pois apenas após a morte é que se daria ou não o que foi dito. O que
nenhum poderia verificar ali e voltar para avisar ao outro que o diabo mentiu!
Ellen
White rejeitou o ensino bíblico da imortalidade da alma e o Adventismo vai obedecer,
e seguir o rastro de qualquer evidencia e vai usar sua
erudição nessa direção. Daí Gomes nos dá uma pérola maravilhosa, que nossa
crença é a mesma do espiritismo! Ele tenta lançar fumaça entre o calvinismo e
seu debate sobre a predestinação, e olha como o espiritismo e mais justo! Mas
que coisa linda essa defesa de Gomes..., vamos lá, seguindo essa apologética
comparativa sem sintonia, posso então dizer que o espiritismo também acha que
não é justo uma pessoa pagar o pecado de outra – nos parece justo isso, não? – nem nós
de Adão nem Cristo de nós!?! Ah, Sr Gomes, pífio isso...
Resposta sobre a mortalidade e
imortalidade da alma: É muito fácil
tratar desse assunto de forma lógica e claramente bíblica. Deixa eu explicar
para os que possuem a Bíblia como autoridade –
1.
A definição linguística, para palavra alma, tem uma carga semântica alta, e com
o tempo, e dentro do período bíblico, foram acoplados novos conceitos ao termo.
Assim, quando lemos um dicionário há uma gama de variedade de sentidos que o
contexto onde é citado que deve determinar qual o uso pretendido - (Gomes sabe disso, como pode ser visto em um debate). Alma significa pessoa, vida, eu intimo,
vida animal, é dito que Deus tem alma, sangue, a até aqui o adventismo aceita e
malha em textos que denotam tais facetas do termo alma (quer em hebraico, quer
em grego). Porém, os mesmo dicionários reconhecem que o uso desse termo TAMBÉM,
abrange uma parte imaterial (Dicionário Vine, p 34,35; 388,389). Daí o Adventismo
não faz o processo de soma para uma conclusão, mas de divisão e camisa de
força.
2.
O Adventismo, tal como faz com a doutrina de 1844, da reforma da saúde, e do
sábado, não considera o peso do NT a respeito do assunto, não caminha com a
revelação progressiva, a acaba tirando conclusões erradas para a fé cristã,
além de interpretar erroneamente o VT, desde de seu contexto, e sem a luz do
NT. Esse é de fato um prejuízo profundo para o adventismo, que teve que ficar
nas pisadas de Ellen White.
3. Um tormento momentâneo. O adventismo, porém, ensina que haverá graus e tempo de
tormento em por algum tempo, à medida dos pecados praticados. Um famoso apresentador
da Novo Tempo, chegou a dizer que
alguns vão passar 100, 200, até 1000 anos sendo atormentados. Assim, a questão que
incomodou Ellen White foi apenas a eternidade,
não o tormento em si:
“Os que, porém, não
alcançaram o perdão, mediante o arrependimento e a fé, devem receber a pena da
transgressão: "o salário do pecado". Sofrem castigo, que
varia em duração e intensidade, "segundo suas obras", mas que
finalmente termina com a segunda morte.” (O Grande Conflito, p. 544)
4.
Temos textos bíblicos que demonstram claramente a imortalidade da alma, bem
como a subentende necessariamente. A pressuposição da
imortalidade da alma, especialmente revelada no Novo Testamento, é um prova que
tal ensino não foi originado pelo diabo. Ao contrário, o Espírito Santo
disse isso na Escritura, deixemos que Ele fale. Note o que ele ensina e que
vai na contra mão do que o adventismo ensina, pois destaca ‘castigo’ por toda a
eternidade:
“E lançá-los-ão na
fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes." Mt 13.50.
"E os filhos do
reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de
dentes." Mt 8.12.
"E lançá-los-ão na
fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes." Mt 13.42.
"Lançai, pois, o
servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
"Mt 25.3.
"Ali haverá choro e
ranger de dentes, quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas
no reino de Deus, e vós lançados fora." Lc 13.28.
"E separá-lo-á, e destinará
a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes." Mt
24.51.
"Disse, então, o
rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas
exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes." Mat 22.13.
"Pois tenho cinco
irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este
lugar de tormento." Lc 16.28.
"Disse, porém,
Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro
somente males; e agora este é consolado e tu atormentado." Lc 16.25.
“E disse-lhe Jesus: Em
verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” Lucas 23.43
“[...] tenho do desejo
de partir e estar com Cristo, porque isto é muito melhor.” (Fl 1.23)
“aos espíritos dos
justos aperfeiçoados.” (Hb 12.23)
"Vemos, portanto,
que o Senhor sabe livrar os piedosos da provação e manter em castigo os ímpios
para o dia do juízo" - 2 Pedro 2.9.
“[...] vi debaixo do
altar as almas dos que foram mortos [...]” Ap 6.9
"E a fumaça do seu
tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os
que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu
nome." Ap 14.11.
“[...] e vi as almas
daqueles que foram degolados [...]” Ap 20.4
"E o diabo, que os
enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso
profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre." Ap
20.10
Sobre a "Fornalha acesa" em Mateus 13.42, também notamos na história do mundo, que diversas nações tem usado a punição da fornalha. trechos de Dan. 3.6 e Jr 29.22 mostram que a fornalha era usada pelos caldeus. Antíoco Epifânio usou essas fornalhas contra os judeus, ao tempo dos Macabeus (2 Macabeus 7). Em tempos mais recentes notamos que na Pérsia também eram usadas essas fornalhas, e quem pode esquecer-se que, na Alemanha de Hitler, utilizaram-se de fornos para destruir literalmente a milhões de judeus? Essa prática desumana tornou-se símbolo do juízo final, e entre os judeus o termo era usado comumente dessa maneria. Não é abordada aqui a questão de graus de julgamento. Jesus apresenta este ensino tão somente para ilustrar o julgamento, utilizando-se de termos conhecidos que podiam ser compreendidos por qualquer ouvinte. Já em Mt 24.51 onde diz "e cortà-lo-ά pelo meio", provavelmente temos aqui uma referência direta a uma forma antiga de punição, isto é, a de cortar uma pessoa em duas partes, serrando-a pelo meio. (Dan. 2.5; 3.29 que falam disso, e Heb. 4.12 e 11.37 tem alusões a isso. Jesus usou os termos mais fortes possíveis para expressar os desastrosos resultados da negligência quanto a mensagem espiritual, quanto ao abuso dessa mensagem, quanto aos abusos contra os nossos semelhantes, especialmente contra os irmãos na fé, e, especialmente, contra o abuso daqueles que deveriamos estar ajudando. Tais pessoas tem seus destinos juntamente com aqueles da mesma espécie, a saber, os ‘hipócritas’. Os hipócritas fingem possuir grande espiritualidade e prestar grandes serviços aos outros, mas na realidade são negligentes quanto a essas questões. Sob os olhos do senhor exibem zelo, mas por detras das costas são totalmente incrédulos e infiéis. No paralelo de Lucas, são descritos como infiéis (Luc. 12:46).
ResponderExcluirAnálise e resposta em:
ResponderExcluirhttp://novamenteadventistas.blogspot.com.br/2017/08/a-suposta-imortalidade-da-alma-de.html
Atenciosamente.
Boa noite. O conceito bíblico e cristão sobre a imortalidade da alma é sempre individual, importando em consciência pessoal. A imortalidade dentro do conceito paulino, é sempre vinculada ao corpo ressurreto, como veículo da alma remida, mas esse corpo é também chamado de Espiritual, não sendo material. A alma atingirá um elevado estado de glorificação quando receber o seu novo veículo, mediante o qual a completa personalidade humana será restaurada, ainda que em termos totalmente ‘não corporais’. O padrão da natureza desse corpo novo é o próprio Senhor Jesus Cristo, porquanto haveremos de ser transformados conforme a sua imagem (Rm 8.29), e por isso compartilharemos de sua própria divindade ( 2 Pd 1.4). Nós nos tornaremos seres elevados acima dos anjos, dotados de maior poder, inteligência e perfeição do que eles. A passagem de Rm 5.12 ensina que o pecado trouxe a morte, presumivelmente tanto a morte física como a espiritual. Uma das consequencias foi a Mortalidade, que passou a caracterizar o homem, o complexo formado pela ‘Alma Corpo’. Podemos supor então que antes dessa queda o homem fosse imortal, ainda que preso a um corpo físico. Porém tanto atos contínuos de pecado como a própria morte física resultam da desobediência de Adão, o que é experimentado por todos os seus descendentes. Tanto o pecado como a morte, entraram no mundo em Adão até onde esta esfera física diz respeito, e até onde está envolvida a combinação ‘Alma Corpo’, existente no homem. O pecado entretanto, é mais antigo que Adão. A morte, como um princípio existia no mundo físico antes do pecado de Adão ,mas dificilmente existia antes do pecado. Do mesmo modo, a morte como Penalidade imposta contra o pecado, e em relação ao homem, só apareceu após a existencia real da decomposição e da morte. Essa é a pena imposta ao homem decaído. Alguns acreditam que nem o próprio livro de Gênesis afirma que o homem foi criado como um ser imortal, mas meramente que foi criado com a oportunidade de tornar-se imortal. Mas a morte pôs fim a essa possibilidade, embora tal oportunidade possa ser recuperada mediante o plano da redenção, em Cristo Jesus. Amém.
ResponderExcluirGraça Paz, Evangelista Luciano Sena. Como vai meu querido amigo?
ResponderExcluirGostaria de entrar em contato contigo, haja vista que você não usa mais o Facebook. Me mande um e-mail, por gentileza, para itardvictor@outlook.com que te passo meu whatsapp. No amor de Cristo. Itard Víctor
A morte é tão inimiga que, se perguntarmos para um grupo de criminosos se eles querem morrer ou ficar presos perpetuamente, acredito que a absoluta maioria dirá que prefere permanecer presa do que morrer.
ResponderExcluirPor isso vejo, nas teorias imortalistas, uma tentativa de encontrar uma forma de livrar-se da ideia de que tudo se findará com a morte, seguramente a pior sentença que existe para a humanidade (uma inimiga cruel).
Essa ideia de estado intermediário traz um certo consolo para os corações, que passam a acreditar que não irão morrer de fato, mas apenas entrar numa nova etapa de vida.
Por isso é que tal pensamento ganhou tanto respaldo, ainda mais quando a idolatria romana introduziu o conceito de purgatório (um lugar onde a pessoa sofre temporariamente para pagar suas dívidas e depois é introduzida no céu).
A ideia de morte é tão cruel que o próprio Mestre desejou não tomar esse cálice, ainda que cresse piamente que Deus O podia livrá-lo da morte, ressuscitando-O (Hebreus 5:7).
No caso dos ladrões que foram crucificados com Jesus, aquele que se arrependeu dos seus pecados terminou por aceitar sua pena (pena de morte), desejando entrar na glória eterna e viver eternamente com o Senhor.
Contudo o outro, queria achar um jeito de ser poupado da morte, dizendo a Jesus que os tirasse da cruz, mostrando que a morte era sua pior inimiga.