Como pais e/ ou responsáveis, e especialmente
como pais cristãos, temos uma árdua e honrada tarefa – ensinar nossos filhos
valores que os levaram a ter o caráter de Cristo. Isso por si mesmo já não é
fácil. Existem muitas barreiras. A)
O legado educacional que recebemos: muitas vezes queremos repetir o que nos foi
ensinado por nossos pais, outras vezes o que mais pensávamos era que não faríamos com nossos filhos o que foi feito com nós quando crianças. B) Nossa incapacidade: por natureza
somos limitados e em muitas áreas incapazes. Nosso poder de persuasão, de
convencimento nem sempre é satisfatória. Fora que nem sempre conseguimos
comunicar de forma eficaz aquilo que pensamos tão bem. C) Nossa negligencia: Criar filhos exige uma demanda que nem sempre
queremos e podemos dar. Cansaço, falta de interesse, tempo limitado, falta de paciência,
e até mesmo outras responsabilidades, nos fazem negligentes na dedicação do
ensino de nossos filhos.
Assim somos como pais e responsáveis. Então
vem a criança, com um mundo intelectual vazio para ser preenchido. Um terreno
fértil para ser cultivado, um aluno precisando de instrução. Um faminto que
está logo ali, nos esperando!!! Mas o que ele tem? Em muitos casos, pais sem
sementes para plantar plantas de qualidades, professores com conteúdos pobres e
deturpados, fora a incapacidade que esses professores tem de atingir o coração
(estou falando dos pais), necessitados diante de outros que não tem boa
alimentação para oferecer.
A criança vai então para onde encontrar quem
cultiva nela, ensinar e alimentá-la. Ou mesmo, háuma disputa forte no investimento,
no marketing. Enfim, às vezes
perdemos nossos filhos diante de nossos olhos, pois houve um investimento
pesado nele. Esse peso teve veículos poderosos, a TV, a internet, ‘a rua’,
colegas de escola, internet, músicas e filmes, que simplesmente, adotaram
nossos filhos, e nesses casos, lhes injetaram um veneno com efeitos corrosivos.
Quais efeitos terão as músicas de funk, cujas
letras exploram a degradação das relações sexuais? O que uma criança, ou mesmo
um pré-adolescente terá, ao saber que meninas e meninos, possuem diferenças
sexuais para usarem como e quando quiserem? Essa constante exploração vai
imprimir em suas vidas, que tipo de prioridades? Soma-se a isso o fato que eles
estão expostos a cada vez mais precocemente verem filmes de práticas sexuais...
que tipo de valores eles terão? O que dizer dos filmes e esportes violentos,
onde a santidade da vida, dos sentimentos caridosos, são trocados pela
ferocidade das agressões? Que sempre o mais violento será o aplaudido? Pessoas
selvagens, são louvadas, mesmo que sejam os bons “mocinhos” dos filmes. Que
tipo de perturbação mental, fazem os filmes de terror, e para piorar, que
influencia demoníaca tem esses filmes e programas, sobre a mentalidade das
crianças? Ensinam nossos filhos a serem deliquentes, quando sempre desejamos
que eles fossem pessoas de respeito, ensinam nossos filhos a serem imorais,
quando desejamos nossos filhos serem pessoas com comportamentos santos, ensinam
nossos filhos a serem violentos, quando jamais pretendíamos que assim fosse. Muitos infelizmente, já estão insensíveis a
isso, tanto pais, como filhos.
Mas o que está sendo feito de forma efetiva
por nós? O quanto nos gastamos pelos nossos
filhos? O quanto deixamos eles expostos a esse tipo de influencia? Talvez as
respostas não serão positivas... se não estamos colhendo, iremos colher,
infelizmente, coisas que nos deixarão, envergonhados e decepcionados, fora, o
grande desagrado de Deus, em deixar que a herança que ele nos confiou, fosse
preservada com carinho.
A não ser que algo ocorra – venhamos assumir,
com toda força, nosso dever de ensinar e proteger os nossos filhos “no caminho
em que deve andar”. É sobre esse processo que vamos tratar brevemente nesse
estudo. Antes de estudarmos esse processo, porém, é bom tratarmos de algo muito
importante. Na verdade, as dicas que apresentaremos só terão valor se os pais
e/ou responsáveis, tiverem o amor bíblico pelos filhos. Leiamos I Co 13.1-8 a, e
façamos uma reavaliação se tal tipo de amor está sendo visto em nós pelos
nossos filhos. Veja cada proposição, do que o amor é e do que ele não é.
Pergunte-se: tenho esse sentimento pelos
meus filhos? Se não, não somos dignos de nossos filhos... clamemos pela misericórdia divina hoje mesmo e mudemos pela graça!
De forma didática faremos alguns apontamentos
práticos para recuperar a visão bíblica da criação de filhos:
O que se
espera de nós como pais e/ou responsáveis?
I.
Tenha conteúdo: Não podemos dar o que você não temos.
Portanto, comece a se preocupar com o que você tem para oferecer a seus filhos
em matéria de companheirismo, palavras, ensino e influencia. Se prepare para
ensinar. Não esteja confiante apenas com o que você já sabe, aprenda mais. Não
confie em seus padrões, prove-os à luz da Bíblia.
Ø
Leia Deuteronômio6.5,6,7 – perceba que antes ensinar (v.7) essas
palavras, devem estar em nossos corações! Como
conteúdo indicamos a leitura sistemática do livro bíblico de Provérbios.
II.
Ore pelos seus filhos: Não podemos pode orar por outros, e deixar
nossos filhos de lado. Ore intensamente por seus filhos. Tenha sempre em mente
todas as fases da vida seus filhos. Coloque diante de Deus e lance sobre Ele
suas ansiedades e sonhos a respeito de seus filhos. Chore por seus filhos... eles não podem se perder!
Ø
Leia Lucas 18.1-8 – Percebemos que não deve haver trégua na
oração. Note a pergunta no versículo 8.
III.
Ensine com excelência: Devemos ser os melhores professores que
nossos filhos possuem. Ensinar os mandamentos divinos é muito mais importante
que qualquer outra coisa, embora valorizemos a escolha profissional de nossos
filhos, e bem fazemos, mas o conteúdo eterno é de importância primária (Mt
6.32,33). Portanto:
Ø
Leve seu filho ao SSF – Leia Provérbios 2,3,4, e identifique essas
três proposições: SABER, SENTIR e FAZER. Os versículos que falam de informações
(saber), os que falam de colocar no intimo(sentir) e os que falam de praticar
(fazer).
IV.
Não desista NUNCA: ‘Meu filho(a) não tem jeito’. Como é
frustrante ouvir isso de pais e mães crentes, especialmente quando falam deles quando
crianças menores. É evidente que estamos diante de uma situação triste. Mas
dificilmente, podemos constatar que houve persistência. A Bíblia diz que o amor
jamais acaba. Se houver amor, não haverá desistência.
Ø
Leia Dt 6.7,8; At 20.19,20: Isso pode ser visto em nossa persistência
incansável de ensinar com dedicação, amor, os nossos filhos?
V. Discipline: Em muitos casos, teremos que disciplinar
nossos filhos. Essa disciplina pode envolver ‘a vara’, em alguns casos. Mas
isso não é agressão. Há pais que batem nos filhos como se fossem homens e
mulheres adultos. Isso além de crime é pecado e cruel. Uma alternativa é tirar
algo que ele valoriza. E quando disciplinar não anule a disciplina por dó (o
que muitas vezes fazemos, para o mal de nossos filhos). Também, que não seja uma
disciplina acima da capacidade de captação da criança. Seja equilibrado, mas
escolha com eficiência o que e como.
Ø
Leia Ef 6.4; Cl 3.21: a disciplina e admoestações são requisitos
aos pais, especialmente. Deus nos cobrará isso, pois se trata de um mandamento.
Deixar um filho sem disciplina ou repreensão amorosa é concordar com seu
comportamento.
VI. Limites: Uma
ação deve ser tomada em relação a quanto e o que nossos filhos veem na TV, músicas
e amizades.Devemos proporcionar um ambiente familiar de amor e paz, de
diversão, de programas de TV, músicas, filmes, etc, em nosso lar que leve nossos filhos a terem valores diferentes do que eles veem na escola. Más companhias
são eficazes e mortais em corromper nossos filhos. Teremos que limitar as
amizades deles também. Mas isso deve ser feito de forma inteligente. Convencer
os filhos que o comportamento adotado por outras crianças, não é bom. Falar
claramente o que músicas e filmes ensinam e querem fazer com eles, de forma
clara para que eles entendam. Antes que eles tenham a síndrome de Asafe (Leia o Salmo 73).
Ø
Leia Fl 4.8: usando esse texto como filtro, proteja seu
filho de influencias malignas, imoral e pervertidas. Ensinemos nosso filhos a
viverem acima da mediocridade.
VII.
Leve-o a Amar a Deus com todo o ser: Por fim, repetir as palavras de Dt 6.5; Mt
22.27; Mc 12.30; Lc 10.27. Dizer isso olhando em seus olhos, orando por isso.
Quem ama obedece. Somente o amor a Deus levará nossos filhos a resistirem o
mundo, quando estiverem longe de nós, ou quando crescerem. Perceba que o
mandamento é para atingir o homem todo - uma abrangência de corpo, mente, vida e
sentimentos. Creio que se investirmos aqui nesse mandamento de amar a Deus, as
sugestões acima fluirão melhor. Não é sem razão que o Senhor Jesus disse que
esse é o mandamento mais importante.
A
responsabilidade é nossa... aceita o desafio de assumir o compromisso
inegociável de ensinar seus filhos a serem cristãos verdadeiros? Podemos falhar
pela incapacidade, Deus será nosso Justo Juiz, e devemos
recorrer a ele para cumprir essa tarefa... mas, se falharmos por negligência, ele continuará sendo o Justo Juiz.
Que O Senhor
nos use poderosamente na educação de nossos filhos!
Essa é uma preocupação que ocupa o coração de todo servo de Deus, que trabalha para ganhar vidas para o reino de Deus. Tirar das trevas, e transportar para o reino do Filho do seu amor; levando as boas novas a esse mundo com a palavra transformadora e poderosa do Senhor (Col 1:13). As drogas, o conteúdo exibido pela tv e internet, a influencia das musicas mundanas e muitas outras coisas, são a preocupação dos casados com seus filhos, e para os solteiros(no meu caso), são os sobrinhos. Isso quando se fala em família. Mas nossa visão não pode se restringir só a nossa família. A igreja de Deus tem que influenciar a todas as famílias da terra. Vós sois o sal da terra; Vós sois a luz do mundo (Mateus 5:13,14).
ResponderExcluir