domingo, 3 de novembro de 2013

A REENCARNAÇÃO: UMA AVALIAÇÃO BÍBLICA

"Que é reencarnação? Etimologicamente, “reencarnação” vem do composto latino “re” que quer dizer “outra vez” e “incarnere”, isto é, “em carne”. Religiosamente, falando, é a crença em que alma ou o espírito, muda após a morte para outro corpo. Transmigração, metempsicose, palingenésia e renascimento são sinônimos da palavra reencarnação.

A reencarnação é parte essencial do panteísmo oriental. Hinduísmo e Budismo, os mais antigos sistemas religiosos do oriente pregam a reencarnação. O espiritismo de Alain Kardec, o movimento Rosa-Cruz e a Sociedade Teosófica promovem a doutrina da reencarnação. É uma das crenças mais divulgadas no mundo, através da literatura e do cinema. 

A reencarnação é a essência do panteísmo. Segundo o panteísmo, não há diferença entre Deus e o mundo, pois “tudo é Deus e Deus é tudo”. Normam Geisler afirma que embora haja várias formas de reencarnação dentro das religiões panteísta, a maioria delas têm varias cousas em comum: (1) Um objetivo de perfeição final para a raça humana. (2) Processo evolutivo na direção da perfeição, que não poderá ser atingida instantaneamente, mas, mediante reencarnações. (3) Rejeição da doutrina tradicional do inferno e defesa da “doutrina da segunda oportunidade”, depois desta vida. (4) Defesa da “doutrina do carma” que defende que a conduta da pessoa em vidas anteriores influenciará o tipo de vida que tal pessoa supostamente terá em futuras encarnações. O que a pessoa semeia nesta vida vai colher na próxima. (5) A sobrevivência do eu em sucessivas vidas posteriores. O eu persiste ao longo do processo de reencarnações. (6) São perecíveis e múltiplos os corpos onde ocorrerão as reencarnações. (7) As reencarnações não precisam ocorrer exclusivamente no planeta terra, mas em outros planetas. Há outros sistemas além do solar. 

Os reencarnacionistas frequentemente se voltam para a Bíblia, à procura de sustentação para suas doutrinas. Os textos mais usados, equivocadamente, são: Jó 1.20,21; Jr 1.4,5; Mt 11.14; 17.10-13; Mc 9.11-13; Jo 3.3; Tg 3.6. As ideias deles, porém, são contrárias ao ensino bíblico. Vejamos os principais pontos.

Primeiro, o reencarnacionista tem um conceito de Deus contrário à bíblia. O Deus da Bíblia não é uma força impessoal que se mistura com a criação. Deus é transcendente e imanente, ou seja, Deus está tanto além do mundo como dentro dele (Is 66.1-2; At 17.24-28). Deus criou o mundo não usando a si mesmo como matéria(ex. Deo), nem dalguma matéria preexistente, mas, sim, do nada ((Ex. Nihilo). O mundo depende de Deus para a sua própria existência (Gn1.1; Sl 33.9; 103.19). Deus a qualquer momento pode intervir no mundo, de forma sobrenatural. Ele é soberano em suas ações (Sl 104 e 115).

Segundo, o reencarnacionista tem uma visão do homem contrario a bíblia. 
Contrariamente às Escrituras, eles negam a origem do homem na concepção (Sl.139); Negam a unidade entre alma e corpo, vendo o corpo apenas como uma prisão da alma, o que contraria o ensino bíblico que vê o ser humano como unidade alma/corpo (Gn .2.7). A certeza da ressurreição final do corpo é a prova de que o homem possuirá corpo imortal, evento único, final e perfeito. (1 Co 15)

Terceiro, o reencarnacionista é antibíblico quanto ao conceito da morte. Ele ensina que morremos e prosseguimos morrendo incontavelmente, contudo a Bíblia afirma que está ordenado por Deus apenas uma existência neste mundo, seguida de uma única morte. (Hb 9.27)

Quarto, o reencarnacionista se opõe ao ensino bíblico acerca da salvação. Ele concebe a salvação mediante esforços humanos. A lei do carma é a salvação pelas obras. Jesus Cristo, através da obra vicária e substitutiva, pagou todo o nosso “débito cármico”. Ele morreu pelos nossos pecados. (Is 53.2; 2 Co 5.21; 1 Pe 2.24). Deus é o autor da salvação (Rm 3.23-25). Além do mais, conforme a doutrina da reencarnação não existe salvação neste mundo, mas “deste mundo”. Entretanto, Jesus afirma que a salvação começa agora (Jo 5.24; 1 Jo 5.13) e será desfrutada plenamente na eternidade.

Quinto, o reencarnacionista é contrário a bíblia quanto a doutrina do julgamento divino. Com a possibilidade da reencarnação, a morte não é o ponto final e os julgamentos e sofrimentos que o homem enfrenta são temporais. O inferno não existe, mas é apenas uma ameaça hipotética que ajuda as pessoas a receberem o evangelho. Entretanto, a bíblia confirma que o julgamento divino é certo para todos quantos rejeitam a Deus, e a única maneira de escaparmos do inferno, é aceitarmos a salvação que nos é oferecida em Jesus Cristo (Jo 3.16; Jo 5.24)."


Autor: Rev. Arival Dias - (via facebook).

Um comentário:

  1. Todas as religiões reencarnacionistas desconhecem o que é a salvação pela graça, como no cristianismo. A alma ou Atman fica viajando pelo eterno ciclo de morte e renascimento dependendo de suas boas obras para atingir a iluminação, ou o regresso ao divino, a fonte universal de gozo espiritual como é ensinado no hinduísmo, já que o budismo também nasceu na índia e todas as grandes escolas reencarnacionistas vierem de lá. Várias prática yoguicas são prescritas para avivar na alma a lembrança de si mesmo como ente divino e descendente direto da chama universal. O guru é o representante do Deus que tanto se manifesta no seu aspecto pessoal como impessoal ou brahman ou parabrahman. Deus pode se manifestar em milhões e infindáveis formas ao mesmo tempo. As práticas yoguicas bem sucedidas em uma encarnação, se não houver interferência moral poderão ser ativadas em determinado ponto da nova existência ou encarnação. As punições são relativas a gravidade do ato, sendo o castigado liberado após receber a correção da existência, podendo assim prosseguir em sua jornada de volta ao divino. Jesus é visto como um dos maiores gurus e que teve sua mensagem distorcida pelos cristãos depois de sua morte. Afirmam que foram criadas várias lendas para sustentar o mito da ressurreição e o sucesso nisto é que fez o cristianismo como conhecemos atravessar os séculos. Ao passo que o cristianismo tem uma base histórica e arqueologica que nenhuma das grandes religiões do mundo tem, pelo acréscimo de sua mensagem de graça pela morte de um inocente sem pecado como substituto dos pecadores, porque é impossível uma alma já suja pelo pecado purificar-se a si mesmo pelas boas obras. Daí a mensagem incomparável e fundamentada na história pelo cumprimento das profecias messiânicas na pessoa de Jesus Cristo.

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