“Aos cristãos é licito aceitar e exercer o ofício de magistrado, sendo para ele chamado; e em sua administração, como devem especialmente manter a piedade, a justiça, e a paz segundo as leis salutares de cada Estado, eles, sob a dispensação do Novo Testamento e para conseguir esse fim, podem licitamente fazer guerra, havendo ocasiões justas e necessárias.”
(Confissão de Fé de Westminster)
PRIMEIRAMENTE, lamentamos que alguns ratos chamados evangélicos, devoram os recursos públicos sem a mínima misericórdia dos que são pobres, roubam descaradamente. Fique claro que não é a esses que a Bíblia autoriza preceptivamente governar, a não ser que sejam ‘diabos’ nas mãos de Deus para julgar o povo.
Observe que ser político é uma vocação de Deus – ‘sendo para ele chamado’.
O que a Confissão de Fé de Westminster diz acima é de suma importância, e que os Presbiterianos Calvinistas, sejam mais audaciosos e pensem em entrar na política com a perspectiva cristã. Caso desonrem depois a Palavra de Deus, sem arrependimento e correção, ficará claro que são répobros no meio da Igreja, destinados ao inferno.
Mas vejamos que o governo deve ser feito conforme as ‘leis salutares de cada Estado’. Tais devem ser para manter a piedade. Ou seja, a SANTIDADE. Vemos que o que está proposto para o governante cristão é a santidade como norma de governo. Pode um cristão aprovar uma lei que garanta o aborto ou homossexualismo?
Se, isso é piedoso, santo, então pode aprovar. (!!!)
Talvez diga: “Mas irmão, um político desses vai ser cassado rapidamente, ou nunca mais vai governar mais nada!”
MAS, E DAÍ?!? A quem ele deve honrar?
A CFW ensina que o governo deve ser feito “sob a dispensação do Novo Testamento” Ou seja, para a CFW as leis e governo do cristão devem ser formulados pela ótica do NT! Isso é espantoso! O que deveriam reger uma nação é a Bíblia! Vejamos que a CFW conclui essa sentença de modo mais coercivo: “sob a dispensação do Novo Testamento e para conseguir esse fim, podem licitamente fazer guerra, havendo ocasiões justas e necessárias.”
Será que estamos dizendo que para colocar em prática as normas da santidade em uma sociedade, a força pode ser desferida?
Primeiro que não é autorizado ao cristão (ou á igreja cristã alguma) usar força para impor o cristianismo. O que estamos mirando aqui é o que o Estado, dominado por cristãos, deve fazer. O Estado tem de Deus a espada para punir os que são praticantes do mal (Rm 13.1-5). Se um país cristão regulamentar a iniquidade, ele deixa de ser cristão. Se um político cristão votar a favor de uma lei ímpia, ele é um adúltero e infiel a Deus. Ele deixa de ser cristão. Segundo, a força é imposta em todo momento pelo Estado, quer seja em forma de multa, prisão, etc. Ou seja, para impor a paz o Estado usa a força, e isso nenhum cristão critica. Qual motivo de rejeitarem uma visão Teonomista? Se um Teonomista diz que certo pecado poderia e deve ser punido como crime, dizem que é um absurdo. Mas prender alguém que não paga pensão alimentícia, isso pode!? Terceiro, a sentença da CFW não limita a força da guerra apenas ao fato de manter paz com outras nações, observe novamente:
“[...] e em sua administração, como devem especialmente manter a piedade, a justiça, e a paz segundo as leis salutares de cada Estado, eles, sob a dispensação do Novo Testamento e para conseguir esse fim, podem licitamente fazer guerra [...]”
Caso esteja enganado, peço o esclarecimento a algum irmão. Mas temos que nos lembrar que as forças de um estado também são empregadas contra revolucionários. Se houvesse uma manifestação em massa em favor da legalidade do uso das drogas, seria impróprio usar a força (=guerra) contra tais?
Porém, mesmo que a lei mantenha a piedade isso jamais significará regeneração. Por exemplo, em alguns estados nos EUA onde a pena capital é usada como punição, resulta em uma coerção para impedir o homicídio em vários casos (obvio que não em todos e nem na maioria). Isso não significa que um assassino potencialmente não exista. Ele está lá, no interior do homem não regenerado. Mas a Lei de alguma maneira impede, como uma manifestação da graça comum, que o assassino manifeste ou exteriorize essa sua natureza.
Alguns que são contra esse ponto de vista se esquecem de um fato muito interessante. Quando Jesus veio aos Judeus esses viviam debaixo da Lei de Moisés, dentro dos limites impostos por Roma. Virtualmente, esses Judeus cumpriam as exigências legais da Lei de Deus. Entre os judeus havia uma escola mais minuciosa no cumprimento dessas leis. Esses eram os fariseus. E foi a exatamente a um desses que Jesus disse: ‘Deveis nascer de novo para entrar no Reino de Deus’!(Jo 3.1-15). Ou seja, ainda que a lei norteasse a vida civil, social e familiar deles, jamais isso resultou em regeneração.
Estou postando esse assunto fora do tempo, pois quando nos aproximarmos das eleições no próximo ano, sempre uma grande quantidade de assuntos ‘inflamam/ infeccionam’ a nossa disposição, nos impedido de pensar no assunto de uma maneira mais livre.
Irmão, pense em entrar na política! Caso seja vocacionado para isso, Deus o conduzirá.
Amém!
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