quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A pena de morte, João 8 e o calvinismo incoerente.

Nenhum calvinista (e vários outros cristãos) rejeita a pena de morte como uma legítima pena aplicada por qualquer Estado. A Bíblia em Rm 13.4 deixa muito claro isso. A Confissão de Fé de Westminster concorda com isso, como seria de se esperar, pois não existe um produto Reformado mais bíblico e maduro do que esse.
Em João 8.1-11 temos um relato que é muito conhecido como a passagem da mulher a adúltera. Do ponto de vista da CFW o texto majoritário é o texto fiel. E esse texto garante a inspiração da passagem em apreço.

O que temos nessa passagem?

Uma rejeição de Jesus contra a pena de morte que estava em vigor na época entre os judeus? Nada mais tolo dizer isso. Isso cheira dispensacionalismo. Quem lê a Bíblia sabe disso. Quem leu as Institutas de Calvino sabe disso.

O que temos nessa passagem é o perdão de Jesus para aquela mulher. Ele não rejeitou a validade da pena capital, pois Seu Espírito orientou Paulo escrever o texto de Romanos citado acima.

Perdão aos assassinos ou aos que não pagam pensão alimentícia, não invalida as leis estabelecidas.

Dessa maneira, não existe prova alguma nesse texto ou em qualquer outra porção bíblica, para pensar que a criminalização de pecados é errada. Ou mesmo para pensar que podemos considerar crime apenas aquilo que ofende aos homens e não a Deus.

Não, não e não! Toda ofensa a Deus é um crime. Mas parece que Deus não é tão real para alguns. Transcendental demais para sentir erros realmente (Ml 3.13).

Isso deve nortear minhas proposições. Mas existem aqueles que não são tão bíblicos quanto os calvinistas. Existem outros que não são calvinistas, mas são bíblicos. E existem aqueles que professam o calvinismo, mas não são Reformados nem Presbiterianos, pois rejeitam os símbolos de Westminster.

Se houvesse um plebiscito, me indagado sobre qualquer pecado contra Deus, não seria um calvinista incoerente, nem agiria em prol do diabo. Votaria como Jesus. Muito embora agisse como ele, e continuaria pregando o arrependimento a todos esses, como em qualquer outro crime.

Os que escreveram sobre essa passagem, tendo por mira o assunto da homossexualidade, deslocam o assunto do seu eixo.

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