sábado, 29 de junho de 2013

Leandro Quadros: Em defesa dos Pioneiros 'Arianos'!

É fato que o Adventismo dos pioneiros após Miller era antitrinatariano. Em sua maioria esmagadora. O Adventismo 'puro' e simples era antitrinitariano. Eles não tinham apenas dificuldades de aceitar, por alguma 'impossibilidade cognitiva', mas tratavam a Trindade como uma deturpação do cristianismo, heresia de Roma tal como o Domingo.



Só um adventista desinformado, e/ou bitolado que não sabe disso depois do advento da internet.

O apologista Leandro Quadros tentou dar uma justificativa em um blog que ele mantém intitulado 'Em defesa do Espírito Santo'. Interessante que ele já avisou que não libera comentários por causa dos dissidentes desrespeitosos que copiam e colocam lá coisas que ele não deseja... é, são dissidentes que postam o que os pioneiros disseram... e o blog do Leandro não pode servir para divulgar mentiras... 

Veja a justificativa de Leandro Quadros (faço algumas observações):


"Alguns alegam que não devemos crer na Trindade "por que os pioneiros rejeitavam tal ensino". (Os pioneiros não foram usados para restaurar a verdade? Não foram esses mesmos que restauraram a verdade do santuário e do sábado? Logo a reclamação desses ‘parece justa’, não?)

“Temos de reconhecer que a maioria dos principais pioneiros adventistas não criam na Trindade. Entre os poucos trinitarianos podemos destacar Ambrose C. Spicer, pai de William Ambrose, presidente da Associação geral.” (Então, se a maioria não era, havia um consenso entre os mais refinados adventistas, de que esse ensino, o Dogma da Trindade, não era para ser aceito, pois não era bíblico, na visão deles. Leandro, recentemente você disse que a doutrina da Trindade é um ensino ‘claro’ na Escritura. Estava escuro para os adventistas que descobriram a luz de 1844? Ou você disse aquilo pensando apenas nas Testemunhas de Jeová? Charles Russel testemunha que restaurou sua fé com um grupo dos Adventistas.)

“Deve-se também ressaltar que a declaração de Daniel T. Bourdeau em 1890 mostra-nos que nem todos eram unânimes no antitrininarianismo: "Embora afirmemos ser crentes e adoradores de um único Deus, tenho chegado a pensar que entre nós existem tantos deuses quantas são as concepções da Divindade". (Essa sua citação, apesar de tentar salvar alguma coisa, só piorou! Dei muita risada, pois você não provou nada, só trouxe à tona mais escuridão do pioneirismo Adventista! Você deveria ter mostrado alguém defendendo a doutrina da trindade, e não provar que eram quase politeístas! Além disso, como não existia unanimidade sendo que você acabou de escrever que ‘a maioria dos principais pioneiros’ não eram trinitarianos?!)

“Esta declaração nos leva a concluir que a igreja ainda não possuía um posicionamento oficial quanto ao assunto, de modo que hoje nós trinitarianos pudéssemos ser chamados de apóstatas...” (Será que não? A maioria dos principais pioneiros adventistas, os mais destacados, diriam que vocês são papistas! O livro Nisto Cremos chama Ellen White de “CO-fundadora” da IASD. Ou seja, quem estava com ela? Outro fato Leandro, é que você e muitos na IASD, procuram se livrar da decepção de 1844, alegando que foram organizados na década de 1860. Ora, parece que você terá que adiar um pouco mais essa justificativa! Visto que após uns 30 anos, desde a ‘organização’, a luz de 1844 [46 anos depois!!!] não tirou seus pais na fé da escuridão demoníaca, que escravizava a maioria dos pioneiros adventistas. )

“Se você estudar a origem desta crença entre os pioneiros chegará a conclusões surpreendentes. Primeiro verá que parte de nossos pioneiros vieram de um contexto religioso marcado pelo antitrininarianismo, entre eles José Bates e Tiago White, que tiveram influências da igreja Conexão Cristã. Assim, não devemos nos admirar com o fato de eles não terem aceito a Trindade. Alguns deles inclusive eram semi-arianos; nem por isto iremos deixar de crer que Jesus é co-eterno com o Pai... (Exatamente, poderiam seguir o argumento em outros campos... Se a respeito de Deus eles estavam em escuridão, como teriam luz em outros assuntos? Aliás, o principal assunto foi deixado sob influência herética. Como esse povo poderia restaurar qualquer outra doutrina secundária?)
           
“Segundo, os pioneiros rejeitavam um trinitarianismo baseado em credos, que contêm elementos não apoiados pela Bíblia. Com o passar do tempo, à medida em que pesquisavam sobre o assunto, o ensino aclarava-se em suas mentes.” (Minha antena ligou aqui... entendo que o Adventismo hoje está do lado da verdade, no quesito Trindade. Mas não percebi ao certo o que o Leandro quer dizer exatamente com ‘credos que contêm elementos não apoiados pela Bíblia’. Ele referiu-se ao comportamento dos pioneiros adventistas diante dos credos, ou o Adventismo ainda tem resistência aos Credos Trinitarianos?)
           
“A regra de fé dos Adventistas do 7o Dia é a Bíblia ou a compreensão que os pioneiros tinham de algumas doutrinas? Claro que é a Bíblia! Medite nisso. Conquanto os pioneiros tivessem sido pessoas sinceras e que muito, mas muito mesmo contribuíram para a formação de nossa doutrina (especialmente a do Santuário), não devemos esperar que eles fossem os detentores absolutos de todas as verdades, sendo que o conhecimento da verdade é progressivo e eles estavam aprendendo.” (Que Bíblia?! Se por décadas e décadas. Na verdade, mais de cem anos, o Adventismo ficou nesse emaranhado. Se fosse a Bíblia mesmo, nunca titubeariam na crença do Deus único e verdadeiro – Pai, Filho e Espírito Santo. O conhecimento da verdade é progressivo e não retroativo.)

“Deus usou-os em sua esfera de ação e hoje usa-nos na nossa; isto significa que se temos um conhecimento privilegiado em relação a eles relacionado à Trindade, então vamos difundi-lo. Se aqueles poucos pioneiros tivessem tido maior luz sobre este assunto, certamente teriam mudado seus conceitos, do modo como o fez, por exemplo, Tiago White, que passou a aceitar a Divindade de Cristo por influência de Ellen White.”

Para concluir, quero destacar primeiro a parte final. Ellen White, nos dias de hoje, seria uma Adventista casada com um Testemunha de Jeová [será que pode?]. Dizer que Tiago White creu na divindade de Cristo, pode parecer interessante, mas precisa qualificar melhor, qual era o conceito de ‘divindade’ ali exposto.

Se eles não fossem facciosos, arrogantes e exclusivistas, teriam aceitado as crenças cristãs. A luz de lá é a mesma de hoje. Nada novo surgiu de novo a respeito do Dogma Trinitário. Os Credos, de Nicéia, Atanasiano e de Calcedônia, já tinham mais 1300 anos em 1844. Era apenas agirem como fizeram os Reformadores.

Mas eles estavam longe do corpo cristão. Um “abismo chama outro abismo”. Negaram o único Deus Verdadeiro, o nosso único e Soberano Senhor, Jesus Crsito – I Jo 5.20; Judas 4.


sexta-feira, 28 de junho de 2013

Debate Justificativa para o Ateísmo e Para o Teísmo (Parte 7)

ATEU
“justificando a afirmação de que a veracidade do ateísmo faz a vida ser um ‘desespero’ (nas palavras do eminente ateu Bertrand Russell (...)”  Nas minhas palavras não!

Como esta nas regras que mandaram eu ler “A verdade não é afetada pela atitude de quem a professa (uma pessoa arrogante não torna falsa a verdade que ela professa. Uma pessoa humilde não faz o erro que ela professa transformar-se em verdade)”. A verdade é que ela continua a mesma... os fieis que não conseguem ver isso!

2 º “ninguém pode apontar pro outro o que é mais ou menos produtivo” Depende de onde e como... exemplo: se é em questão da sociedade, aí tem que ter “frutos” pra ela. Se for pro capitalismo, tem que gerar renda... e assim vai. Mas tem área que, de fato, ninguém pode apontar!

“se Deus não existe, objetivamente não existe sentido, propósito e valores.”
Pra vc!!!!

“ Se todos os acontecimentos são, no final, sem sentido, que sentido há em influenciar qualquer um deles?” 
De novo aquela estória que a vida não é bela e que não há sentido em viver (se deus n existir)! bla bla já respondi isso...  não vou dar ctrl + V (a não ser que o moderador peça).

“Quem poderá nos dizer que é errado?”
Quando você faz algo que não te favoreça, o cérebro guarda esse tipo de informação. Aí, quando for parecida ou igual, você vai lembrar das consequência e saber se é o certo ou não pra você (salvo pra quem não tem noção).

“definição (de dicionário, inclusive) não tem nada a ver com o a posição que defendemos e que contradiz sua segunda exposição. Isso será válido para mostrar quão honesto ele é.”
Usei a palavra pra generalizar, só isso. E confirmo isso! Onde está a dúvida? É tudo igual. Tudo acredita que tem alguém que ajuda e tal... (já coloquei isso)

“ 'vários cientistas e filósofos foram mortos por isso. Não é possível que vocês não saibam disso'. O que isso prova? No máximo que algum grupo religioso em voga (no caso, o catolicismo romano), errou. Isso não prova que Deus não existe, e muito menos que a religião é errada.”
Isso não prova que deus não existe, mas que mostra a ignorância que o homem faz pra manter esse conto!

“ 'Estou esperando você demostrar algo'. Pois bem, basta seguirmos o debate.” Pra ajudar (que estou vendo que só está enrolando cada vez mais pra chegar onde a gente quer, irei ajudar) vamos supor que você esteja certo e que não há motivos pra ser ateísta..... agora vamos pro debate onde você falou que iria mostrar que deus existe! Pod ser??? Assim a gente vai pra onde interessa ou pula isso e depois volta nisso!!! Blz?

5º vou ter que repetir T_T... responde a pergunta que te explico direitinho...

LUCIO

1º e 2º. “Nas minhas palavras não! [referindo-se à nossa citação de Russell]".
O oponente não percebeu a intenção nossa ao mencionar este pensador. Simplesmente queremos mostrar filósofos ateístas aclamados concordam com nossas palavras. Mas isso é só um adendo, um complemento, e não um argumento a ser debatido (a não ser que o oponente queira debater sobre a validade de se fazer tal citação, o que estamos prontos a defender).

“A verdade é que ela [presumo ser uma referência à ‘verdade’] continua a mesma... os fieis que não conseguem ver isso!”
Que os fiéis não conseguem perceber a verdade é um ponto que o adversário deve provar, e não só alegar. Isto está virando argumentum ad nauseum!

“depende de onde e como... exemplo: se é em questão da sociedade, aí tem que ter 'frutos' pra ela. Se for pro capitalismo, tem que gerar renda... e assim vai. Mas tem área que, de fato, ninguém pode apontar!”

Bom, as coisas não funcionam assim, segundo a prévia definição de nosso oponente. Ele omitiu o que dissemos, então, repetiremos o argumento e o endossaremos. Ele define algo produtivo como: “Que produz; proveitoso. Quando você cria ou constrói algo que se orgulha; algo que para você vale a pena”. Mas, de acordo com essa definição, um religioso poderia muito bem considerar suas ações litúrgicas como proveitosas, que ‘valem a pena’ pra ele. Se é o sujeito que define o que é mais produtivo, então ninguém pode apontar pro outro o que é mais ou menos produtivo. Tudo se resume a uma justificação subjetiva. Segundo esta definição, as coisas se resolvem pelo que cada um ‘acha’ ser produtivo. Tudo se resume em uma questão de gostos e emoções (e conclamamos a acusação de ética emotivista novamente).
Talvez boa parte dos cidadãos comuns sejam beneficiados com o bem estar da sociedade. Porém, o bem estar da sociedade priva o homem de satisfazer alguns desejos [Freud]. Se ele é poderoso suficiente para não ser afetado pelos distúrbios sociais, então o que o impediria de transgredir as normas sociais? E se o bem da sociedade não fosse o bem particular de um indivíduo? Por quê ele deveria se importar com a sociedade a despeito de si mesmo?

Ser consistente com o ateísmo é admitir, portanto, que não há bases objetivas para justificar a moralidade (o utilitarismo pode ser suprimido pelo egoísta poderoso, e Niet derruba Mill!).
Agora, é interessante que o oponente só dá mais um passo relativo, como se isso resolvesse o problema da relatividade. Ele diz que temos de avaliar a produtividade em termos de relatividade. Se visarmos uma produtividade em prol do capitalismo, então deveríamos buscar o lucro. Dessa forma, nos parece que a produtividade está relacionada ao que escolhemos (subjetividade de novo?). Bom, e como é que isso resolve a questão que esboçamos (a saber, que, de acordo com a afirmação do oponente sobre produtividade, tudo se resume a uma questão relativa)?


“Pra você”, foi a resposta dada a toda nossa argumentação de que, se não existe Deus, não existe propósitos, valores e sentidos objetivos para a vida e realizações humanas. Não é uma questão subjetiva. Argumentamos. Se o oponente quiser negar, ele que demonstre onde erramos, ou onde fomos subjetivos!

“De novo aquela estória que a vida não é bela e que não há sentido em viver (se deus n existir)! bla bla já respondi isso...  não vou dar ctrl + V (a não ser que o moderador peça)."
Não respondeu não! Gostaríamos de ver essa refutação, pois não percebemos. Isso nos parece a estratégia “fallacia non causae ut causae”, ou ‘complexo de pombo enxadrista’ [estou usando os termos do Wikipédia, para não haver dificuldade para nenhum dos leitores, inclusive o próprio ATEU, achá-las].

"Quando você faz algo que não te favoreça, o cérebro guarda esse tipo de informação. Aí, quando for parecida ou igual, você vai lembrar das consequência e saber se é o certo ou não pra você (salvo pra quem não tem noção)."

Isso é uma espécie de ética utilitarista. Acontece que o conceito de ‘favorecer’ é muito difícil, e precisa ser discutido. E se o que favorece alguém desfavorece outro alguém? Pode ser feito? É correto? Em outras palavras, correto é tudo que é auto-benéfico? E, porque alguém deveria se deter de beneficiar-se a custa do mais fraco? Não poderia o mais forte dominar, usar de seu poder, para ser beneficiado? E parece que caímos na ética nietzcheana...

3º  “Usei a palavra pra generaliza. Só isso. E confirmo isso!”

Aqui temos a falácia do escocês. Admitimos que já houve na história do pensamento quem usasse do subterfúgio do ‘Deus das Lacunas’. Mas, daí dizer que isso é uma parte essencial do teísmo, é um absurdo sem proporções. Nós, e os vários pensadores teístas que conhecemos não usam desse subterfúgio.
Para ser teísta precisa-se acreditar na existência de um ser infinito pessoal e transcendente, e nós preenchemos esse quesito. Se somente nós pudéssemos ser cotados como teístas que não coadunam com o pensamento mitológico, dizer que não somos teístas seria ad hoc.
Portanto, reafirmamos o desafio. Com que autoridade isto é afirmado? Quais as fontes?

“ Onde está a dúvida? É tudo igual. Tudo acredita que tem alguém que ajuda e tal... (já coloquei isso)”

Temos aqui uma evidência incontestável de que, ou o nosso oponente não tem capacidade cognitiva para perceber que se contradiz e se equivoca (pelo fato de que a primeira definição para o termo está relacionada ao panteísmo, e não a teísmo); ou não é honesto para admiti-los. Teremos, portanto, de nos deter numa exposição mais detalhada para expor tamanha desonestidade: Primeiro, ao indagarmos sobre o que é que o oponente quer dizer ao chamar-nos de místicos, recebemos a definição de dicionário: “O místico procura a presença do Ser Supremo e Real, ou do inefável e incognoscível em si mesmo, nas profundezas de seu ser, e dessa forma, pode perceber todas as coisas como sendo parte de uma infinita e essencial Unidade de tudo o que existe.” Unidade essencial de tudo que existe. Esse é o típico panteísmo neoplatonista. Não tem nada a ver com o que estamos defendendo: teísmo.

Após o moderador intervir e questionar sobre como isso se relaciona ao teísmo, o oponente se expressou da seguinte forma: “O místico procura a presença do Ser Supremo e Real". Usa o ser "sagrado" como forma de respostas [para o] que não tem”. Percebam que essa definição não tem nada a ver com a definição de dicionário (exceto o uso inapropriado daquelas palavras). Ainda, dentro deste primeiro ponto, temos de observar que nem mesmo o monismo panteísta é alvo correto dessa acusação, pois o que é alegado é a título de metafísica. Isso nos leva a nosso segundo ponto. O que nosso adversário acusa o teísmo aqui é de usar da falácia do ‘Deus das lacunas’. Esse tipo de mentalidade prevalecia entre os helenistas pré-socráticos. 

Porém, insistimos, o que isso tem a ver com o teísmo e suas reivindicações? Nada! E que o oponente mostre o contrário.

“Isso não prova que deus não existe, mas que mostra a ignorância que o homem faz pra mante esse conto!” Argumentun Ad Baculum? E que é um ‘conto’ não passa de alegação. É o que vai ter de provar.

“vamos supor que você esteja certo e que não há motivos pra ser ateísta”
Mais um caso de incompetência hermenêutica. Nosso objetivo com essa rodada não é apenas mostrar que não há motivos para ser ateísta, mas que há motivos dentro da própria visão ateístas que o tornam irracional, e, portanto, inadmissível. Ele é, antes de mais nada, impraticável (ponto 2). Ele é improvável (ponto 5). E ele é contraditório (ponto 4). Então, não, não mudaremos de assunto ainda. O ponto 4 nem foi desenvolvido e precisamos desmentir alguns conceitos que foram levantados. 

5º Ok, como nosso oponente não se defendeu de nossa acusação de que ele não está sabendo interpretar o texto, tomaremos isso como fato. Mesmo assim, por apreço aos expectadores, continuaremos.
Respondendo (obviamente) à pergunta: de forma alguma percebemos que o avanço da ciência colabora para a causa ateísta! Gostaríamos de ver o adversário expondo e demonstrando isso.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Leandro Quadros e a parábola do Rico e Lázaro - Parte Final

Partes 1 e 2.

Para finalizar, o apologista Leandro Quadros diz: 

Jesus inverteu os papéis para mostrar que a riqueza não é uma prova de que Deus está no comando da vida de alguém ou indicação de que esta pessoa será salva. E que a pobreza não determina a perdição.

Ok! Boa observação Leandro. A situação também revela uma verdade, observada por J. I. Packer: “Os que estiverem no inferno saberão não somente que o merecem por seus feitos, mas também que em seus corações o quiseram.” (Teologia Concisa, p. 240).

Leandro Quadros: E, a principal lição do Senhor está no final da parábola: “Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.” Lucas 16:31. Se a pessoa não ouvir e crer na mensagem de Moisés e dos profetas (em todo o Antigo Testamento), não será convencida de que precisa ser salva mesmo que ressuscite uma pessoa dos mortos.
Pense bem; sendo essa lição, o que muda a realidade por ela pressuposta?
Leandro Quadros: Extrair da parábola algo além do que ela quer ensinar é desconsiderar o contexto bíblico e a opinião majoritária (não que isso seja fundamento para uma verdade) de que Lucas 16:19-31 não é uma prova de que existe um “inferno”. É apenas um relato parabólico.
O consultor bíblico Leandro Quadros comete erros sem limites. Primeiro, Jesus não está ensinando a existência do inferno com essa parábola, ele está mostrando quem vai para lá! Segundo, quem é que disse que a lição elimina a realidade usada pela parábola? Um exemplo: a parábola do Bom Samaritano. Que lição Jesus ensinou com aquela parábola? Amor incondicional ao próximo. SE a parábola é inexistente, não importa, ela não está baseada em uma realidade?
Além disso, que opinião 'majoritária' é essa que você está forjando? A opinião majoritária, sendo ou não parábola, é que existe uma ligação entre a parábola e a realidade, de onde se extrai a lição.

CONCLUSÃO
Mais um vez o adventismo prova que está disposto a fazer de tudo para defender Ellen White e seus ensinos. Até mesmo dizer que Jesus usou um mito, um ensino diabólico, para ensinar verdades eternas. Procura de todos os meios diluir as palavras do NT que ensinam claramente o tormento eterno. 


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Como fazer a Igreja ser relevante, contemporânea e contextualizada?

O desejo, e prática, de todos os cristãos ajuizados é levar as pessoas a se renderem aos pés de Cristo (II Co 10.4-6). É bíblico crer na escolha antecipada de Deus e ao mesmo tempo empreender forças para alcançar os que Deus escolheu (Rm 9.14-10.1). Os sentimentos de Provérbios 24.11,12 são cabíveis aqui: Liberte os que estão sendo levados para a morte; socorra os que caminham trêmulos para a matança! Mesmo que você diga: "Não sabíamos o que estava acontecendo! " Não o perceberia aquele que pesa os corações? Não o saberia aquele que preserva a sua vida? Não retribuirá ele a cada um segundo o seu procedimento?”  Judas 22,23, no mesmo espírito cristão, alerta-nos para esse tipo de trabalho salvador.

Nessa empreitada, caímos em alguns erros comuns, o que seria de esperar de pessoas imperfeitas. Deixamos de evangelizar a tempo e fora de tempo, deixamos de falar o que deve ser dito, por medo ou por ‘ética’, oferecemos conselhos sem advertências, ou advertência sem consolo, convidamos para um culto que achamos que será mais ‘brando’ para os visitantes, assim vai. Devemos pedir perdão a Deus quando deixamos de agir como profetas.

Existem outros erros que são produzidos. Aqui mora um perigo diferente do acima citado. Quando erramos em fazer com que a Igreja seja relevante para a sociedade, ou fazer com que ela seja ‘contemporânea’, a corrupção deixa rapidamente o rótulo, atinge o conteúdo.

Deus já determinou que o Evangelho seja loucura e escândalo, sendo e tendo apenas poder para os que creem! As principais ‘atualizações’ espúrias que estão sendo feitas hoje são:

A) O ‘movimento das Comunidades Presbiterianas’: Se eu fosse membro de uma Comunidade Presbiteriana, a primeira coisa que eu aprenderia com essa igreja é ser rebelde. Visto que a Supremo Concílio da IPB já se pronunciou contra essa nomenclatura, e tais comunidades continuam desobedientes, aprendo a insubmissão com os líderes dessa igreja local!!!

Esse movimento faz um tipo de pesquisa de campo que é um dos mais prejudiciais para a saúde da pregação do Evangelho. Se a região onde se plantará uma igreja gosta de música popular, sertanejo,(engraçado, e se gostarem de funk?), esse será o tipo de música usado na liturgia. Esse é um erro mundano na plantação de igrejas. É joio satânico na plantação do Senhor. Se isso dá ou não certo, ‘são outros 500’. Universal, Mundial, etc. não são termômetros doutrinários por causa do crescimento.

Esse movimento tira qualquer identidade denominacional. E na verdade, as comunidades cristãs que se mostram firmes em seus fundamentos inspiram mais confiança e estabilidade. Se uma Igreja está do lado do Evangelho Eterno (Ap 14.6,7), é a cultura que deve se adaptar, dentro da esfera da fé, e não vice versa.

Obviamente, nem tudo foi estabelecido na Escritura, e por causa desse silêncio, o subjetivismo deixa os limites do senso comum da Igreja como um todo. A Confissão de Fé de Wetsminter diz: há algumas circunstâncias, quanto ao culto de Deus e ao governo da Igreja, comum às ações e sociedades humanas, as quais têm de ser ordenadas pela luz da natureza e pela prudência cristã, segundo as regras gerais da palavra, que sempre devem ser observadas.” (I.6)

B) Sofisticar academicamente a mensagem da Cruz: Enquanto ‘o movimento das Comunidades Presbiterianas’ produzem uma igreja ao gosto popular, outros tentam ‘elevar’ o Evangelho a um nível acadêmico. O Evangelho não é apenas escândalo, mas é loucura. Quando lemos ou ouvimos alguns que tentam dar um ar filosófico ao Evangelho, eles também colocam joio satânico na plantação do Senhor.

W. L. Craig talvez seja o cristão que mais tem levado crentes e apologistas, incluindo muitos eruditos Reformados, a acharem que esse é o caminho. Suas contribuições são bem vindas, mas nem sempre é plenamente fiel aos postulados do Evangelho quando esse mostra a total corrupção da alma humana em relação às coisas divinas.

Talvez os que são fãs da roupagem acadêmica, dirão: “Como evangelizar um ‘Phd’ em física Quântica sem ter essa erudição?” Irmãos, se a mensagem da Cruz não salvar ele, com essa erudição toda, ele irá para o inferno. Todos os confrontos de Cristo e dos apóstolos, com eruditos, políticos, filósofos, sempre tiveram o mesmo conteúdo e a mesma roupagem: Cristo é a verdade. Sem lógica alguma, sem construção argumentativa [fora da Bíblia], apenas deveriam crer nisso.

Aos queridos irmãos Reformados; Deus resolveu salvar pela loucura da pregação (I Co 1.18-2.16). Essa passagem não é para Arminianos, o contexto da carta não era esse. É exatamente ao que estou tratando. A sabedoria do mundo não pode contribuir em nada.

A MELHOR ADAPTAÇÃO

O Catecismo Maior de Westminster, por estar do lado do Evangelho Eterno, dá instruções claras do que deve ser adaptado na Pregação da Palavra, e consequentemente, a Igreja local seguirá essa dinâmica:

159. Como a Palavra de Deus deve ser pregada por aqueles que para isto são chamados?  Aqueles que são chamados a trabalhar no ministério da Palavra devem pregar a sã doutrina, diligentemente, em tempo e fora de tempo, claramente, não em palavras persuasivas de humana sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder; fielmente, tornando conhecido todo o conselho de Deus; sabiamente, adaptando-se às necessidades e às capacidades dos ouvintes; zelosamente, com amor fervoroso para com Deus e para com as almas de seu povo; sinceramente, tendo por alvo a glória de Deus e procurando converter, edificar e salvar as almas. 
Jr 23:28; Lc 12:42; Jo 7:18; At 18:25;20:27;26:16-18; I Tm 4:16; II Tm 2:10,15;4:2,5; I Co 2:4,17;3:2;4:1,2;9:19-22;14:9;II Co 4:2;5:13,14;12:15,19; Cl 1:28; Ef 4:12; I Ts 2:4-7;3:12; Fp 1:15-17; Tt 2:1,7,8; Hb 5:12-14.”

A primeira contextualização é do mensageiro, com a Palavra – e então deve fazer de tudo para que a Palavra seja clara a todos, mas sendo fiel, procurando fervorosamente a salvação dos ouvintes, pela graça de Deus.

Essa é a Evangelização Reformada na prática.

domingo, 23 de junho de 2013

Catecismo de Heidelberg: SOU ungido, profeta, sacerdote e rei

Por que você é chamado cristão?

R. Porque pela fé sou membro de Cristo e, por isso, também sou ungido (2) para ser profeta, sacerdote e rei. Como profeta confesso o nome dEle (3) ; Como sacerdote ofereço minha vida a Ele como sacrifício vivo de gratidão (4) ; e como rei combato (5) , nesta vida, o pecado e o diabo, de livre consciência, e depois, na vida eterna, vou reinar com Ele sobre todas as criaturas (6).

(1) At 11:26. (2) Is 59:21; Jl 2:28; At 2:17; 1Co 6:15; 1Jo 2:27. (3) Mt 10:32,33; Rm 10:10. (4) Êx 19:6; Rm 12:1; 1Pe 2:5; Ap 1:6; Ap 5:8,10. (5) Rm 6:12,13; Gl 5:16,17; Ef 6:11; 1Tm 1:18,19; 1Pe 2:9,11. (6) 2Tm 2:12; Ap 22:5.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Por que a IPB não cresce? A 'reforma' que precisamos!

O que fez com que a maior igreja evangélica da década de 60 não figure mais hoje em dia entre as denominações evangélicas de expressão numérica? Quais razões levaram a Igreja Presbiteriana do Brasil a não chegar em todo território nacional, apesar de ser uma das mais antigas? Por que a IPB está vergonhosamente atrás mesmo de muitas seitas? 

Vou expressar aqui a minha opinião, baseando-me na observação e na conversa com antigos presbiterianos. Acho que incomodarei alguns, nem serei aceito por todos os fieis. Adianto-me dizendo que temos um problema denominacional de nível espiritual e não teológico.

1. A vocação pastoral foi profissionalizada. A vocação ministerial na IPB está sendo revestida, espuriamente em muitos contextos, de direitos trabalhistas, interesses financeiros, exigências advinda de Conselhos nada espirituais, (do tipo crescimento financeiro para o orçamento da Igreja, etc.) gabinetes pastorais virando centro de negociações de interesses estranhos ao evangelho, pastores que se relacionam com representantes políticos e comerciais como se fosse ele mesmo um ‘empresário da igreja’. O Espírito Santo não usa tais ministérios adúlteros.

2. A vocação pastoral foi ‘academizada’. Para muitos ministros presbiterianos a região do “Mackenzie-Andrew Jumper” virou uma Meca Acadêmica. A desculpa de ‘especializar-se em uma área teológica para melhor servir ao Senhor’ na verdade camufla o especializar para ‘melhor SERVIR-SE’. Tais especializações deixam de ser um desejo simples de conhecer mais, para rapidamente dar a conhecer o status. A ânsia de títulos causa euforia nesses ministros.

Pobres reverendos ‘erudólatras’, que deixaram de colocar o ministério sob a bancada da Trindade e que as notas fossem extraídas de lágrimas, evangelizando, amando o rebanho da Igreja Presbiteriana, o seu povo. Por isso, igrejas assim, sob o comando de obreiros secos, não pode fluir vida.

3. A vocação pastoral foi multifacetada. “Tenho chamado de mestre”, “Meu chamado não é para evangelizar”, “Sou pastor não ovelha”... assim vai. O que acho interessante é que tais desculpas convenceram muitas igrejas e conselhos. Usam até Efésios 4.11 para isso, como que se o dom fosse exclusão da obrigação, e não apenas uma melhor capacitação divina para uma área no ministério! Já pensou em um profeta dizendo: “Não vou ensinar, pois meu ministério não é de mestre”!?... Veja o texto de II Tm 4.1-5.

A Constituição da IPB diz que o ministro recebe tais títulos, pois são funções do ministro: “Os títulos que a Sagrada Escritura dá ao ministro, de bispo, pastor, ministro, presbítero ou ancião, anjo da Igreja, embaixador, evangelista, pregador, doutor e despenseiro dos mistérios de Deus, indicam funções diversas, e não graus diferentes de dignidade no ofício.” Art. 30 Parágrafo único.

Pastor que não evangeliza, em qualquer forma e método, é um pastor incompleto, fraco e infiel. Visto que várias igrejas estão sob o comando de obreiros nestas condições no ministério, o Espírito Santo não usa mais a tais, e ali não pode ser uma agência salvadora dos eleitos.

3. Os Presbíteros estão negligenciando a vocação. Infelizmente muitos presbíteros não estudam a Bíblia profundamente, nem teologia*. Não estudam os Símbolos de Fé, nem mesmo depois da eleição deixam a superficialidade do conhecimento doutrinário. A fama de presbíteros é mais conhecida como: ‘Donos/Patrões’ da igreja local. Algozes de Pastores. Não são conhecidos como pastores junto ao pastor docente, na visitação, consolo e evangelização.

*Não seria difícil preparar melhor os presbíteros. Se o pastor, ou no máximo Presbitérios, [sabemos que quando sai desse ambiente, a letargia mata rapidamente!!!], local fizer 1) uma classe de liderança/oficiais, 2) providenciasse para todo líder e oficial – A Constituição da IPB, A Confissão de Fé, um manual teológico (Teologia Concisa, J. I. Packer, ou Manual de Doutrina L. Berkof), bem como algum livro de aconselhamento e histórico um que aborde uma breve história da IPB. E trabalhasse por pelo menos dois anos com esses oficiais, teríamos um resultado rápido e prático.

Para muito pastores, os presbíteros são apenas um item eclesiástico. Por um lado, isso é culpa dos próprios presbíteros. Precisamos de um despertamento por parte dos presbíteros da IPB. Quando isso acontecer, muita coisa entrar nos trilhos.

4. A IPB passou a envolver-se com aquilo que não é a sua missão. A maneira prática de a Igreja Glorificar a Deus é cumprir sua missão de pregar o Evangelho. Quando a igreja começou a substituir e pregação por projetos sociais, cursinhos profissionalizantes, interesses ‘humanistas’, ela dilui o seu poder. A Igreja deve fazer o bem a todos, como resultado do evangelho e da evangelização, não PARA evangelização!!!

Seria muito mais conveniente a IPB, igrejas locais, e até Mackenzie (não sei se já o fez), doar dinheiro para instituições filantrópicas! Seria muito mais conveniente e efetivo. Dar pão com mortadela e suco de saquinho para crianças carentes não é obra social. Imagine se a IPB doasse dinheiro para o Hospital do Câncer, a AACD, etc.? Assim, a Igreja faria o bem, com qualidade, sem colocar as suas energias vocacionais para outros fins.

“A Igreja Presbiteriana do Brasil tem por fim prestar culto a Deus, em espírito e em verdade, pregar o evangelho...” Art. 2º CI- IPB. O título do 5º capítulo do livro “Plante Igrejas” do Rev. Arival diz: “A pregação é o meio escolhido por Deus para promover a obra missionária.”

5. As igrejas locais não são unidas. ‘Cada um por si’, é quase o lema em muitas comunidades nas federações de igrejas locais da IPB. Não existe estimulo suficiente para isso. Isso está sob a responsabilidade dos presbitérios. Igrejas de uma cidade ou de um presbitério poderiam unir-se na missão. Compras de terrenos, construções de Templos, plantações de trabalhos novos, sustento de obreiros para iniciar trabalhos, etc. Isso não acontece, existe uma capitalização anticalvinista – ajuntar para outros não é feito, e sim para apresentar um saldo no orçamento!

E a obra missionária local é negligenciada por uma idolatria financeira local. Uma confiança errada e não cristã na estranha sensação de estabilidade financeira!

‘Cada um por si’, acabou em ‘Deus contra todos’. Na falta de unidade, de ‘gentileza entre igrejas’, nos esquecemos do princípio de Mt 12.25... parece que o diabo é mais inteligente do que agente!

6. O pecado. O que é mais destrutivo para uma igreja do que o pecado? É triste saber como está sendo tratado esse assunto em muitas igrejas presbiterianas. Não por falta de doutrina. O Catecismo Maior expõem o pecado em todos os seus quadrantes, com precisão milimétrica (perguntas 91 – 152). Mas por falta da denúncia na pregação e disciplina. Notamos mensagens, livros, estudos, sites, mais preocupados com o neopentecolatlismo e arminianismo do que em denunciar o pecado. Obviamente, preferiria o Arminianismo de Wesley a um Calvinismo pecador. Claro, isso é auto excludente, mas está se alastrando, mesmo com a incoerência patente.

·       Quando uma igreja deixa de denunciar o pecado ela sela a sua morte (Ap 2,3). Ou matamos o pecado por meio da pregação ou o pecado nos matará! Não existe sobrevivente nesta luta.

7. O Domingo revela que não damos prioridade na vida prática ao que é do Senhor. Escrevo essas palavras como um hipócrita. Não iria incluir, mas o Senhor me apontou isso, se eu quisesse que tal exposição fosse honesta em minha consciência. Não tenho guardado o Dia do Senhor como deveria. Tenho feito algo, mas não o necessário. Acredito que conseguirei, pela graça de Deus... O fato é que não temos o Dia do Senhor como DO SENHOR, em nosso arraial. Eu mesmo fui saber disso, não observando Igrejas Presbiterianas, mas quando comecei a ler os Símbolos de Westminster.

A Igreja Presbiteriana do Brasil não está, em sua a maioria, e em sua exatidão, guardando o Dia do Senhor (Ap 1.10). Infelizmente até mesmo eventos da IPB estão sendo realizados no Dia do Senhor, fazendo com que pessoas trabalhem nesse dia por nossa causa. Apesar de questionamentos práticos que precisam ser respondidos (será que uma recreação em um contexto de cidade grande, não seria salutar e necessária para a família?), o fato teológico é inquestionável, este é o Dia DO Senhor. Talvez você me pergunte, o que isso tem isso com a evangelização e reforma? Antes de te responder , leia o que ‘profetizou’ o Catecismo Maior:

Pergunta 121: Por que se acha a palavra “lembra-te”, colocada no princípio do quarto mandamento? Resposta: A palavra “lembra-te” acha-se colocada no princípio do quarto mandamento( Ex 20. 8) , em parte pelo grande benefício que há em nos lembrarmos dele, sendo nós assim ajudados na nossa preparação para guardá-lo( Ex 16. 23; Lc 23. 54,56; Ne 13. 19); e porque em o guardar somos ajudados a guardar todos os mais mandamentos( Ez 20. 12,20), e a continuar uma grata recordação dos dois grandes benefícios da criação e da redenção, que contêm em si um breve compêndio da religião( Gn 2. 2,3; Sl 118. 22,24; Hb 4. 9); e em parte porque somos propensos a esquecer-nos deste mandamento( Ex 34. 21) , visto haver menos luz da natureza para ele e restringir a nossa liberdade natural quanto a cousas permitidas em outros dias( Ex 34. 21;; porque este dia vem somente uma vez em cada sete, e muitos negócios seculares intervêm e muitas vezes nos impedem de pensar nesse dia, seja para nos prepararmos, seja para santificá-lo( Nm 15. 38,38,40) , e porque Satanás, com os seus instrumentos, se esforça para apagar a glória e até a memória desse dia, para introduzir a irreligião e a impiedade( Lm 1. 7; Ne 13. 15-23; Jr 17. 21-23).”

Desde quando deixamos o Senhor não ser mais o dono de nosso tempo, não temos mais tempo para ele, isso também reflete na oração, no jejum, por fim, não cumprimos a missão que Ele nos deu. O Domingo é um dia evangelístico, o Senhor Ressurgiu dos mortos: “... a observância do primeiro dia da semana é um sinal evidente que a igreja sempre creu na ressurreição de Jesus Cristo.” (Eu Creio no Pai, no Filho e no Espírito Santo, p. 317). O eixo da evangelização e salvação está em crer que Jesus Ressuscitou dentre os mortos (Rm 10.9,10).

CONCLUSÃO

Não crescemos mais por esses motivos. Não precisamos do 'movimento das Comunidades Presbiterianas', nem do 'Novo Calvinismo'. Concluo essa postagem com as introspectivas palavras do Catecismo Maior, na pergunta e resposta 104, e digo, é disso que precisamos!

Pergunta 104: “Quais são os deveres exigidos no primeiro mandamento?
Resposta: Os deveres exigidos no primeiro mandamento são: Conhecer e reconhecer Javé como o único verdadeiro Deus e nosso Deus ( I Cr 28. 9; Dt 26. 17; Is 43. 10; Jr 14. 22); adorá-lo e glorificá-lo como tal( Sl 95. 6,7; Sl 29. 2; Mt 4. 10); pensar( Ml 3. 16) e meditar nele( Sl 63. 6); lembrar-nos dele( Ec 12. 1); altamente apreciá-lo( Sl 18. 1,2), honrá-lo( Ml 1. 6), adorá-lo( Is 45. 23), escolhe-lo)( Js 24. 22), amá-lo( Dt 6. 5), desejá-lo( Sl 73. 25) e temê-lo( Is 8. 13); crer nele( Ex 14. 31), confiando( Is 26. 4), esperando( Sl 130. 7), deleitando-nos( Sl 37. 4) e regozijando-nos nele(Sl 32. 11); ter zelo por ele( Rm 12. 11); invocá-lo, dando-lhe todo o louvor e agradecimento( Fp 4. 6), prestando-lhe toda a obediência e a submissão do homem todo( Jr 7. 23; Tg 4. 7); ter cuidado de agradá-lo em tudo( I Jo 3. 22), e tristeza quando ele é ofendido em qualquer coisa( Ne 13. 8; Sl 119. 135; Jr 31. 18); andar humildemente com ele( Mq 6.8).”





terça-feira, 18 de junho de 2013

O Espírito Santo ou O Corpo Governante? Quem ilumina a Bíblia para as Testemunhas de Jeová?


Canal Para Entender a Bíblia
É o escravo fiel e discreto das Testemunhas de Jeová
 Ou é o Espírito Santo de Deus?

Segundo as Testemunhas de Jeová, oito membros dos ungidos são o escravo fiel e discreto, ou corpo governante da organização atualmente. Veja as declarações abaixo:
Assim como as profecias bíblicas apontavam para o Messias, elas também nos encaminham ao unido corpo de cristãos ungidos, das Testemunhas de Jeová, que serve atualmente qual escravo fiel e discreto. Este nos ajuda a entender a Palavra de Deus. Todos os que desejam entender a Bíblia devem reconhecer que a “grandemente diversificada sabedoria de Deus” só pode ser conhecida através do canal de comunicação de Jeová, o escravo fiel e discreto. — João 6:68. – A Sentinela 1º de outubro de 1994,p.8. 
Mas, Jeová Deus proveu também sua organização visível, seu “escravo fiel e discreto”, composto dos ungidos com o espírito, para ajudar os cristãos em todas as nações a entender e a aplicar corretamente a Bíblia na sua vida. A menos que estejamos em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia. — Veja Atos 8:30-40. – A Sentinela 1º de agosto de 1982,p.27. 
Porque Jeová Deus não dá seu espírito santo à parte da sua Palavra, e não podemos esperar receber espírito santo se desconsideramos o canal terrestre que Jeová usa hoje, “o escravo fiel e discreto”, representado pelo Corpo Governante das Testemunhas de Jeová. Sem a ajuda deste “escravo”, nem entenderíamos o pleno sentido do que lemos, nem saberíamos como aplicar aquilo que aprendemos. — Mateus 24:45-47. – A Sentinela 15 de julho de 1987, p.19 
Esse escravo fiel é o canal que Jesus está usando para alimentar seus seguidores verdadeiros neste tempo do fim. É essencial reconhecermos esse escravo fiel. Nossa saúde espiritual e nossa relação com Deus dependem desse canal. – A Sentinela 15 de julho de 2013,p.20
O corpo governante aplica a si mesmo as palavras de Pedro em João 6:68 que diz:

“Senhor, para quem havemos de ir? Tu tens declarações de vida eterna”.

O apóstolo Pedro está falando de Jesus e não do escravo fiel e discreto, ou de alguma denominação religiosa. Quem tem as palavras ou declarações de vida eterna é Jesus, e não o corpo governante das Testemunhas de Jeová.

Todos que desejam entender a Bíblia Sagrada devem reconhecer que a grandemente diversificada sabedoria de Deus só pode ser conhecida através da leitura da Palavra de Deus e com a ajuda do Espírito Santo. Jesus disse o seguinte:
“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” - João 14:16
“Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim.” - João 15:26.
E veja agora com muita atenção o que o apóstolo João desse claramente pra nos orientar no entendimento da Palavra de Deus:
“E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis.” - 1 João 2:27
Quem é que nos ajuda a entender a Bíblia, é o corpo governante das Testemunhas de Jeová ou é o Espírito Santo? É claro que é o Espírito Santo. Sem a ajuda do Espírito Santo não entenderíamos o pleno sentido do que lemos, nem saberíamos como aplicar aquilo que aprendemos. É essencial termos o Espírito Santo habitando em nosso corpo para entendermos a Palavra de Deus. Nossa saúde espiritual e nossa relação com Jeová dependem do Espírito Santo na direção de nossa vida.



segunda-feira, 17 de junho de 2013

Tempos de Futilidade: a mediocridade de nossa sociedade e na Igreja

É espantoso notar o processo de erosão cultural instalado no Brasil. Parece que a regra que predomina é a da futilidade. Quase toda produção musical, humorística, dramatúrgica e até literária, se baseia na futilidade. Avalie as músicas que tem estourado nas paradas de sucesso. O que tem feito sucesso? Não estou me referindo a gênero musical, mas a qualidade e conteúdo, se é que podemos chamar tanta porcaria de conteúdo. Nossos programas de humor nunca foram tão fúteis, repetitivos e apelativos. É bunda para todo lado, piadas sujas e chavões frívolos. A dramaturgia segue pelo mesmo caminho. Exibições desprovidas de valores respeitáveis, cheias de imoralidade e promiscuidade. Apenas ajudam a disseminar o germe da futilidade que se espalha por todas as camadas da sociedade e em todas as suas faixas etárias.

Por vezes, passo por grupos de adolescentes nas ruas e tudo que ouço são futilidades. Quando amigos se juntam para uma conversa, parece que não existe vida alem do futebol, programas de TV e mulheres. Quando as amigas se reúnem, falam das que não estão presentes, de suas últimas aquisições fúteis e por ai segue. Parece que ninguém pensa, ou discute um assunto produtivo e instrutivo. Que gere valores e conceitos uns para os outros.

Mas ainda não cheguei ao ponto nevrálgico da questão. Pois o que mais me assusta e preocupa, é ver que o germe da futilidade também não faz acepção de credo. Sou cristão, protestante e tradicionalmente reformado, e me entristeço com o estrago da futilidade no meio cristão, principalmente no “mundo gospel”.


Tenho visitado diferentes denominações evangélicas e observo a futilidade solapando as bases do louvor, dos relacionamentos entre cristãos e até mesmo nos púlpitos. Se você discorda de mim, faça um breve comparativo entre o conteúdo dos Salmos Bíblicos e o conteúdo das músicas do “mundo gospel”. Consegue perceber alguma diferença? Para não ser tão radical, compare apenas com os cânticos produzidos no período pós-reforma protestante. Passamos das canções poéticas, recheadas da Sã Doutrina Bíblica, para mantras monossilábicos, onde se canta exaustivamente uma frase, seguida de cantarolas improvisadas.

 

Nos púlpitos, a futilidade é manifesta nas pregações cheias de humanismo e vazias de Deus. Aliás, qualquer pregação que não vise a glória de Deus, já é fútil em si mesma. Compare a pregação evangelística de Pedro, em Atos 2.14-41, com muitas daquelas que você tem escutado, ou mesmo assistido na TV. Ou ainda, veja os sermões de Spurgeon, Ryle ou Jonathan Edwards. A essência do Evangelho foi substituída pela futilidade.


Quando comparo a Igreja Reformada nos séculos passados e olho para a Igreja hoje, fico a pensar: Quando foi que abrimos a porta para futilidade entrar? E pior, quando será que ela vai embora?

A futilidade no mundo é um problema grande, mas a futilidade na Igreja é uma catástrofe completa. A futilidade se caracteriza por ser algo vazio e inútil. Dessa forma, a cura para a futilidade da Igreja passa pelo profundo conhecimento das Escrituras e do seu Supremo Autor. Seguido de intenso serviço cristão no anúncio do genuíno Evangelho de Cristo. Em outras palavras, contra a futilidade, precisamos nos encher de Deus e, ao mesmo tempo, nos empenhar na proclamação das boas novas da Salvação.

Não se renda a futilidade, Igreja reformada sempre reformando.


Vanderson Scherre Gomes